Estava uma noite fria, a cada balançar era um arrepio em meu corpo. Nathan estava lá, me olhando, então se vira e vai embora. Continuo a me balançar, mas não paro de pensar no olhar que ele me dera, então tento esvaziar minha mente. Jeremy volta, me entrega as bebidas e senta na grama.

– Pra que isso? - digo, me referindo ao violão que ele está em mãos.

– Eu levo esse violão pra todo lugar em que vou, é meu melhor amigo. - ele diz. E começa a tocar uma melodia. - Sabe quando, ninguém mas te entende? Eu sempre vejo pro violão e expresso o que sinto, esvazio a mente, e toco com a alma. Não me ache estranho por "conversar" através de notas com um violão.- ele sorri.

– Eu sou como você, danço ballet a 2 anos, é como você disse. É como só a dança me entendesse, eu danço com alma, é como ser o minutos tudo sumisse eu estivesse dançando. Me traz lembranças de pessoas que eu amo. - digo. - Mas então, o que está tocando?

– Sabe, Unconditionally, da Katy Pery. – ele diz , olhando pro violão e tocando. – Eu estou treinando essa música á tempos.

– É sério? Eu vou dançar um solo dessa música, ela é tão linda. – falo, então sorrio. – Mas me conta mais sobre você, agora eu quero conversar.

Ficamos conversando sobre faculdade, histórias, e muitas outras coisas. Logo, não percebi mas tinha amanhecido então me despedi dele e fui procurar Alicia. A casa estava bagunçada, cheia de jovens pelo chão, bêbados e desacordados, então avistei minha amiga deitada envolvida pelos braços de um menino, que na testa estava PANACA.

– Alicia. – digo, a levantando pelo braço e segurando a. – Acorda, amiga. – seu corpo estava mole, e então ela se deixa levar e cai, mas braços me ajudam a segura lá.

– Olá. – diz Nathan, me surpreendendo com um lindo sorriso. – Deixa que eu levo vocês, se não se importar. – então faço que não com a cabeça, e ele a pega em seu colo.

Ele a coloca no banco de trás do carro, e depois leva Travor até o banco junto dela. Ele dirige e eu vou com ele no banco do passageiro. Coloco uma música na rádio, para não ficar um silêncio, e então passo 2h sem falar nada com ele, apenas lembro da noite passada, de seu olhar na janela.

– Obrigada por nos trazer, pode levar o carro com Travor. – digo, colocando Alicia no sofá.

– Qualquer coisa me liga. – eu anoto o número e então ele vai embora. Pego Alicia e a levo até o banheiro. Coloco a debaixo d’água de roupa e tudo.

– Bebe isso, vai se sentir melhor. – dou um remédio e depois um café pra ela. Ela adormece, e eu logo sou embalada em sonhos, e adormeço.

Acordo com o som de uma campainha, mas já desposta ela levanta e caminha até a sala. Eu continuo deitada, e quando me levanto vou atrás dela. Sou surpreendida por Travor, e Nathan na sala de nossa casa, e eu estava horrível.

– Olá Lisa. – diz Travor, soltando uma risadinha. – Você está gata, demais. – e ri.

– O que vocês estão fazendo aqui? – pergunto, e olho para Nathan.

– Viemos trazer o carro, e a sua amiga deixou que ficássemos aqui assistindo á um filme. – fala. – Tem algum problema?

Faço que não com a cabeça e subo, para tomar um banho. Depois fico por lá e coloco a música do meu solo, e começo a ensaiar. Um toque na porta me assusta, então desligo a música.

– O que você quer? – digo, agressiva a Nathan que se assusta. – Você está me perseguindo? Ontem na festa não parava de olhar pra mim, para!

– Eu não estou te perseguindo, como quer que não olhem pra você? – pergunta ele, rebatendo.

– Como assim? Eu sou uma pessoa normal. – falo, não entendendo muito bem.

– Não, você é linda, magnífica, bem amigável. – diz. – Tudo que muitas garotas querem ser, mas não conseguem. Você é diferente, Lisa. Eu só queria ser amigável.

Ele bate a porta, e então eu não o vejo mas naquela noite. Fico me perguntando se ele foi embora por causa de mim, ou se inventou alguma coisa para os meus amigos, para não pagar de idiota. Mas ele não foi, ele foi tão gentil comigo. O tempo todo queria ser amigável comigo, mas eu não deixava. É isso que eu faço, eu afasto as pessoas de mim.