Amorosas marotices escrita por Lily


Capítulo 10
Bochechas de esquilo


Notas iniciais do capítulo

dfghjkl não sei vcs, mas eu amei esse cap bjao



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"tive um sonho estranho, mas não muito significativo, bom, pelo menos eu achava que não"

Eu estava caindo em um buraco, um buraco grande. Pense em Alice no país das maravilhas, então, foi tipo isso.

Quando eu finalmente consegui chegar no final do buraco, o solo era fofinho e quentinho, como pão francês (n/a peeetaaa, ta, parei huehue) só então percebi que era uma pessoa. Uma mulher, seus cabelos negros estavam lhe tampando a cara, e eu tive a sensação de que ela estava desacordada.

Me levantei rapidamente e vasculhei a caverna aonde eu tinha caído, a procura de uma saída. Então vi uma prateleira completamente vazia, a não ser por um frasco que continha um líquido rosa pink cintilante. No rótulo estava escrito "não beba", e adivinha o que eu fiz? Bebi, ou pelo menos tentei, se a mulher-do-pão-francês não tivesse acordado e apontado a varinha em minha direção.

Seu cabelo cobria o seu olho esquerdo, de forma que eu pudesse somente ver o direito. Ele era vermelho, completamente, não tinha aquela partezinha branca, era vermelho-sangue puro.

Usava vestes púrpura e uma capa negra que rodopiada ás suas costas. Sua varinha era flexível, e ela não tinha boca, isso mesmo, não tinha boca.

Saquei a minha varinha na lateral da minha calcinha (é, pode parecer nojento mas as vezes eu guardava na lateral da calcinha) e gritei "EXPELLIARMUS" mas minha voz saiu muito estranha, não tem quando você tenta falar de baixo d'água? Foi mais ou menos assim.

Uma luz vermelha saiu da ponta da minha varinha, porém se desfez a pó no meio do caminho para a varinha da mulher do pão. Então eu ouvi uma voz doce como a das sereias na minha cabeça, dizia "crucio" e logo eu senti como se estivesse possuída por satã. Uma dor insuportável tomou conta de todo o meu corpo, era como se minha cabeça estivesse rachando ao meio. Gritei, mas não saiu som algum, caí no chão estrebuchando como uma lagartixa no cio, e a última coisa que vi foram os olhos de veneno da mulher-do-pão-francês me olhando assustadoramente antes de apagar.

Acordei dando um pulo que eu teria voado pela janela

do avião se ela estivesse aberta e se eu não usasse o cinto.

Olhei para cima mais atentamente e pude ver os grandes olhos azuis de coruja do Harold me fitando, curiosos.

–Estava tendo um pesadelo? - disse ele, sem se mexer.

Fiz que sim e passei a mão na testa, para limpar o suor.

–Volte a dormir, a viagem vai ser longa. - eu disse, respirando forte, para Harold, Eu nem sabia se ele tinha dormido, mas ele me obedeceu e fechou os seus olhos de anjo.

Olhei para a janela do avião, aquele sonho havia me esgotado, porém eu tinha medo de dormir.

Narrador: Fred

Já tinham passado 4 dias desde o Natal, amanhã mesmo eu iria a Hogwarts.

Estava com saudades da escola. Dos meus amigos da escola, das amigas (se é que me entende) (n/a é acho q vc entendeu) de tudo, menos do Filch.

Eu estava sentado no parapeito da janela do quarto que eu dividia com Jorge, olhando as estrelas e esperando dar meia-noite. Madie me contou que era uma tradição dos trouxas, celebrar o ano novo.

Olhei para o relógio de trouxa que ela havia me dado como presente de Natal antes de partir e vi que ja eram meia noite. Sorri, e Jorge entrou no quarto.

–Está ficando maluco?

–Não, por que estaria? - respondi, confuso.

–Está rindo sozinho como um doido. - disse ele sentando na cama e me tacando uma bala na cabeça. A peguei e comi.

–É por que, já é ano novo.

–Idaí?

–Os trouxas comemoram ano novo. Madie deve estar comemorando com a família agora.

Senti Jorge dar um longo suspiro.

–Sente falta dela, não é?

–E você não sente?

Ele fez um gesto para eu sentar do seu lado, e eu obedeci.

–Quando nós temos um irmão gêmeo, aprendemos a saber tudo o que ele sente só pelo olhar e, meu irmão, tomara que o que você estava sentindo seja infarto, por que se for amor..

EPA PERAÍ.

–O QUE? Não, não, não! Do que está falando? - dei uma risada forçada.- Não.

Será que todas essas negações eram verdadeiras mesmo, Fred Weasley? Eu realmente ando me desconhecendo nesses últimos meses.

–Então ta bom, quando estiver disposto a me contar, eu vou estar lá em baixo comendo umas coxinhas.

