His Girl Monday escrita por LuRocks
Notas iniciais do capítulo
The Mentalist acabou (que tristeza), mas essa fic ainda não!!!
Primeiramente, quero agradecer aos leitores, novos e velhos, que estão aqui me agraciando com a presença mágica de vocês. O fato de saber que existe gente que gosta das coisas que eu escrevo, me motiva a continuar. Mutíssimo obrigada pelas lindas palavras de incentivo que vocês deixam nos comentários. Serio, cês são tudo lindo!
Segundamente, desculpe a demora pra postar, como teve feriado de carnaval acabei me atrapalhando toda no trabalho. Sim, ninguém te conta, mas quando você é seu próprio patrão, se não planejar bem os feriados, você acaba tendo que trabalhar horinhas extras depois. Não é "fássio", paciência.
Terceiramente: Bora pra leitura né, porque daqui a pouco os filhos do Jane e da Lisbon tão fazendo vestibular e eu ainda não terminei essa fic. Wait? Isso conta como spoiler? :O
As horas passaram e Lisbon acordou. Parecia cedo, logo no início da manhã e o lugar era desconhecido. Sentou-se na cama de casal enorme, com aqueles lençóis suaves e que, a primeira vista, pareciam caros.
Uma cortina leve balançava com a brisa, que soprava vindo da varanda. As portas de vidro eram enormes o suficiente para emoldurar a paisagem. Ela se levantou e caminhou até lá. A vista de Zuma Beach em sua sacada era incrível o bastante para Lisbon considerar a hipótese de ainda estar sonhando.
No pavimento inferior havia uma piscina estreita, que percorria quase toda a extensão do deck ao seu lado. Ela avistou uma pessoa, aparentemente um homem, se exercitando. Voltou seu olhar novamente para dentro do quarto e caminhou devagar, explorando o novo ambiente. Só precisou de poucos segundos ao perceber, diante de um closet abarrotado de ternos italianos, onde havia de fato acordado.
– Jane! – Ela gritou. Alto o suficiente para chamar a atenção dele, que se exercitava na piscina do primeiro pavimento.
Jane saiu da água enrolando-se num roupão e subiu as escadas com velocidade. Lisbon acabara de acordar e ele imaginava que ela não deveria estar de bom humor. Parou próximo à porta do quarto e inspirou profundamente antes de bater. Lisbon abriu uma pequena fresta, por onde Jane conseguia ver sua face angustiada. Por fim, pediu para que ele entrasse e fechou a porta logo em seguida.
– Certo. O que aconteceu ontem? – Lisbon perguntou subitamente. Jane a olhou ainda confuso, mas ela continuou. -Eu me lembro de sair com você do bar, entrar no seu carro... Nós discutimos e daí em diante, eu não me lembro de mais nada. – ela tomou um pouco de ar antes de concluir - Este é o seu quarto, não é?
– Sim... – Jane concordou, ainda sem entender muita coisa.
– O quanto eu realmente bebi ontem? – ela perguntou, muito preocupada.
– Não muito. – E então ele ligou os fatos. – Você não está achando que nós...
– Bem, eu acordei na sua cama e... – Ela olhou para baixo e suspirou baixinho, suas bochechas ruborizadas indicavam profundo desconforto, por fim olhou para o marido com aqueles olhos verdes suplicando por uma explicação.
Então Jane sorriu maliciosamente, o que fez Lisbon corar até a ponta dos dedos do pé. Ele se aproveitou para deixa-la na dúvida por alguns poucos segundos, mas logo depois esclareceu:
– Não se preocupe Teresa. Não aconteceu nada. – Ele respondeu, arrancando um suspiro de alívio da companheira.
– Então como eu vim parar aqui?
– Você adormeceu no banco do meu carro. Só isso. Eu iria te colocar no quarto de hóspedes, mas foi dedetizado recentemente.
– Espera, se eu dormi aqui... Aonde você dormiu? – Ela perguntou, desconfiada.
– No sofá da sala. – Jane garantiu – Pode perguntar a Dora se quiser.
– Dora...
– Sim, Dora. É minha governanta. Ela vai te trazer o café da manhã.
Lisbon olhava para Jane ainda um pouco confusa, tentando assimilar as informações. Por fim, resolveu deixar para lá. Apenas pegou o seu casaco que estava jogado na poltrona ao lado da cama, agradeceu a hospitalidade e pôs se a caminhar em direção à porta do quarto.
– Aonde você pensa que vai? – ele a segurou pelo braço, fazendo Lisbon se virar de imediato.
– Para a minha casa. – foi uma resposta sucinta, sem dar mais explicações.
– Mas ainda é cedo. fique para o café.
– Agradeço, mas não precisa.
– Que isso! eu insisto. – ele interrompeu, se colocando na frente do caminho.
– Desculpe, Jane, mas preciso mesmo ir. – Ela o empurrou já nervosa com a insistência.
– Mas vai sair sem levar seu telefone? – aquela pergunta pegou Lisbon de surpresa, que imediatamente tateou o bolso do casaco e constatou que seu celular não estava lá.
– Muito engraçado – Ela suspirou – Onde você colocou?
– No criado mudo à esquerda. Segunda gaveta. - Jane respondeu e viu Lisbon franzir o cenho, enquanto se dirigia ao móvel indicado.
