His Girl Monday escrita por LuRocks


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Primeiramente, venho agradecer à todas essa gente simpática que deixa reviews igualmente simpáticos na minha humilde fic. Obrigada também para as pessoas que seguem, e mesmo aquelas que apenas lêem e são tímidas demais para comentar. Sério, cês são tudo lindo! :*

Desculpe o longo tempo sem atualizar. Tenho trabalhado pra caramba, e pra completar, não sei se me caso, escrevo um livro, ou compro uma bicicleta. Ta o-s-s-o.

Como tem uma eternidade que não escrevo. Aqui vai uma rápida "retrospectiva dos últimos episódios":

*Lisbon trabalha numa agência que está falindo, Jane arrenda a agência.
*Eles discutem por causa de um caso e Lisbon se demite.
*Mesmo com ódio latente no coração, Lisbon aceita se casar com Jane, para que ele não seja deportado e consequentemente jogue Rigsby e Van Pelt na rua da amargura.
*Jane e Lisbon vão a uma festa para confirmar o casamento perante a sociedade. Lá encontram com um amigo antigo de Jane que coloca caraminholas na cabeça de Lisbon.
*Lisbon fica boladona com tudo aquilo, e como miséria pouca é bobagem, ainda encontra um bilhete misterioso no bolso de Jane.
*O carro da menina desaparecida é localizado e a equipe vai investigar.
*Jane convence Lisbon a voltar a trabalhar nesse caso específico.

Conclusão: Se eu tivesse que sobreviver escrevendo release, morreria de fome.

Mas o grosso é isso, então bora pro capítulo novo! Yeah



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/454083/chapter/9

Chegaram ao pátio pouco depois de Grace e Wayne, que já estacionavam o carro. A chuva fina que caía no início da manhã dera uma trégua, mas deixava o dia cinzento e frio o suficiente para que as pessoas precisassem vestir casacos.

Jane desceu do Citroën, e como de costume, abriu a porta para que Lisbon saísse. Geralmente, gestos assim eram considerados de bom grado por ela, exceto quando executados pelo marido fictício. Todo aquele cavalheirismo, combinado com as roupas bem cortadas e o sorriso sedutor a irritavam. Não havia razão específica e ela não gostava disso. Teresa Lisbon era o tipo de mulher que se sentia confortável estando no controle, mas sendo realista, desde que Jane apontou no escritório naquela segunda, percebeu que essa palavra em especial já não lhe pertencia.

Divagações a parte, existia um caso a ser resolvido. Mais tempo para passar perto dele - Ela pensou. Muito embora, depois da festa na noite anterior, não conseguia ponderar com clareza se achava isso bom ou ruim. Inspirou profundamente, deixando que o suspiro limpasse seus pensamentos e se dirigiu até a cancela do pátio.

Havia uma centena de carros, dentre eles uma pickup bem velha, anos oitenta à primeira vista, identificada como o veículo da garota desaparecida. Rigsby se apresentou como o Sr. Parker e foi conversar com o dono do pátio, enquanto os três reviravam o carro em busca de evidências.

Lisbon não precisou se esforçar muito para ver a bolsa da adolescente abandonada no banco do carona.

–Isso não é nada bom. – Ela disse, com ares preocupados.

–Não. Adolescentes em fuga não deixam bolsas para trás. Estamos correndo contra o tempo a partir de agora. – Jane complementou.

–Acha que a polícia já foi acionada? – Perguntou Van Pelt.

–Talvez. – Respondeu Lisbon – Mas existe toda uma burocracia interna. Isso nos dá umas 18 à 20 horas de vantagem.

–Não sei, mas penso que isso não tá certo. – Argumenta Van Pelt – Deveríamos deixar a polícia a par da investigação. É a vida de uma garota que está em risco.

–Entendo sua preocupação Grace, mas não estamos obstruindo a investigação. Vamos dar a Kate um segundo ponto de vista. Matematicamente falando, significa que dobramos a chance dela ser encontrada. – Argumentou Jane, sem ter certeza se fora o suficiente para persuadir à ruiva.

