A melhor derrota de Son Goten escrita por Branvermelha


Capítulo 14
Você está fora


Notas iniciais do capítulo

E temos um vencedor!! tan tan tan



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FRONTEIRA (1)

Uma parte do Goten sabia muito bem que não devia estar aos beijos com a irmã de seu melhor amigo como estava agora. Afinal, ia contra o código de confiança e as regras fundamentais. E, claro, sem esquecer-se de quem é a figura paterna da menina...

Uma menina... Kamisama, ela é uma menina para ele. São quase dez anos de idade de diferença que os separam. Tudo bem. Sayajins envelhecem mais lentamente que os humanos, de forma que o Son ainda tinha a aparência jovem. Em termos de fisionomia, realmente ele não aparentava ser muito mais velho do que Bra. Mas mesmo assim...

Inacreditável. Essa é a palavra que procurava. Um beijo entre eles dois era inacreditável demais para ser verdade.

Caramba. Ele segurou-a nos braços quando ela era apenas bebê, carregou-a nos ombros algumas vezes, aguentou-a cantando enquanto puxava e desarrumava seus cabelos, ajudou-a a aprender a voar, por várias vezes colaborou na arrumação da decoração das festas de aniversário dela... Ano após ano. O Son havia visto-a crescer.

A cada ano que passava, Bra ficava mais bonita, talentosa e mais apática para com ele, chegando ao ponto de simplesmente ignorar sua presença. Possível motivo disso? Talvez influência ideológica de Vegeta. Ele é só o filho idiota de Kakarotto. Nada mais. Contudo, nem o peso da autoridade do príncipe dos sayajins foi capaz de convencê-la a dedicar-se a treinos para aperfeiçoar habilidades de batalha para autodefesa.

Ao longo dos anos, Goten também percebeu as mudanças no corpo dela. O desenvolvimento dos seios, o alargamento dos quadris, o aparecimento das curvas... Os garotos da idade dela também logo notaram. De forma que a adolescência da menina, líder das líderes de torcida da escola na época, deu bastante dor de cabeça a Vegeta e Trunks. Para alívio destes, a híbrida rejeitava automaticamente qualquer que se aproximasse demais para o seu gosto. As paqueras, paixonites e namoricos comuns nesta idade? A Briefs parecia imune e não dava a mínima para essas coisas.

O Son sempre enjoava rapidamente das moças com quem se relacionava. O recorde de duração de namoro foi com Pars. Três semanas. No fim, veio e foi como muitas outras.

Entretanto, desde que Bra completou seus quinze anos, – estes foram devidamente comemorados em uma escandalosa festa organizada por Bulma, óbvio –, o meio-sayajin ficou curioso... Atraído por ela. Porém, ele sempre reprimiu essa curiosidade, pois era... É errado sentir isso por ela!

O Son sufocou tantas vezes esses sentimentos, os quais teimavam em aparecer toda vez em que ele a via, e durante tantos anos que ele próprio tinha se esquecido da existência deles.

Todavia, aquela vontade de se aproximar dela, de experimentá-la reapareceu anteontem depois de... Bem... Vê-la na Corporação Cápsula (CC), na câmara gravitacional. Ele controlou.

Então Bra aparece para lutar com ele vestida em tão poucos trajes. Ele controlou e até conseguiu entrar no jogo dela.

No entanto quando ela colou a boca dela na dele e sentiu a maciez dos lábios dela... Aí ele não controlou. A parte do híbrido a qual desejava prova-la há muito tempo, suprimiu a outra dita responsável e puxou para mais perto.

Quando a Briefs permitiu a entrada de sua língua e que esta tocou, entrelaçou na dela... Deliciosa demais. Ouviu-a soltar um gemido, ouviu-a arfar... Ele próprio arfava a essa altura.

Uma estratégia dela para derrota-lo? Tinha plena consciência disso. Só que ele é não bem um exemplo de domínio próprio nesse momento. Sequer conseguia ou queria soltá-la.

– OOOOIIIII!!??? LUTAR SIM!! NAMORAR NÃO!!! LEMBRAM!!!!!???? – Marron gritava. Também sentiu o ki de Trunks se aproximando rápido há uns dois minutos e desde então começou a gritar a fim de alertá-los. Já estava ficando rouca. “Goten e Bra, seus surdos!” – Não está funcionando! Precisamos fazer alguma coisa, Pan!

– Mas não podemos interferir na... No... Na luta...! Anularia tudo! – Pan falou andando nervosamente de um lado a outro.

– Já sei! É só uma de nós atrasá-lo! – A loira disse estalando os dedos. – Vai Pan. Eu fico aqui.

– E-eu não! Eu sou a juíza. Não posso abandonar a partida. Vai você.

– Está bem. Eu vou, mas lance uma esfera de energia para o alto para me avisar quando a... Luta acabar, ok? - Marron falou já partindo dali para o céu em um salto. “Só Kamisama sabe o que raios eu vou inventar para enrolar o Trunks...”.

