Obsession (pepperony) escrita por Cher Stark


Capítulo 3
O Inesperado Bate à Porta


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu queridos leitores! Como vão? Espero que bem :)
Acaba de sair do forno o terceiro capítulo e aqui está ele, quentinho para vocês. (Sim, eu demorei um pouco. Semana corrida... ) De tanta que foi minha pressa, talvez encontrem algum errinho ou sintam o capítulo fraco, pois mal tive a oportunidade de revisá-lo... Mas não se preocupem. Semana que vem eu posto um melhor. (Prometo!) Então me aguardem, rs.
Fora isso, também queria dizer que estou muito contente pelos comentários e opiniões. E essa semana fiquei mais feliz ainda, por isso venho agradecer a linda da Emily Watson pela primeira 'favoritação' da Fanfic. Muito obrigada, isso foi um grande passo para mim...
Bom, é isso. Tenham uma boa leitura. :)



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Mansão Stark

7:50 a.m., Oficina




Tony fitou as fotos sobre a mesa. Confuso com as imagens tomou a primeira em mãos, reparando em seu conteúdo. Demorou segundos até processar o que realmente viu, pois não conseguia aceitar aquilo como possível. Após conseguir, um aperto lhe veio ao peito junto com o gosto amargo que tomou conta de sua boca. Atirou a foto sobre a mesma enquanto que com a outra mão, passou os dedos pelos cabelos.





— Como eu imaginava. — comentou Rhodes ao ver a reação dele.




Tony não respondeu. Estava imerso em pensamentos. O que Rhodes dissera sobre o mundo estar em perigo parecia promissor. Olhou de relance as imagens sobre a mesa, atordoado pela gravidade do que via nelas. O que era improvável, ali, agora, revelava-se possível. E ele não sabia como.




Frustrado, pegou novamente a primeira foto de modo a vê-la mais de perto. Observou-a franzindo o cenho, a expressão confusa e ainda hesitante. A foto lhe veio feito uma interrogação. Era uma captura de satélite e em sua imagem, uma possível armadura cortava o céu de um deserto em tons marrons, anunciando que o pior de seus pesadelos estava por vir. Devolveu a foto de volta ao monte, sentindo outra tensão percorrer novamente seu corpo. Apoiou-se com as mãos sobre a mesa enquanto um aperto veio lhe no peito como se uma mão cerrasse um punho em seus pulmões. Um sentimento de frustração percorreu seu corpo ao passo que o coração acelerou o ritmo das batidas. Enquanto o corpo respondia mal, tentou se convencer de que não era a primeira vez nem a última, aliás, nada em si já era o mesmo. Na tentativa de se acalmar, soltou os ombros, atenuando a força que pressionava contra a mesa.





— Tony, acalme-se. Preciso de você vivo. — comentou Rhodes enquanto apenas o observava pelas costas.







— O mundo precisa. — disse com a voz falha, ainda apoiado cabisbaixo na mesa. — Apenas me diga o que estou vendo.






— Gostaria de poder dizer. — respondeu Rhodes — Desde que vi seu exército de armaduras voando em direção aquela plataforma eu nunca mais dormi direito. E agora isso.




Tony o olhou de soslaio enquanto tomou em mãos as demais fotos sobre a mesa. Essas conseguiam ser piores. Suas imagens revelavam muito mais do que uma ameaça iminente. Eram o seu pior pesadelo, contudo, dessa vez, ao invés de uma armadura, eram muitas, talvez dez ou quinze, pois o nervosismo ainda presente não o deixava contar. Eram de diferentes tamanhos, pareciam voar em diferentes direções como se interagissem entre si e, pelo que conseguia ver dos clarões dos propulsores que cortavam o céu da imagem, deduziu serem diferentes tecnologias.






— Sabe Rhodes, eu nunca acreditei em muita coisa. Não acreditei que isso uma hora aconteceria. — disse.






Hipnotizado pelas imagens, Tony desviou os olhos em direção ao chão, pensando em tudo aquilo que havia acabado de ver. Desejava saber o que ou quem havia desencadeado sua maior preocupação, mas fosse o que fosse ele tinha certeza que não era nada bom. Largou as fotos no lugar onde estavam, porém continuo parado em seu lugar. Durante o breve silêncio que seguiu na oficina, pôde sentir o olhar de Rhodes sobre suas as costas, exigindo mais do que ele podia lhe dar.





— O que está acontecendo? Não posso ter uma noite tranquila que quando amanheço encontro meu trabalho nas mãos de outros. — disse Tony com o olhar sério, virando-se na cadeira para Rhodes. — A propósito, como conseguiu isso?







— Ninguém sabe o que está acontecendo. Nem mesmo o governo. Mas é aí que está. Não são imagens do território americano. — disse Rhodes, aproximando-se da mesa e tomando uma das fotos em mãos. — Foram registradas nessa madrugada sobre o deserto Rub’ AL-Khali, próximo da divisa da Arábia com o Iêmen. Recebemos as imagens há algumas horas. O governo pensou ser você quando viu essa foto. — disse erguendo a foto que mostrava a imagem de apenas uma armadura. — Mas logo veio aquilo que viu. — disse, soltando um suspiro pesado.