Ele deu um tapinha em minha cabeça e saiu do quarto, batendo a porta.

Assim que ele fez isso eu baguncei os meus cabelos como um verdadeiro louco e enfiei a cara em um travesseiro.

É, espero que seja mesmo infarto.

No Hogwarts Express

–Vem, vamos pegar essa cabine vazia e a Madie nos acha depois. - Jorge disse e eu assenti.

2 minutos depois chega ela, com os cabelos presos num rabo de cavalo, uma blusa azul bebê escrita "salve os unicórnios" e uma calça jeans azul clara, carregando seu malão e com um sorriso radiante no rosto.

–FRED! JORGE! - disse ela com uma voz doce, pulando em cima de nós dois e dando um super-abraço.

Ela nos soltou e abraçou Jorge, que deu um beijo fraternal em sua bochecha. Logo depois ela o soltou, dizendo "que saudades" e veio me abraçar.

Pulou nos meus braços como uma águia e se agarrou a mim como um bicho preguiça. Abracei-a forte.

–Eita que você está pesada. - eu disse depois de um tempo, o que era mentira, aquela garota era mais leve do que uma pena.

Ela me soltou, rindo e sentou no banco em frente á eu e Jorge.

– E aí, o que fizeram no feriado? - disse ela, com os olhos brilhando.

–Bom...ér...- eu e Jorge dissemos em uníssono.

–Jogamos quadribol.

–Vimos quadribol.

–Conseguimos colecionar mais postêrs de jogadores de quadribol.

Eu quase deixei soltar um "pensei em você enquanto assistia quadribol" se Jorge não me interrompesse.

–E..hm..Comemos, pensando em quadribol.

–Nossa....Que vida boa. Quadribol. Super divertido. - disse ela, encostando-se nas costas do banco e olhando para as unhas, desgostosa.

Nós três demos risada.

–E você, o que fez? - perguntou Jorge.

–Bom, eu nem preciso falar, né? - disse ela, e nós fizemos que não.

Depois de um tempo, ela disse

–Eu preciso contar uma coisa á vocês! - disse ela, seu sorriso desfazendo-se.

–Fale. - eu respondi, preocupado.

Ela me contou sobre um sonho muito sinistro. Minha reação e a de Jorge foi a mesma.

–Você precisa contar á Dumbledore. - eu disse.

–Imediatamente. - completou Jorge.

–Mas..Como que eu vou chegar lá dizendo "AÍ DUMBLEDORE, TIVE UM SONHO ESTRANHO E ESPERO QUE VOCÊ RESOLVA PRA MIM. ENTÃO, RESOLVE ESSE ENIGMA AÍ" ? Eu acho que não.

–Sim, você tem! Isso é assunto sério, Madie. - eu disse, respirando fundo.

–Por que é tão sério assim? Foi só um sonho.. - ela respondeu, indiferente.

–Existem lendas. - começou Jorge - De comensais da morte que se auto mutilavam. Eles faziam magia negra, e a cada marca queimada em seu corpo, benzida por Voldemort, eles ganhavam um poder diferente, alguns chegavam a tão estremo poder que perdiam a habilidade de falar, e a possibilidade de comer e beber, não dependiam mais disso. Madie, Voldemort pode estar entrando na sua cabeça, isso é seríssimo!

Vi a expressão em seu rosto mudar de indiferença para medo.

Me sentei á seu lado, tentando ver a oportunidade de abraçá-la, mas não o fiz, só encostei nossos braços um no outro, de modo que as pontas dos nossos dedos de tocassem, me causando pequenos choquezinhos.

–Promete que vai contar ao Dumbledore? - ela assentiu, sem olhar pra mim, e Jorge se levantou.

–Eu vou dar uma volta por aí, vê como o povo tá. Volto daqui a pouco, beleza?

Eu e Madie assentimos, imóveis.

Senti um impulso de olhar para o seu rosto, estava tão belo. Os pequenos fios rebeldes de seus cabelos lhe caía na bochecha volumosa (prefiro chamar de bochechas de esquilo, não contem pra ela que eu chamo suas bochechas bolachudas assim!) e sua curva do nariz parecia ter o formato perfeito, seu perfil refletido pela luz de Sol que vinha da janela. Eu queria congelar aquele momento e saber desenhar, para por na parede do meu quarto.

O momento foi interrompido quando ela me olhou de volta, seu rosto perto demais do meu.

Neste momento senti uma conexão, eu não sei explicar, só sei que meus olhos estavam fixos nos dela, e sua boca era como metal, e a minha, um ímã.

Mais um pouco e estaríamos nos beijando, fomos chegando mais perto, não respondendo mais por nós mesmos, quando...


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Notas finais do capítulo

HUAHUAHUAHUAHUA SE MORDAMMMMMMMMMM DE CURIOSIDADE MUEHEHEHE



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