–PUTA QUE O PARIU CATO! TIRA ESSA BARATA DA MINHA CARA! –Ele ria com minha desgraça.

–Ui, a Cloclo ta irritadinha! –Vou matar esse bostão.

–Tira essa merda da minha cara. ANDA LOGO CATO! –Eu estava desesperada enquanto ele quase chorava segurando a barata perto da minha cara e balançando ela pelas anteninhas.

Okay vou explicar a situação, estava nua, devo ressaltar NUA tomando banho, e bem vi uma barata, cara não era uma barata parecia tipo mais uma barata elefante de tão grande e gorda, peguei e me enrolei em uma toalha e gritei desesperadamente pelo meu colega de quarto vagabundo, bem digamos que ele veio, pois é, ele veio, veio rindo, seminu, só de cueca box branca e pegou a barata pela anteninha e esta chacoalhando ela na minha CARA.

–Pelo amor de Deus Cato! Qual seu problema em? Tira isso daqui se não eu vou berrar, fazer um escândalo e te acusar de estupro. –Ele jogou a cabeça para trás rindo e chacoalhando aquela piolhenta ainda mais.

–Okay, mas se eu tirar a baratinha. –Colocou ela bem perto da minha boca enquanto eu tentava me espremer mais entre a parede. –Você vai me deixar dormir com você na cama de casal, e não vai me colocar para dormir no chão.

–Filho de uma égua! –Gritei e ele quase jogou a vadia dentro de minha toalha e eu a apertava mais contra meu corpo. –Okay, porém ninguém pode saber se não eu corto seu saco. –Ele jogou a barata no chão e pisou em cima. –Vaza daqui agora eu quero terminar meu banho.

–Olha não seria ruim se eu ficasse aqui... –Ele se aproximou mais do meu corpo e me deu um beijo no ombro e depois no pescoço.

–Sai seu merda e joga essa barata morta no lixo. –Ele pegou a barata nas mãos de novo e a jogou para fora do box.

–Você joga no lixo, a propósito espero que venham MUITAS baratas nesse banheiro, alias minha visão é privilegiada. –Corei e ele sorriu de canto. –Até mais. –Ele bateu a porta e eu sai do box ainda enrolada na toalha para fechar o trinco da porta e me trocar.

Fechei a porta devidamente e coloquei minha blusa branca e meu short jeans claro, peguei meu tênis e penteei meus cabelos. Quando sai do banheiro vi Cato ainda de cueca jogado na nossa cama. Tá ele é um pedaço de mal caminho okay? Mas eu o odeio ainda sim o odeio e quero que ele morra, mas eu não sou lésbica é obvio que eu vou reparar no corpo dele.

–Aonde vai? –Perguntou ele para mim antes que eu abrisse a porta.

–Ver como a Katniss está se saindo com seu colega de chalé o Marvel. –Cato sorriu e eu sorri de volta.

–Só eu acho que ela está quase parindo? –Ele disse.

–Bem... Se nesse pouco tempo ela já quase teve um filho imagina nos próximos. –Cato riu e eu saio.

Vi Glimmer com as amiguinhas olhando para mim quando passei por elas, agora era só procurar o chalé da Katniss, que eu não faço a mínima idéia de qual seja. Comecei a caminhar e dei de cara com Annie conversando com Peeta e Katniss.

–Ela quer ficar com a cama de casal. –Falou o Peeta indignado.

–Peeta ela é uma garota. –Respondeu a Katniss.

–É a Glimmer pelo amor de Deus, acha mesmo que eu quero que ela pegue a minha cama de casal? Eu quero morrer... –Nunca vi Peeta sendo tão dramático.

–Bom pelo menos você não vai ficar na mesma cama que ela. –Revidou Annie. –E ela é uma garota, é sacanagem você deixá-la dormir no chão. –Cara era a Glimmer! Ela merecia dormir no banheiro meu e de Cato.

–Gente! –Acenei indo até eles. –Peeta, se liga por que não deixa Glimmer com a cama de casal e fica no sofá? –Ele me olhou indignado realmente ele estava MUITO indignado.

–Cara... É a Glimmer. –Ele respondeu.

–Eu sei, ela merecia ficar no meu banheiro, eu sei que ela é uma vadia okay? –Falei e eles me olharam confusos.

–Quem é vadia ratinha? –Ouvi a voz fina de Glimmer soar pelo ambiente.

–Você, querida. –Imitei-a.

