Advantages of Dating a Rocker escrita por LiHh
Notas iniciais do capítulo
Olá galerinha, gostaria de agradecer desde já a todos que estão acompanhando a FIC, que favoritaram e que comentam em todos os Caps. Esse capítulo dedico a todos vocês. Ahhh e quero meus comentários hein? Espero que gostem!
Entramos na sala, e o professor já fazia chamada. Droga, iria levar bronca, tentamos entrar em silêncio, mas sem sucesso.
– Castillo, está atrasada, ficará na detenção. - disse o professor.
– Desculpa professor, me atrasei, pois estava ajudando as novatas.
– É professor a culpa é nossa - disse Fran.
O professor suspirou e disse.
– Tudo bem, dessa vez passa, mas se chegar atrasada novamente Castillo, não será mais detenção, será advertência direto. Entendeu?
– Claro. - Todas dissemos.
Sentei-me na minha carteira de sempre, no meio da sala. Fran e Cami sentaram-se ao meu lado. Porque as chamo assim? porque elas pediram, oras.
A aula continuou normalmente, mas estava muito longe para prestar atenção.
– Alunos, o professor Michel me contou sobre o trabalho em dupla da aula dele e tanto eu como os demais professores concordamos em manter as duplas formadas até o final do ano.
Droga. Me recordei da minha dupla da aula dele, o Vargas, mais tempo com ele, a Ludmila vai querer me atormentar por isso. Ele tinha que estar em todas as minhas salas?. Que saco.
– E vocês duas que chegaram hoje, farão juntas todos os trabalhos, recomendo que peguem com os outros professores o tema para não ficarem perdidas.
– Sim - disseram em uníssono.
O tempo até que passou rápido, Francesca e Camila conseguiram me fazer rir depois de tanto tempo sem conseguir sorrir, elas fizeram umas palhaçadas e como sou humana não consegui me controlar e comecei a gargalhar. Trocamos telefones, e-mail's, skype e etc. Elas eram as primeiras pessoas que queriam ser minhas amigas mesmo sabendo que sou ignorada por todos.
– Hey! Castillo - chamou Vargas. - Espera.
Eu acelerei o passo, sinceramente, falar com o Vargas a essa altura do campeonato só me deixaria mais irritada. Ele correu e me alcançou, eu já tinha me esquecido que ele faz parte do time de futebol do colégio.
– Não me ouviu te chamar? - disse ofegante.
– Sim, mas queria te poupar das minhas patadas - disse irônica.
– Engraçadinha - disse com a cara feia - Sabe que por mim não viria aqui, mas é pelos trabalhos, temos que fazer uma trégua, para conseguir fazer com perfeição nossas atividades, mas, será apenas trégua momentânea, quando não precisarmos fazer trabalho juntos, essa trégua acaba. Entendeu?
– E a sua "cachorrinha", quero dizer Ludmila, como ela fica em relação a isso? - digo caçoando.
– Ela não tem que dizer nada, é metade da média Castillo, e eu preciso de nota, quero entrar para a universidade, e isso se consegue apenas com bom histórico e boa nota no vestibular. - Ele não defendeu a "cachorrinha" dele? estranho.
– Tudo bem, então trégua fechada - digo estendendo a mão.
– Fechada - então aperta minha mão.
Quando finalmente saiu, Fran e Cami ficaram me enchendo de perguntas sobre ele.
– Ele tem namorada? - perguntou Fran.
– O que ele faz? É tão sarado. - perguntou Cami.
– Vocês tem algo? - perguntou Fran sugestiva.
– Nossa mais ele é lindo, tem os olhos mais incríveis que eu já vi - disse Cami.
– Nossa, isso virou um interrogatório? Sério que querem saber do Vargas? - elas apenas assentiram - Ok. Ele é o pior dos garotos do colégio, se acha o rei do pedaço, adora me irritar, joga futebol e namora com uma das patricinhas do colégio Ludmila, é uma Ruiva dos cabelos compridos, com leves cachos nas pontas, e os olhos dela são verde água. Resumidamente é isso.