– Eu sei o porquê você está fazendo isso, e digo que não vai adiantar. Estou indo pra casa, não interessa o quanto tente me segurar aqui, mais cedo ou mais tarde eu vou ir embora e... Jane? - Ela se virou e percebeu que estava falando sozinha. Jane já não estava no quarto e a porta havia sido fechada por detrás dele.
– Não acredito! – Ela esbravejou. Tentou forçar a porta para abrir, mas estava trancada. Bateu com força, fazendo bastante barulho, gritando para ele abrir a porta, mas não obteve resposta.
E Jane desceu calmamente as escadas dos quartos, vestiu umas roupas que encontrou na lavanderia e se dirigiu a ao hall de entrada, onde geralmente deixava dependurada sua pasta e chaves do carro. Ao fundo poderia ouvir Lisbon esbravejando palavras mal educadas, mas ele ignorava com a classe que lhe era habitual.
– Seu “Janes”, o que está acontecendo aqui? – Perguntou Dora, assustada.
– Não se preocupe, Dorinha. Teresa tem um temperamento muito difícil. – ele abotoava a camisa amarrotada enquanto se dirigia para a garagem.
– O senhor não quer que eu passe essa camisa? – ela perguntou confusa.
– Não precisa. Só me prometa uma coisa – ele tocou nos ombros da governanta – Em hipótese alguma abra aquela porta.
– Mas seu Janes – Dora se espantou - e se ela sentir fome?
– Jogue algo pela janela. – Foi a resposta, seguida do ronco de arranque do motor do carro.
Enquanto isso, Lisbon esmurrava a porta do quarto, esperando inutilmente que alguém a abrisse, ou descontava simplesmente a frustração por ter sido enganada mais uma vez. Ela ouviu o barulho do carro de Jane saindo da garagem e se distanciado, até desaparecer por completo.
– Miserável. – Esbravejou.
Sentou-se no pé da porta e por alguns segundos apreciou o silêncio. Fechou os olhos e suspirou profundamente. Estava muito irritada. Não conseguia acreditar que ele havia sido capaz de trancá-la no quarto, especialmente naquele momento, quando eles finalmente começavam a se entender... Lisbon por um segundo chegou a considerar a hipótese de trata-lo como um adulto responsável e equilibrado. No entanto, ficar ali, trancada naquela suíte, serviu-lhe de lembrete: Não se deve confiar em Patrick Jane.
Cansada de se lamentar, pôs-se a caminhar inquieta pelo quarto. Agora era guerra! Precisava arquitetar seu plano de fuga, caso o contrário ele venceria a batalha e isso ela não poderia permitir.
O maior problema é que, a menos que ela atravessasse paredes, não passaria pela porta de mogno trancada. Lembrou-se da sua arma, mas as memórias do dia anterior ainda estavam um tanto quanto turvas e ela não conseguia lembrar se, entre um momento ou outro, havia colocado sua Glock no porta luvas do carro de Jane. Olhou ao seu redor e não viu a pistola. Jane era esperto demais para não ter consumido com ela – Pensou.
Correu o olho envolta do quarto e a solução mais provável parecia sair pela janela. No entanto, ao aproximar-se do guarda corpo, percebeu que só conseguiria descer por aquelas janelas se no lugar dos braços possuísse asas. Pensou em enrolar a cortina, o lençol e umas gravatas... Mas definitivamente não soava como uma boa ideia.
Quem sabe se ela arrombasse a porta com um grampo? Lembrou-se que já havia tentado coisa parecida quando era escoteira. Acorrentou-se no mastro da bandeira que ficava no centro do pátio e tentou escapar usando um clips de papel. O resultado da brincadeira foram horas de espera, enquanto o instrutor buscava pela chave sobressalente do cadeado.
– Sobressalente! É isso! – Ela concluiu em um ressalto. Não é incomum haver outra chave, para caso alguém fique trancado por dentro. Rapidamente começou a revirar as gavetas de Jane. Se essa chave existisse, ele deveria guarda-la em algum lugar por ali.
Começou a vasculhar e, depois de uma grande quantidade de papeis que ela se recusava a ler e itens pessoais que contavam um pouco da história de Jane, ela acabou encontrando uma caixinha. Era de veludo preto e de tamanho médio, como essas de joalherias. Por um instante hesitou em abrir. A verdade é que Lisbon não era uma bisbilhoteira e, muito embora estivesse se divertindo em saber pequenos detalhes sobre o marido misterioso, não se sentia a vontade invadindo a privacidade de alguém daquela maneira.
– A chave pode estar aqui. Dane-se. – disse a si mesma, muito na condição de eximir-se da responsabilidade por estar revirando a intimidade de outra pessoa.
Abriu a caixa de veludo e o que viu fez o seu coração disparar em remorso. Havia um porta-retratos. Na imagem, Jane sorria. Mas não um sorriso qualquer. Era honesto e radiante, bem diferente daquele que ele vestia todos os dias. Ao seu lado, posava uma bela mulher em vestido branco, igualmente satisfeita, que lhe abraçava com carinho.
Lisbon tirou a imagem cuidadosamente da caixa, trouxe próximo ao rosto para certificar-se do que estava diante de seus olhos. Ela parecia surpresa e, para completar sua perplexidade, um barulhinho sutil lhe chamou atenção. Era o som de metal batendo no mármore frio do piso. Era leve, parecia o cair de uma joia, um anel, talvez... Ou melhor: uma aliança. Uma aliança de casamento.
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