His Girl Monday escrita por LuRocks


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Como foi o ano novo de vocês? Enfim consegui postar o capítulo. Desculpem-me o atraso. A Oi resolveu dar manutenção na internet ontem, daí não consegui atualizar, mas o capítulo da semana que vem vai no dia certinho (quinta), a menos que a operadora queira me ferrar de novo.
No mais é isso, boa leitura.
:)



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– Sinto estourar sua bolha, mas não atendemos este tipo de caso.– Lisbon sorriu vitoriosa – É atribuição da polícia local.

– Hm, permita-me discordar. O sumiço da garota foi noticiado pouco antes de fecharem a redação do jornal, ou seja, por volta de 14:00h atrás. Todos sabem que a polícia só considera desaparecimento...

– Após 24 horas.

– Exatamente. Viu como estamos começando a nos entender?

–Está sugerindo que voemos, feito abutres, em cima do desaparecimento dessa garota, antes mesmo da polícia pegar o caso?

– Não... – Ele acenou com a cabeça – Estou sugerindo que ofereçamos nossa ajuda, a um pai desesperado que quer sua garota o mais rápido possível dentro de casa.

– Isso é eufemismo.

– Chame do que quiser, mas arrume suas coisas, o quanto antes chegarmos melhor. E Van Pelt vem conosco.

– Mas e eu?

– O que você faz mesmo, Rigsby?

– Segurança.

– Hm... Espero honestamente não precisar de você. – Responde piscando o sorriso habitual e apontando para que Lisbon e Van Pelt se dirigissem para a porta.
Ao sair do edifício, avistaram o carro de Jane.

– Discreto – Debocha Lisbon.

– Parece o carro do Batman. – Diz Van Pelt empolgada.

– É um Lamborghini Aventador. E não “parece” o carro do Batman, este minha cara Grace, “é” o carro do Batman. – Se exibia orgulhoso, fazendo com que Lisbon rolasse os olhos.

– Certo. Você comprou o Batmóvel... Atitude madura. Enfim, nós vamos nisso aí?

– Sim. Bem, na realidade só dois de nós vai. Quem vai ser? – Ele perguntou, mas já sabia a resposta. Os olhos de Van Pelt brilhavam, enquanto Lisbon parecia não se impressionar.

– Pois bem, Grace vai contigo. Eu prefiro tomar um taxi.

– Como quiser – Abaixou os seus óculos escuros, abriu a porta para que a ruiva se sentasse no carona, e arrancou fazendo o motor roncar.

– Exibido... – E com um suspiro pôs-se a caminhar em direção ao ponto de taxi.

Jane e Van Pelt chegaram primeiro, muito em decorrência da falta de responsabilidade de Jane em cumprir as leis de trânsito. Pararam em frente à casa da adolescente supostamente desaparecida. Desceram do carro e se dirigiram para a entrada.

– Não deveríamos esperar Lisbon?

– Calma Van Pelt – Ele piscava o sorriso de maneira confiante - está tudo sobre controle.

Um homem de meia idade atende a porta. Era calvo e relativamente acima do peso. Parecia muito abatido, o que faz com que Jane já o identificasse como o pai da vítima.

– Bom dia senhor, meu nome é Patrick Jane, esta é minha amiga Grace Van Pelt. – O homem os cumprimentou cordialmente – Poderíamos entrar?

Ele parecia desconfiado, mas cedeu quando Jane explicou que era sobre sua filha. Pediu para que sentassem na sala de estar, pois prepararia um café. Jane observava a casa, era modesta, porém bem mobiliada. Estava um pouco bagunçada, como se não passasse por uma faxina há semanas. Reparou nos porta-retratos na mesa de centro, e embora pudesse notar a figura contagiante de uma mulher em todas as fotografias, ela não parecia presente.

O homem chegou com o café, os colocou sobre a mesa e prosseguiu.

– Então estão aqui por causa de minha Kate. Pois bem... Espero que possa ser algo relevante, caso contrário estou disposto a chamar a polícia – ele parecia amargurado – Sabe Sr. Jane, desde que minha menina desapareceu, tenho recebido algumas visitas, que nada fazem a não ser importunar... – Vendo que o homem já começava o discurso na defensiva, Jane resolveu trocar a estratégia.

