Desejo Insano escrita por Sol


Capítulo 3
Atração


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Novo, desculpem a demora!!!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/454366/chapter/3

Eu estava no meio de uma batalha entre a Bella interior e a Bella racional, uma estava sendo impulsionada pela vontade a outra estava com a razão. Como por impulso, peguei o cartão da minha bolsa, senti o perfume dele e disquei rapidamente no meu telefone. Ele atendeu ao terceiro toque.

–Salvatore. -Ele atendeu, sua voz me fez estremecer.

–Sr. Salvatore sou eu Isabella. A garota do bar. -Falei dando ênfase as palavras garota e bar. “Não faça isso” a Bella racional falava.

–Senhorita Swan, achei que você não ligaria. -Ele disse, mais parecia estar me ironizando.

–Eu não sou arrogante, liguei para agradecer sua gentileza. -Me defendi, como ele pode pensar que eu não agradeceria, apesar de assustada com suas informações sobre mim. -Como você soube onde eu morava?

–Segui você e seu namorado ontem assim que saíram. -Ele respondeu, não parecia arrependido de ter me seguido sem que nós percebêssemos. -Desculpe se fui indelicado. -Ele continuou.

–Tudo bem, ele não é meu namorado. -As palavras saíram da minha boca sem que eu pudesse pensar. “Você não deveria ter dito isso a ele” a Bella racional exclamou furiosa.

–Bem... -Ele fez uma pausa, eu podia ouvir uma pequena risada. -Eu estava pensando se você poderia me agradecer pessoalmente hoje a noite.

Eu congelei, ele estava realmente me chamando para sair. Logo eu. “Ele é perigoso!” a Bella racional falou, em seguida a Bella interior suspirou “Perigosamente sexy”.

–Porque eu deviria fazer isso? Dei-me um bom motivo, surpreenda-me. -Murmurei.

Ele levou uns minutos para me responder, o que fez a Bella interior ficar aos prantos.

–Porque você é uma mulher esperta e sabe que vou tornar sua noite inesquecível. -Ele respondeu com segurança.

–Boa resposta, mas inesquecível não é uma palavra forte de mais? -Ironizei tentando manter o controle.

–Não quando se trata de Damon Salvatore. E então, você aceita? -Ele perguntou.

Por mais que uma parte de mim não quisesse aceitar, e eu sabia que Edward iria me matar se soubesse, resolvi tomar a decisão mais certa a se fazer.

–À que horas? -Respondi, ignorando todos os avisos da Bella racional.

–Vou pedir para meu motorista te pegar as oito, quanto ao lugar vou manter o mistério. -Damon continuou me fazendo arrepiar, enquanto eu podia escutar sua exaltação.

–Bem, te vejo mais tarde. -Sorri desligando o telefone bem na hora que a secretária eletrônica gravava o recado de Edward.

“Bella, infelizmente não poderei te ajudar com a nossa missão neste fim de semana, bem, o meu pai me queria de volta em Seattle. Espero que fique bem e não faça nada imprudente, te vejo na segunda. Edward”.

Maldito Edward! Ele tinha que me abandonar justo hoje que eu mais precisava dele. O dia se passou rapidamente e conforme as horas se passavam mais eu ficava nervosa e apreensiva. Já era sete da noite e eu nem tinha escolhido um vestido ainda. Pensei em ligar para o Edward, mas ele não atendia.

“Não desista. Você não pode voltar atrás” a Bella interior me encarava diante de mim no espelho. Ah, meu Deus eu não consigo, nunca fui a um encontro antes, eu sempre ficava segurando vela enquanto Edward paquerava as outras mulheres. Pensei na minha mãe, mas eu não falava com ele há meses.

Peguei um vestido preto, básico, um dos que Edward havia escolhida pra mim, ele era do tipo tomara que caia, curto, com um cinto marcando a minha cintura e dando inicio aos babados da saia do vestido. Coloquei um salto preto, um pouco apertado e bastante alto, em seguida uma maquiagem escura com um batom de cor velho prostituta, usei o colar da noite passada. Soltei os cabelos atribuindo um pouco de volume a eles.

A campainha tocou e eu respirei fundo umas três vezes. “Vamos lá, não deve ser um bicho de sete cabeças” a Bella interior encorajou-me. Eu não posso ficar na dúvida para sempre. Abri a porta e dei de cara com um jovem ruivo, não tão alto mais bonito.

–Senhorita Swan, sou Jasper Hale o senhor Salvatore a aguarda. -Ele disse sorrindo gentilmente para mim.

Rapidamente passeamos por toda Nova York até que chegamos à casa dele, que parecia um edifício de dez andares estrategicamente lindo sobre a luz da lua cheia. Damon me aguardava do lado de fora. Ele estava irresistivelmente lindo, elegante, apesar de seu tênis All Star preto e sua calça preta, eu usava uma camisa social cinza com as bordas, botões e golas brancas.

