Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Demorei, mas primeiramente tive um problema com a internet no meu computador, e também estou cheia de provas e trabalhos, me desculpem mesmo assim :D

Quero agradecer aos comentários, e pedir, POR FAVOR, que comentem mais. Estão gostando da fic?

De qualquer forma eu espero que gostem do capítulo.



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Pov’s Leon

O garçom serviu o copo de coca cola com um enorme desgosto no rosto, a culpa não é minha, estávamos em um bar, mas eu não podia beber, André pelo contrário desceu o segundo copo de uísque pela garganta com pressa.

–Parece que tudo está errado. –Sussurrei e André começou a prestar atenção em mim. –As coisas não estão dando certo...Minhas escolhas, parecem cada vez mais péssimas. -Sussurrei novamente.

Meu celular apitou e fui ver o que hora, bateria fraca, sorri, não pela bateria obviamente, mas pela imagem de fundo que estava na tela de bloqueio do celular, Violetta mexeu no meu celular ontem e havia colocado a foto do nosso primeiro dia na Califórnia, ela também tirou umas cinquenta fotos dela, mas isso não importa.

–Me equivoquei. Nem tudo está errado. –Falei baixinho fitando a foto, eu estava com as mãos no bolso da calça jeans e um casaco de Stanford recém-comprado, meio encurvado, pois Violetta estava praticamente pendurada em mim, e sorria feito uma criança.

–Como foi com o advogado? Conseguiu um bom? –André perguntou, ignorando o meu momento “namorado apaixonado” de segundos antes.

–Acordar as quatro da matina valeu a pena. –Eu disse e forcei um sorrio. –Ele é um dos melhores de Buenos Aires, e segundo ele, iremos conseguir vencer no tribunal.

–É o justo. –André aumentou um pouco o tom de voz, atraindo alguns olhares. –E com o delegado? Você depôs?

–Sim, é tudo meio que complicado, não é a “justiça” que está me processando, e sim a mãe do Diego, que me acusa de assassinato, mas o próprio delegado afirmou secretamente a mim que isso é ridículo, pois agi em legítima defesa, mas meu futuro não está nas mãos dele, e sim na do juiz.

–Você tem uma vida muito enrolada, cara. –André comentou, ele não era bom em conselhos.

–Sei disso. –Concordei levantando a mãe para o garçom, pedindo uma bebida.

–Leon...-André resmungou. –Não vai beber. Primeiramente sua namorada me mataria. Segundo: Você sabe o que aconteceu da ultima vez. E terceiro: A Violetta me mataria.

O garçom trouxe o uísque com uma rodela de limão, satisfeito dessa vez, colocou o copo sobre a mesa e saiu para atender um grupo de jovens bêbados do outro lado do bar. Eu encarei o copo de uísque e o copo de coca cola, senti o olhar firme de André sobre mim, provavelmente perguntando se eu seria forte o suficiente para não beber, e eu queria ser.

Meus dedos apertaram o copo da direita, estava tão gelado que minhas impressões digitais acabaram ficando marcadas, André sorriu com a minha “decisão”, não queria desapontá-lo, e também não queria desapontar a Violetta.

–Vamos brindar. –André disse pegando o copo de uísque que sobrou. –A Leon Vargas, um homem livre e forte com seu copo de coca cola na mão. –André disse alto novamente, ele também não era muito bom em brindes. Justamos os copos com uma única batida, e bebemos em uma golada só. –O que pretende fazer agora, afinal ainda são 14h00?

Eu não sei nem o que estou fazendo no mundo, quem me dera saber o que vou fazer depois. Eu disse e que tudo estava errado, e que parecia que eu havia feito somente escolhas erradas, com exceção de uma escolha certa, Vilu.

–Vou fazer uma das ultimas coisas que eu sou bom. –Eu disse me levantando e deixando um dinheiro na mesa, pagando o que eu consumi. –Vou ser o bom namorado que sou, e fazer companhia para a Vilu.