– OK!! – A morena gritou para a colega se distanciando a ouvir. “Espero que dê certo”.

A orgulhosa Bra Briefs estava a admitir coisas até então improváveis. Beijava Goten e era beijada de volta. As mãos dele envolvendo sua cintura. As suas mãos envolvendo o pescoço dele. A perna direita delicadamente flexionada, denunciando sua verdadeira opinião sobre esse beijo trocado por eles dois.

Ela sabia o que estava fazendo ao estar permitindo e correspondendo a isso? Oh meu Enma Daioh, não mesmo! Goten beijava bem? Kamisama do céu, sim! Se bem que, se Briefs nunca teve essa experiência de beijar antes, como classificar esse beijo em ruim ou bom? Cerca de três dias atrás ela chegou a, inclusive, consultar o google para pesquisar como era beijar.

Que se dane! Isso que o Goten estava fazendo era gostoso? Sim! As borboletas passeavam pelo seu corpo.

Espera um segundo. Por que Bra beijou o filho de Kakarotto mesmo? Tinha um motivo. Um motivo bom. Bom como esse beijo... Ela não conseguia lembrar.

O atraso de Trunks foi resultado de uma enorme papelada a qual TINHA que ser lida, acordada e assinada hoje. Não amanhã. Hoje!

O híbrido gostava de comandar os negócios da CC, mas ás vezes a burocracia, o peso da responsabilidade etc, o irritavam bastante.

Assim que terminou os compromissos, correu, melhor dizendo, voou em direção ao lugar deserto distante da Cidade do Oeste (Westy City), aonde já deviam estar lutando seu melhor amigo contra sua irmã mais nova. À medida que se aproximava, sentia o ki dos dois com mais intensidade. “Como será que ela está se saindo? Com o Goten pegando leve...”.

A visão de alguém voando em sua direção o retirou de seus pensamentos. Era Marron. “Esquisito... A iluminação da arena permanece ligada. Por certo a luta acabou a pouco tempo”.

Marron avistou o meio-sayajin. A expressão dele parecia de irritação. “Danou-se”. Embora que, pensando melhor, ele com frequência tem essa testa franzida – típica dele e “herança” do pai -, aparentando assim estar irritado quase o tempo todo.

Trunks diminui a velocidade do voo até parar, passando a apenas flutuar no ar. Marron fez o mesmo. Os dois ficaram frente a frente e se cumprimentaram.

– Voltando para casa? A luta terminou? – O rapaz de cabelos roxos perguntou desejando que a resposta fosse não, pois queria realmente vê-los lutando.

– Ah, sim. A luta. Claro que você quer saber como está à luta. Hahaha – “Pensa, Marron, pensa!”. – Está uma noite linda, não é mesmo?

– Ãnh? – Trunks olha para o céu estrelado sem lua e fita a garota com uma sobrancelha erguida. – Sim, é. Mas você não respondeu a minha pergunta. Goten e minha irmã ainda estão lutando?

– Hahaha. Certo, certo. Um segundinho – A loira olha para trás. Nenhum sinal de energia, ou seja, aqueles dois ainda estavam se beijando! Ela voltou a encarar o rapaz a sua frente o qual já demonstrava suspeita. – Pois é... Eles ainda estão lutando. Lutando pra valer, sabe. Socos, chutes e muitos golpes de tirar o fôlego.

– Okey... Então eu vou lá ver com meus próprios olhos.

– Espera! – Marron disparou entrando na frente do garoto com os braços abertos, impedindo-o de passar. – Eu tenho algo importante para falar com você! Pois é! Perfeito! Por isso que eu vim até aqui ao seu encontro!

– Está bem. Fale – Trunks cruzou os braços, assumindo aquela pose séria característica dele.

– Er... - “Ele fica bonitão desse jeito... Shhh! Não é uma boa hora para essas coisas! Foco chega aqui!” –O que você quer ganhar de presente de natal?

– Como?

– Você sabe... Com o natal chegando e tudo mais... Já pensou no quer ganhar?

– Não, ainda não. Com licença...

– Eu já pensei! – A loira falou barrando-o de novo. – Um animal de estimação. Pode ser um gato. Você gosta de gatos, Trunks?

– Não, não os suporto, mas por que não conversamos enquanto voamos...?

– Por que não conversar aqui mesmo? Parados, sem sair do lugar, sabe? Mostrando que não ligamos para a correria e a pressa imposta pela sociedade capitalista atual...

“O que deu nela?”, O híbrido pensou desconfiado.

Pan, a fim de ter melhor visão geral, subiu e ficou de pé sobre na pedra peculiar na qual seu tio Goten havia sentado cerca de meia hora atrás.

Os ki’s de Marron e Trunks se encontravam estacionados não tão distante dali. O que importa é que não se moviam. Boa notícia. A filha de Kuririn o atrasava.

