My Frist Love escrita por Rina


Capítulo 3
Meu primeiro amor no mundo - Especial 1 -


Notas iniciais do capítulo

[AVISO]: Gente, eu sei que é um assunto meio chato de lidar, mas uma coisa que vem me incomodando é a falta de leitores nessa fic. Todo o dia, sem falta, eu escrevo com todo o amor e carinho para que alguém leia. não precisa nem deixar um comentário longo. É só para dizer que você esteve aqui poxa :c ajuda a motivar o autor.



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10 anos atrás...

Era sempre tão sozinho, o garoto de cabelos cinza e peles incrivelmente brancas que tinha os olhos mais belos e solitários, na opinião de Hiccup. Talvez ele precisasse de alguém ao seu lado e Hiccup sem duvida queria ser essa pessoa, mas deveria se contentar de que o mais perto que poderia estar dele era o observando lá de longe. Era até meio doloroso para o moreno dizer que nunca poderia esta lá do lado dele, eles dois eram homens, e Jack Frost era um veterano enquanto Hiccup apenas um calouro, além de muitas outras coisas contra, Hiccup tinha uma noiva. O observava sempre atrás de um grande estante de livros. Jack todos os dias ia para a biblioteca e ficava sempre em um local reservado, sem ninguém por perto, ninguém além de Hiccup que fazia de tudo para que ele não percebesse que ele estava ali o encarando, todos os dias, todas as tardes sem parar, sem cansar. Pegava todos os livros que ele lia depois dele, só para descobrir mas sobre ele e para ter o nome bem embaixo do dele, na lista de quem havia o pego para ler. Seguia-o no recreio inteiro e sentava em um local que desse para vê-lo na hora do lanche.

“Céus, eu pareço um stalker”

Hiccup não poderia deixar de notar o quanto era obsessivo o seu amor pelo mais velho, mas era impossível deixar de olhá-lo, ele o amava muito. Talvez um jovem de quatorze anos sem amigos sem ninguém para conversar tenha botado todas as suas esperanças em cima do veterano solitário da biblioteca, só talvez, mas talvez isso tudo fosse amor mesmo. Amor? O que Hiccup sabia sobre amor? Uma criança de sonhos frustrados, com pais sem tempo para ele, o mais perto de amor que ele havia chegado foram os livros, aqueles que ele pegava após o veterano, e quando gostava muito comprava-os. Hiccup amava ler, era como mergulhar em um mundo bem diferente do seu, sem medos, onde as coisas davam certo. E sem pensar acabou passando a tarde na biblioteca da escola, observando o veterano, lendo sem parar, não havia ninguém o esperando em casa afinal só banguela, seu cachorrinho, ele sempre o esperava animado e nunca cansava, não importa a hora que Hiccup chegava banguela sempre estava o esperando. E logo com os pensamentos lá no alto, chegou em casa e lá estava banguela, morto de fome, arranhando sua perna, pedindo colo. Hiccup sorriu e botou comida para o filhote, e trancou-se no quarto, e logo recebeu quinze chamadas furiosas da sua noiva, Merida, nas quais nenhuma atendeu. Hiccup era filho de um rico dono de uma grande editora de livros, e quando pequeno foi prometido em casamento a filha de um dono de outra grande editora. Merida era uma bela garota, porém mesquinha e repugnante, quando pequenos eram amigos, mas Hiccup nunca concordou com o casamento. Quando pequeno fez um acordo com Merida, de que iam se comunicar todos os dias sem falta, até o dia do casamento. O quanto infortuno foi ao fazer a promessa? Ela sempre o enchia a cabeça de asneiras, porem Merida era a única pessoa que Hiccup tinha para conversar, não tinha amigos, e seus pais nunca estavam presentes, e ele ainda assim preferia bater papo com Banguela, ele sim prestava atenção no que Hiccup falava, diferente de Merida. As chamadas da ruiva não paravam e finalmente o moreno atendeu.

“Hiccup? O que você estava fazendo que não poderia atender as minhas chamadas?” – A voz grosseira da menina já não mais assustava o moreno.

“Estava fazendo qualquer outra coisa melhor do que te atender, Merida” – Ele queria dizer isso, mas simplesmente disse...

“Desculpe, não escutei as suas chamadas” – Disso com uma voz calma.

“Então passe a prestar mais atenção no seu celular Hiccup! Que isso não se repita, jamais!” – Falava, ou melhor, gritava no pé do ouvido do moreno, que resmungava baixinho para desligar. Desejava que a casa da ruiva fosse engolida por titãs gigantes e que ela morresse ali mesmo. Titãs gigantes? Quanta criatividade.

“ Desculpa Meri...” – Falou quase num sussurro, logo resmungando mais.

“ E o que você tanto resmunga? Esqueceu a promessa? Você me deu a sua palavra!” – Continuava a reclamar sem parar por um minuto, ele ainda se perguntava como ela tinha tanto fôlego.

Depois de uma conversa longa e chata, Hiccup finalmente teve seu momento de paz. Comeu qualquer coisa na cozinha e foi se deitar, não conseguia parar de pensar no veterano, nem por um minuto. Será que era amor mesmo? E encarou o teto do quarto, a duvida nunca suprimida. No dia seguinte acordou com um estranho bom humor, arrumou-se rápido e foi andando para a escola mesmo sem comer. As aulas passaram tão rápido quanto poderia notar e logo se viu correndo para o lugar na biblioteca onde sempre ficava para observar o veterano, atrás da estante de livros de biologia. Hiccup odiava biologia, e era a única matéria que ele conseguia se dar mal. Depois de um tempo notou que o veterano não estava lá, sentiu um aperto no coração por um momento, até que alguém cutucou seu ombro.

– Com licença... – E lá estava o veterano o encarando com aqueles olhos solitários. Era o mais perto que já havia chegado dele, seu coração batia tão rápido, sentia-se sem ar e suas pernas estavam bambas.

– Veterano... – Seu rosto enrubesceu ao encarar o mais velho. – E-eu.... Te amo.

Havia dito para si mesmo não falar nada, talvez fosse até melhor não ter dito, mas ver o veterano de tão perto...

– Hiccup, não é? Posso te chamar de Hic? – O mais velho sorriu, pela primeira vez, talvez não na vida, mas era a primeira vez que Hiccup havia o visto sorrir. Jack o deu um abraço forte, talvez porque agora não se sentia tão solitário assim e seus olhos ganharam um brilho inexplicável, estava bem mais bonito assim, na opinião de Hiccup. E naquele momento Hiccup teve a certeza de que Jack Frost era seu primeiro amor no mundo e mais na frente iria descobrir que também era o único.


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