–Achei algo! – Acenou Lisbon, antes que Van Pelt pudesse retrucar. – Parece um ticket de biblioteca. Aqui diz “NHS”.

–“Natomas High School”. – Grace completou.

– Kate não está matriculada na “McClatchy”? – Perguntou Lisbon.

–Estranho. Pode ser de alguma amiga que estude lá... – A ruiva sugestionou.

–Possível, mas não provável. – Disse Jane com a arrogância habitual - Acho que deveríamos ir até a escola para averiguar. – Sugeriu.

Lisbon e Van Pelt concordaram, e puseram-se a caminhar em direção à guarita. Jane seguia na frente assoviando, acompanhado pelas duas mulheres, que se posicionavam longe o suficiente para que ele não escutasse direito o que elas conversavam entre si.

–Fiquei surpresa quando te vi aqui no pátio... chefe. – Disse Grace, um pouco tímida, puxando o assunto.

–É... O Jane acabou me convencendo a trabalhar neste caso.

–Fico muito feliz em escutar isso! – Van Pelt sorriu com sinceridade – Sabe, não me sentiria segura sem você para guiar a investigação.

–Mas por que fala isso Grace?

–É esse Jane. Pode ser paranoia minha, mas ele tem... Uma “áurea” estranha.

–Áurea estranha? – Lisbon sorriu, com um pouco de deboche.

–É... Sei que você não acredita nessas coisas, mas realmente não acha que tem algo de errado? – Grace dizia, com uma entonação séria – Não sei... Ele está sempre sorrindo, mas não parece realmente feliz.

Lisbon escutou atentamente e se lembrou do que Barlow disse na noite da festa. Um calafrio subiu pela sua espinha, só de imaginar que Grace poderia ter razão.

– E depois teve aquele incidente na casa do Sr. Parker... – Grace continuou - É como se ele não se importasse de verdade. Como se as pessoas fossem apenas bonecos. Ele é legal, muito bonito e educado, mas não sei se podemos confiar nele. –Concluiu.

–Não diga bobagens Van Pelt. – Lisbon respondeu, tentando colocar panos quentes.

–Por que bobagem? Vamos convir. Você nem ao menos o conhece direito... Ou conhece? –Grace perguntou com uma entonação insinuante, que fez Lisbon corar até a ponta do dedo do pé.

–Não! Quer dizer, mais ou menos... – Ela gaguejou – Nós saímos ontem e ele me pareceu um cara legal.

–Como? – A ruiva perguntou com espanto.

–Não é nada do que você está pensando. Fui com ele a uma festa de um amigo, nada de mais.

–Sim. Eu vi no jornal. O que achei estranho foi essa sua mudança repentina de opinião.

–Eu não mudei repentinamente! – Lisbon retrucou, tentando mascarar o desconforto - Eu sei que não nos demos bem de cara, mas isso não significa que não estou aberta a reconciliações. – Ela tentou justificar, mas Van Pelt não estava disposta a ceder.

–Você gosta dele.

–Tá louca Grace? Tem pouco mais de 24 horas que conheço o homem!

–Já ouviu falar de amor à primeira vista?

–Amor à primeira vista? Que bobagem... Olha, nem sei por que estamos conversando sobre isso. – Lisbon respondeu um pouco irritada. – Deveríamos estar focadas no desaparecimento de Kate.

Van pelt concordou e o silêncio perdurou por alguns segundos.

–Mas então... – A ruiva puxou o assunto novamente – como foi o encontro?

–Não foi um encontro! – Vociferou a morena, tão alto que Jane seria capaz de escutar. Só de pensar nessa possibilidade, fez Lisbon corar.

– Van Pelt... Agradeça que não sou mais sua chefe. Eu lhe demitira por isso. – Ela concluiu com rispidez e saiu batendo os pés no chão, como uma criança irritada.

Grace apenas sorriu, acenando com a cabeça negativamente, e foi buscar Rigsby na recepção.
Dirigiram-se todos ao colégio, onde decidiram se separar: Grace e Wayne foram conversar com o diretor, enquanto Lisbon e Jane seguiram para a biblioteca.

