Dragões: os guardiões da terra (livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 14
O dragão misterioso.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.



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Eu fiquei muito feliz em rever meu pai são e salvo. Foi tão bom sentir seus braços em volta de mim novamente. Depois que a reunião acabou e a noite levantou, fomos para a cabana do meu pai para conversarmos, com Esmeralda, Thomas, Hadaliel, Miguel, Rafael, e Draco.

Percebi que Draco também ficou muito contente com isso. Ele se aproximou do meu pai e falou. “Você é o pai de Willian? Prazer em conhece-lo.”

Meu pai, Oliver, olhou para Draco com um imenso sorriso. “Me conhecer? Hahaha! Você já me conhece! Eu vi você nascendo, Draco! Eu vi você como ovo. Na verdade vi vocês dois, Hadaliel e Draco. Alimentei vocês e ajudei seus pais a cuidarem de vocês até o dia de vocês partirem chegar, mas eu não sabia de quem Esmeralda e Scarux eram guardiões. Depois daquele dia eu não vi mais eles, até hoje, quando vocês chegaram.”

“Então você cuidou da gente?” Hadaliel perguntou.

“Sim. Sabe por que? Porque era meu dever!”

“Como assim?”

Meu pai olhou para Esmeralda e colocou uma das mãos em cima do seu ombro. “Esmeralda é a minha filha, assim como você é de Willian.”

Todos, inclusive eu, ficaram pasmos com a notícia. A minha guardiã era filha do meu pai?! Nossa! Isso foi um choque para mim. Mas foi bom.

“Mãe? Você é o dragão de Oliver? Uau!” Draco diz, impressionado.

Eu ergui meu braço para acariciar a cabeça de Draco. “Talvez seja por isso que você é meu filho.”

“Então estou muuuito agradecido pelo destino ter feito isso.” Draco sorri para mim e lambe meu pescoço.

A língua de Draco estava realmente, assim como ele todo, maior, então sua língua molhou meu pescoço todo. Mas era confortável. “Obrigado Draco.” Eu abraço Draco carinhosamente.

O corpo de Draco já estava bastante robusto. Na verdade ele estava um pouquinho maior que eu. Ele colocou seu pescoço encima do meu ombro, meu envolveu com uma de suas patas e com suas asas em um abraço caloroso e extremamente carinhoso.

Eu beijei o pescoço dele um pouco acima do cachecol. “Nunca vou deixar que nada aconteça com você, meu filho.”

“Pai. Não diga isso...”

Depois de certos minutos conversando e comendo, decidimos ir todos para nossa cabana. Rafael e Miguel foram para a cabana deles, na área do Brasil e nós fomos para a da Austrália.

Passando pela área da Nova Zelândia eu e Draco olhamos para um dragão negro sentado olhando para o nada longe da fogueira e de todos. Estranhamos muito aquilo.

Visão de Draco.

Eu me sentia mal por ver aquele dragão tão... sozinho. Sabia que havia algo errado, pois para todo lugar que eu olhava os dragões estavam acompanhados de seus respectivos pais. Mas ele não. Ele estava completamente sozinho, sentado, olhando para o céu, no escuro. Só consegui ver ele devido à luz da fogueira batia nas suas escamas negras, fazendo um pouco de luz chegar aos meus olhos.

Decidi ir até ele. “Pai, pode ir para a cabana. Eu vou ir daqui a pouco.”

Meu pai pareceu entender o que eu queria fazer. “Certo, mas volte logo, sim.”

Eu assenti e caminhei em direção ao dragão negro. Conforme chegava perto comecei a perceber que em sua crista e cabeça havia pelos. Eu vi alguns dragões com pelo acampamento, inclusive alguns com penas, mas não tão de perto. Seus pelos eram do mesmo verde que as minhas escamas do peito.

Antes que eu chegasse perto dele eu o ouvi falar comigo. “O que você quer aqui?” Senti um certo tom de ameaça na voz dele.

Eu parei naquele instante. Sua coloração negra me lembrava meu pai, Scarux. “Nada. Eu só te vi aí, separado de tudo mundo. Tem algo errado?”

Sua cabeça virou um pouco para mim a ponto de eu conseguir ver apenas um de seus olhos. “Não lhe interessa.”

Ele me encarou profundamente. Senti uma pontada de medo. “C... calma. E... eu não quis te irritar. Se é o que quer, te deixarei sozinho.”

Pude ouvir o dragão suspirando. “Por que você veio aqui? Quem é você?”

“Meu nome é Draco. Eu vim porque vi que você estava sozinho e... bem... errr... você me pegou. Eu não sei o que vim fazer aqui. Como você me disse, isso não me interessa.”