Ele abriu lentamente a porta do carro e puxou minha mão em sua direção para que eu saísse do carro. Ele me examinava com seus olhos curiosos.

–Você está extremamente radiante. -Ele sorriu maliciosamente enquanto beijava minha mão esquerda.

–Obrigada, você também está bonito. -Sorri de volta.

–Venha comigo, quero que conheça a minha casa. -Ele disse ao me puxar lentamente.

Chegamos ao térreo e partimos direto para o elevador. Eu estava tentando esconder o meu nervosismo e minha respiração desconcertante, ele parecia me admirar de longe. Chegamos até o topo do prédio, onde havia uma delicada mesa com um castiçal, duas cadeiras um em frente à outra.

–Jantar ao ar livre, realmente você me surpreendeu. -Sorri.

–Digamos que eu goste de ver uma mulher bonita sorrindo. -Ele disse gentilmente me levando até a mesa.

Nós estamos um de frente para o outro. Eu tinha a oportunidade de arrancar o que quisesse dele.

–Então, Isabella você nasceu aqui em Nova York? -Ele me perguntou, quando na verdade deveria ser eu com o interrogatório ao invés disso fiquei saboreando o delicioso vinho tinto.

–Na verdade eu de Forks, uma pequena e fria cidade de Washington. -Respondi observando cada detalhe nele.

–E o que te fez vir à Nova York? -Ele sorriu como se estivesse brindando comigo.

–Eu tenho uma família dificilmente complicada. -Falei enquanto um alerta se passava em minha mente. -Depois de uma briga com o meu pai, eu acabei saindo de casa e vim morar com a minha avó. Bem, a minha avó faleceu dois anos depois deixando a casa dela para mim. -Outro alerta passou pela minha cabeça.

“Você não deveria ter dito a verdade é ele, não se esqueça de que ele mente como quem troca de roupas. Ele é o investigado, não você” a Bella racional falou, ela tinha razão, eu não posso simplesmente contar fatos pessoais afinal eu estou trabalhando aqui.

–E você, não se parece com um nova-iorquino. -Constatei, o que fez ele sorrir quando nosso jantar foi servido a mesa.

–Eu não sou, na verdade eu nasci Mystic Falls, na Virgínia. -Ele fez uma pausa, parecia estar se lembrando de algo. -Eu também tenho uma família complicada, na verdade eu fui adotado pelos os meus pais aos sete anos. -Ele continuou.

Nossa, eu não sabia que ele havia sido adotado, esse fato não estava na pesquisa que eu e Edward recebemos. Talvez tenha sido uma boa ideia ter vindo aqui hoje.

–O que aconteceu com a sua família biológica? -Perguntei, eu pareceu não gostar e franziu a testa, maldita curiosidade.

–Não os conheci, a minha mãe biológica me abandonou quando eu tinha três anos. Então eu morei na rua, até os sete anos. Foi uma fase complicada. -Ele contou, eu parecia mais estar desabafando.

Inacreditável, ele não parecia o tipo de homem com um passado triste. Apesar de estar bem diferente hoje, o olhar dele remetia a tristeza de uma infância infeliz.

–Com o que você trabalha? -Ele mudou rapidamente de assunto, evitando falar do seu passado.

–Eu sou poli... -Parei rapidamente ao perceber que eu diria a palavra policial, ele voltou o olhar para mim. “Droga! Você não pode ser sincera!” agora tanto a Bella racional quanto a Bella interior falaram juntas. -Acompanhante de luxo. -Foi à primeira coisa que veio na minha cabeça.

Porra! Eu poderia ter dito qualquer coisa, dentista, arqueóloga, pintora ou até garçonete. Maldito Edward que não está aqui para me ajudar e eu nem sei se isso é profissão de verdade. Damon se engasgou com o próprio vinho, ele parecia estar bastante surpreso.

–Aquele cara que estava com você no bar era seu...? -Ele questionou tentando encontrar as palavras. Agora eu não podia recuar.

–Cliente? Sim. -Respondi secamente, em seguida tomei mais um gole de vinho. -Algum problema? -Fixei meu olhar nele.

–Não, é uma profissão muito exótica. -Ele argumentou. Ah, fala sério! Ele paga milhões para dormir com uma qualquer ele não pode me julgar.

–É paga as minhas contas. -Brinquei, o que o fez relaxar. -E você? Por acaso não é um riquinho sustentado pelos pais? -Não sei o que deu em mim para ser grosseira com ele. Ele me foi tão gentil.

–Não, eu tenho uma rede de cassino em Vegas. -Ele falou orgulhoso, como se tivesse algo para se orgulhar.

–Então você ganha dinheiro com a desgraça dos outros. Não há orgulho nisso. -Fui rude mais um a vez.

–Porque você pensa assim? -Ele discordou mais curioso do que ofendido.

