Forbidden Love escrita por Miss Mikaelson


Capítulo 3
Capítulo 3 - Atração fatal


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, lindos e lindas. Explicações, recados e tudo mais nas notas finais.



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Os passos no corredor aumentaram a frequência. Logo os irmãos perceberam que Esther se aproximava dos cômodos. Niklaus, ainda em choque, deslizara para fora da cama da irmã. Se Esther estava procurando-os pelo palácio, assim como ambos presumiram, não demoraria muito para que a mãe entrasse nos quartos como sempre fazia quando um dos filhos se atrasava para o café. Rebekah continuava fitando-o em choque, mas logo lhe enviara um sinal para que se escondesse embaixo da cama. Este seria o último lugar em que Esther verificaria, caso adentrasse o cômodo.

Ele fizera assim como a irmã lhe ordenara. Recolhera todas as suas roupas que se encontravam espalhadas pelo aposento e logo se escondera sob a cama da irmã. Rebekah deitara-se novamente na cama, com os olhos fechados forçando um repouso. Os pensamentos que ocupavam a sua mente quase a impediram de manter os olhos fechados. Ambos seriam punidos pela transgressão caso o fato chegasse aos ouvidos do pai.

Esther adentrara o aposento de Rebekah, fitando com ternura a filha que se encontrava em um agradável descanso. Ela caminhou até a cama de Rebekah, retirando uma pequena mecha do cabelo louro que se encontrava sobre os olhos da menina. Rebekah resolvera acabar logo com o falso descanso, não sabia exatamente quanto tempo o irmão aguentaria embaixo da cama.

Seu coração estava mais acelerado do que o normal. Rebekah possuía habilidade o suficiente para mentir sem ser notada, pois sempre o fazia quando quebrava uma das regras da mãe. Mas agora ela se encontrava em duvida, a culpa predominando a sua mente, mesmo que já possuísse certa habilidade em enganar a mãe, jamais cometera uma transgressão tão irrevogável como esta.

– Como fora a noite? – indagara Esther, ainda acariciando os cabelos louros da filha.

A mãe lhe lançara um olhar calmo, mas ao mesmo tempo parecia um olhar acusativo. Rebekah imaginara que a pergunta estivesse relacionada ao fato de ter passado a noite com o irmão, mas logo percebera que estava enganada quanto a isso.

– Excelente – afirmou a jovem – E quanto ao alfaiate? Ele virá novamente esta tarde?

A expressão de Esther derretera ao ser mencionado os preparativos para o casamento da filha. Rebekah usara o casamento como desculpa para mudar de assunto, pois possuía a certeza de que isso distrairia a mente da mãe, assim como esperava que distraísse a sua.

– Prepare-se, querida – murmurou Esther. – Vamos ao comercio esta manhã. Viste Niklaus noite passada após o jantar? Mikael deseja comunicar algo a ele. A cama encontra-se intacta.

– Não. – Afirmou Rebekah.

Esther lhe enviara um sorriso carinhoso e logo se retirara do aposento. Após alguns minutos da partida da mãe, Niklaus resolvera sair debaixo da cama. Ele fitou a irmã novamente, ainda pensando em algo a dizer sobre a noite anterior. Parte de si sentia-se culpada pelo ato que fora consumado anteriormente. Mas outra parte, no entanto, não sentia culpa alguma, afinal ambas as partes corresponderam para que o ato fosse consumado.

Ambos não mencionaram nada. Niklaus retirara-se para seu aposento e Rebekah permanecera na cama, ainda processando os acontecimentos anteriores. As suas servas adentraram o aposento a fim de preparar Rebekah para o banho. Enquanto uma penteava os cabelos louros da jovem, a outra despejava água quente e ervas aromáticas na tina ao fundo do quarto. Duas servas de cabelos castanhos trocavam os lençóis da cama enquanto outras duas organizavam o quarto.

A água tépida ajudara Rebekah a diminuir a tensão. Enquanto relaxava na tina, não pôde deixar de pensar no fato de Esther ter proibido os filhos de dividir a cama com a irmã visava o ocorrido da noite anterior. Ela não conseguia distinguir os sentimentos. Parte de si era culpa. Outra parte era arrependimento. E uma minúscula parte havia gostado do momento inoportuno.

