O mundo está morrendo escrita por Senhorita SM


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores, oi autores, oi leitores e autores e claro, oi queridos fantasminhas camaradas! Desculpem não consigo fazer capítulos grandes.



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Depois de algumas horas viajando, e com toda certeza, já bem distante de minha cidade, entramos em uma cidade deserta, ou seja, abandonada, mas não tivemos a chance de parar e olhar se tinha sobrado alguma coisa útil para nós, assim que passamos em uma loja, ou melhor, o que restou dela, só o entulho de paredes no chão, e tudo que tinha na loja debaixo. Assim que fomos passando, veio um grupo de homens com roupas esfarrapadas e sujas mandando parar o ônibus, e Herman não teve dúvida, acelerou mais e fomos embora. E minha irmã visivelmente chocada, perguntou:

–O que foi aquilo?

–O lado irracional, primitivo, selvagem que todos nós temos. Pois sem água e sem comida, as pessoas por instinto de sobrevivência, vão fazer de tudo. Por isso estejam preparados, porque agora teremos que sobreviver, e fazer tudo para isso, somos nós contra todos aqueles que forem uma ameaça para nós. –Herman

As palavras de Herman, nos fez calar e pensar, e durante uma hora ninguém falou uma palavra. Mas acho, o que nos chocou mais foi a ideia de que nós nos tornaríamos iguais aqueles homens selvagens, se quiséssemos sobreviver.

Decidimos que encontraríamos um lugar para viver, mais por enquanto, tentaríamos sobreviver, parando em matas, e não em cidades, que poderiam ter pessoas famintas, ou seja, perigosas.

E como foi seu dia? Se me perguntasse eu responderia: Foi produtivo, sobrevivi, sei que poucas pessoas da minha cidade sobreviveram, eu vi muitas delas se afogarem, e se me perguntarem, por que não ajudei, pela minha sobrevivência. Pelo vidro do carro, eu vi pessoas que cresci junto serem levadas pela água, e sei que não teria muito o que fazer, ir lá e morrer junto com elas, grande ajuda! Não, não sou insensível, só eu sei o quanto me dói ser egoísta em pensar só na minha família e na de Kayo. Só eu sei o que é ficar feliz por está viva, mesmo que suja, pois não encontramos rios ou lagos para tomar banho, mesmo que sem uma casa, mesmo sem um lugar para onde ir, e com lembranças dos dias que era feliz e não sabia, que tinha tudo, e agora só queria conseguir ter esperança de que vamos conseguir, de que vamos encontrar uma saída, por que até agora não vejo uma. Às vezes penso que não tem mais para onde fugir, que tudo foi destruído, que todo lugar está inabitável, mas olho para Kyl e tento não pensar assim, tento pensar que Kyl terá um lugar para chamar de seu, onde possa ser simplesmente uma criança.

E por enquanto estamos sobrevivendo da pouca comida que trouxemos de casa e da água dos cocos que encontramos. Estamos sobrevivendo.


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Notas finais do capítulo

BJUS
SENHORITA SM