Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 12
Let it go


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos e queridas
Voltei depois de muito tempo, achei uma brecha da escola e encontrei criatividade e resolvi postar.
Comentem muito para eu voltar hahaha
Boa leitura
=D
Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455002/chapter/12

“Dreams aren't what they used to be
Some things sat by so carelessly
Smile like you mean it
Smile like you mean it”

(Smile like you mean it)

The Killers

Anabelle's part

–Tenho certeza que aquela vaca da Emma planejou tudo, Anna! –Loly se sentou na minha poltrona e lançou um olhar cúmplice para Sarah. –Lembra daquele clube que as meninas que eram apaixonadas pelo Austin criaram para prejudicar e machucar você?

–Sim. –Funguei algumas vezes.

–Então, esse era um dos planos que a Emma e umas outras garotas tinham inventado, mas era mirabolante demais para ser concretizado e então eu não te alertei, na esperança que ela não faria nada disso.

–Eu não duvido nada que ele tenha dito essas coisas de verdade, não acredito mais numa palavra que sai da boca de nenhum daqueles dois. Se merecem.

–Anna, o que o Austin sente por você é verdadeiro, e eu acredito que seja recíproco. Sabe, ás vezes, como Julieta sofreu tanto para ficar com Romeu, vocês devem sofrer para ficarem juntos.

–A única diferença é que os dois morreram no final.... –Loly falou rindo fraco.

–Cala a boca, Loly. –Sarah esbravejou. -A questão é, Austin sempre foi apaixonado por você, desde criança. Seu irmão sempre impediu isso. Anna, nós estamos defendendo o cara que amamos para você se apaixonar por ele. Se nós não quisessemos que vocês ficassem juntos, e se tudo isso fosse mentira, eu e Loly não estaríamos aqui.

Eu estava perdida em meus pensamentos e nas falas das meninas. Eu não queria acreditar que aquilo que eu vi aquela noite era verdade,mas ao mesmo tempo a realidade me chamava, uma dura realidade.

Austin’s part

Acordei meio tonto, não me lembrava de nada. Havia marcas de beijo em meu peito e travesseiros e lençóis brancos jogados por todo o quarto. Me levantei e fui até o banheiro. Estava acabado, meu cabelo estava todo bagunçado, estava todo sujo de batom vermelho e as olheiras dominavam minha face. Lavei o rosto e escovei os dentes, tentado fazer com que a minha cara de cansado fosse minimamente disfarçada. Voltei para o meu quarto e recolhi as roupas e travesseiros jogados no chão. Aquele cenário me deixava com medo de descobrir sobre o que eu fizera na noite anterior.

– O que você fez ontem com Anna foi imperdoável, a gota d’água! –Minha mãe disse. Ela estava sentada na cadeira da minha escrivaninha escrevendo alguma coisa em papel.

–Há quanto tempo você está ai? –Perguntei confuso, colocando a mão na minha cabeça que latejava.

–Isso não interessa, eu quero que você assine isso, Austin, é uma anulação do noivado e uma medida cautelar requerida pelo pai e irmão de Anna. –Ela estendeu isso na minha direção. –Assine e depois entregue isso para seu pai. Ele está muito desapontado com você, francamente Austin, trazer Emma para cama?

Minha mãe cuspiu todas aquelas revelações em mim e tudo o que fiz foi pegar o papel e dar uma olhada, perplexo no “contrato” formulado pelo pai de Anna.

–Eu não vou assinar isso! –Troquei rapidamente de roupa e sai de casa.

A rua não estava movimentada e as pessoas me olhavam torto, provavelmente já saberiam do escândalo de Emma na minha cama. Fiquei pensando como aquela garota doente teria chegado no meu quarto, como deixaram-na entrar e, muito provavelmente, me drogar. Cheguei na casa dos Cartore e ao tentar abir o portão já fui barrado por um dos porteiros da casa.

–Você ainda não sabe da medida cautelar, rapaz? –O homem alto e de olhos penetrantes e “medonhos” se virou para mim e me barrou pelo meu ombro. –A família Cartore exige que você se mantenha a no mínimo três metros de distância de Anabelle.

–Olha cara, eu preciso falar com Anna, preciso me explicar, ela precisa saber a minha versão sobre a história com Emma na minha cama.

–Rapaz, eu não vou repetir, você tem de fic...

–Jack, deixe ele entrar, por favor. –Anna me olhou, sua expressão era fria e seu olhar era de pena. –Quero ver as mentiras que vai me contar dessa vez.

–Anna, eu sei que você não se lembra de mim totalmente, que a sua memória está confusa, mas eu tenho certeza que uma parte sua, mesmo que pequena, ainda confia em mim.

–Vocês dois, não se matem. –Jack, o porteiro, nos alertou.

Eu e Anna entramos na casa e ela me guiou até seu quarto, porém antes de chegarmos lá, passamos por Richard, que me olhou feio e avançou até mim. Annabelle, para evitar discussões apressou o passo e me levou até seu quarto, o mais rápido possível.

–Fala logo o que você precisa falar.

–Bom, ontem á noite eu sai com Peter até um restaurante e comemos fora, eu não sei se você se lembra quem era Peter, mas a única coisa necessária sobre ele é que é meu melhor amigo. Então, ai eu voltei para a casa umas nove e meia e fui logo tomar um banho, estava com um pouco de dor de cabeça, então tomei um remédio, só que não me fez bem e eu apaguei ou alucinei, provavelmente a segunda opção.

Anabelle parecia não ter acreditado muito em mim, mas seus olhos agora esboçavam um brilho que eu não vira desde a nossa “guerra de bricadeiros” na casa do lago. Continuei a resumir a história até a parte de minha mãe ter me entregado esse suposto contrato feito pelo pai dela.

–Deixe-me ver, por favor.

Anna leu rapidamente e, sem dizer nenhuma palavra, saiu de seu quarto batendo a porta atrás de si. Eu a segui, e percebi que ela estava indo até o escritório de seu pai, no andar de cima. Ela estancou a porta com tudo e viu seu pai sentado numa poltrona, ao lado de Richard.

–O que ele está fazendo aqui, Anabelle? -O pai de Anna perguntou, com os olhos fixos em mim.

–Eu quero saber quem deu autorização a vocês dois para fazerem isso aqui? -Ela jogou o contrato em cima da mesa de centro em frente as poltronas. -Eu perdi a memória, mas as poucas que me restaram são dele. Como querem que eu me lembre de algo sem ele por perto?

–Filha, nós tínhamos a intenção de que ele parasse de te fazer sofrer, na noite anterior Richard deve de te trazer desacordada para casa, pensamos que ele tivesse feito alguma coisa a você, aliás, Richard disse que te encontrou jogada num corredor e viu esse rapaz com Emma.

–Desculpe a minha intromissão...

–Não se desculpe, cale-se. -Richard falou, me fitando friamente.

–Olha cara, se você tem tantos problemas comigo, começa a falar verdades pra Anna, os dois!

–Que verdades?

–Antes do acidente, nós tivemos um jantar desastroso onde seu irmão querido e amado, falou para todos que estavam na mesa que era...

Fui interrompido por um soco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Influência Shakesperiana" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.