– Bem senhor...

– Parker. Anderson Parker.

– Certo senhor Parker. Posso notar que tem carregado um grande estigma desde que sua mulher se foi. Eu até compreendo que não tenha sido sua culpa, mas digamos que Kate não pense dessa maneira. Já lhe ocorreu que ela não tenha sido raptada, e sim fugido de um pai alcoólatra e pateticamente autopiedoso?

– Como ousa. – O homem corpulento se levantava e vai em direção a Jane, de maneira agressiva, mas ele não se intimida.

– Se fosse realmente um pai amoroso, ela não teria fugido. E digo mais: Teria ao menos colocado alguém para procurá-la assim que notou sua ausência. Mas quando teria sido isso? No dia em que ela te deixou, ou quando finalmente ficou sóbrio?

Parker não se aguentou, e com um cruzado de direita atingiu o nariz de Jane, de maneira certeira. Lisbon, que tinha acabado de chegar, entrou no momento exato.

– Mas que diabos...

– Ele me atingiu, ele me atingiu! – Gritava Jane com a mão sobre o nariz sangrando.

No meio de toda aquela confusão, Grace se aproximou do pai da menina, tocou-lhe seu ombro e de maneira doce perguntou.

– Não se importe com meu colega, Sr. Parker. Acredito que seja um bom pai. Apenas me diga o motivo de não ter procurado ajuda anteriormente.

– Eu não podia! Eu bebo, é verdade... Mas nunca deixei nada faltar a minha Kate, desde que sua mãe se foi. Sabe, é difícil para um pai criar uma adolescente sozinho. Temos nossas diferenças, mas ela nunca fugiria! Aqueles policiais preguiçosos não acreditaram em mim. Minha filha foi sequestrada, e agora ela está por ai, na mão de algum maníaco, enquanto eu não posso fazer nada.

– Isso não é verdade. Veja bem, nós podemos ajudar. – Grace deu o cartão ao homem, que já não parecia tão nervoso.

– Hm... Detetives particulares. Vocês acham que conseguiriam encontrar minha princesa? – Perguntava de maneira esperançosa

– Certamente somos capazes, e iremos começar agora mesmo. Só tem que nos dar permissão para investigar o caso

– Mas e aquele loiro idiota ali? – Apontava pra Jane, que era acudido por Lisbon enquanto seu nariz sangrava.

– Não dê atenção a ele. Ele tem um temperamento difícil, mas é um detetive muito competente. Note que ele descobriu que sua mulher morreu, e seu problema com o álcool, sem fazer uma pergunta sequer.

– Hm... – Ele parecia pesar sua decisão – Tudo bem. Podem investigar. Vocês podem não acreditar em mim, mas faria de tudo para reencontrar minha menina.

Grace agradeceu a confiança, sorrindo simpática e se retirou, enquanto Lisbon acertava detalhes contratuais. Jane já aguardava do lado de fora, satisfeito pelo primeiro grande caso de sua agência. Depois dos contratos assinados, Teresa se despediu do cliente e foi ao jardim encontrar com os companheiros.

– Mas que porra foi essa Jane! – Ela gritava histérica.

–O cliente fechou o contrato, só isso. – Jane respondia pacificamente.

– Claro, depois que a Grace foi gentil o suficiente para que o pobre homem esquecesse toda a merda que você fez.

– Sim, e ela se saiu muito bem. Parabéns Grace.

– Espera... – Lisbon pensou por um instante – Você planejou tudo isso?

Jane sorria orgulhoso, o que fez com que ela percebesse toda a armação.

–Entenda Lisbon, precisava fazer com que o pai se sentisse culpado pelo desaparecimento da filha, dessa forma não iria negar ajuda, em hipótese alguma.

