Falling in Love escrita por Susannah Grey


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Oooie meus amores *---*
Passando só pra deixar mais um capítulo antes de voltar a mais uma semana de provas, pior que a anterior.. Desculpem-me pelo capítulo pequeno, mas como o próximo Amy quem irá narrar, achei melhor separá-lo deste... Como prometido: P.O.V. Chris!!!
Espero que gostem!
Boa leitura!!!



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P.O.V. Chris

Eu ia matar Phillipe! Ele escolheu o pior dia pra sair com a namoradinha dele. Logo hoje, que seria a festa de Eric, ele decide sair. E pra completar, meu pai deixou uma pilha de documentos da empresa para enviar relatório até amanhã. Phillipe que costumava fazer esses relatórios, mas como ele tinha saído, eu teria que fazer.

Olhei para a pilha de papéis que estava a minha frente e suspirei enquanto pegava o décimo contrato. Mal comecei a ler a primeira folha e larguei de lado. Eu precisava descansar um pouco a mente pra continuar. Saí do escritório do meu pai e fui até a cozinha pegar um copo de suco. Enquanto eu bebia meu suco, meu celular deu um sinal de vida. Olhei na tela e tinha escrito: Nova Mensagem: Amy

Tive que olhar uma outra vez para acreditar. Não é que meu plano tinha dado certo? Nunca acreditei que ignorar uma pessoa a faria ir atrás de você. Já estava ignorando ela há pouco mais de uma semana. Comecei não mandando mais mensagens para ela e depois só falava o necessário na escola. Eu tinha posto tudo a perder quando disse que ela seria minha namorada em dois meses, mas a reação dela mostrou que eu tinha chance, como sempre, e isso me motivou a não desistir, só abordá-la de uma forma diferente. Faltava pouco mais de um mês para ganhar a aposta. Abri a mensagem.

"Chris, você está bem? Sinto falta do meu amigo e colega de sala... :/ Está na festa do Eric? - Amy"

Sorri com a mensagem. Ela sentia minha falta. Xeque-mate. Ela já tinha caído na minha, só precisava esperar um tempo para pedi-la em namoro e ela aceitar. Respondi de forma que ela achasse que eu estava chateado.

"Achei que você nunca me mandaria uma mensagem. Cansei de ser sempre ignorado. E não, hoje não fui à festa dele, tinha que fazer umas coisas para meu pai, já que Phillipe saiu. - Chris"

Deixei o copo na pia e voltei para o escritório do meu pai. Eu queria terminar logo com toda aquela papelada, isso era muito chato. Só faltavam mais cinco. Meu celular tocou de novo.

"Desculpa... É que não sei bem como agir, só tive dois amigos na minha vida e bem... Nenhum deles disse que iria namorar comigo. - Amy"

Gargalhei alto quando li a mensagem dela. Eu sabia que ela tinha ficado incomodada com isso, mas não imaginava o quanto. Só precisava insistir um pouco mais. Ganhar essa aposta seria a coisa mais fácil que eu já tinha feito, e além de ganhar dinheiro e poder ver Damen e Eric quebrar a cara, ganharia mais uma gatinha pra minha cama.

"Só falei a verdade, mas pelo visto você só quer amizade, né? - Chris"

Tentei voltar para o contrato, só que meu celular tocou novamente, tirando mais uma vez minha atenção. Por mais que eu gostasse de falar com ela eu teria que me despedir.

"Isso, só amizade. Tudo bem pra você? - Amy", sorri com a mensagem dela e principalmente com minha resposta. Podia até imaginá-la ficando vermelha.

"Pra você pode até ser amizade, mas pra mim ainda podemos ficar juntos. Tenho que ir. Durma bem, pequena. - Chris"

Coloquei o celular no silencioso e voltei aos contratos. Revisei mais três antes de sentir meus olhos pesarem. Olhei a hora no celular, 00:39. Amaldiçoei Phillipe, por escolher sair justamente naquele dia, enquanto pegava o penúltimo contrato. Pelo menos já estava acabando. Parecia que minha cabeça pesava uma tonelada, nem percebi quando a apoiei em cima dos contratos e acabei dormindo.