–Você ganha dinheiro com o vício insano que algumas pessoas possuem, elas colocam suas vidas e a de toda sua família nisso, e elas não podem nem se controlar. Desculpe, mas eu não acho isso certo. -Falei francamente.

–Uau, nunca tinha escutado isso antes, não dessa forma. -Ele me olhou desconfortavelmente. -Sua forma de ganhar dinheiro também não é a maiscerta podemos dizer assim. -Ele brincou.

Ele estava certo, mas eu precisava de uma voa resposta, tinha que assumir o papel.

–Eu não acho, eu sou a companhia de algumas pessoas que se sentem sozinhos. -Falei, ignorando o seu comentário.

Quando acabamos o jantar, ele gentilmente me levou para o seu apartamento no oitavo andar. O apartamento era delicado, branco e com pequenos detalhes. Eu sabia que essa visita ao seu apartamento era só uma desculpa para suas segundas intenções, o que fazia a Bella interior saltar, principalmente quando ele me mostrou o seu quarto.

–Cama grande. -Exclamei sem pensar.

Droga! Eu não acredito no que eu acabei de dizer, tinha alguma energia diferente naquele quarto. Era o único cômodo da casa que não era branco e sim azul, um lugar calmo, tranquilo, que lembrava os seus olhos. Olhei para ele, seus olhos estavam cheios de desejo, fixados em mim. “Vai embora!” a Bella racional falou, eu tinha certeza de que se fosse Edward, ele teria me dito a mesma coisa.

Eu me sentei em sua cama, ele foi em minha direção fazendo meu corpo entrar em choque. Estávamos tão perto um do outro, frente a frente, ele colocou suas duas mãos em meu rosto e analisava me encarando. Eu podia sentir os olhos dele me hipnotizando, meu corpo também se arrepiava. Ele abaixou sua cabeça em direção a minha, mais um passo e nós nos beijaríamos. Eu o quero.

Antes que pudéssemos fazer algo que com certeza amanhã eu me arrependeria, o meu celular tocou em minha bolsa. Ele se afastou como por impulso. Ofegante, eu abri a bolsa e olhei para o meu celular, onde havia umas vinte mensagens e ligações de Edward. “Merda! Ele tinha que ligar agora e interromper esse momento tão mágico” a Bella interior protestou.

–Eu tenho que ir. -Sorri timidamente para ele, colocando o meu celular de volta na bolsa.

–Eu te levo. -Ele disse, parecia mais tímido do que eu.

Nós não falamos durante a viagem, ele estava dirigindo e eu estava bem ao seu lado. Eu não sabia o que dizer, e acho que ele também não. Ele olhava para frente evitando olhar para mim, e eu olhava através do vidro. Eu estava mais nervosa agora, ou talvez mais tranquila. Minha Bella racional balançava a cabeça, como se concordasse com o que eu estava fazendo, já a Bella interior estava deitada com cara de tédio absoluto.

Chegamos na frente da minha casa, ele parou seu carro. Olhei para ele, e ele para mim nossos olhares se encontraram em um perfeito efeito dentro de mim. Peguei uma mecha do meu cabelo e a coloquei atrás da orelha.

–Eu gostei muito da noite de hoje. -Murmurei.

–Eu também. Talvez nós pudéssemos nos encontrar novamente. - Ele argumentou.

Eu pensava em chama-lo para conhecer o meu apartamento, mas não seria certo. Eu não poderia me envolver com ele, afinal ele era o meu trabalho.

–Que sabe. -Tirei o cinto de segurança, em seguida ele fez o mesmo. -Obrigada. -Agradeci.

“Por favor, não vá embora” a Bella interior implorou. Eu não queria ir. Eu me voltei para a porta do carro, me virei impulsivamente para ele. Me deixei levar pela imensidão de seus olhos e ergui minha mão lentamente na direção da cabeça dele.

Empurrei-me na direção dele, nossos corpos estariam colados se não fosse pela direção do carro. Ele me beijou me puxando diretamente para ele. Foi uma loucura, estávamos devorando um ao outro. Nossa respiração estava arfante, ambas na mesma sintonia.

Ele me soltou, parando no mesmo momento, eu voltei para o meu banco tentando controlar o meu coração que estava acelerado. Damon estava fazendo o mesmo. Pelo vidro eu me observei, com o cabelo bagunçado, o batom borrado, os olhos ardendo. Eu sai do carro sem olhar para ele e caminhei de volta para a minha casa, ele ainda estava parado me observando de longe.

Parei para pegar as chaves e voltei o olhar na direção dele. Ele sorria ainda tentado se localizar, e eu sorri para ele. Acenei levemente com a mão, abri a porta da minha casa, entrei e me escorrei na porta já fechada. Cai no chão passando as minhas costas na porta. Meu corpo se encheu de alertas. Eu o desejava com toda a minha alma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ameiii os comentários, espero receber muito mais!!!

Bjos...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desejo Insano" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.