A Volta de Bianca di Angelo

capítulo X

A tarde praticamente voou. Quando a noite caiu, os semideuses da missão se reuniram novamente a pedido de Annabeth.

—Bem, um problema...bem pequeninho... partiremos em poucas horas e nós ainda não descobrimos como entraremos nesse labirinto mágico. Não existe mais a entrada que utilizamos há alguns anos, aquela que ficava no coração do acampamento, quando o labirinto era regido pela força vital de Dédalo. Agora, Pasifae está no comando. Acredito que será mais difícil ainda achar uma entrada.

Nico murmurou:

—Maldita profecia. Todas as outras diziam pelo menos qual direção deveríamos seguir.

—Alguma ideia?

Melina, que enquanto escutava a conversa, mexia na bainha da espada, falou:

—Eu acho que assim como Dédalo, que tinha a letra Delta como marca, Pasifae pode ter seu próprio símbolo mágico em uma de suas entradas para o submundo.

Percy fitou a menina. Às vezes ela parecia uma miniAnnabeth. Será que havia uma erro e na verdade ela era filha de Atena? Dava medo. Uma já era suficiente para ele.

—Então devemos sair do acampamento, pegar um táxi e procurar um símbolo mágico. Animador. Promissor também.

Dânae falou:

—Bem, na falta de ideia melhor...

(…)

Escolheram um táxi grande, para caber os cinco. Quando o motorista perguntou o destino, eles responderam que queriam só dar uma volta. Aquilo deve ter soado bastante idiota, mas os meninos mostraram um bolo de dinheiro mortal (falsificação de primeira do chalé de hermes) e ele não protestou. Quis colocar as mochilas no porta malas, mas ninguém deixou. Eles andaram por várias ruas, avenidas e não viram nada. Já estavam percorrendo outra cidade quando Melina soltou um grito abafado.

—Viu alguma coisa?

—Não...mas o fio está brilhando!

De fato, o presente dado por Rachel irradiava luz suficiente para iluminar todo o interior do veículo.

—Dá pra desligar os celulares? Não consigo ver nada!

—Queremos ficar aqui, obrigado- Nico falou.

—Ei garoto, e o troco? Tem mais de mil dólares aqui.

—Fica pra você.

O motorista sorriu e foi embora murmurando algo sobre adolescentes sem noção.

O fio de Ariadne continuou a brilhar cada vez mais forte, conduzindo-os para uma loja de produtos velhos e antiquados que parecia abandonada.

O grupo entrou e deu uma olhada na loja. Tudo parecia extremamente velho. Atravessaram um corredor e entraram num galpão vazio. Havia outro corredor ainda. Era muito maior por dentro do que por fora, pensou Percy. Deve ter magia, então. Estamos no lugar certo.

O corredor parecia nunca ter fim. Quanto mais andavam, mais ele se estendia. Até que se alargou e ficou parecendo um túnel que levava para baixo.

—Hum...algo me diz que é aqui. Bem, vamos entrando.