Wake me Up escrita por Carol Munaro


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Boa leitura!



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– Vai começar a desconfiar de mim também? - Perguntei pro Ethan. Contei a ele o que o Brendon me falou e ele fez uma cara estranha.

– Lógico que não. Só acho estranho ele ter falado isso pra você.

– Eu sei. Também achei. Ele disse que pode não ser de propósito. Olha, sinceramente, até que faz sentido. Mas ele me conhece. Sabe que eu nunca faria uma coisa dessas.

– Ele não devia pensar isso de você. - Ethan disse. Dei de ombros.

– Não me importo.

– Vai conversar com ele?

– Não sei. O que acha?

– Vocês se conhecem faz muito tempo, Anne.

– Ele não deve ter falado por mal.

– Você falou que ele se desculpou logo depois, não foi?

– Sim. - Olhei por cima do ombro do Ethan. Brendon estava entrando na sala. - Falo com ele depois. E você? O que tem pra me contar?

– Nada, que eu saiba. - Ele falou rindo.

– Sei…

– É só que meu pai pediu pra eu levar você na casa dele.

– O que tem?

– Meu primo vai estar lá e ele vive soltando piadinha.

– De que tipo?

– Ele acha que eu sou gay só porque nunca apareci com uma garota. - Ri.

– Ele é um babaca, então.

– Grande descoberta. Ele vai tentar te pegar.

– Coitado. E correção: ele acha que vai. Quando vamos?

– Pode ser sábado?

– Claro. Mas de noite?

– Eu tinha pensado em almoço.

– Vou trabalhar sábado de manhã. E não quero ir fedorenta.

– Que exagero.

– Ethan, você tá me apresentando pra família.

– Eu sei.

– Temos algo sério, não temos? - Eu esperava que sim. Afinal, dormi com ele.

– Óbvio que temos. - Sorri e o selei. O sinal tocou alguns segundos depois e fomos pra sala.

Essa aula eu teria com o Brendon. E é de biologia no laboratório, ou seja, em dupla. Não é surpresa que minha dupla é ele.

“não falei por mal. Juro. Não fica brava comigo. Eu sei que você tem direito disso, mas você é minha melhor amiga”

Dizia o papel que voou pro meu lado. Olhei pra ele.

– Não faz cara de cachorro que caiu da mudança. - Falei pra ele.

– To normal.

– Eu ainda to puta com você.

– Eu sei. Não falei por mal ou pra julgar você. E não fui o primeiro a falar isso.

– Eu sei. A opinião dos outros não me afeta. Você sabe disso. Só a sua. - Ele olhou pra frente. A professora nos encarava.

– Vocês poderiam prestar atenção na aula. - Ela falou com a voz fina.

– "Poderíamos" não quer dizer que vamos ou que devemos. - Brendon falou. Resultado: os dois expulsos da sala.

– Desculpa. Mesmo. Me perdoa?

– Tá.

– Desculpa por isso também. Não achei que você fosse comigo. - Ri.

– Você falou no plural, Brendon. - Ele deu de ombros.

– Te livrei de uma aula chata.

– Obrigada. Você foi muito bom amigo. - Ele sorriu.

– Estamos bem? - Estreitei os olhos.

– Se você falar algo daquele tipo pra mim de novo, eu arrebento você. - Ele sorriu de novo e me abraçou. Logo depois, me deu um beijo na testa. - Mas... Brendon, o que te fez pensar aquilo? - Ele deu de ombros.

– Você mudou, Anne. Eu não sabia o que pensar.

– Eu ainda tenho meus princípios. Eu não vou começar a fazer aquilo que sempre abominei. - Sentamos lado a lado no gramado do jardim.

– Não pensei por esse lado.

– Eu não sou estúpida.

– Eu sei. Desculpa. - Fiz que sim com a cabeça. - E como você e o Ethan estão?

– Bem. As coisas estão ficando sérias. Vou conhecer o pai dele amanhã.

– Uau. - Ri envergonhada. - Com a família toda reunida?

– Pelo o que eu entendi, sim.

– To surpreso.

– Acha que tá indo rápido demais? - Tenho pensado nisso esses dias. Eu praticamente acabei de sair de um namoro e já vou pra outro, praticamente.

– Não. Você tá gostando dele, ele gosta de você...

– Deus! Eu vou conhecer a família dele!

– Não precisa entrar em desespero.

– Não faço nem ideia com que roupa eu devo ir. - Brendon olhou pra mim.

– Quer ajuda pra isso também? - Ele perguntou irônico.

– Deus que me livre! Quero ir bonita. - Ele me empurrou sem força. O empurrei de volta.

