Blood On Blood escrita por RubyRuby


Capítulo 7
07 Sophie- I wanna fall from the stars




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As meninas ainda cantavam, enquanto Evan e eu dançávamos valsa em minha imaginação.

_Eu te vejo hoje à noite?

Agora estávamos na porta do cabaré, e eu torcia que sua resposta fosse "sim".

_Hoje à noite?!_ ele riu, como se fosse absurdo_ Não! Não... quero dizer, precisamos esclarecer isso!

_Isso o que, Evan?_ eu estava ficando com medo de que ele estivesse com raiva de mim, mesmo que eu não tenha feito nada de grave_ Eu fiz algo de erra...?

_...Não!_ ele me pegou em seus braços, surpreso, com a intenção de me afastar da ideia de que eu tinha feito algo de errado_ Eu estou confuso... quer dizer, eu preciso de respostas, e você deve tê-las!_ ele me olhava nos olhos como quem finalmente podia encarar aquela cantora a qual se via num mistério.

Uma pausa. Eu não teria as respostas que ele queria. Talvez não tivesse nem mesmo as que eu precisava, ou quem sabe, "eu" em si, seria a resposta. Ouviu-se as meninas cantando e dançando, assim como também podia ouvir nossas respirações frias. Até que ele descarta um pouco de toda aquela euforia e diz:

_Que tal irmos para o meu apartamento?

s.m.a

Ainda era de manhã e o sol batia forte na janela. As demais pessoas estavam saindo para almoçar, e, bem, nós não.

Subimos as escadas, muito discretos, tendo se ressaltado apenas o entusiasmo de Evan em encontrar as respostas que nem mesmo eu sabia que tinha.

_Por favor, fique à vontade_ disse Evan, feliz, como uma criança que recebe um presente novo.

Estávamos em seu quarto, e eu sentada em sua cama. Nada demais aconteceria, por ambas as partes: estávamos ali por causa de um assunto muito mais importante.

Ele segurou minhas mãos, com os olhos vidrados nos meus e disse:

_Você sabe alguma coisa de nós? Digo, da nossa origem? Ou quem sabe da sua...

_Evan, shi-shi, Evan_ tirei uma de minhas mãos da dele e a pus em seu rosto_ Sei tanto quanto você.

_Você sabe mesmo ler mentes?

Eu ri. Àquela altura, e eu ainda teria que provar que sim, eu podia ler sua mente. Se não o fizesse, como saberia que era vampiro? Tão vampiro quanto a mim?

_Bom, pense em algo_ falei, sério, para que ele pensasse em alguma coisa bem particular, que somente ele soubesse _Evan... obrigada por me achar "linda" mas evite pensar sobre essas coisas de mim, justamente comigo!_ eu ri, um pouco constrangida.

Ele ficou vermelho, e minha vontade era de falar que estava tudo bem, e que eu pensava as mesmas coisas desde o dia que eu o vi entrar pelo cabaré, achando que eu não o conhecia, e nem mesmo que eu lia sua mente.

_Ah, me desculpe... eu ainda não tinha pensado no que você pediu. Mas de qualquer jeito, me desculpe...

_Não, não! Tá tudo bem_ resolvi mudar totalmente o assunto_ Qual é o seu dom? Você sabe, o meu é de ler pensamentos...

_Bom... eu acho que meu dom é permanecer vivo, mesmo estando morto. Isso não é irônico?

_Mas, Evan, todos os vampiros estão mortos por dentro_ disse, com a voz calma, olhando dentro de seus olhos_ Isso significa que não há dom nenhum nisso_ sorri, e coloquei a mesma mão que há poucos minutos estava em seu rosto, em sua perna_ Viver a morte é algo que todos nós fazemos, não é algo exclusivo de você.

_Pois então não tenho nenhum dom._ ele dizia, sereno e ao mesmo tempo trazendo um tom de dor em seus olhos, como se precisasse de mais tempo que a eternidade poderia lhe oferecer.


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