–Hmm. –André murmurou antes de abrir um pequeno sorrisinho malicioso, eu apenas bufei, e me levantei. –Deixa de ser convencido, ninguém disse que você é um bom namorado?

–A Violetta disse. –Eu disse já de costas indo para a saída do local.

–Ela não vale. –André gritou dando risada.

–Sinto muito André, você nunca namorou comigo para saber, e nem vai namorar. –Eu disso dando risada e saindo. –Ah e vê se não bebe, não quero ter que ver você de ressaca amanhã.

Pov’s Violetta

Sim Fran foi tudo bem, o delegado só precisou de algumas informações sobre o local e o que ocorreu, contei tudo que sabia. –Eu dizia pela décima vez no telefone, Fran queria detalhes, mas não tinha detalhes.

E como foi o Leon? –Fran perguntou curiosa, ouvi a risada do Marco ao fundo.

Não sei, ele saiu cedo para resolver uns probleminhas, e quando foi para a delegacia eu não tinha chegado ainda, tivemos que depor separados. –Eu disse soltando um suspiro cansado, e me lembrando de que Leon não dera notícias ainda.

Ah. –Ela disse meio decepcionada. –De qualquer forma espero que dê tudo certo.

Obrigada Fran. –Eu disse. –E mudando um pouco de assunto, quando vamos nos ver?

Não sei, poderíamos sair em casais hoje à noite. –Ela sugeriu e eu concordei.

Vai ser bom. Eu me sinto meio carente em relação ao Leon.

Mas isso é normal, Vilu. Olha tudo que vocês acabaram de passar, me surpreendo pelo fato de vocês terem conseguido aproveitar um pouco. –Fran disse e soltou uma risada abafada no final.

–Eu sei, e ainda a Sra. Vargas que ver o filho direto, Leon não pode culpa-la, não deve ser fácil para uma mãe ver o filho ser sequestrado e depois acusado de assassinato.

Exatamente. –Ela concordou. –Logo vocês melhoram, só deixa tudo isso passar...Vilu.

–Eu.

–Preciso desligar, o Marco já está me enchendo a paciência aqui. –Ela disse e eu dei risada. –Tenha uma boa tarde.

Você também. –Eu me despedi e desliguei o telefone. Tombei sobre minha cama e aspirei o cheiro de Leon Vargas que ainda estava presente, afinal ele havia dormido ali, e admito que foi muito bom. Neste momento deitar sobre o peito do Leon me parecia fantástico, mas ele não estava aqui, então teria que me contentar com o meu travesseiro.

Eu comecei a ler um livro de biologia, eu sei que eu estava de férias, mas eu gostava de ler, era um assunto que me interessava. Fitei minha cômoda, que estava mais para a cômoda do Leon, pois havia um par de coisas dele ali, desde camisetas, perfumes, relógios, um livro da trilogia de Game of Thrones, e o carregador do celular.

–Violetta. –Ouvi meu pai me chamar de lá de baixo. –Seu amigo está aqui! –Ele gritou.

–Amigo? –Perguntei para mim mesma, presumi que fosse Maxi ou algo do tipo, me enrolei em um roupão, pois eu estava de pijama, e desci as escadas na maior preguiça.

–Leon. –Falei não podendo conter o sorriso, e indo até ele, para poder dar um abraço enquanto meu pai fazia caretas de descontentamento. –Deveria ter dito que era o Leon, pai.

O Leon pai, o amor da minha vida. –Meu pai fez uma péssima imitação da minha voz, bravo, ele foi se trancar no escritório.

–O amor da sua vida, é? –Leon indagou dando risada.

–Foi ele que disse, nem vem. –Eu disse dando um soco fraco em seu peito.

–Mas sabemos que é verdade. –Ele disse colocando as mãos em minha cintura e colando seu corpo junto ao meu, seus braços deslizaram por minhas costas e Leon me apertou mais ainda contra si próprio, apoiei minha cabeça em seu peito e correspondi ao abraço.

