Por amor... escrita por MarieMatsuka


Capítulo 3
Real


Notas iniciais do capítulo

In love, rs.



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Acordei pela manhã ainda um tanto sonolento. Eram 7:30 em ponto.

“Mais um dia no paraíso...” pensei.

Levantei-me, e fui tomar um banho. A água quente do chuveiro foi me relaxando lentamente, até que me lembrei do sonho.

“A mulher...”, pensei.

Estremeci. Mas que droga, onde eu estava com a cabeça? Ela nem era real!

Saí do banho apressado, me sequei e vesti uma calça e uma blusa de linho branco. “Eu uso essas roupas a tanto tempo que nem sei mais se gosto de branco.”, pensei.

Após me vestir, fui para o jardim que tinha próximo a minha “casa”. Eu estava com fome, e sem vontade de preparar nada, e lá tinha algumas frutas saborosas. Quando eu havia acabado de me sentar no banco embaixo da macieira, avistei Haziel, um de meus generais, se aproximando pelo céu.

“Será que é pedir muito por 15 minutos de paz?”

Haziel pousou em minha frente de forma suave, que invejaria boa parte da infantaria celestial. Haziel, apesar de ser um general, trabalhava para mim como uma espécie de “espião”. Ele observava todos os planos, em busca de infratores, ou qualquer tipo de perigo que pudesse colocar em risco nossa preciosa batalha. Eu apenas o via quando ele vinha até mim para informar sobre algum problema, o que não seria diferente hoje.

– Meu senhor – disse ele, cumprimentando-me com uma mesura – Peço perdão por incomoda-lo a essa hora, mas tenho más notícias.

– Tudo bem, Haziel. Diga-me, qual é a má notícia?

– Bem... Ao que tudo indica, nossos planos, seu plano, chegou aos ouvidos de uma jovem mortal, meu senhor. Ela não vive no plano físico, e sim no Astral. Andei pesquisando sobre a vida dela, e parece que ela pode ser considerada um tanto... perigosa. Ela é filha de uma das deusas antigas, Ártemis, das regiões da Grécia Antiga.

– O que?! Mas como isso é possível? O quanto exatamente de meus planos chegou aos conhecimentos dela? – eu disse, com um ódio crescente em minha voz. – Quem deixou tais informações escapar?!

– Eu não tenho certeza, meu senhor. Acredito que não muito, mas não é seguro que ninguém saiba de seus planos. – ele disse, apressado. – Ainda não descobri quem deixou a informação escapar, mas assim que descobrir, trarei a informação até você, meu senhor. – terminou ele.

– Muito bem. Vamos acabar com isso. Faça com que essa mulher venha até mim em Éden. Faça com que ela acredite que eu quero apenas conversar com ela. Quando ela estiver lá, eu a arrastarei até algum lugar, o Inferno, que seja, e a matarei.

– Mas, meu senhor... Ela é “protegida” de seu irmão, Lúcifer. – disse ele, com a voz baixa.

– Como assim, protegida de meu irmão? Desde quando Lúcifer protege alguém? – eu disse, incrédulo.

– Ela é esposa de um de seus filhos, meu senhor.

“Agora era só o que me faltava”, pensei. “Ter que me preocupar com as esposas das proles de Lúcifer!”

– Muito bem, Haziel. Faça o que eu digo. Depois me entenderei com meu irmão.

– Tudo bem, meu senhor. Farei com que ela vá até o Éden encontra-lo.

– Muito bem, Haziel. Isso é tudo. – eu disse, claramente ordenando a ele que fosse embora logo.

– Meu senhor. – ele fez uma leve mesura, e alçou voo.

“Ao que parece, não vou ter 15 minutos de paz hoje...”. Levantei-me, e fui buscar a armadura que eu havia deixado no quarto.

Eu havia acabado de chegar ao Éden. Haziel havia me avisado a cerca de uma hora que havia falado com a jovem. Ela havia concordado em ir até lá para conversar comigo, e eu a esperava.

Tudo ali no Éden parecia tão perfeito, que eu fazia de tudo para ficar longe dali. Era apenas mais um lembrete da minha solidão, e da minha completa falta de alma e livre arbítrio. Comecei a andar pelo pátio que havia na entrada, rodeado por frondosas árvores, cheias de frutos. Casas se erguiam aqui e ali, entre as árvores. Eu havia parado para admirar a beleza da arquitetura de uma delas, quando ouvi passos distantes atrás de mim. Pareciam vir de duas pessoas, e eram passos leves. Duas mulheres.

Virei-me bruscamente, e então me assustei. Um vestido longo, azul cobalto, no estilo medieval. Corpo esbelto, não muito alta, aproximadamente 1,65 metros. Pele branca. Lábios avermelhados. Cabelos castanhos lisos ondulados na altura da cintura. E olhos. Olhos de um azul tão intenso, que eu reconheceria na mais escura noite, no meio da floresta. Era ela.

Ela é real.


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Notas finais do capítulo

Já estou escrevendo o próximo, espero que estejam gostando... rs