–Vou te falar uma coisa, se acha que Cato quer algo com você, saia dessa tudo bem? Porque ele gosta disso aqui. –Ela apontou para sua própria bunda.

–Glimmer, você engordou? –Perguntou Katniss e Peeta riu baixo.

–O que? –Perguntou ela.

–Sério ta parecendo mais cheinha... –Katniss falava com tom de seriedade por mais que fosse mentira alias Glimmer era a coisa mais magra que eu já tinha visto, depois de Annie é claro.

–Meu Deus! Você acha mesmo? –Perguntou a loira apavorada.

–To te achando gorda. –Glimmer saiu correndo chorando depois da ultima frase de Katniss, e eu e Peeta começamos rir que nem dois loucos.

–Gente! –Gritou Annie. –Coitada!

–Tomara que morra. –Falei.

(...)

–Suas duplas para acharem o tesouro serão a mesma do chalé, não façam nenhuma restrição sobre isso. –Dizia a coordenadora vagabunda. –O que ganhar decidira o tema da festa de amanha, e bem, todos terão que participar e se esforçar. –Terminou!

–Cato. –O chamei. –Qual o tesouro? Não prestei atenção.

–Algo como um colar bobo sei lá. –Eu assenti.

–Odeio isso. –Falei.

–Eu gosto, porque sou mega popular e quero escolher o tema da festa. –Cato às vezes parecia ser gay... Será que tudo é um disfarce? Ri com esse pensamento.

–Do que está rindo? –Perguntou ele.

–Nada. –Falei rindo mais.

–Agora vou te dar um motivo para rir. –Ele começou a me fazer cócegas na barriga e eu me apoiava nele para não cair, Glimmer nos olhava furiosa.

–Vocês dois. –Falou a coordenadora vagabunda. E nós paramos. –Parem! Podem começar.

–Onde vamos começar a procurar? –Perguntei com cara de bunda.

–No mato. Sempre ta por lá.

(...)

–QUE BOSTA CATO ESTAMOS PERDIDOS! EU QUERO TE MATAR EU QUERO QUE VOCÊ MORRA E VÁ ARDER NO INFERNO, EU TE ODEIO PARA CARAMBA, OLHA NO QUE VOCÊ NOS METEU QUAL SEU PROBLEMA HEIN? –Estava andando de um lado para o outro gritando com aquela bixa com “x” para mostrar que é bixa mesmo.

–QUER PARAR DE GRITAR?! –Perguntou ele se sentando no chão e colocando a mão nos ouvidos.

–NOSSA QUE MANEIRA IRÔNICA DE ME MANDAR PARAR DE GRITAR! VOCÊ ESTÁ GRITANDO SE É QUE NÃO PERCEBEU. – Falei o obvio para aquele retardado.

–CLOVE PELO AMOR DE DEUS, SENTA E SE ACALMA, VAMOS ESPERAR A AJUDA VIR! –Sentei do lado de uma arvore.

–TE ODEIO! –Gritei.

–Acredite é recíproco.

Comecei a sentir algo me pinicando na bunda e logo foi se espalhando quando olhei havia formigas vermelhas andando no meu corpo.

–CATO OLHA ISSO! –Berrei. –AI MEU DEUS. –Ele veio até mim apressadamente enquanto as formigas me picavam demais e doía sério, só uma novidade sou alérgica a picada de formiga.

–Calma! –Ele começou a tentar a tirá-las do meu corpo, mas a tentativa era em vão. –Tem um rio ali, corre! –Sai correndo o mais rápido que pude com Cato atrás e me joguei no rio.

Quando eu vi estava só com as roupas intimas e bem parecia um alivio estar na água, mas ainda coçava e doía eu não duvido nada eu ter febre. Cato tirou a roupa e seus sapatos ficando só com a box preta e foi até mim.

–Melhorou? –Perguntou com preocupação na voz.

–Aham, eu sou alérgica a formiga. –Falei.

–Merda...

–Provável que eu tenha febre. –Nossos rostos estavam tão próximos e eu não sei porque mas eu torcia para ser beijada eu queria isso, eu precisava, mas ao mesmo tempo... Eu me odiava por isso.

–Vamos... –O puxei quando ele ia sair e o beijei, fiz exatamente o que eu queria.

Eu comecei o beijo.

Ele cedeu.

Eu prolonguei o beijo.

Quando vi estávamos em uma batalha de línguas e nada mais importava, era calmo, mas era com desejo, era diferente das outras vezes, tinha mais algum sentimento, eu só não sei o que era.