Acordei com um sobressalto ao escutar o som da campainha. Será que Phillipe tinha esquecido a chave? Não era a cara dele fazer isso. Olhei a hora no meu celular, ainda um pouco zonzo pelo sono interrompido. Eram 03:15 da madrugada. Alguém tocava a campainha e batia insistentemente na porta. Levantei-me tentando despertar direito e percebi só que estava chovendo muito lá fora por causa do relâmpago que clareou toda a casa. Já até esperava o trovão que veio logo em seguida e fez as janelas tremerem. Conti um bocejo enquanto ligava a luz da entrada de casa, as batidas na porta pareciam até desesperadas, com certeza não era Phillipe. Franzi o cenho assim que abri a porta e me deparei com Amy, completamente molhada, de pijama e com um semblante aterrorizado. Ela olhou pra mim por milésimos de segundos antes de se virar e olhar alguma coisa no jardim de casa. Então, do nada, ela caiu.

– Amy! - gritei assustado, tentando segurá-la. O que tinha dado naquela garota? Ou melhor, o que tinha acontecido com ela?

Ela tinha desmaiado. Sua pele estava muito gelada e pálida, tanto suas poucas roupas quanto seu cabelo estavam encharcados. Analisando bem, podia perceber os arranhões em suas pernas e braços, alguns até sangravam. Olhei em volta, não vi nenhum carro, moto, nada! Como ela tinha chegado aqui?

Balancei a cabeça, afastando esses pensamentos. Eu tinha que ajudá-la agora, independente do que tinha acontecido.

Peguei-a no colo e levei-a até a sala, a deixei deitada no sofá antes de ir pegar uma toalha e um cobertor. Ela estava gelada demais. No caminho aumentei o aquecedor da casa. Encontrei-a no mesmo lugar em que eu a tinha deixado, mas agora ela estava encolhida. Senti meu coração se comprimir ao vê-la assim. Tudo bem que meu interesse nela era estritamente sexual, mas vê-la tão pequena e frágil a minha frente foi simplesmente horrível.

Fiz o melhor que pude pra secar seus cabelos e roupas, que não cobriam muita coisa, dando espaço o suficiente para minha imaginação. Tentei afastar esses pensamentos e não reparar muito no pequeno short que ela estava usando. Enrolei-a no cobertor mais grosso que eu encontrei e fiquei observando-a.

Sua feição agora era calma, seu rosto estava um pouco mais corado e alguns fios de seu cabelo caíam em sua testa, quando fui afastá-los pude sentir como sua pele ficara quente tão rápido.

Voltei a vasculhar a casa a procura de um termômetro, ela parecia estar com febre. Achei um no armário do banheiro do primeiro quarto de visitas que entrei. Voltei correndo para medir sua temperatura, ela estava suando ao mesmo tempo em que se encolhia ainda mais no sofá. Quando medi sua temperatura tive a confirmação, 39.7° de febre.

Segui direto para o escritório pegar meu celular. Eu sabia o que teria fazer, mas não queria ter que fazê-lo.

– Alô?! - escutei Phillipe gritando do outro lado da linha, provavelmente pra tentar escutar por cima do som da festa. - Chris?!

– Phillipe, como está indo a festa? - perguntei calmamente, conhecendo meu irmão, se ele soubesse que tinha acontecido alguma coisa com Amy, viria imediatamente pra casa e ele precisava sair pra se divertir um pouco de vez em quando. Eu dava conta.

– Espera aí, vou pra um lugar mais silencioso. - ele gritou. Escutei o som de uma garrafa sendo quebrada, seguido de vários gritos, sorri. Estavam fazendo a aposta de quem bebia mais, quando cada jogador terminava uma garrafa de vodca, ela tinha que ser quebrada, só pra provar que estava vazia. Já tinha ganhado esse jogo várias vezes. - Pronto, pode falar. - Phillipe voltou a falar normalmente, percebi que os sons da festa tinham diminuído bastante.

– Está gostando da festa?

