Just Friends escrita por Laia


Capítulo 51
Capitulo 51


Notas iniciais do capítulo

Cara, o que dizer dos comentarios que recebi? Só que voces são lindos demais, minha nossenhora!
Tem mais alguns capitulos, ai vou dar um intervalo pequeno - tipo, uns dias só tá? - e volto com a 2ª temporada o/ to super tensa com isso '-'
Enfim, vamos para a ultima e decisiva treta :)



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Os dias foram passando. Minha fisioterapia era quase uma tortura, e não pela dor, mas pelo jeito frio que a Anne me tratava. Quando soube da viagem, adiei algumas sessões. Ela não fez sequer questão de saber o motivo.

Íamos viajar em dois dias, ia dar meia-noite e a Manu estava arrumando as malas. Eu não sabia como ia ser quando chegasse lá, porque obviamente eu não era a Suzy!

Ela estava ouvindo musica e cantava com o cantor, que dessa vez eu não conhecia.

–HÁ!

Entrei no quarto lhe dando um susto. Ela jogou a primeira coisa que viu: a saia de couro do dia da tal festa.

Comecei a rir e peguei a saia, que deixou um papel pequeno dobrado no chão. Ela me olhava zangada, mas a expressão se suavizou quando viu o papel.

–Que isso?

–A saia é sua, como eu vou saber?

Ela levantou e veio andando curiosa. Peguei o papel e desdobrei.

***

Eu não li o que tinha, e nunca tinha visto esse papel na vida.

–Manuela, no dia que você bebeu... Você... Tem certeza de que não aconteceu nada com aquele cara?

Ele tentou disfarçar, mas eu sabia que tava puto.

–O que ta escrito?

–Tem certeza ou não? – os punhos fechados amassando o papel, o olhar desviado, a mandíbula tensa. Eu tava ferrada e nem sabia o motivo.

Meu cérebro travou. Eu fiz o Maximo pra me esquecer – esquecer do que lembrava – daquela noite.

–Tenho!

Ele riu irônico e jogou o papel na minha cara.

–Acho que não!

Saiu pisando forte, puto com a vida e comigo.

Minhas mãos tremiam, consegui pegar o papel nos meus pés.

Com a letra manchada pela lavagem da saia, consegui identificar algumas coisas.

“Adorei te conhecer – borrão – passar a noite comigo – borrão – maravilhosa.

Oliver :*” e um telefone borrado.

Mas que merda!

Só me dei conta quando o Edu já estava quase saindo, furioso.

–Eduardo espera!

Ele me olhou incrédulo, como se eu não tivesse o direito de lhe pedir isso.

–Não vou esperar porra nenhuma!

–Então é isso? Vai me deixar? Por que a casa é sua...

–Não dramatiza Manuela – ele respondeu cerrando os dentes.

Nesse ponto, eu já tava numa mistura de raiva e desespero.

–Não é drama Eduardo, mas você podia ao menos...

–Te ouvir? Pra que? Me fala Manuela, PRA QUE? Você disse que cansou das minhas lamentações, ótimo, porque também cansei das suas!

–Eu não disse que lamentava!

–Então você gostou né? Da noite TODA!

Ele tava insinuando...

–Vai se lascar Eduardo, não é nada disso!

Ele voltou tudo que tinha andado, parando na minha frente, cuspindo as palavras na minha cara. Parecia que meu cérebro se recusava a processar tudo aquilo, mas então, eu acordei. E na pior parte que podia ouvir!

–Eu to aqui todos os dias feito um babaca, mendigando por um mínimo beijo seu e só precisou virar três copinhos pra já ficar toda facinha e dar pra um cara que você conheceu em vinte minutos de festa!

Aquilo me acertou pior do que o murro! Foi defesa involuntária! Quando me dei conta, minha mão já pegava em cheio no seu rosto, deixando a marca dos meus dedos.

–Você NUNCA mais sequer PENSE em falar assim comigo de novo!

Senti uma lagrima descer, era de raiva! Escorreu quente pelo meu rosto e me fez ter ódio de tudo aquilo, mais ainda!

Eu bebi mesmo naquele dia, e não me orgulho de não lembrar de nem metade da noite, mas também não me arrependo nem um pouco! E eu tinha certeza que não tinha ido pra cama com ele!

–Chega, deu pra mim! – ele começou a andar e dei meia volta – Ou melhor, não foi pra mim né?

Ele me olhava com raiva, e eu sabia que estava se controlando. Ele nunca me machucaria, mas quando o Edu ficava puto... Ele não era o mesmo cara! Ele perdia o próprio controle... Olhas as coisas que ele tava falando!

Ele não me bateu. Mas avançou como um animal pra cima de mim, não tive tempo pra ter uma reação. Suas mãos vieram de encontro no meu pescoço, meu corpo contra a parede, sem escapatória nenhuma. Sua mão apertava minha nuca, me mantendo presa ali, e me beijava de forma feroz, agressiva. Seus lábios quase me machucavam, mas não me afastei.

Interpretei como ou ele fazia isso, ou íamos cair na porrada! E como disse: ele não ia me machucar! Senti o gosto de sangue na boca com uma mordida no lábio. Me soltou quando eu já quase não tinha mais ar. Me olhou com dor, confuso, a cabeça em negação. Não fez mais nada alem de pegar as chaves e sair.

Me corpo estava mole, e desatei a chorar ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Então? Falhooou pra Manu? Acham que rolou algo? To super nervosa '-'
I'm back okay?
Beijos :*