“Draco? O dragão que vai ir para a Rússia?” Ele vira toda sua cabeça para mim com seus olhos azuis me encarando.

“Siiiimmm...”

“Bem... Meu nome é Argus. Sou o dragão de Karori, da Nova Zelândia.”

“Onde está seu pai?”

O dragão olha para baixo e fecha os olhos. “Ele... pai... ele... morreu.”

Naquele momento eu me condenei por dentro por ter perguntado aquilo para Argus. “Morreu? M... me desculpe pela pergunta. Eu... eu não sabia.” Me aproximo um pouco dele.

“Eu matei ele.” Uma lágrima cai do olho direito do dragão negro.

Aquilo me deixou petrificado no lugar. “O que?”

“Eu... Eu não queria. Foi um acidente. Não. Sebastian. Por que você tinha que morrer?”

“Acidente? Como? Posso saber?” Eu chego mais perto e me sento ao lado dele.

Ele olha para mim com o olhar mais triste que eu já vi. “Nós... brigamos. Feio. Eu empurrei ele.” Ele respira fundo, acho que contendo algumas lágrimas para manter sua postura. “Então ele bateu a cabeça na ponta mesa e caiu, morto.” Ele não conteve as lágrimas. Estava sofrendo tremendamente.

Eu coloquei uma das minhas asas nas costas dele e o abracei de lado. “Lamento ouvir isso.”

“Obrigado por se importar. Eu não falo com ninguém desde que cheguei.”

“E seu pai, ou mãe, verdadeiro?”

“Ele ficou muito triste comigo. Mas, não mais que eu mesmo. Como eu me arrependo. Só queria ele aqui, na minha frente, para mim poder pular nele e lamber seu rosto.” Mais lágrimas saem de seus olhos.

Eu não sabia o que falar para acalmar ele. Me sentia mal de vê-lo daquele jeito. Enfim eu me rendi. Não pude deixar ele sozinho, esquecido, só com seu sofrimento para lhe fazer companhia. “Ei. Argus. Se acalme. Vai ficar tudo bem. Se... seu pai morreu, era porque era a hora dele. Não se culpe com isso. E... junte-se aos outros. Não fique sozinho aqui. Isso não é saudável.”

“Me juntar aos outros?” Ele suspirou tristemente. “Algumas pessoas me chamam de monstro porque assassinei meu próprio pai.”

Aquelas palavras me machucaram. Monstro? Ele? Ele era tão... calmo. Não fazia sentido. Por que eles brigaram? Bem... Depois de um longo tempo em silencio, me ousei a perguntar. “Por que você e seu pai brigaram?”

“Por uma coisa boba. Eu... Sou um idiota!” Ele bate a pata no chão. “Ele só queria me proteger.” Ele então suspira. “Eu queria ir em um lugar na nossa cidade. Ele dizia que era perigoso demais, pois haviam muitos bandidos. Nós dois começamos a discutir, brigar. Então eu empurrei ele e aconteceu.”

“Não se culpe por isso, Argus. Isso foi um acidente. O passado já passou. Se preocupe apenas com o futuro e o presente.”

Ele olhou para mim com um olhar de fanatismo. “Ele dizia isso.”

“Então! Ele não gostaria de te ver assim, não acha? Vamos. Venha comigo. Eu e meu pai iremos dar abrigo para você não ficar sozinho.”

“Mas eu sou da Nova Zelândia.”

“Grande coisa! Vamos logo, Argus. E então?” Me levanto. “Qual é o seu elemento?”

Ele olha para mim me levantando e percebe que eu queria mudar de assunto para não aumentar seu sofrimento. Ele se levanta e enxuga os olhos. “Sombra.”

“Uau! Nunca vi um dragão de sombras antes!”

“Sério? E seu pai? Ele é de sombra também! Scarux.”

“Ele é?”

“Claro.”

“Nossa! Disso eu não sabia. Mas... como é?”

Ele olha para mim e simplesmente some na minha frente. Eu fiquei pasmo. Olhei para todos os lados e não o achei. “Aqui atrás.” Eu ouvi a voz dele e dei um salto de susto.

“Como é que você...”

“Eu posso me mover pelas sombras. Mas isso é muito perigoso. Pois, se eu estiver em uma sombra e ela for iluminada... eu desaparecerei. Deixarei de existir. Pois só faço isso a noite, pois só há sombras.”

“Nossa! Que... horrível.”

“E o seu?”

Eu sorri e olhei para cima. Então abri a boca e soltei uma labareda de chamas para o alto.

“Fogo? Sabia. Você tem um calor interno mesmo. Quando você me abraçou eu senti.”

Então fomos para a cabana, onde meu pai e os outros estavam.


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