A Copa do Mundo dos Artistas escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 17
Capítulo 17 - Bate-papo nos treinamentos


Notas iniciais do capítulo

Aviso aos demais leitores que ainda é possível mandar fichas para inscrever seus jogadores-personagens nesta história, isto é, ainda é possível enviar fichas.



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            Em meio à rotina de treinamentos, os jogadores do Natal E.F.C. ainda conseguiam um tempinho para comentar sobre os recentes acontecimentos.

— Acho espalhafatoso esse tanto de regras, regulamentos, tudo para explicar como serão as competições... – ia dizendo Marcelo.

— Chama-se “senso de organização”, Celo – retrucou Sammy. Ele gostava de colocar apelidos nos colegas de elenco. – Deveria tentar enxergar por esse lado algum dia.

            Ao lado deles, Matt caía na gargalhada.

— Que mané senso de organização!! – respondeu Marcelo. – O Romário não acompanhava o futebol. Evidenciando que a gente não precisa saber de tudo isso, só temos que saber jogar direito. E ele também nem sabia quem era o Roberto Baggio que ficou olhando para ele no túnel do Rose Bowl antes da entrada em campo de Brasil e Itália pela final da Copa de 1994. E olha que Baggio havia sido escolhido o melhor jogador do mundo no ano anterior!

— Romário não tava perdendo muita coisa – opinou Matt. – O Baggio ainda perdeu o pênalti que acabou dando o título pro Brasil naquela final.

— Mas, curiosamente, o Baggio raramente desperdiçava um pênalti na carreira – lembrou-lhes Sammy. – Foi uma fatalidade para ele... Melhor para o Brasil que levou o tetra.

— E curiosamente, também... – Matt aproveitou a deixa. – Você fala do Romário, Marcelo..., mas você aparentemente se deu ao trabalho de ir atrás de saber quem era o Baggio e que ele havia sido o melhor do mundo em 1993. Cadê a coerência?

            Agora foi a vez de Sammy cair na risada.

— Detalhes! – despistou Marcelo apressadamente. – Mas se precisam de outro argumento, tem o Garrincha. Ele não sabia sequer como era o formato e regulamento das competições. Quando a Copa de 1958 terminou e começou a cerimônia do troféu, premiações e entrega de medalhas, ele se surpreendeu e achou que a Copa iria ter um segundo turno e que o Brasil iria enfrentar todas as equipes uma segunda vez. “Que campeonato mixuruca, nem tem segundo turno!!” ..., foi o que ele disse, se baseando na experiência dele atuando anos no Campeonato Carioca.

— E curiosamente – emendou Pedro, juntando-se a eles na roda de conversa. – Você diz que vai citar algo que justifica o seu desprezo por regulamento e formato de competições, mas você com certeza deve ter tido um baita interesse em ir pesquisar o que o Garrincha falou justamente após a final da Copa do Mundo de 1958 e também de contextualizar sobre ele estar comparando o formato da Copa com o do Campeonato Carioca. Fica difícil te entender assim, Linhares. Você afinal é a favor dos regulamentos ou não??

            Sammy e Matt não seguraram a risada. Marcelo fez uma careta, parecendo contrariado.

— Rm. Vocês é que não entendem nada que os outros falam, digo mesmo.

— Como queira, centroavante – disse Matt, dando risinhos debochados em direção ao camisa 9.

— Você enche a boca para falar daquela palestra que o coach do time fez conosco, sobre interpretação, e dizendo que gostou e tudo o mais... Cadê você praticando essa interpretação?? – respondeu Marcelo, tentando superar Matt e os outros na brincadeira.

— É ele quem precisa melhorar na interpretação ou você quem precisa melhorar a forma com que expressa seus argumentos, de modo que eles comecem a fazer sentido para todos os ouvintes a sua volta, cara? – disse Pedro, também se descontrolando nas gargalhadas.

— É Celo, começa a falar direito e a dizer coisas coerentes, talvez menos Whey Protein e mais maracujá e suco de laranja, pode ajudar... – complementou Sammy, também rindo.

            Pedro e Matt se juntaram a ele no coro de risadas.

— Ah vão se lascar, todos vocês – rebateu Marcelo, mas, claramente, se esforçando para esconder o riso também. – Vou é treinar, que ganho mais.

— Ganhar massa muscular, talvez, ganhar cérebro eu já não sei – comentou Sammy, sempre sorridente.

            Marcelo agora já estava indo em direção à academia selecionar os pesos, tentando não dar atenção aos amigos. Os três o seguiram, e como a academia tinha vista para o campo de treinos, eles ficaram contemplando a sessão de rachão dos reservas.

            O Natal investia cada vez mais forte na formação do elenco. Os dois pontas e o meia da equipe titular se juntaram para observar o rachão dos novos colegas de time.

— Os reservas parecem interessantes – disse Matt. – Algo a dizer sobre eles?

— Acho que o treinador tinha razão em insistir neles – comentou Sammy. – Se, caso a teoria dele se confirmar e nós acabarmos sendo chamados para a seleção em algum momento, é bom ter jogadores que estarão prontos para suprir nossas ausências na equipe no caso dessas eventuais necessidades.

— Ou mesmo se algum de nós se contundir, ficar suspenso ou não puder jogar por alguma outra razão – sugeriu Pedro.

— Dois que parecem estar muito dispostos são esses Bebeto e Gustavo – conjecturou Matt.

            Bebeto era um atacante velocista, negro, encorpado e de estatura mediana; Gustavo era alto, de cabelo liso, pele parda e jogava como segundo volante, podendo também fazer as vezes de meia pelos lados. Dentre os reservas, os dois pareciam os mais dedicados nos treinamentos e mais empenhados em contribuir com a equipe.

— Podemos esperar muito deles... eu acho – opinou Sammy.

— Com certeza – completou Marcelo, que, ainda malhando, se aproximara deles para participar da conversa.

            Pedro e Matt assentiram, e assim os quatro se revezaram entre o trabalho na academia e acompanhar o treino dos reservas. A expectativa deles, bem como do restante do elenco, para a disputa do Campeonato Potiguar e pelo restante da temporada, aumentava a cada dia.

— Pedro, você assistiu a entrevista com aquela moça, né? Luzia, acho que é o nome dela – comentou Matt.

— Assisti sim, pelo que apareceu da reportagem, os melhores momentos dela pelo time, ela vai longe. Tem um ótimo potencial.

— Sim... Fiquei pensando nisso também. E parece que irão chamar ela para a seleção.

— É justo – disse Pedro. – Ela joga muito bem. Está fazendo por onde em chegar tão longe...

— Seria interessante vê-la jogar na seleção, numa Olimpíada ou numa Copa do Mundo, não acha? – sugeriu Matt.

— Sim, seria mesmo.


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Notas finais do capítulo

Revisão em 25.01.2024



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