– Aqui está uma loucura! Mas sim, até que estou gostando. Seu amigo caprichou dessa vez. - ele disse e pude perceber que sorria. Claro que caprichou, eu organizei a festa, pensei revirando os olhos. - Aconteceu alguma coisa pra estar me ligando a essa hora?

– Só liguei pra saber o que eu posso fazer pra diminuir a febre. Sabe? Atividade da escola. - respondi com a maior simplicidade que pude. Se ele não acreditasse teria que mandar o plano B.

– Quem tá com febre? - ele perguntou com voz de tédio. Droga, ele não acreditou. - Atividade da escola? Sério? Você costumava mentir melhor.

– Não me enche. - Revirei os olhos. Teria que ser o plano B. - Eu sabia que se eu contasse a verdade você me chamaria de idiota.

– Diga logo, Chris.

– Hoje mais cedo eu escutei o alarme da minha moto, só que eu não estava encontrando a chave da porta da garagem.

– Está comigo. Eu peguei pra não precisar te acordar quando eu chegasse. Como não estava achando a minha peguei a sua. - Eu sabia que ele não esqueceria a chave dele em casa. Essa afirmação dele me ajudaria a seguir com a desculpa.

– Por isso eu não achei. Enfim, eu tive que ir pra garagem por fora e acabei tomando muita chuva. Só que quando voltei pra casa nem me importei em trocar de roupa, já que a casa estava quente por causa do aquecedor. Só que eu acabei cochilando e bem, eu suspeitei que estava com febre quando eu estava com um frio além do normal e o aquecedor estava no mais quente. Medi minha temperatura e deu 39.7°. O que eu faço, espertinho?

– Você me parece muito bem pra quem está com uma febre tão alta. - ele disse sarcástico. Bufei em resposta, eu não podia ficar perdendo tempo enquanto Amy estava mal daquele jeito. Escutei-a soltar um gemido baixo. Trinquei os dentes para não gritar com Phillipe ou lhe dizer logo a verdade.

– Se não quiser me ajudar, avisa que eu ligo pra Sra. Elle. - disse já com raiva. Eu sabia que isso era jogar sujo, até porque se Elle, nossa governanta, soubesse que eu estava "doente" e que Phillipe tinha ido a uma festa, ele certamente estaria muito encrencado. - Eu não estou pedindo pra você voltar, só quero saber o que fazer.

– Tá. Mas isso é jogo sujo. Quando eu chegar, quero que você me explique direitinho o que aconteceu.

– Tanto faz.

– Você ainda está com as roupas molhadas, né?

– Estou.

– Tire e tome um banho quente. - ele disse exatamente o que eu temia. - No armário do meu banheiro tem um remédio de embalagem branca com verde, ele serve pra febre. Tome-o e vá deitar, ele também dá sono.

– Só isso?

– Era pra ser complicado?

– Ainda bem que não. Você vai chegar que horas, mais ou menos?

– Depois do almoço. O pai da Ashley me convidou pra dormir e almoçar lá, já que concordei em ficar de olho na filha dele essa noite. - Podia perceber que ele estava sorrindo enquanto falava isso.

– Boa escolha, irmão. Ela é uma boa pessoa. - eu falei com sinceridade. Eu já tinha pegado ela, mas de todas as garotas com quem já fui pra cama e me relacionei, ela foi, de longe, a menos idiota. As vezes até sentia certo remorso quando via a pessoa que ela tinha se tornado depois que eu terminei com ela.

– A Amy também é, irmão. Espero que você não a machuque. - Fiquei sem saber o que dizer diante desse comentário dele. O que ele quis insinuar com isso?

– Não entendi.

– Entendeu sim. Eu sei que ela está na sua lista. Só quero te pedir pra tomar cuidado com ela. Ela pode parecer forte, mas no fundo ela é apenas uma garota que quer ser amada na mesma intensidade que ama.

– Você está querendo dizer que ela me ama? - perguntei um pouco chocado, observando, de longe, Amy deitada no sofá. Aquilo fora como um soco no meu estômago.