–Você é um grandíssimo filho da puta! – Ela estava muito nervosa – Eu não sei qual é a sua, e quer saber? Nem me importo. Quem liga pra merda de um contrato? A filha dele sumiu, e o que você faz é atazanar o homem que já tem problemas o suficiente. Você não é só arrogante e egoísta, é um maníaco, um sociopata! Não deveria trabalhar conosco, nem sequer precisa disso! Só o faz pelo prazer de magoar as pessoas.

–Escute bem Lisbon, tenho tentado ser um cara legal, cortês com você – O tom dele era mais sério que o habitual – Mas o que você faz é me destratar. Preciso te lembrar de que sou seu patrão e posso demiti-la a qualquer instante?

– Não se preocupe, não será necessário. Eu me demito!

– Você não está falando sério. Você ama seu trabalho chefe. – Dizia Van Pelt de maneira preocupada.

– Sim, você tem razão... Mas no trabalho que eu amava, não era obrigada a conviver com esse crápula. Sinto muito Grace. – Jane apenas observa Lisbon afastar-se a passos duros do local.

– Não vai fazer nada? – Van Pelt pergunta, mas ele apenas dá de ombros e indica para voltarem à agência.
Os dois chegam primeiro mais uma vez, e Lisbon chega pouco depois, seguindo direto para sua mesa, começando a juntar suas coisas.

– O que aconteceu?

– Nada Wayne, só não vou mais trabalhar aqui.

– Ele te despediu de novo?

– Não foi necessário. Ela se demitiu. – Jane completa do outro lado da sala, de maneira desafiadora. Lisbon simplesmente o ignora. O clima tenso só é quebrado, quando um asiático para em frente à porta, trajando terno, gravata e cara de poucos amigos.

– Kimball! – Dizia Jane empolgado – O que faz aqui?

– Tenho más notícias chefe. Poderíamos conversar em reservado?

–Ah, mas é claro, siga-me até minha sala.


Os dois homens elegantemente trajados se dirigem até a sala, onde com ar preocupado, Kimball Cho inicia:

– O senhor está nos Estados Unidos desde... Bem, aquele incidente, certo?

– Exato, estou com visto de turista, mas já requeri o de residente.

– Então preciso lhe atualizar: O visto foi negado. O senhor deve ser deportado em breve.

– Como assim? Não há nada que eu possa fazer? Você conhece minha situação, sabe que eu não posso voltar para Camberra.

– Compreendo a situação, mas não há muito que fazer, exceto...

– Exceto?

– Você pode se casar com uma americana.

– O que? – Jane se espanta, anda de um lado para o outro com as mãos na cabeça – Isto não é uma opção Kimball, eu não vou me casar!

– Ou se casa, ou será deportado. A escolha é sua.

– Mas me casar com quem?

– Pode ser com uma das garotas com quem você já está saindo, oras!

– Não posso me casar com uma dessas mulheres. Você conhece minhas “amigas”, sabe que elas seriam jogo duro na hora do divórcio.

– É um risco a se correr. Ou você pode simplesmente oferecer uma quantia a uma pessoa em que confie. Assim seria um casamento de conveniência ideal, visto que não teriam vínculos emocionais nenhum.

Jane escutava atentamente, sem saber ao certo o que faria para sair dessa situação. Se casar! Como assim? Parecia uma tortura se imaginar naquela circunstancia. Ele precisava de uma candidata ideal, que não fosse ceifar sua liberdade, mas ninguém passava pela sua cabeça. Caminhava em círculos na sala, até que através da persiana, observou aquela mulher arrumando suas coisas na mesa. –Não! Seria loucura... – Pensou. Mas a verdade é que era o ideal: Ela era honesta o suficiente para assinar um contrato pré-nupcial, e o odiava o bastante para não criar laços afetivos. Além do mais, tinham a mesma faixa etária, e embora ele não admitisse, era uma mulher atraente.

– Meu amigo Kimball – Jane sorriu com arrogância – Acho que acabei de encontrar minha futura esposa.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Esse ficou mais cumprido que o habitual, mas era necessário.

O próximo capítulo está quase ok, e a única coisa que posso adiantar é que foi o mais gostoso de escrever até agora.
Tcharamramram. Suspense!

Até quinta.
Obrigada por acompanhar.
:D