A Drop in the Ocean

E aqui estou eu mais uma vez depois de ser usada por Peeta, praticamente jogada na sarjeta, eu ainda estou na dele, e sabe por quê? Se você fala porque eu sou trouxa temo admitir, mas esta correto.

Quantas vezes eu fui tratada como segunda opção quando as vagabundas dele não o satisfaziam, e eu trouxa ia lá com ele, assim como infelizmente estou fazendo agora porque eu o amo e odeio ter de admitir isso.

Mas eu não serei como Clove e Cato não, eu não posso, não posso lutar contra os sentimentos que eu possuo por Peeta, saber que um dia eu vou estar vendo as fotos dele com outra e pensando: “Poderia ser eu, mas eu não lutei.”

Até final de semana eu estava a mil maravilhas com Gale, porém as coisas mudaram quando eu me vi apaixonada por Peeta, me vi pensando nele quando beijava Gale, ou fazia outras coisas.

Estava parada na porta da casa dele esperando tomar coragem para tocar a campainha, eu não estava segura, mas sabia que tinha de fazer.

“Tudo que preciso é de vinte segundos de coragem, somente.”

Apertei a campainha e fiquei rezando para que ele me tratasse bem uma vez na sua vida.

–Katniss? –Falou assim que abriu a porta.

–Eu vim conversar com você. –Disse abaixando a cabeça.

–Conversar ou me xingar? –Olhei para ele.

–Conversar. Peeta, eu preciso te falar algumas coisas. –Ele me deu espaço na porta.

–Vai querer entrar? –Perguntou.

–Certamente prefiro que conversemos no parque assim se você me fala algo que eu não goste eu vou tentar ser mais civilizada, ou não. –Peeta riu e eu dei um sorriso de canto.

–Okay, vamos lá, o vizinho novo não gosta muito de barulho. –Sorri e fomos.

Começamos caminhando devagar sem conversar, eu olhando para o chão esperando Peeta me falar qualquer merda.

–Katniss me fala. –Eu tinha de falar. Parei de andar e o encarei.

–Eu te amo Peeta, isso ai, não queria começar a conversa assim mas eu e você e o mundo sabemos que eu tenho merda na cabeça, sabe por que? Só o fato de gostar de você já prova que eu tenho problemas mentais, e meu orgulho é grande, mas eu tinha que te fala isso sabe por quê? Porque não consigo mais lida com isso sozinha, então me ajuda a me livrar disso, ou simplesmente me beije e finja que me ama, ou me ame. Sei lá Peeta, só não me deixa. –Que foi isso? Eu devia esta sei lá, bêbada, não eu não bebi eu juro.

–Kat, eu não vou deixar você, eu poderia sei lá dormi com dez, mas não tenha dúvida, elas não são como você, você é importante para mim, eu só não sei o que sinto, se você pudesse me dar um tempo, aceitar minha amizade, eu não quero que você se livre desse sentimentos, porque, porque eu não quero merda. –Isso dói quando você não é correspondida.

–Eu já falei tudo que eu queria, melhor eu ir né? –Me virei e comecei a andar, mas senti um mão me segurando pelo pulso.

–Katniss, vamos fazer algo legal, é assim que começa os grandes namoros não? Apenas me de meu tempo e pare de encucar porra na cabeça como se e te odiasse ou nunca fosse te amar, você é bem melhor e durona que isso você sabe não? –Assenti e deixei uma lagrima cair o abraçando.

Desfiz o abraço e sorri para Peeta, ele me olhou e passou a mão na minha bochecha, e limpou minha lagrima.

–Eu só preciso de um tempo. –Falou tentando me passar confiança.

–Para transar com metade da cidade? –Perguntei irritada cortando o clima legal que estava.

–Não. Para por as ideias no lugar, eu não fico com uma menina faz um tempo, tipo para você eu devo esta pegando Johanna... Madge, ou sei lá até mesmo Glimmer. –Era isso mesmo que eu achava. –Mas eu não estou. Para de pensar coisas ruins de mim, ou coisas que não levaram nós dois a lugar nenhum. –Ele me deu um beijo na testa. –Vamos lá ao shopping, só que não vou voltar lá em casa para pegar o carro então espero que tenha um numero de um taxi. –Deu um sorriso torto.

–É o que mais tenho. –Sorri e peguei meu celular para discar o numero.

(...)

Estávamos dentro da sala do cinema, vimos um filme qualquer que estava em cartaz, na verdade não estávamos vendo merda nenhuma, estávamos conversando sobre coisas, interesses, e qualquer coisa do tipo.

–Finnick e Annie você já soube? –Perguntei.

–É... Aquela vadia. –Bati no braço dele. –Que foi? Tá pegando meu macho. –Falou com uma voz de gay que me fez gargalhar e umas pessoas mandar a gente calar a boca.

–Sempre desconfiei. –Falei. –Então amiga o que faremos depois do cinema? –Perguntei.

–Compras! –Falou histérico e isso só me fez rir mais.

–Você é um idiota sabia? –Dei outro tapa no braço dele.

–Que você ama... –Murmurou baixo, mas ainda sim consegui ouvir.

O filme acabou e eu e Peeta nos levantamos, e ele me deu um abraço por trás, descemos as escadas e saímos da sala do cinema ainda sim abraçados.

Eu gostava tanto de ficar com ele, ele me fazia bem, apesar de tudo que passei com ele, eu não podia negar.

–Bat... –Chamou-me, odeio que me chamem assim, mas que inferno!

–Que? –Respondi seca.

Ele virou e me beijou, e foi ótimo, nós sabíamos bem que ele não era apaixonado por mim, mas era tão calmo e apaixonado.

–Amizade colorida? –Perguntou sorrindo assim que finalizou o beijo.

–Oi? –Franzi o cenho.

–Eu, você, amizade colorida, dando um tempo para eu pensar? –Senti que ele ficou nervoso ao me fazer a proposta.

–Mas Peeta, eu não quero me machucar. –Falei, ainda tinha meu lado menina de ser né gente?

–Prometo que não vai. –Os olhos azuis que me encaravam tentando me passar confiança.

–Como posso saber que é verdade? –Perguntei nervosa.

–Tem que confiar em mim. –Peeta veio para perto e iniciamos um novo beijo.

E no final de tudo continuamos sendo os mesmos babacas, idiotas e irracionais que se gostavam e não assumiam.

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