–Onde estava? –Sussurrei. –Está com um cheiro estranho. –Constatei inalando um cheiro que se misturava com sua colônia.

–Com André, ele me levou a um bar, e antes que você surte, eu só bebi uma coca. –Ele disse acariciando meu rosto com os dois polegares.

–Vai ficar cheio de celulite. –Eu disse apesar de saber que isso não era possível.

–Eu sou homem, não tenho essas coisas. –Ele disse dando risada.

–Sorte sua. Você, Leon, não aguentaria ser mulher nem por um dia. –Eu falei enquanto ele arrastava ele para o quarto, torcendo para que meu pai não aparecesse do nada.

–Você dúvida muito da minha capacidade. –Ele se jogando em minha cama, o que fez um estrondo por todo o quarto.

–Francamente, nós temos cólica, tpm, menstruação, ficamos grávidas, celulite, rugas, cabelos brancos, estrias e provavelmente o pior que vocês sentem é quando alguém ou algo machuca o precioso que vocês tem entre as pernas.

–É uma dor insuportável. –Leon disse dando risada. –Mas acho melhor não discutirmos isso, não sou bom em discussões.

–Eu sei. –Eu falei enquanto pulava na cama, consequentemente em cima do Leon que gemeu de dor.

–Delicada. –Ele disse irônico.

–Eu sei. –Falei outra vez enquanto bagunçava os cabelos dele, era legal Leon ver Leon meio que emburrado. –Ah..quase me esqueci.

–Do quê? –Indagou Leon tentando se virar, mas eu ainda estava em cima dele.

–Temos um encontro hoje. –Eu falei naturalmente.

–Isso é um convite? –Leon perguntou um tanto risonho.

–Não, a Fran ligou aqui e sugeriu que saíssemos em casais. –Eu disse e continuei bagunçando seus cabelos.

–Ainda é um convite.

–É. –Concordei não entendendo o ponto que ele queria chegar.

–Quero o convite formal. –Ele disse se mexendo, fazendo com que eu rolasse para o lado livre do colchão.

Leon se levantou e me puxou junto, segurou em minhas mãos e sorriu, eu o encarei com um belo ponto de interrogação na cara, não entendendo o que aquele louco estava pretendendo fazer.

–Leon? –O chamei tentando fazer com que ele dissesse algo.

–Quero o pedido formal. –Ele falou e prendeu o riso, e eu demorei uns segundos até entender o que ele queria.

–Fala sério! –Exclamei irritada e Leon riu. –Não vou fazer isso. –Leon ficou me encarando com uma expressão divertida no rosto. –Leon!

–Violetta. –Leon imitou minha voz e eu fechei a cara. Envergonhada me ajoelhei e peguei na mão do Leon, como se fosse um pedido de casamento.

–Não estou acreditando nisso. –Murmurei baixinho e depois suspirei para a vergonha “alheia”. –Leon Vargas...

–Amor da minha vida. –Leon acrescentou e eu fechei a cara mais ainda.

–Leon Vargas, grande idiota da minha vida, você gostaria de ir comigo a um encontro hoje à noite? –Perguntei e ele riu.

–Vou pensar no seu caso...

–Leon! –Resmunguei.

–Vou tomar banho, tenho que ficar impecável para sair com você. –Ele disse pegando uma toalha e entrando no meu banheiro, folgado.

–Vai lá. –Eu disse e comecei a separar minha roupa, porém antes que eu pudesse sequer separar uma peça senti as mãos firmes de Leon me abraçando.

–Isso foi um convite. –Leon sussurrou em minha orelha, me segurou pela cintura, me levantou, o que me fez rir, e me arrastou para o banho.

3 Coisas que você deve saber sobre Leon Vargas:

–Ele é potencialmente um idiota.

–Um cavalheiro desastrado e corajoso, com medo de agulhas.

–E é definitivamente o cara certo para mim...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Peço que comentem, e logo eu volto