Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 11
Simple as this


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa meninas;
Agradeço pelos comentários e pelos elogios, continuem assim e que bom que vocês estão gostando, fico muiiiito feliz!
Boa leitura
=D
Beijos



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"Girl, you've been forgetting
Just how special you really are
And i try to remind you
Sometimes i can't find you
But the truth is in your hear"

(Note to self)

Jake Bugg

Anabelle's part

Eu mal o conhecia direito, mas alguma coisa nele despertava algo em mim incontrolável, paixão talvez. Toquei meu lábios, lembrando do beijo que ele me dera. Doce. Deitei no travesseiro, o sol iluminava o meu quarto, Austin fora embora cedo, porque minha mãe o expulsara de casa, avisando que eu agora preferia a companhia dele do que a dela, isso não era bem verdade, mas Austin ocupara uma posição em destaque na minha mente e no meu coração. Alguém batia levemente na porta.

–Oi, Anna. -A garota da foto. Emma.

–Saia daqui! -Esbravejei para ela.

–Calma, Anna. -Ela sentou no sofá e olhou para mim. -Eu vim esclarecer algumas coisas que Austin dissera sobre mim.

–O que?

–Anna, eu sempre fui sua melhor amiga, nunca faria mal a você. -Ela se levantou e pegou a minha mão. Eu me afastei dela. -Anna, por favor, se lembre. Aposto que não tem nenhuma lembrança ruim de mim. Faça um esforço, eu nunca quis te matar! Na verdade, eu sempre fui apaixonada pelo Austin, alguém já deve ter te contado isso, acontece que ele me seduziu para fazer isso, falando que não teria a droga do casamento de vocês e eu seria dele!

–É mentira! -Eu me levantei.

–Anna, você tem todas as provas, o seu diário, o passado que você teve com ele e o seu subconsciente, que eu sei que ele sabe que eu estou falando a verdade.

As palavras dela eram como facas afiadas sendo colocadas levemente em meu coração. Um flashaback rápido surgiu em minha mente, eu estava em um vestido lindo, e Austin na minha frente vestia um belo smoking preto.

Flashback on:

–Sim, para o casamento dos prometidos ser anulado, cada um deve estar de casamento marcado com pessoas aleatórias.

–Entendi. -Respirei fundo. -Então agora temos um acordo, senhor Monville?

–Creio que sim. -Ele estende sua mão e eu a aperto. -Então temos esse prazo de dois anos para encontrar alguém, já tem uma pessoa em mente?

–Não, e você?

–Sim, e você a conhece. -Ele faz uma breve pausa desnecessária para ver se eu conseguia adivinhar quem era. -Emma Gelberk.

–Ótima escolha, Emma é apaixonada por você.

–Eu sei disso desde que Loly-pumpum mandou recados para todos da escola dizendo que me amava.

Flashback off

Era verdade, tudo o que ela dissera era verdade. Austin nunca me amou, nem nunca vai me amar. Lágrimas escorreram pela minha face, eu sempre fui boba assim? Acho que sim. Emma veio me abraçar, mas eu me afastei.

–Quero provas de que você está falando a verdade.

–Como assim?

–Eu quero ver se você e Austin estão mesmo juntos.

–Ótimo, se quer sofrer mais vá na casa dele ás dez horas, estarei no quarto dele, beijando-o.

Ela sorriu e saiu do meu quarto, como aquilo poderia ser minha melhor amiga, ela não me passava confiança, pelo contrário, me passava medo.

Narrator's part

Quase dez horas, Anabelle saíra de casa escondida de todos, menos do motorista, que a levara para a casa de Austin. A maioria das luzes estavam apagadas, porém, uma em especial, que ela conhecia bem, estava acesa, onde as cortinas voavam por causa do vento.

–Eu volto em alguns minutos, obrigada por me trazer aqui a essa hora da noite.

–Imagina, Senhorita Cartore. -Ele sorriu carinhosamente.

Eu bati duas vezes seguidas e uma senhora abriu a porta, vestida já de pijamas. Ela me olhava com ternura, provavelmente sabendo quem eu era.

–Anabelle! -Ela exclamou e me deu um abraço. -Quer que eu chame o Austin?

–Eu posso ir até ele? -Perguntei doce.

–Sim, mas acho que ele est... -Eu ultrapassei a senhora que abrira a porta e já fui logo procurando as escadas. Estava perdida. -A escada fica no fim do corredor.

–Obrigada.

Eu subi degrau por degrau, pisando levemente para não fazer barulho e acordar quem estivesse dormindo. Assim que cheguei no corredor de quarto, um no fim dele estava com uma fresta de luz acesa. Caminhei lentamente, ouvindo alguns sussurros inaudíveis. A luz ficava mais clara a cada passo, assim que cheguei na porta do quarto, me recostei na parede para poder ouvir melhor.

–Você me ama, não é? -A voz de Emma perguntou.

–Claro que sim, eu amarei você para sempre. -Austin respondera, um pouco lentamente do que a fala de uma pessoa normal, mas respondera.

–E você faria tudo por mim?

–Qualquer coisa! -Afirmou.

–Até matar?

–Esquartejar se preciso for.

Mais lágrimas. Olhei pela fresta da porta. Emma estava deitada em cima de Austin, enrolados por um lençol branco. Ela passava seu dedo por todo o peito nu de Austin. Ele estava com um sorriso bobo nos lábios, que estavam sujos de batom vermelho.

Oh Anna, como você é boba.

O pensamento de ter sido enganada por um cara que eu pensava que amava, a raiva da minha melhor amiga estar se deitando com a pessoa que estava destinada a mim e o sorriso feliz de Austin me fizeram cair aos prantos ali mesmo, no meio do corredor.

(~.~)

Acordei na minha cama, não sabendo exatamente o quando e como tinha chegado em meu quarto. Estava vestindo as mesmas roupas do dia anterior, uma calça cor vinho e uma blusa branca com pequenas flores em volta. Meu coturno agora machucava um pouco meus pés. Agora eu tinha vontade de sofrer outra pancada na cabeça e esquecer de tudo que eu tinha ouvido e visto na noite passada.

Me obriguei a levantar da cama. Olhei no relógio, seis e meia da manhã. Fui até uma mesinha perto do sofá e peguei um envelope, lá estavam meus horários de escola. Minhas aulas começavam em vinte e cinco dias. Engraçado, das coisas aprendidas na escola eu não me esquecia, mas não lembrava de nenhum professor ou de alguém daquela escola. Deixei o envelope lá e fui tomar um banho. Lágrimas fujonas escaparam dos meus olhos e escorreram pela minha face. Chorar era desnecessário, o único sentimento que me restara de Austin ou de Emma era raiva, ódio, sei lá, nojo.

"O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim.
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto."

Tati Bernardi


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