— “Aquilo” é engenharia reversa. Tem noção do que significa para mim? Tudo bem se o governo tem o Patriota de Ferro, mas aquilo... — disse Tony, fechando o punho sobre a coxa.






— Eu sei. — concordou Rhodes. — Mas embora o governo saiba das explosões na plataforma I.M.A ano passado, muitos no Pentágono acreditam que você esteja por trás disso. — continuou, com as palavras rápidas e diretas.






— E, no entanto o governo me deseja na linha de frente. — supôs Tony pela visita dele.





— Não é bem is..





— J.A.R.V.I.S, escaneie o território sobre guarda das forças. — disse Tony, o ignorando, virando-se na cadeira de volta á beira de sua mesa. — Preciso de todas as coordenadas num raio de cem quilômetros do Rub’ Al-Khali.






— Tony, você não pode fazer isso sozinho. — interveio Rhodes, colocando a mão sobre o encosto da cadeira de Tony e o girando para si.








— Então venha comigo. — propôs — Temos armaduras, explosivos, tecnologia furtiva...







— Não podemos agir sem que o governo...






— Não obedeço a ordens do governo. — interrompeu-o Tony novamente — É só Homem de Ferro e Mark II, sem esse teatro nacionalista do Patriota de Ferro.







— Teatro?! Sou eu que tenho ocupado a defensiva do Homem de Ferro enquanto você se esconde atrás das garrafas de bebida.






— Ah, então além de ter roubado minha armadura você espera que eu te mande flores por bancar o herói no meu lugar? — gritou.






A discussão seguiu pelo ambiente. Enquanto James salivava suas palavras em vão e Tony as rebatia com destreza, Pepper desceu as escadas, motivada pelos gritos que vinham do local, adentrando a oficina sem que ambos percebessem. Pronta para um dia de trabalho, vestia um blazer branco em conjunto com a saia de mesma cor, enquanto os cabelos ruivos pendiam presos num coque que emoldurava sua expressão sobressaltada devido ao escarcéu diante os olhos.






— Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? — perguntou Pepper, os observando com os olhos arregalados, fazendo com que as vozes se cessassem.







— Estou apenas tentando dizer ao Rhodes para que fique longe da nossa coleção de artes. — brincou Tony, embora sustentasse um ar sério.






— O que? — protestou Rhodes na mesma hora com a expressão confusa. — A questão é que o Tony não está dando a mínima para nada. — disse Rhodes levantando o copo vazio de Uísque que estava sobre a mesa. — Já até começou o dia assim.





— Uísque? É sério, Tony? — indagou furiosa.






— Até tu, Brutus? — disse Tony, virando-se para Rhodes com o olhar furioso. Logo, voltou-se para Pepper, batendo uma mão na outra, nervoso com a situação. — Certo, me pegou. Olha, Pep...








— Eu não acredito que você já bebeu logo tão cedo. — protestou Pepper com a voz furiosa.






— Todos estão preocupados com vocês, Tony. Estamos preocupados. — disse Rhodes, enquanto Pepper assentia suas palavras com o olhar.






— Espera, isso é um complô? Não vão querer começar de novo com a parte que não me toca. — respondeu Tony entre dentes.






— Se você não estivesse agindo feito um quarentão com crise de meia-idade talvez não precisássemos. — disse Rhodes aumentando o tom de voz enquanto se aproximava de Tony.







— Aposto que o quarentão aqui quebra sua cara com a mão nas costas... — ameaçou Tony cerrando os punhos.







— É melhor se conter, Tony. — aconselhou Rhodes o encarando frente a frente, com a voz no mesmo tom insolente.







— Ou o que? Vai me espancar e roubar outra armadura? — retrucou entre dentes, o fitando com desdém.





— Parem os dois! — gritou Pepper, que até o momento permanecera calada observando o desenrolar da conversa dos dois. Após seu grito, ambos permaneceram frente a frente, ainda se encarando. — Não sei o que está acontecendo, mas sei que isso não vai levá-los a nada. — disse, sua expressão, embora furiosa, demonstrava que ainda estava sem entender nada.





— Você tem razão, Pep.— concordou Tony com a postura rígida, embora ainda fitasse Rhodes nos olhos. — Se quiser minha ajuda, sabe onde me encontrar, Rhodes. Mas se não quiser, saiba que já comprei essa guerra. — disse baixo para que somente ele o escutasse, pousando as mãos sobre os ombros de Rhodes. Após uma breve troca de olhares, afastou-se, indo para o outro lado da oficina. — Agora se me permitem preciso trabalhar. Ah, e vocês também. Não é mesmo, Srta Potts? As Indústrias Stark não funcionam sem sua presidente. — disse ao longe, na tentativa de se livrar dos dois, enquanto caminhava em direção ao seu robô assistente.







— Nada disso, Tony — protestou Pepper indo atrás dele ao som do tilintar de seu salto contra o piso. — Ninguém sai daqui antes dos dois me explicarem o porquê dessa discussão tão cedo. — interveio, colocando as mãos na cintura. — E não me venham com mentiras. Sei que algo grave está acontecendo e exijo saber o que é.


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Notas finais do capítulo

Então, a curiosidade valeu a pena? Espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar. Beijos e até o próximo capítulo.