– Eu quis dizer exatamente o que eu disse. E saiba de uma coisa, você pode ser meu irmão, mas ela é minha amiga. E como eu gosto muito dos dois, se você a magoar, eu te bato. - ele disse sério e depois riu. Dessa vez não o acompanhei nas risadas. - Vou voltar pra festa. Melhoras aí, irmão. Qualquer coisa me liga que eu volto mais cedo.

– Pode deixar. Aproveite a festa por nós dois. - disse meio que automaticamente. Ainda não acreditava no que tinha ouvido.

Amy me amava? Não era possível. Se ela me amava, então porque ela vivia me evitando, gritando e brigando comigo? Balancei a cabeça pra afastar esses pensamentos. Provavelmente Phillipe estava bêbado.

Guardei o celular no bolso da minha calça. Voltei para onde Amy estava, enrolei-a melhor no cobertor e peguei-a no colo com tudo. Ela era incrivelmente leve e pequena, podia carregá-la sem problemas. Subi com ela até meu quarto que, por ter um aquecedor só para ele, era o mais quente da casa. Pousei-a levemente na cama e fui ao banheiro colocar a banheira para encher com agua quente. Quando voltei para o quarto escutei alguns murmúrios. Agradeci mentalmente por ela estar acordando. Sentei na beirada da cama, ao seu lado. Quase sorri quando a vi abrir os olhos e aquele azul tão claro me encarou.

– Amy. Estava preocupado. - sussurrei.

– Chris? Onde eu estou? - ela perguntou. Sua voz não passava de um mínimo sussurro rouco.

– Está no meu quarto. Vamos, levante. Você precisa tomar um banho e vestir uma roupa seca. - disse com a voz gentil, tentando tranquilizá-la, enquanto a ajudava a se levantar.

– Há quanto tempo estou aqui? – Ela ainda parecia um pouco perdida.

– Não muito. Você desmaiou na minha porta assim que chegou. Como tomou muita chuva e ficou muito exposta ao frio com essas mínimas roupas molhadas, acabou ficando com febre. - comentei sorrindo. Ela desviou os olhos e corou. Sorri mais ainda. - Vamos. A banheira já está enchendo. Vou pegar uma roupa minha para você usar, pelo menos até voltar pra casa ou ficar melhor.

Fiquei surpreso quando ela não protestou. Ajudei-a a chegar ao banheiro, desliguei a agua que caía na banheira, já que ela estava cheia o suficiente para ela entrar. Amy estava encostada na porta, olhando para o chão e tentando, inutilmente, esconder um pouco das pernas com os braços, já que seu short não cobria nem um palmo de suas pernas. Ela era absurdamente gostosa! Tinha que controlar meus pensamentos indecentes relacionados àquele corpo, minhas mãos e minha boca.

– Vou deixar as roupas em cima da cama. Tome seu banho e troque de roupa, qualquer coisa vou estar no escritório do meu pai. – disse saindo do banheiro e encaminhando-me até o closet.

– Desculpa pela incomodo, não era a minha intenção fazer isso. – ela disse em voz baixa, mesmo estando virada de costas para mim, eu podia jurar que estava vermelha.

– Não se preocupe com isso. Vamos cuidar de você primeiro. Tome seu banho, já deixei uma toalha pra você aí.

– Obrigada. – Ela se virou para mim. Pude ver um pequeno sorriso brincando em seus lábios, foi impossível não sorrir também.

– Não foi nada, Amy.

Dito isso ela entrou no banheiro e fechou a porta. Só de imaginá-la no meu banheiro, tirando toda a sua roupa e entrando na banheira, eu já ficava excitado. Droga! Essa aposta iria acabar com qualquer resquício de racionalidade em mim.


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Notas finais do capítulo

Quem também acha que logo, logo Chris não irá mais se controlar? O que acharam desse jeito cuidadoso dele com ela? Me digam o que acharam, quero conhecer vocês... ^^ Estamos quase chegando as 10.000 visualizações! Estou tão feliz com isso... E só tenho a agradecer a vocês! E também quase com 200 comentários, quem sabe quando eu atingir esse número não faço um capítulo especial pra vocês? Já estou até planejando como pode ser... Chris desabafando com Amy, Lindsey estragando certos planos e altas declarações de um certo casal que todos gostam... O que me dizem?



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