Sábado, 01 de dezembro de 2013.

Faltando duas semanas para o meu aniversário, e já haviam se passado quase um mês desde quê eu e o Ignazio nos vimos pela última vez no coreto. E mesmo após tanto tempo não conseguia tira-lo da cabeça, com certeza ele deve ter conhecido outra lá aonde ele estar.

Ana nem se quer fala no Piero, mesmo tendo o achado interessante nem um dia se quer falou sobre ele. Queria ter essa superação.

Quando acordei eram oito e quarenta, eu iria sair com a Ana para fazer compras. Me vesti e desci para a cozinha.

Talia e Lorenzo tomavam café junto com Ana que tomava um suco de laranja.

– Buon giorno, filha. - saudaram meus pais, sorri e me sentei.

Mau mente havia sentado quando a campainha toca.

– Eu atendo. - disse Talia indo para porta.

– Vamos comprar flores e a decoração pro Natal. - explicou Ana para Lorenzo.

– Buon giorno. - a voz que estava na porta disse, reconheci quase que automaticamente, meus ossos gelaram - A Maria está?

Meu pai se levantou, encarei minha irmã e ela fez um sinal para irmos também.

Quando chegamos na sala quase cai no chão. Ignazio estava lá junto com Piero e Gianluca.

– Quem são vocês? - meu pai perguntou cruzando os braços.

– Ignazio Boschetto - disse ele apresentando - Este é Piero Barone e aquele ali é o Gianluca Ginoble. Eu queria falar com a sua filha, Maria.

Meu pai olhou para Piero.

– Quero saber se a Ana pode dar um passeio comigo. - disse ele.

E depois Lorenzo olhou para Gianluca.

– Eu não quero nada, só estou aqui por que vim dirigindo. - ele levantou as mãos em sinal de redenção.

– Eu não quero sair com ele... - eu disse, meu pai deu um sorriso de canto de boca - Se eles não cantarem, aqui, agora Surrender.

Piero sorriu.

– Aqui tem um piano? - ele perguntou, minha mãe afirmou e levou a todos até a sala do piano.

– Bom com esta música não pra cantar e tocar ao mesmo tempo... - disse Piero.

– Eu toco. - meu pai sentou no piano.

E para toda e qualquer humilhação eles começaram a cantar.

Surrender -- Il Volo

Quando eles terminaram de cantar meus pais me olharam e eu suspirei.

– Eu vou fala com ele. - disse e sair sendo seguida por Nazio.

Fomos até o jardim.

– O que você quer? - perguntei.

– Você. - congelei com a resposta.

– Me deixa em paz, Ignazio. Quero viver em paz, sem você. Você quer me enlouquecer? - aumentei tom.

– Não seria justo você me deixar doido e continuar sem sentir nada... - ele disse - Eu nunca pensei que em tão pouco tempo pudesse ficar assim...

– Assim como? - perguntei.

– Completamente apaixonado por você... - arregalei os olhos - Mara, eu simplesmente não consigo te tirar da cabeça.

Ele me puxou pela cintura e me imprensou contra a pilastra, não me deixando fugir como sempre fazia.

– Ignazio... não... - pedi.

– Non farmi aspettare... - disse chegando mais perto. Fechei os olhos me concentrei em seu cheiro. De perfume caro e Ignazio.

Ajeitei meus óculos, meu chapéu iria cair então o tirei. Seus olhos não saiam dos meus como se esperassem uma permissão.

– Non mas... - completou.

E então finalmente me beijou. Eu não sei como descrever aquela sensação, era como se todo o meu corpo esperasse e desejasse por aquilo, como se aquilo fosse a coisa que eu mais queria no mundo... e talvez fosse.

Entrelacei meus dedos em seus cabelos castanhos e macios. Eu não tinha mais duvida nenhuma, eu realmente o amava. Seus lábios tinham um gosto de sorvete e bolo de chocolate, acho que ele comeu antes de vim para cá já que comia quando ficava nervoso.

Ele partiu o beijo quando o ar se fez necessário. Encostou sua testa na minha, ofegante, ele ainda estava de olhos fechados.

Com a ponta dos dedos toquei meus lábios, estavam meio inchados, sorri timidamente pelo motivo que os deixaram assim.

– Fica comigo? - pediu.

– Quanto tempo? Pra sempre? - perguntei ouvindo a sua respiração.

– O tempo que durar, o tempo que você quiser... - respondeu - Então, fica comigo?

Sorri.

– Fico.

Ele me beijou de novo, um selinho demorado.

– Io ti amo, Maria Bergamotche.

– Io ti amo, Ignazio Boschetto.