– Tu estás bem, senhora? – investigou a serva da esquerda, observando a expressão atônita de Rebekah.

– Sim... estou – Rebekah forçou um sorriso.

Ela encarara a serva percebendo pela primeira vez que a criada que estava a sua esquerda era a mesma que tentara impedir sua fuga noite passada. Rebekah também se recordara de que a mesma criada também vira Niklaus carregando Rebekah em seus braços, devido ao estado imprudente em que a mesma se encontrava.

Se a criada relatasse algo a Esther e Mikael, ou ainda pior, se possuísse conhecimento do que ocorrera entre os irmãos, ambos se encontrariam em uma situação irrefragável. A criada trabalhava no palácio desde antes do nascimento de Rebekah, portanto Esther exigiria uma explicação caso Rebekah ordenasse a expulsão da criada.

As criadas lhe vestiram com um vestido de cor lavanda, ajustado e decotado, fechado por cordões e mangas justas. Os cabelos louros trançados como todas as mulheres solteiras costumavam usar, ou somente soltos, mas Rebekah geralmente optava por longas tranças enfeitadas com um diadema de pedras preciosas.

Quando finalmente reuniu forças para sair do aposento, caminhou até o salão principal onde a família estava reunida, exceto por Henrik, que como era o mais novo possuía regalias que não eram aplicadas aos outros, como por exemplo, ser poupado do trabalho e qualquer outra atividade que exigisse muito de si.

As regalias também se aplicavam a Rebekah, mas como Esther estava ansiosa para escolher os tecidos para o vestido que não o escolheram no dia anterior, pois segundo ela nem um dos tecidos estava à altura para a filha, resolvera acordar a menina um pouco mais cedo, assim que o sol surgira no horizonte.

– Onde se enfiara aquele menino? – Questionou Mikael. – Niklaus sempre se atrasa!

Quando Niklaus chegara ao salão, Mikael o explicara que precisaria que o mesmo fosse à cidade com a mãe e a irmã, pois o pai tinha assuntos pendentes para tratar e como não poderia se ausentar das terras nem enviar outro de seus filhos caberia a Niklaus à tarefa de resolver.

– Não pode enviar outro em meu lugar? – discutiu o jovem. – Um criado, talvez?

– Caso fosse de minha vontade enviar um de seus irmãos eu o faria – debateu o pai. – Contudo, você fora a minha escolha. Irá à cidade esta manhã, acompanhado por sua mãe e irmã, e resolverá os assuntos pendentes que lhe instruirei.

Mikael entregara alguns papeis para o filho e lhe instruiu o que deveria ser feito. Rebekah observou o apetite voraz dos irmãos e desejou ter o mesmo, pois suas frutas e cereais ainda estavam intactos.

Esther deslizara a mão sobre o braço da filha, acariciando-a. Presumindo que a falta de apetite da mesma fosse ansiedade pelo casamento que logo ocorreria. Esther retratou todos os planos que possuía para o casamento aparentando estar mais entusiasmada do que a filha. O que era verdade. Para alguém que se casaria em poucos dias o entusiasmo de Rebekah não era nada comparado ao da mãe.

Quando todos terminaram a refeição, Mikael e os dois mais velhos prosseguiram para o gabinete enquanto Kol, que ainda cumpria a sua pena designada pela sua atitude no último baile do palácio, fora obrigado a observar o trabalho dos empregados nas terras e prescrever tudo para o pai. O mesmo abominava ficar junto dos servos, porém não havia escolha. Rebekah presumiu que o fato de Mikael ter enviado Niklaus para tratar assuntos na cidade estivesse relacionado ao comportamento na noite anterior. O que era de fato uma surpresa Mikael não atribuir uma punição repugnante como sempre fizera.

A carruagem os aguardava em frente ao castelo. Durante todo o caminho até a cidade os dois permaneceram em silêncio. Niklaus manteve os olhos presos nos papeis que o pai lhe entregara e Rebekah mantinha-se entretida com a paisagem esverdeada que atravessava a pequena janela da carruagem.

Esther conhecia muito bem os filhos para saber quando algo havia de errado com os mesmos. Niklaus e Rebekah não eram exceções, já que durante toda a infância ambos eram os que mais brigavam entre si.