Não falaram nada durante todo o percurso. Lisbon conferiu no terminal de consultas, que a identificação do recibo em questão indicava para um livro de poesias.

–Robert Frost? Nada mal para uma adolescente. – Jane zombou.

–O pai de Frost também bebia. – Lisbon comentou.

–Interessante. – Ele olhou para a esposa, arqueando as sobrancelhas em mistério.

–O que foi? – Ela perguntou surpresa.

–Nada. Achei curiosa a conexão. – Foi a única resposta. Lisbon não parecia muito convencida, mas resolveu deixar para lá.

–Escuta Jane... Você não acha que exista a possibilidade dela ter realmente fugido, acha?

–Depois que encontramos a bolsa, duvido muito.

–Eu também acho, só que... – Ela hesitou.

–Você imagina que faria todo o sentido uma adolescente fugir do pai alcoólatra. Até porque – Ele se calou, ao reparar que o semblante de Lisbon havia mudado.

–Até por que...? – Ela perguntou, sugerindo que Jane continuasse.

–Não, nada. – Ele tentou se esquivar, mas foi inútil. Ela havia percebido.

–Como soube? – Lisbon perguntou, deixando escapar um suspiro de tristeza.

–Os seus olhos me contaram. – Jane zombou, mas percebeu que ela não retribuiu. – E o Google... É claro. – Complementou um pouco acanhado.

Ela pegou o livro de poesias na mão, olhava para a capa fixamente, como se procurasse as palavras adequadas para a ocasião.

–Foi por isso que quis que eu participasse da investigação? – Por fim, perguntou.

–Olha Lisbon, não é o que você está pensando, eu... – Ele começou em rodeios, gaguejando um pouco. Não sabia explicar, mas pela primeira vez em muito tempo, ele se sentia realmente envergonhado pela a intromissão na vida de alguém. – Eu vi como você ficou quando eu falei com o Sr. Parker. Somando isso àquela conversa que tivemos no dia em que nos conhecemos, não foi difícil ligar os pontos.

–Você sabe o significado de vida particular, não sabe? – Lisbon respondeu, aborrecida.

–Eu sei. Você tem razão. Mas eu pensei que ajudando a Kate e o Sr. Parker, talvez você se sentisse melhor em relação ao o que aconteceu com a sua própria família.

–Jane, meu pai era um bêbado autopiedoso, batia em mim e em meus irmãos. No fundo, nos sentimos aliviados quando o encontramos enforcado. Não tive culpa, ninguém teve. Deus sabe o quanto eu, apenas uma adolescente, tentei ajudá-lo. Não havia o que fazer.

Ela disse com autoridade e convicção o suficiente, para que Jane se envergonhasse de ter se intrometido em sua vida particular.

–Por outro lado – ela continua – O Sr. Parker ainda tem uma chance. E você tinha razão quando disse que eu queria ajudá-lo. Ninguém merece o fim que meu pai levou. – Ela suspirou.

Jane, ainda cabisbaixo, olhou para Lisbon, que resignada continuou:

–Você não deveria ter se intrometido nesse assunto. – Ela repreendeu – Mas já que o fez, obrigada por me convencer a voltar para a investigação. Não foi da maneira mais correta, mas a intenção foi nobre.

Jane não disse nada, apenas sorriu diante do agradecimento. Não um sorriso hipócrita, como na maioria das vezes, mas um sorriso sincero, daqueles que ele não costumava vestir em qualquer ocasião.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tava querendo postar esse capítulo a um tempão - O season finale deixou meu coração shipper inspirado. Acontece que eu num tava arranjando tempo para revisar. Pra falar a verdade, fiz uma revisão bem porca, então se eu tiver assassinado a gramática com requintes de crueldade, me avisem que eu corrijo, plz.

Beijos e não deixem de comentar! Fico feliz demais de ler as coisas que vocês escrevem. :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "His Girl Monday" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.