– To saindo com uma garota. - Olhei pra ele surpresa. Brendon nunca foi de me contar essas coisas. - Acho que to gostando dela.

– Hmmmmmmmmmm... Quem é?

– Ela não é da escola.

– É a peituda que trabalha com o Ethan? - Ele riu.

– Não. Outra.

– Qual o nome dela?

– Para! - Ri.

– O que foi?

– To com vergonha.

– Para de viadagem. Qual o nome dela?

– Hm... Jessica. Ela se mudou pra minha rua faz um tempo já.

– Ela é mais velha?

– Não. Tem a mesma idade que a gente. - Sorri.

– Pra onde você levou ela?

– Não saímos. - Arqueei uma sobrancelha. - A gente só se fala.

– Nenhum beijo? - Ele fez que não com a cabeça. - Você tá virando homenzinho. - Apertei a bochecha dele, que riu.

– Acontece... - Sorri.

(...)

– Anne, Ethan tá aí. - Margo disse entrando no meu quarto.

– Ai meu Deus!

– Peço pra ele subir?

– Sim, por favor! - Eu ainda estava de toalha parada no meio do closet.

– Anne? - Ouvi alguns minutos depois.

– Eu não sei o que vestir. - Ele revirou os olhos entrando no closet.

– Não precisa virar perua. Coloca qualquer coisa.

– Como qualquer coisa?! Não achei uma roupa pra ir.

– Você tem o mundo aqui dentro. Para de drama. - Ele jogou um vestido. - Não! Espera! - Ele pegou o vestido de novo.

– O que tem de errado com o vestido?

– Meu primo vai estar lá. Vai de calça. E uma blusa sem muito decote.

– Virei freira.

– Vai ficar mais linda ainda assim. - Ele saiu do closet e eu me troquei. Optei por um tênis, já que ficaria estranho qualquer outro sapato e eu não estava com vontade de ter meus dedos esmagados em uma sapatilha.

Assim que saí, ele estava deitado na minha cama, olhando pra cima.

– Pensando em que? - Perguntei enquanto borrifava perfume em mim.

– Em nada. Esperando você só. - Descemos. Ethan não veio com o carro do avô, então fomos com o meu. O pai dele morava em outra cidade. Mas não era tão longo o caminho. Olhei no relógio quando chegamos na tal cidade. Seis horas. Tínhamos de estar lá seis e meia.

– Quem mais vai estar lá? - Perguntei dirigindo.

– Meus irmãos, dois tios meus e meus avós paternos. - Estremeci. Nunca me dei bem com avós. Aliás, nunca me dei bem nem com crianças. Imaginem se forem uns pestinhas? Eu to fodida. - Não precisa ficar tensa.

– Preciso sim.

– Para de neura. - Ele falou rindo. - Eu que devia ter medo de conhecer seus pais.

– Meus pais é só ignorar. E se alguém não gostar de mim?

– Todo mundo vai gostar de você. - Ele pousou a mão na minha coxa, fazendo carinho. Sorri de canto.

Assim que chegamos, pude notar uns quatro carros estacionados, pelo menos. Ethan tocou a campainha e segurou a minha mão. Uma menininha de cabelos compridos abriu a porta sorrindo. Ele se abaixou e a abraçou. E eu fiquei lá, com cara de bolinha.

– Jazzy, essa é a Anne.

– Oi! - Falei sorrindo e ela se encolheu nos braços dele, que soltou um riso baixo.

– Tá com vergonha? - Ethan perguntou pra ela, que não respondeu. Ele a pegou no colo e eu fechei a porta, pegando na mão dele. Assim que chegamos na sala, vi um mar de pessoas pousar os olhos na gente. Não. Pousaram os olhos em mim. Senti minhas bochechas esquentarem.

– Oi! - Ethan falou sorrindo. - Essa é a Anne. - Sorri envergonhada. Ele foi falando o nome de cada um. Acenei brevemente. Todos sorriram pra mim. Sem exceção nenhuma. Me senti mais aliviada e meu sorriso aumentou.

– Ethan me falou que você era bonita, mas não esperava que fosse tanto. - A vó dele disse. Que amor!

– Obrigada. - Falei envergonhada. Todos vieram me cumprimentar, menos dois meninos. Um pequeno que estava dormindo no sofá e um mais ou menos da minha idade. Do jeito que ele me olhou não tive dúvidas. É o primo mala do Ethan.


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Notas finais do capítulo

Adivinhem quem tá de aniversário amanha? Eu! uhuhuhuhuhu. Tá. Não. Vocês podem me dar review de presente. Sem problema algum u_u Espero que tenham gostado do cap. Beijos!



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