– O que há de errado com os dois? – a pergunta calou fundo, pois os filhos se entreolharam sem saber o que dizer em resposta.

Os irmãos trocaram um longo olhar de desespero. Por sorte, ambos possuíam uma incrível habilidade em forjar teatro para ocultar a verdade. Rebekah, assim como qualquer irmã mais nova, empurrara a culpa para o mais velho, dando inicio a encenação.

– Responda a pergunta da nossa mãe, Nik – ela assentiu imperceptivelmente. – Será uma honra ouvi-la com suas próprias palavras.

Esther voltara a sua atenção para o filho. Niklaus suspirou, tinha poucos segundos para pensar em uma resposta, mas geralmente era habilidoso em fazer. Rebekah o olhara de maneira apreensiva temendo o que fosse proferir. Normalmente, Niklaus desabava quando estava sobre pressão, principalmente se a pergunta fosse feita por Mikael, mas naquele momento Rebekah agradeceu por ele não estar presente.

– Por favor, Rebekah – ele continuou fingindo –, já conversamos sobre isso. Empunhar um punhal é um trabalho para os homens, se eu lhe impedi de fazer foi para a sua segurança, irmãzinha. Papai ficaria furioso caso a filha perdesse um dedo.

Rebekah abafou um sorriso de admiração pela capacidade do irmão. Esther virou-se para encará-la de maneira reprovativa, pois abominava qualquer atitude da filha que não fosse condescendente para uma dama da realeza.

– Rebekah, o que estava pensando quando resolvera fazer isso? – Esther a repreendeu. – Facas e punhais são para os homens. Não foram feitos para serem manuseados por mãos delicadas como as de uma dama. Agiu de maneira correta, Niklaus.

Rebekah revirara os olhos enquanto Esther prosseguia o sermão durante todo o caminho. O servo deixara-os em frente à tenda do alfaiate, porém, antes que o mesmo prosseguisse para encaminhar Niklaus ao local onde deveria resolver os negócios do pai, Rebekah o puxara para um canto isolado de uma das tendas.

– Merda, Niklaus! O que pensas que está fazendo? – ela suspirou irritada, apertando o pulso do mesmo. – Não havia outra desculpa? Serei obrigada a ouvir sermão de nossa mãe o dia inteiro.

– Contemos a verdade a ela – ele revidou, sabendo que a alternativa era inquestionável. – Escolha a melhor opção. Creio que poderá sobreviver a um dia de repreensão de nossa mãe, mas caso ela descubra a nossa transgressão anterior...

– Não ouse pronunciar isso – ela sussurrou, interrompendo-o. - Estávamos ébrios pela bebida.

Niklaus resolvera não se opor, pois possuía certeza que a bebida não fora a única causadora daquele ato anterior. Não da sua parte. Ainda assim, Rebekah atribuíra a justificação somente para a bebida. Ele se retirara sem falar mais nada, apenas enviara um aceno levemente para a irmã e prosseguira novamente para a carruagem.

O tempo que se passara fora enfadoso. Esther a fizera experimentar inúmeros tecidos de diversas cores e tamanhos. Por fim, acabara por escolher um linho fino importado. Era realmente o mais agradável de usar além de ser o mais belo.

Para uma jovem que se tornaria esposa em poucos dias a expressão de Rebekah não demonstrava felicidade. Esther pôde perceber isso hoje mais cedo e apenas obteve a confirmação durante a visita ao alfaiate. Ela deslizara para perto da filha segurando delicadamente o seu rosto, obrigando-a a lhe encarar.

– Rebekah, parece-me que andas um tanto preocupada – adivinhou. – Sabes que pode me contar tudo. O que anda lhe preocupando? Está relacionado ao casamento?

Ela fitou os olhos da mãe ainda relutando em proferir qualquer palavra. Rebekah desejou acreditar naquelas palavras, entretanto, havia certas coisas que nem mesmo a própria mãe era capaz de compreender.

– De fato, sim – ela confirmou. – É difícil acostumar-me a ideia de que em poucos dias estarei casada com alguém que sequer conheço.

– Não há o que temer – Esther reforçou o argumento. – Lorde Marcellus é um homem clemente. Será um marido bondoso e respeitoso. Ele irá amá-la.

