Advantages of Dating a Rocker escrita por LiHh


Capítulo 3
Maybe Friends


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite Galera, sei que estão curiosíssimos para o próximo cap, eu demorei, mas aqui estou. Espero que gostem. E lembrem-se de deixar comentários, e não apenas o famoso "Continua", quero saber a opinião de vocês. =) Até a próxima!



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Despertei antes do toque do celular, eram cinco e meia da manhã. Eu não queria levantar, mas eu precisava, algo me dizia que algo ruim aconteceria hoje, e sinceramente tinha medo do que poderia ser.

Fiz minhas rotinas, e resolvi adiantar a pesquisa sobre a história da música, por mais que tivesse que me reunir com Vargas, precisava deixar algo pronto. Peguei meu notebook e comecei a pesquisa.

"O Rock é um gênero musical que se desenvolveu após a década de 50, suas raízes são Rock and Roll e Rockabilly, outras influências são o Folk, o Jazz, o Bues e a Música Clássica.

No início dos anos 60 surgiram vários subgêneros sendo jazz-rock, folk rock e etc.Nos anos 80, o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock."

Ok, já é um começo. - pensei.

Olhei no relógio e estava em cima da hora pra tomar o café, desci correndo e meus pais pareciam tristes, minha mãe estava com cara de choro, mas nunca fui de me meter nisso, até porque para eles eu era a filha sem noção.

– Bom dia filha - disse minha mãe, ela estava tão abatida.

– Bom dia! - disse desanimada

– Precisamos falar com você - disseram meus pais sérios.

– Do que se trata? Estou atrasada para a aula. - disse bufando.

– Violetta, é sério.

– Fala logo pai. - disse alterada.

– Sua mãe está com leucemia, e terá que se tratar, o doutor disse que está no começo.

– O QUE? COMO ASSIM? - era verdade que eu brigava direto com eles, mas não queria que nenhum deles morresse, fiquei em choque. - Isso é sério?

– Sim, me perdoa filha, por tudo que eu fiz, eu te amo do jeito que você é, e não ligue para o que falam de você!

Deveria ter se preocupado com isso antes - pensei.

– Não se preocupe com isso agora, deve se preocupar com sua saúde. - disse séria, eu definitivamente não sabia o que dizer, nunca faltaram palavras para mim, nunca mesmo, sempre tinha palavras na ponta da língua, mas sabe aquelas situações que você fica sem fala? essa era uma delas.

– Filha, eu preciso disso, porque se eu morrer de repente, quero morrer tranquila - disse com os olhos cheios de lágrimas. - Por favor, me perdoe, eu sei que te magoei e muito.

– Não posso, você me magoou muito - fui sincera.

– Te entendo filha - disse triste - Não te forçarei a nada.

– Mas...

– Mas? - disse esperançosa.

– Prometo tentar, não é um perdão, eu vou tentar, e te digo. - disse por fim.

– Obrigado filha, fico mais aliviada. - levantou-se da cadeira com dificuldade e foi me abraçar.

– Hey, poupe-me do momento mãe e filha agora, tenho que ir para a aula, fique bem.

(...)

No caminho do colégio só pensava nessa notícia horrível que tinha recebido, na frente de meus pais tentei parecer durona, até disse frases que eles já decoraram de tantas vezes que repeti, mas não sei se hoje teria pavio suficiente para aguentar as provocações dos populares. Ai como eu detesto esse povo.

Coloquei os fones, e comecei a escutar música alta, eu precisava esquecer por um momento que fosse a doença da minha mãe, pois naquele colégio não poderia mostrar-me triste, não mesmo, não poderia mostrar quem realmente sou, uma lágrima se atreveu a sair de meus olhos mas eu rapidamente a enxuguei.

Chegando no colégio, estava tudo como sempre, os grupinhos formados, e os populares sentados nos carros estacionados em frente ao colégio e dando boas risadas, lá estavam Ludmila e o Vargas, que ao me ver desceram rapidamente do carro e se aproximaram de mim.

– Ora, ora, é a rockeirinha mal amada chegando - disse Vargas irônico.

– É Leon, ela continua com essas roupinhas que compra no brechó - disse Ludmila rindo.

– Vocês devem me amar, para me cercarem vinte e quatro horas por dia não é? - disse sem demonstrar reação - E você garota se preocupa tanto com a minha roupa que se esquece de cuidar da sua, não vê que está parecendo um vagalume? - ironizei.

– Queridinha, pelo menos me visto como mulher e não como homem.

– Não vou perder meu tempo com a garota reluzente do colégio. Tenho coisas melhores a fazer. - disse sarcástica - Ahh só mais uma coisa, você está ridícula.

– Claro, o seu tempo é dedicado aos "muitos" amigos que tem - disse Vargas caçoando.

– Antes só do que mal acompanhado Vargas. E ter pessoas como vocês por perto, deve ser pior do que a solidão. - ri.

Ele já não tinha mais respostas, era fácil deixar o Vargas e a "cachorrinha" dele sem falas e olha que hoje não era o meu melhor dia, a notícia da minha mãe não saia da minha mente, realmente não esperava isso, por mais que fui julgada por ela e meu pai, ela me pediu perdão, e eu nunca iria querer o mal dela.

Fui até o meu armário, e vi meu horário de hoje, peguei os livros e rumei para minha sala, e mais uma vez esbarrei em alguém.

– Droga - peguei meus livros e levantei para olhar em quem tinha esbarrado - era uma garota com cabelos curtos lisos com franja reta, seu cabelo era chocolate, seus olhos eram azuis claríssimos, parecia nova na escola, se vestia como uma menininha. - Desculpa.

– Tudo bem - disse com um sorriso no rosto - Me chamo Francesca e essa é minha amiga Camila - Eu nem tinha reparado que ela estava com outra garota, essa outra tinha os cabelos loiros escuros compridos e com cachos, seus olhos eram mel, se vestia como uma "top model". - Como você se chama?

– Violetta - Ninguém nunca se aproximava de mim na escola, deveriam ser novatas - Devem ser novatas, pois se fossem veteranas não falariam comigo.

– Sim somos novas, e já percebemos que ninguém se aproxima de você, meio que te esnobam, mas como não ligamos para isso, resolvemos vir te conhecer. - Fala Camila - Aparências não são tudo.

– Perdão, mas acho que não vão querer proximidade com alguém como eu - disse tentando alertá-las.

– Não se preocupe com isso Violetta, nós não nos importamos com os outros, cada um é especial do seu jeito, então, pode nos mostrar o colégio? Qual é sua próxima aula? - Disse Francesca tentando me passar segurança.

– Biologia - disse ainda surpresa com tal atitude.

– A nossa também - disse Camila com um sorrisinho de lado - A propósito, pode me chamar de Cami.

– E a mim de Fran, você tem algum apelido? - diz animada.

– Não, sinceramente não gosto de apelidos, pois eles criam intimidade que você normalmente não tem com as pessoas. - não queria ser arrogante, afinal, ambas foram bem educadas comigo - Então, vamos para a aula, o professor detesta atrasos. - disse querendo mudar o assunto.

Nos dirigimos a aula, e droga, para variar outra aula com o Vargas. Será que ele me persegue?


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