– Wauuu, para conhecer tanto dele, você deve... - disse Cami
– Nem se atreva a terminar essa frase, eu NUNCA gostei e nem vou gostar do Vargas, e ponto, não se fala mais nisso entendido? - interrompi.
– Sim sargento - disse Fran batendo continência.
– Palhaça - disse rindo da cara dela - Vou para casa, nos vemos amanhã.
– Claro - responderam as duas em uníssono.
Hoje o dia foi exaustivo, mas ao menos duas amigas tinha ganhado, ou melhor, "colegas", para confiar nelas vou ter que esperar um pouco, não se pode revelar o coração a duas estranhas. Depois de tanto tempo no colégio sozinha, já tinha me desacostumado a ter companhia, mas seria bom viver uma nova fase. E por um momento me esqueci da doença da minha mãe, mas no caminho para casa não resisti e comecei a chorar, eu não queria perdê-la, e se ela não se tratasse direito, isso com certeza aconteceria. Você deve estar se perguntando porque choro. Escuta aqui, sou humana e tenho sentimentos, eu os disfarço muito bem, mas não quer dizer que eles não existam.
(...)
Me sentei em um banco e coloquei o fone e comecei a escutar minhas músicas favoritas, eram tipo Make Believe - Angra. Mas é claro que também gostava de outras bandas, como Metallica. Enquanto escutava as minhas canções, que não eram nada calmas, eu me peguei chorando, lágrimas e mais lágrimas em meu rosto, como eu detestava isso, mas precisava desabafar antes de chegar em casa, e isso só fazia sozinha. Chorava de soluçar, a situação lá em casa havia se complicado com essa doença, e não sei se cheguei a contar, mas meu pai não está no auge da carreira profissional, estamos com problemas financeiros, já cortamos muitos gastos, e por enquanto, está dando para segurar. Estava tão distraída com minha música que não percebi que alguém havia se sentado ao meu lado.
– Droga. - resmunguei.
– O que houve Castillo? - disse uma voz familiar, eu não queria me virar para ver quem era, eu acho que já sabia, não queria que ninguém me visse chorar. - Hey, não fique assim.
Me virei e encontrei quem menos esperava... o Vargas.
– Sai daqui por favor, me deixe sozinha - disse soluçando.
– Não, não vou te deixar só, sei que não somos amigos, e que já te zoei bastante, mas eu não gosto de te ver chorar.
– V-vo-cê, nunca me viu chorar - disse gaguejando.
– Sim, nunca, mas por agora já sei que não gosto de te ver chorar.
– Vargas, vá embora, eu sinceramente não preciso que sinta pena de mim. Eu posso me virar.
– Não pode, eu acho que sei o que está passando. - disse virando meu rosto para olhá-lo.
– Como pode saber o que passo Vargas?
– Apenas sei, e sua mãe ficará bem. - disse acariciando meus cabelos. O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO COMIGO, EU PRECISO SAIR DAQUI.
– Droga, como soube? - foi a única coisa que consegui dizer.
– Digamos que meu pai é o médico da sua mãe, e ele me contou.
– Ok Vargas, eu vou voltar para casa, por mais que não queira voltar tão cedo, preciso. - disse me levantando.
– Você não vai a lugar nenhum - disse autoritário - Olha o jeito que está, se seus pais te verem assim, não acha que vão ficar pior do que já estão?
– Porque essa preocupação repentina por mim Vargas? Você nunca foi assim, a não ser com sua "cachorrinha", quero dizer, Ludmila. - disse estressada.
– Apenas quero ajudar, sei que nunca fiz isso antes, mas se recorda da trégua? Sem brigas.
– Certo, a trégua. Olha Vargas, pode ficar tranquilo quanto a essa trégua, não precisa ser gentil comigo, eu não preciso que tenham pena de mim.
E sem cerimônias saí de perto dele, ele ainda me encarava sentado no banco como se estivesse pensando em ir atrás de mim novamente, mas não dei tempo para ele decidir e corri para minha casa, definitivamente precisava de paz, e ao lado do Vargas isso não é possível.
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