Gatuno escrita por Vitor Hermano


Capítulo 2
Outro alguém


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito tempo ~rufem os tambores~ capitulo novo na area! Espero que gostem e se apaixonem pelo universo jumper, assim como eu sou. (dude, valeu!)



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E se você pensar que pode viver em paz... Bem, devo lhe alertar que não. Mal havíamos chegado a Vegas e já havíamos descoberto paladinos. Era assustador, estes caras surgiam do nada com armas e te levavam ate a morte. Quase ceifadores, mas sem toda a ladainha de “você vai para um lugar melhor”. Pascal nos enviou informações sobre os paladinos. Eles estavam agindo em Vegas á algum tempo, já haviam matado dois de nós e não queríamos ser os próximos. Paladinos não eram caras legais, nem ao menos pela aparência. Você poderia reconhecê-los facilmente. Eles têm uma cara de quem lambem limão a todo tempo. Não tem um bom humor, além das piadinhas horríveis, o porte físico e a roupa de couro preta [n/Vitor: Porque vilões sempre vestem preto?] também ajudam a acha-los. Caso veja alguém assim, só resta checar se ele tem um triângulo tatuado no pescoço. Se sim, por favor mate-o.

Vitor continuava vidrado ao computador, recolhendo o máximo de informação que podia. Eu não tenho esse lado nerd, assim como não tenho paciência para tudo que está acontecendo. Eu queria uma viajem, apenas uma, em que as únicas coisas que eu mataria era minha fome e minha sede alcoolica. Mas, o que seria de mim sem paladinos pra matar? Enquanto ele coletava informações, eu limpava minha arma. Nada fora do comum, eu fazia isso desde que saí das fraldas. Meu par de Desert Eagle foram dados a mim no mesmo dia que o Hermano 1 ganhou as garras dele. Elas disparavam quatro tiros seguidos, e eram completamente silenciosas. Sonho realizado.

Vitor levantou correndo colocando a camisa e pegou as garras em cima da cama dele, as prendeu no braço. Era engraçado vê-lo com aquilo, mas depois de lembrar como ele luta e arranca gargantas, bem, deixa bem mais engraçado e divertido. Eu devo em algum momento na minha vida ter tido medo dele, confesso, já que ele diz que...

– Um trabalho que deve ser bem feito, deve ser feito com as próprias mãos. - Ele me interrompeu como se tivesse lido minha mente. Depois completou – Está pronto, donzela?

Certas vezes ele se referia a mim por esses nomes carinhosos. Pus minhas armas nas botas e me levantei vestindo a camisa em homenagem a ele.

– Agora estou.

Ele pegou a chave do carro e saiu do quarto descendo as escadas ligeiramente, o segui. Nós usávamos o carro pra manter a discrição e caso fosse preciso dar carona á alguma garota... já que não podíamos chegar pra ela e “segure minha mão, nos vamos nos teletransportar pra sua cama” não. Bizarro. E nada sexy. Ou talvez sim, testarei em breve. Hermano 1 passou-me as informações sobre os paladinos e como eles eram, para que não houvessem erros. Elle jamais aceitaria saber que em uma invasão deixamos paladinos vivos.

A casa onde eles estavam não era nada modesta. Eu viveria ali bem feliz, mas não a limparia de forma alguma. Pelo visto, eles pensavam do mesmo modo que eu. Estacionamos longe da casa, num ponto estratégico e deixamos o carro ligado. Vitor me mostrou quem eram os que deviam morrer... Praticamente todos. Não podíamos deixar ninguém sair dali vivo. Infelizmente, isso fazia parte desse nosso mundo. Como de costume, “ladies first” Vitor entrou na casa, teletransportando-se para trás do principal deles. Eles estavam sentados á mesa como uma família feliz de assassinozinhos. Até que o cara lá se engasgou e caiu para frente, em cima do prato de comida (clássico). Os demais se levantaram com as armas de choque em mãos. Eles sabiam que armas de fogo não funcionariam, pois nós nos teletransportariamos antes mesmo de a bala nos atingir. Então, eles usavam armas de choque que paralisavam nosso cérebro. O que é cruel, mesmo para um paladino. Vitor já estava em outra posição, os paladinos procuravam por ele até que eu entrei em ação. Apareci na porta da casa, visão ampla e perfeita. Ninguém havia me ouvido, saquei minhas armas e adentrei. Eles ainda buscavam pelo Hermano, observei enquanto eles se separavam e fui até eles, sem me aproximar muito.

