Procura-se um Sangue Azul escrita por Mia Peckerham
Notas iniciais do capítulo
VAI TER TRETA, GALVÃO? SIM, VAI SIM!!!11!!ONZE!1!
Enfim, ameeeei escrever esse cap, e espero que vcs gostem de ler ele haiahiahiah
Uma cap. meio curto, mas é só para vocês ficarem com um gostinho do que a rainha é capaz de fazer...
Erica acordou com berros vindos do corredor. Levantou-se rapidamente, vestiu seu uniforme e caiu correndo para ver o que se passava.
Os corredores formavam eco e eram longos, e não havia como a plebeia saber ao certo de onde viera o grito. Era uma voz aguda e feminina, e no mesmo instante Erica pensou que pudesse ser da rainha. Mesmo não gostando de Orla, sentiu-se imediatamente obrigada a ajudar.
Estava escuro demais e Erica, na correria, não havia pegado nenhuma vela ou tocha. Pelas janelas do corredor via que o sol ainda nem tinha nascido.
Mais um grito, dessa vez mais abafado, e então um choro. Erica começou a correr. Fez uma curva e esbarrou em alguém que vinha do outro lado. Apoiou-se na parede de pedra e levantou a cabeça tentando ver quem era; não conseguia ver o rosto do homem, mas pelas vestes reconheceu Ezekiel. O príncipe deu um passo à frente e então ela percebeu que estava pálido e com os olhos esbugalhados, e que suas mãos estavam cobertas de sangue.
– Erica, eu...
Ela nem o deixou terminar a frase e seguiu pelo corredor rumo ao lugar de onde o príncipe tinha vindo.
– Erica! - Ele gritava enquanto corria atrás dela. - Volte para o seu quarto!
Mas ela não se importou. Seguiu em frente.
Passou pelo quarto de Orla e a porta estava escancarada, mas não havia nada lá. Os quartos seguintes eram os do rei Daragh, de Ezekiel e de Martin. O quarto do rei estava vazio também. O de Ezekiel, bagunçado; Erica percebeu que o príncipe havia levantado da cama e se vestido com pressa, tal como ela fizera ao ouvir a gritaria.
Quando passou pela porta de Martin seu coração veio à garganta. Recuou alguns passos, ainda sem acreditar no que via, entrou sem cerimônia.
O príncipe mais novo estava deitado no chão, o rosto descolorido, os olhos abertos encarando o teto, imóveis. Sangue fluía de profundos cortes em sua barriga, manchando todo o chão de vermelho. O cheiro era fortíssimo.
Duas criadas estavam no canto do quarto, uma consolando a outra, que chorava. Rei Daragh estava ao lado do corpo do filho, incrédulo. Ezekiel aproximou-se por trás. Agora Erica entendia o sangue em suas mãos; ele devia ter visto o corpo de seu irmão e foi tentar socorrê-lo, mas já era tarde.
– O que aconteceu? - A plebeia perguntou.
– Ainda não sabemos - respondeu o príncipe. - Quem quer que tenha feito isso, sumiu sem deixar rastros.
– Ali está ela! - Erica ouviu o grito atrás de si. Era a voz de Orla. - Prendam-na! Prendam-na agora mesmo!
De repente dois guardas seguravam Erica pelos braços. Ela se debatia e gritava, sem entender o que estava acontecendo.
– Orla! Orla!- O rei levantou-se gritando. - O que diabos você pensa estar fazendo, mulher?!
Orla tirou uma adaga de dentro de uma das mangas de seu longo casaco. A lâmina estava suja de sangue. Erica arregalou os olhos.
– Fui buscar esta vadia em seu quarto para pedir que me levasse um soro para minha dor de cabeça e encontrei o quarto vazio. Esta adaga estava embaixo da cama. - A rainha fitou-a com cara de nojo. - Ela é a responsável pela morte de meu filho.
Orla começou a chorar e Erica ligou os pontos. Não podia acreditar que a rainha havia mandado matar seu próprio filho para pôr a culpa nela!
– Isso não é verdade - Ezekiel objetou. - Erica não estava em seu quarto por... por outro motivo.
Orla o encarou com fúria em seus olhos verdes:
– E qual seria este motivo?
Zeke olhou em volta. Todos o encaravam. O rei o olhava, desconfiado. Erica lançou-lhe um olhar que dizia "nem pense em fazer o que eu penso que você está pensando em fazer".
– Ela estava comigo - ele disse num tom de voz muito resoluto. - Não estava em seu quarto porque passou a noite no meu.
Orla fingiu uma voz de choro:
– Está me dizendo que você cooperou para o assassinato de seu irmão?
– Não - Ezekiel confrontou-a. - Estou dizendo que a culpa não foi de Erica. Não haveria como, ela estava comigo. Alguém com certeza deixou a faca no quarto dela para incriminá-la.
– Não posso acreditar que esteja realmente do lado dela... - Orla parecia realmente enojada agora.
– Estou do lado de quem sei que não tem culpa, mãe - Ezekiel sorriu, mas havia ironia em seu tom de voz.
– Senhora - um dos guardas que segurava Erica disse -, o que fazemos com a garota, afinal?
Erica reparou na maneira como Orla apertou o cabo da adaga, com tanta força que seus dedos ficaram esbranquiçados. Não havia nada que ela pudesse fazer com Erica depois do testemunho de Ezekiel a favor da garota, e na frente de todos. Orla não tinha poder o bastante para mandar prender uma criada inocente.
– Soltem-na, então.
Erica sentiu imenso alívio quando os grossos dedos dos guardas deixaram de tocar sua pele. Ezekiel imediatamente a puxou para perto de si e passou os braços por sua cintura. Erica perdeu o fôlego.
– Está tudo bem? Machucaram você? - O príncipe disse em tom delicado enquanto acariciava os braços da plebeia. Orla remoía-se de ódio.
– Eu estou bem - Erica esclareceu.
Orla grunhiu e bufou. Todos voltaram seus olhos para ela. A rainha atirou a adaga ensanguentada ao chão e um das criadas imediatamente estendeu a ela um lenço no qual ela limpou as mãos.
Ela caminhou com delicadeza e passou entre o príncipe e Erica, separando aquele abraço, deixando claro que não gostava nada daquela proximidade.
– Vá buscar o meu soro, garota - Ela disse, friamente.
Erica encarou Ezekiel e retirou-se do quarto de Martin. Foi atrás do remédio para os nervos de Orla, todo o caminho aterrorizada por pensar que teria de entregá-lo no quarto da rainha, onde estaria sozinha com ela.
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