As linhas tortas do tempo. escrita por Monteithing


Capítulo 2
Capítulo dois


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz algumas mudanças no capítulo anterior devido a falta de coesão no tempo, então agora, Finn morreu com 25 anos, Rachel volta cerca de 11 anos atrás, quando Finn tinha 14, então ela está em 2003. Eu também estou sem o corretor ortográfico, então me desculpem pelos erros. Quero agradecer a "Abigail Sarfati" pelo comentário e gostaria de pedir pra que deixassem comentários, é realmente muito importante para eu saber no que devo melhorar. Espero que gostem.



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Corri até a cozinha. Não tinha nada. Não tinha móveis na casa inteira. Deve ser por que em 2003 ninguém morava lá ainda, e como eu voltei no tempo, faz sentido. Tinha acontecido, o meu pedido, o meu milagre, tinha se tornado realidade. Aquilo não era possível, eu nunca ouvira alguma história sobre voltar no tempo, e eu estava ali, era real.

Em 2003 eu tinha 5 anos, e ainda morava no Kansas, então minha casa estava bem longe, mas agora eu estava em Salt Lake City, que é onde eu moro, quer dizer, morava, sei lá esta tudo muito confuso. Me mudei pra Salt Lake City por que é a cidade natal do Finn, ele morava lá antes de fazer sucesso com "Can't Fight This Feeling", virar um astro e se mudar pra L.A. Bom, não foi só por isso, também me mudei por que meu pai queria, ele nunca me explicou os reais motivos, mas foi sorte minha ter sido justo em Salt Lake, imagina se fosse na Ásia ou algo assim.

A antiga casa do Finn ficava há algumas quadras dali, voltei para o quarto. Era incrível, a casa estava inteira sem mobílias, mas meu quarto estava do jeito que era , acho que quando eu voltei para o passado, o quarto voltou junto comigo, já que eu estava nele.

Minha roupa estava terrível, pijama praticamente. Eu tinha que me trocar, além de tudo estava um frio do caramba e era clima de natal. Coloquei uma calça jeans, e coloquei outra por cima, não há muitas opções de roupa no inverno já que o importante é se manter quente, peguei a única bota que eu tinha, coloquei uma blusa de trico com estampa de rena e flocos de neve, e joguei um sobretudo preto por cima, coloquei meu cachecol e um gorro. Estava pronta pra sair naquele frio. Já ia me esquecendo de pegar uma mochila de couro que eu tinha comprado na Forever 21, ela era, como posso dizer, A Última Moda. Coloquei tudo o que eu achava que ia precisar, e peguei meu iphone, um iphone 4 em 2003? Eu tinha que esconder aquilo. Peguei meu cofrinho que ficava no guarda roupa e quebrei ele, ainda bem que eu era mão-de-vaca, por que tinha uns 500 dólares ali. Peguei o dinheiro e guardei na bolsa. Agora eu tinha que andar a pé naquele frio até a casa do Finn.

Tudo estava coberto de neve, mal dava para ver a cara das pessoas na rua, todos estavam com cachecol e gorro, só os olhos ficavam de fora. Apressei o passo. 2003 era engraçado. As pessoas usavam botas de bico fino, e "Complicated" da Avril Lavigne era uma das músicas mais tocadas, tipo, essa música é velha pra caramba. Eu andava e observava tudo. Quando eu vi já estava na West Temple, a rua em que o Finn morava. Sua casa era a número 82. Uma casa simples, com uma pintura branca, telhados vermelhos, uma escada logo na faixada que dava acesso a varanda, onde estava a porta da casa, a neve cobria tudo. Subi as escadas com cuidado, 4 degraus na verdade. Na varanda havia duas cadeiras de balanço. Finn praticamente morava com os avós, já que seu pai havia falecido e sua mãe trabalhava o dia inteiro. Arrumei o meu sobretudo e apertei a campainha.

Uma senhora magra, de estatura pequena, cabelos brancos e curtos, de óculos fundos, com um suéter amarelo, uma calça preta, e pantufas apareceu na porta. Ela estava se encolhendo de frio.

– Pois não?

– Ãn... E-eu queria falar com o... F-Finn...

– Ah querida, o Finn está na escola, daqui uns 30 minutos ele sai, quem é você?

– O-oi, meu nome é Rachel Berry, e eu sou u-uma velha amiga dele... - o nervosismo em minha voz era visível.

– Ah... vamos querida, não fique nesse frio, vem tomar um chocolate quente comigo! - ela dizia toda entusiasmada e simpática.

– O-obrigada pelo c-convite, mas eu vou esperar o Finn lá na saída da escola.

– Tudo bem então.

Eu me virei sem nem agradece-la por ter sido tão boazinha comigo, eu nem dei tchau. Eu sou uma pessoa horrível mesmo. Desci as escadas correndo, e segui apressando os passos para a Eagle Gate, que era onde ele estudava.

A escola estava silenciosa, faltavam menos de 10 minutos pra ele sair. Tudo coberto de neve. Encostei na grade gelada. Fiquei pensando no que eu ia dizer a ele quando o visse. "Oi, tudo bom? Eu sou Rachel uma fã sua, você morreu e eu voltei pro passado pra salvar você, vamos tomar um sorvete?", eu não podia dizer algo assim, eu tinha me tornar amiga dele pouco a pouco, com o tempo, sabe.

O sinal tocou. Eu me virei. Uma enxurrada de alunos saía por aquelas portas. Eu estava nervosa, observava todos, cada rosto. Todos os alunos já tinham saído, e eu não o achara. Será que ele havia passado por mim e eu não tinha o reconhecido? Impossível, quando de trata de Finn Hudson eu sou expert, conseguiria avistá-lo a quilômetros de distância. Mas dessa vez acho que me enganei. Ia me virando para seguir pra casa de seus avós, para eu checar se ele havia chego, senti alguns passos atrás de mim. Me virei. Ali estava ele, alto, alto como sempre foi, usava uma calça jeans, um coturno preto, um suéter preto por baixo daquela jaqueta de couro, estava sem gorro e usando um Wayfarer da Ray-Ban. Estava com um cigarro na boca. Fumando-o obviamente.

– Ei, você sabe se a aula já acabou?

Eu fiquei parada, ali, apenas o olhando. Como ele era lindo.

– Ei, você está drogada ou algo do tipo? - ele estalou os dedos na minha cara.

– N-não...

– Não o que?

– Não estou "drogada ou algo do tipo", e sim, o pessoal do escola já saiu.

– Puta merda - ele saiu correndo e gritou um "obrigado" lá longe.


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Notas finais do capítulo

Acredito que o capítulo tenha ficado um tanto quanto extenso, devo encurtar os capítulos? Deixem reviews, agradeço desde já.