– Eu irei amá-lo? – Rebekah desviou os olhos. – A senhora, se pudesse de alguma forma escolher, escolheria o papai?

Foi a vez de Esther desviar os olhos. Ela sabia que a resposta para tal pergunta seria não. Contudo, não tinha certeza se seria prudente de sua parte responder a verdade para a filha. O coração de uma mulher era um oceano repleto de mistérios. Rebekah era, no entanto, sua única filha. Se alguém tinha o direito de partilhar dos segredos da mãe era ela.

– Com um tempo você aprenderá a amá-lo – Esther forçou confiança. – Ele será bom para você, eu lhe afirmo. O casamento ocorrerá somente em alguns dias, minha querida, haverá tempo para que repense. Mas lembre-se que, qualquer que seja a sua decisão, eu estarei sempre ao seu lado para dar-lhe apoio.

Ela disfarçou o receio e virou-se para observar os outros tecidos, fugindo do real assunto. Rebekah herdara a teimosia e personalidade de Mikael, portanto não era de sua natureza desistir tão facilmente das coisas que lhe interessavam.

– A senhora ainda não respondeu a minha pergunta – completou. – Escolheria?

Esther largou os tecidos sobre a mesa e pôs um braço sobre o ombro da filha, conduzindo-a até a sala onde os clientes normalmente esperavam para serem atendidos. Enquanto o dono da venda organizava os tecidos restantes e separava os que foram escolhidos pelas damas, a esposa e as filhas serviam chá para Esther e Rebekah.

Assim como Esther pedira, todas se ausentaram do local para que a mesma pudesse conversar com a filha. Havia muitas histórias que desejara partilhar com ela, contudo, resolvera partilhar somente parte da história.

– Seu pai e eu não tivemos escolha – ela começou a mergulhar em lembranças. – Com apenas seis anos ambos já estávamos noivos e no meu décimo quinto aniversario nos casamos. Para a família era apenas negócios, uma forma de aliança das mesmas. O amor não importava. Nós víamos apenas como o futuro sendo selado pelas mãos de terceiros. Havia, no entanto, um jovem rapaz por quem eu era apaixonada. Mas meus pais jamais aceitariam a união de uma jovem da nobreza e um mero camponês. Então eu fiz o certo... deixei que a vontade dos meus pais prevalecessem e me casei com Mikael. Ele me jurou lealdade e opulência, e em troca presenteei-o com maravilhosos filhos.

Rebekah esperou que a mãe continuasse a história, mas a mesma não o fez. Enquanto Esther recompensava o alfaiate e lhe instruía como desejara o vestido, Rebekah resolvera a esperar a carruagem do lado de fora da tenda, refletindo sobre o que a mãe lhe falara antes. Ela abrira mão de uma paixão somente pela perseverança dos pais. O mesmo destino aguardava a jovem, pois não havia escolha a não ser casar-se com o Lorde já que o amor do irmão era ilícito.

***

Já era começo de tarde quando retornaram ao palácio. Os servos acompanharam Esther ao palácio carregando as compras que ambas fizeram na cidade. Rebekah permanecera no jardim do castelo que era um de seus locais favoritos e ajudava a superar o clima insalubre do palácio.

Niklaus caminhara apressado ao lado dela e a arrastara até os estábulos do castelo, onde era calmo e livre dos ouvidos aguçados que pudessem atrapalhá-los. O seu dia fora horrível comparado ao da irmã que tivera que suportar somente algumas horas de compras ou repreensões da mãe. Ele por outro lado, ainda sentia a cabeça a pouco de explodir com tantos negócios; impostos; relações de vassalagem, etc.

– O que está fazendo? – a loura demandou irada.

– Precisamos falar sobre o que ocorrera antes – ele a lembrou.

– Não há o que falar – a loura hesitou. – Ignoraremos o feito...

Ele a interrompeu com um beijo, segurando possessivamente o rosto da loura contra o seu. Era uma sensação inexplicável ter aqueles lábios espremidos contra o seu. Ambos sabiam que não havia como ignorar o problema que sempre os assombraria. Fugir dos sentimentos também não ajudaria muito. Rebekah vira isso nos olhos temerosos da mãe que recusara o verdadeiro amor por opressão. Ela possuía duas escolhas; arrepender-se por viver tal paixão ilícita ou viver com o arrependimento de não ter feito. Rebekah era impulsiva por natureza e odiava sempre que era vetada de fazer algo. Resolvera arriscar-se.

