POV. Narrador.

No colégio as coisas estavam confusas, Francesca e Diego ainda estavam juntos, mas viviam brigando, motivo? ciúmes por parte de Fran, já que Diego era "bonitinho" do tipo que as garotas o cercam, e ele sente-se o garanhão e acaba dando trela. Naty e Fede são um tipo de casal modelo, ambos se entendem perfeitamente, e se ajudam em tudo, eles até tentam ajudar Francesca, mas devido a popularidade do namorado apenas ignora a todos, não quer ouvir ninguém, só abrirá os olhos quando enfim quebrar a cara. Camila, ainda está no tipo de amizade colorida, eles já se beijaram, mas continuam amigos. Vargas, tenta aproximar-se de Castillo que se esquiva constantemente, mas não tinha como fugir tanto, afinal, eles são dupla em todas as matérias, e ainda haveria a apresentação dos trabalhos de dança que Castillo detestou. As aulas estavam demorando para passar, o professor de inglês, passou um trabalho novamente sobre o amor, coisa que agora Castillo detestava, e eles tiveram que escrever o que sentiam em inglês, e nesse momento o que ela sentia era ódio. Vargas a olhava a cada palavra escrita.

– Escuta Vargas, eu vou deixar para você escrever, porque não tenho nada a relatar sobre o amor. - disse Violetta.

– Sem problemas, eu vou escrever, depois leio para toda a classe. - disse Vargas sorrindo.

– Não se atreva. - Violetta ameaçou.

– Tá bom senhorita - começou a rir - que mal humor.

– Se concentra no trabalho - disse o fitando.

Vargas escreveu toda a redação em inglês, mas Castillo fez questão de ler antes de entregar. Castillo atentou-se apenas para alguns trechos:

O amor é algo que não se pode ver, é algo que se sente, nos faz sentir extremamente felizes, principalmente quando somos correspondidos.

O amor é doce, é incrivelmente forte, mas ao mesmo tempo dá espaço para a pessoa amada.

O amor enxerga os defeitos, não os encobre, mas disciplina o ser amado com mansidão, e sempre trata a pessoa muito bem.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Obs.: Algumas partes retiradas da bíblia Coríntios 13.

Ela nada disse apenas entregou ao professor, aquelas palavras não lhe saiam da mente, e também a fez recordar-se do que seu pai lhe dissera. Se retirou da sala e enfiou-se no banheiro na intenção de não ser notada e ali se pôs a chorar.

– Mas que Droga Castillo - resmungava - Porque você tem que ser assim? - chorava - Vargas, Vargas, Vargas, mas que saco, porque você não sai da minha cabeça? - ela começou a esmurrar a parede do banheiro, estava dentro do box, e então ouviu uma voz conhecida do lado de fora do box.

– Castillo, precisamos conversar - Era o Vargas. - Venha, por favor.

– Vai embora Vargas - gritou.

– Não saio daqui até conversarmos, e para isso deve sair do box. - disse ele calmo.

– Sabia que aqui é o banheiro feminino? - disse nervosa - Sai.

– Não - então Vargas, arrombou a porta do banheiro e a tirou dali para conversarem, ambos foram aos fundos da escola, onde tinha uma espécie de local não habitado, ninguém ia ali.

– Agora você vai me ouvir - disse Vargas.

– Eu não quero te ouvir, não temos nada a conversar - disse sem olhá-lo.

– Claro que temos, não percebe que temos um tipo de conexão? - disse calmo - Isso não se tem com qualquer pessoa Castillo, isso tem apenas com quem amamos de verdade.

– Diga por você, porque eu não te amo - disse Castillo nervosa.

– Então me diga isso olhando em meus olhos - disse Vargas a puxando para si. - Vamos, diga.

– Eu...Eu.. - Castillo não conseguia formular uma frase tão próxima de Vargas, o que para ela era muito, ela sempre tinha falas na ponta da língua - Eu...

– Você? - incentivou Vargas.

– Eu... - tentou mais uma vez, sem sucesso, aqueles olhos penetrantes de Vargas a desconcentravam o suficiente para ela ir a lua e voltar - Te amo Vargas. - deixou escapar.

– O que? - perguntou com um sorriso no rosto.

– Eu te amo - disse ofegante, ele aproximou-se dela para um beijo, mas ela virou o rosto - Mas isso não quer dizer que vamos voltar, você me magoou, me traiu, como quer que eu... - sentiu uma mão tampar sua boca e a levando para atrás de uma árvore - Ficou louco?

Vargas apontou para Alana e Maicon que estavam ali.

– Você viu a Castillo Alana? - perguntou ele.

– Não, e você viu o Vargas? - perguntou ela, e ele apenas negou com a cabeça. - Mas que droga Maicon, o nosso plano está indo de mal a pior, como você consegue perder a própria namorada de vista?

– Cala a boca Alana, você sabe que não gosto da Castillo, só estou com ela porque você pediu, e é de você que eu gosto. - disse Maicon irritado.

– Fala baixo - disse Alana - Quer nos entregar?- Maicon fez que não e ela prosseguiu - Se Vargas e Castillo descobrem que tudo que viveram nos últimos tempos foi culpa nossa, eles vão se unir novamente, se eles souberem que eu fiz tudo aquilo, de me disfarçar como a Violetta e mandar um bilhete ao Vargas com a assinatura dela, fazendo-o me beijar pensando que era ela, você já sabe o que vai acontecer - ela parecia nervosa - Não quero que eles voltem, o Vargas é meu, só meu e de mais ninguém. - suspirou - Chame a Ludmila, preciso tratar outras coisas com ela.

– Certo fique aqui - disse Maicon e a beijou.

Castillo olhou para Vargas sem graça ela conseguiu entender agora o motivo do beijo, e que tudo não passava de um plano do novato com a Alana para separá-los. Mas, agora tinha um problema, Castillo detestava admitir que tinha errado, para ela isso era vergonhoso, mas em meio a tudo isso, a todo ocorrido ela não teria escolha, teria que pedir perdão ao Vargas, mas será essa a reconciliação dos dois?