– Agora vocês veem. Agora não veem mais. – eles se viraram pra mim e correram em minha direção. Sem atirar, me teletransportei para uma posição atrás deles e atirei. Três mortos. Como eram cinco, Vitor deveria estar bem acompanhado em algum lugar da casa... Fui procura-lo a moda antiga, caminhando. Não demorou muito, ouvi vidro se quebrando e logo percebi que vinham da cozinha, ao chegar lá, restavam apenas poças de sangue. E vitor segurando um cara pelo cabelo, com o pescoço cortado.

– Ei estripador, precisamos de alguém para limpar essa bagunça... – ele olhou pra mim e riu.

– Estripador... Gostei disso... – Saquei o radio comunicador do bolso dele e liguei para o Pascal.

– Serviço de faxina. Rápido. – joguei o radio pra ele e saímos dali. Logo, deixariam tudo limpo e sem vestígios de mortes ali dentro. – Vegas, estamos de volta.

Pra dar uma variada no cardápio, fomos ao Royale. Um cassino onde celebridades e ricos frequentavam. Eles apostavam alto, e os prêmios eram á moda da casa... Royals. Todos bem vestidos, assim como nós.

– Um homem prevenido é um homem vivo, é o que eu sempre digo. – vitor riu. Dessa vez, não tínhamos acesso imediato. Não pela porta da frente. Então decidimos entrar pelo banheiro. Saímos de lá como se sempre estivéssemos ali. Ninguém nos notou, o que pra mim era uma surpresa. Sou sempre a figura notável nas festas. Para um cassino, algumas pessoas estavam arrumadas demais. Todos esbanjando joias e aparatos caros. Fui até a mesa de lançar dados e me sentei. Alguns deles olharam pra mim, como se fossem me nocautear ali mesmo. Até que eu lhes mostrei o dinheiro e eles só faltaram me colocar no colo. Então era assim que funcionava... Vitor dispersou. O negocio dele era mais racional... Poker talvez... não sei, sei que no final, estaremos no hotel, ricos.

– Quero um seis. – todos olharam pra mim como se fosse óbvia minha jogada. Os dados rodaram e caiu um cinco. Perdi. Perder também fazia parte, sou um jumper não um telecinético. Se é que eles existem... Continuei com as apostas. – Dois – eles riram baixinho, até que, eu joguei os dados e saiu exatamente o que eu queria. É, talvez eu seja um pouco telecinético...

Algum tempo se passou, minha pilha de ficha estava subindo. O bom de jogar com ricos é que se você também tiver dinheiro, ninguém desconfia de você. Jogar ali era só sossego, finalmente... Uma loira se aproximou de mim, se você está ganhando você sempre atrai coisas boas. De certa forma, aquele ditado é errado... Sorte no amor azar no jogo? Acho que estava mais pra sorte no jogo, sorte no amor. Mesmo que não fosse amor, alguém ia chacoalhar os lençóis hoje, e não seria a faxineira. Ela se apoiou em mim, e torcia a cada vitória minha, parecia uma ótima companheira. As apostas se encerraram, saí da mesa com quase o triplo do que cheguei. Troquei as fichas e fui ao encontro do estripador com a meu premio.

– Vitor, nós vamos para o hotel... – ele olhou pra mim e sorriu – bem... até logo. – fiz com que a garota se virasse e olhei pra ele novamente e mexi a boca pra que ele pudesse ler meus lábios “Olha essa bunda!” ele balançou a cabeça e assentiu fazendo O.K. com os dedos. Deixei ele no cassino e fui pro hotel com a loira. Antes de sair, senti uma mão no meu ombro. Posso jurar que gelei no mesmo instante, mas era Vitor.

– Pascal ligou, más noticias... – ele falou. Depois me puxou pro lado e sussurrou no meu ouvido – parece que havia mais alguém na casa. Deixamos passar um, estão em análise para descobrir quem e como é. Até então, só se sabe que havia mais alguém lá.

– Resolvemos isso amanhã. Tenho alguém me esperando... E deixa-la esperando seria uma grande falta de respeito... - eu sorri e pisquei pra ele que não foi muito á favor da minha decisão. Mas, era o que tinha de ser feito... Ou ao menos o que eu queria que fosse feito.


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Notas finais do capítulo

E ai? Como será que eles irão reagir a isso? não percam o proximo, sério, eu garanto. kkkk



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