– Não no estábulo – revidou a jovem para o irmão. – Arriscaremos as nossas vidas, mas não no estábulo.

– Como desejar, irmãzinha – Nik sorriu vitorioso. Caminhou até seu cavalo favorito, um grande alazão branco, que já estava preparado para ser montado.

– Uma dama não deveria deixar o castelo sem companhia – lembrou-lhe. – São as regas.

– Não seria a primeira que infringiríamos – replicou o mais velho. – E tu estás acompanhada do seu irmão mais velho. Ninguém se achegará a ti sem meu consentimento.

Ele soou obsessivo. Rebekah ergueu a mão para que Niklaus ajudasse-a a montar no animal e ele assim o fez. Ao contrário das demais damas, que se sentavam com as duas pernas de um único lado, Rebekah sentara-se com ambas as pernas de cada lado do animal, segurando firmemente a cintura do irmão. A lembrança do primeiro contato com um cavalo veio a sua mente, logo ela percebera que Niklaus fora quem lhe ensinara a montar a cavalo. Também lhe ensinara a empunhar punhal e espada.

Rebekah era uma espécie de moça criada rodeada de privilégios e mimos. Sempre fora tratada pelos irmãos como uma peça de porcelana valiosa e delicada. Não para Niklaus. Ele sempre a tratara de igual para igual, e isso sempre a fazia admirá-lo por isso. Tinha prazer em ensinar tudo para a irmã das coisas das qual Esther a vetava.

À medida que ambos cavalgavam para fora das muralhas do castelo rumo aos imensos vales e colinas da região, Esther observava-os aflita da janela do grande salão. Temia que o que fora previsto por Ayanna estivesse próximo a se cumprir. A xícara em sua mão começara a tremer, forçando-a a segurar o artefato com as duas mãos. Ayanna, vendo a sua aflição, pusera a mão sobre o ombro da amiga a fim de tranquilizá-la. Esther lhe lançara um olhar piedoso e ambas caminharam até os assentos próximos a lareira iniciando o assunto.

– O que vira desta vez, Ayanna? – perguntou aflita. – Diga-me!

– Nada mudou durante esses anos, Esther. – as palavras causaram impacto em Esther. – Tudo ocorrerá como fora previsto antes. A convivência de ambos causará a morte de um.

Esther encolhera os ombros. Afinal, fora aquelas palavras que proferidas anos atrás a obrigaram a enviar Rebekah para longe a fim de separá-la de Niklaus, usando as indiscrições da filha como desculpa para tal.

A convivência dos dois irmãos causaria a morte de um. O coração da mãe rasgava-se a cada olhada pela janela, pois via os dois cavalgando em círculos e lembrava-se de anos antes quando todos os filhos brincavam no jardim. Não suportaria perder algum.

Esther passara noites em claro desde o dia em que Ayanna previra aquela catástrofe tentando compreender o sentido de tais palavras. Lembrara-se das noites que passava de quarto em quarto olhando-os e temendo perder algum. Um nó novamente se formara em sua garganta.

– Qual o sentido de tais palavras, Ayanna? – interrogou. – Como poderá a convivência entre os meus filhos causar a morte de um?

– Não sei o significado, Esther – respondeu Ayanna. – Mas você não vê o que eu vejo. E não conhece os seus filhos. A convivência de ambos não só causará a morte de um, como também trará vergonha para toda a família Mikaelson.


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Notas finais do capítulo

Não, Esther não flagrou a transgressão dos dois no capítulo anterior. Capítulo nada romântico e nem cheio de fofura. Sim, eu sou uma pessoa malvada que gosta de brincar com as emoções das pessoas e deixá-las curiosas, caso vocês forem bonzinhos nos números de comentários, eu posto o próximo capítulo hoje ou amanhã. Caso os fantasminhas continuem me assombrando eu posto só semana que vem, talvez, afinal já estou ocupada com escola. Eu não pretendia deixar esse capítulo tão curto, mas por sugestão de terceiros - maninho malvado não devia me dar ideias, resolvam-se com ele - eu resolvi dividi-lo e deixar vocês na curiosidade.