O Son e a Briefs? Muita química ainda. Kamisama do céu, quem diria.

– O-opa... – A morena escorregou e perdeu o equilíbrio. Pisou em algo parecido com um botão antes de cair de cima da pedra para o chão poeirento. – Oh-oh... – Disse ao perceber que as luzes as quais então iluminavam a arena, extinguiram-se.

Escuridão!

Trunks percebeu quando o ponto luminoso, que indicava a localização do campo de treinamento usado por ele e pelo Son desde pequenos, desapareceu. Mas o ki’s de Pan, Goten e Bra continuam lá. “Problema no circuito? Aconteceu alguma coisa...”.

– Veja bem, Marron, acho legal você querer conversar comigo, mas vamos deixar pra depois, ok? As luzes da arena foram apagadas – O meio-sayajin lançou um olhar firme para a colega de quem não estava brincando.

Marron olhou para trás e, de fato o local correspondente à arena era só escuridão, agora. Antes que pudesse tentar impedir o Briefs, este passou por ela rapidamente.

Nada de desistir!”. Seguiu-o, alcançou-o, ficando ombro a ombro com ele e, em seguida, atirou-se no caminho dele. Foi um ato tão repentino que Trunks não conseguiu frear a tempo.

As testas dos dois se bateram, assim como seus lábios.

– E-eu sinto muito – O híbrido falou se afastando da colega todo sem jeito. – Foi mal.

– Hahaha Não sinta, quero dizer, sem problemas foi só um selinho de amigo. Por que somos amigos, né Trunks? Hahaha – Marron disse fazendo um movimento apressado com a mão direita. Olhando para todos os lados possíveis só para não olhar aqueles olhos azuis dele.

– É, é. Somos amigos. Isso mesmo hehe – O rapaz disse passando a mão no cabelo, também evitando olhar para a garota a sua frente durante esse clima estranho. – Bom... É melhor a gente ir para a arena ver como o Goten e a Bra andam...

– Concordo plenamente – A loira assentiu acenando com a cabeça repetidas vezes. Ela só desejava sair daquela atmosfera pesada a qual os envolvia e a desconcertava. O que era incomum. A filha de Kuririn sempre fora comunicativa e confiante em tudo que fazia e com todos.

– Er... Vamos então – Trunks a chamou já partindo.

Marron o seguiu. Apenas. “Bobagem. Foi um acidente. Não quer dizer nada. Não foi nada demais... E Pan não precisa saber...”.

Escuridão!

Tanto o Son como a Briefs perceberam quando as luzes apagaram e o ambiente em que se encontravam, escureceu.

Os dois cessaram o beijo, levemente ofegantes. Permaneceram com as testas encostas, fitando-se confusos. Aquilo era real? Tinha acontecido mesmo?

Então ambos sentiram o ki de Trunks.

Bra recordou da real razão de ter beijado seu adversário. Para vencer. Passou pela sua cabeça a ideia de empurrá-lo para longe dela. No escuro, a linha branca era invisível, mas sabia que ela estava a menos de um passo deles.

Contudo, o Son havia se lembrado das regras, da confiança que o seu amigo depositava nele e agiu primeiro, soltou-a, relutante, e se distanciou dela dando alguns passos para trás.

A menina de cabelos azuis sentiu um frio no corpo quando ele se afastou. Sentiu-se tão... Tão... Só...

As luzes reacenderam.

E-eu fiz isso...?”, Bra pensou ficando vermelha ao ver que o cabelo do filho de Kakarotto estava todo assanhando.

Goten notou o rosto rosado dela e não conteve um sorriso de canto. “Por que ela tem que ser tão linda...?”.

Aquele sorriso. A Briefs desviou o olhar imediatamente só para não ver aquele sorriso dele que por algum motivo era capaz de deixa-la encabulada. Olhou para o chão. No chão, ela viu a ponta das próprias botas, a linha branca limitante da arena e a ponta das botas do Son depois... Depois da linha... !! Fora do campo!! “Eu não acredito!!”.

Você está fora!!! – Bra gritou mais para acreditar nesse fato do que para avisar ao adversário.

Nesse momento, Goten olha para o chão também. Vê a linha branca... “Quuuuuêêêê??!!!”. Devia ter saído no momento em que deu os passos para trás. O híbrido pressionou as têmporas com os dedos. “Argh! Sou um retardado mesmo”. Séries de palavrões ecoando na sua mente.

A caçulinha dos Briefs abriu um grande sorriso. Meu Kamisama, ela tinha vencido! A cara da Marrow caindo! Ela sendo a minha secretária pessoal o restante do semestre inteiro! Sem falar que não precisava mais beijar o Goten e... E... Calma... Espera um segundo... “MALDIÇÃO!!!”.

Para piorar, ela ouviu a voz do irmão ao longe:

– Bra, que p#&&@ de roupa é essa???!!!!


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Notas finais do capítulo

xiii O Trunks tá nervoso kk