Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza
Notas iniciais do capítulo
“Eu não me importo com quem você é, de onde você veio, o que você fez desde que você me ame.”
— Back Street Boys
– Henry, por favor. Não. – com a minha mão o empurrei. Olhei para baixo. Não queria encará-lo. Não quando eu não tinha certeza se não queria mesmo beijá-lo.
– O que foi, Lua? – senti seus olhos pesando em minha cabeça abaixada. Olhei para Henry. Ele parecia não ter entendido a minha reação. – Você não quer me beijar, é isso? Você acha que tá cedo demais para termos essa aproximação? – ele me encarava, como se pedisse desculpas. Cheguei mais perto dele, coloquei minhas mãos em seus braços.
– Não é isso. De verdade. Eu sempre quis te beijar. Tá, isso soou estranho, mas é a verdade. Eu ficava no meu quarto no Brasil imaginando o nosso beijo, tudo isso. E confesso isso é melhor do que eu sonhei. Mas existem outras pessoas por trás disso que podem se machucar. Priscila é uma delas. – ele agora abrira a boca como se quisesse falar algo, mas eu não deixe – e bem, existe um garoto em minha vida. Não estamos namorando, mas estamos tendo algo e não posso esquecer disso. Claro que eu queria e quero te beijar agora. Porém eu não posso. Não podemos Henry.
– Eu quero te beijar agora, Lua. Quero mesmo. Desculpe-me se te peguei de surpresa e você tem razão. Aliás, claro que você teria alguém. Bobo fui eu de achar que não. Como uma pessoa tão linda e adorável estaria solteira? Desculpe-me mais uma vez. – ele tentava forçar um sorriso.
– Ei, não fale assim. Até parece que eu sou demais para você e eu não sou. Você também tem uma pessoa maravilhosa ao seu lado. Priscila. Não se esqueça dela. – eu falei isso querendo dizer ao contrário. Ele estava mudo, apenas olhava para o chão. – Psiu, Henry. Olha para mim. – ele me olhou. – Não fique assim. Vem, vamos comer.
Fui em direção as jujubas, pacotes de bolachas e ao suco que estavam em cima de uma mesa. Sentei e logo Henry sentou também. Ficamos algum tempo em silêncio. Henry comia e olhava para a cidade toda iluminada no escuro. Olhei para ele. Henry era lindo, mais lindo do que qualquer outra coisa que eu já havia visto em toda a minha vida. Olhei para a cidade de Londres na nossa frente.
– É lindo não é? – olhei para Henry. Que mal desviou o olhar para me fitar.
– Uhum.
Não sabia mais o que falar. Henry estava quieto demais, como se não quisesse falar com ninguém. Eu o havia magoado? Mais uma vez havia magoado alguém que era importante para mim? Era a 3ª vez desde quando eu recebi o convite para fazer o intercâmbio e cada vez mais eu me convencia que tinha esse dom. Tentei pensar que apesar dele estar assim, Henry me agradeceria mais tarde. Quando percebe-se que teria sido loucura me beijar tendo Priscila como namorada. E que ele nunca mais se perdoaria se isso tivesse acontecido. Era o certo a se fazer, pensei comigo mesma. Nós teriamos cometido a maior burrada. Ou não? Droga. Porque tudo tinha que ser tão complicado? Porque eu não poderia apenas ser uma garota normal com uma vida normal e um ídolo normal que ia para o show ao invés de me puxar para dançar em um bar, me levar para um orfanato e depois tentar me beijar. Era pedir demais? Mas será que eu estava arrependida e chateada por ter acontecido tudo isso? Não, claro que não. Mas aquilo era mais do que eu esperava.
– No que você está pensando? – disse Henry, quebrando o silêncio e o meu pensamento.
– Hm, nada demais. E você? – eu queria que ele me respondesse de verdade e não fizesse como eu e mentisse.
– Bom, estou pensando que eu poderia ter aparecido antes. – disse ele olhando para mim.
– Aparecido antes? Como assim? – o que Henry queria dizer com aquilo.
–Eu queria ter aparecido antes, Lua. Aparecido antes desse garoto que está na sua vida. Eu queria ter aparecido antes para você. – fiquei olhando-o em silêncio. Henry olhava bem nos meus olhos sem desviar.
– Bem, ainda assim teria a Priscila. – eu disse. Ele vacilou. Henry sabia que mesmo que eu estivesse sem ninguém naquele momento, ainda assim, haveria Priscila e eu não teria chance alguma de ter aparecido antes dela.
– Me responde, de verdade Lua. Se naquela hora que eu tentei te beijar, se não existisse esse garoto e a Priscila. Você teria me beijado?
– Você quer saber a verdade?
– Sim. – ele estava apreensivo com a minha possível resposta.
– Bom, se não existisse nenhum dos dois em nossas vidas. Eu te beijaria sem pensar duas vezes. – ele sorriu satisfeito com a minha resposta. Ele levantou e saiu correndo escada a baixo.
– Não saia dai. – Agora Henry estava feliz de volta. Como se eu nunca tivesse feito o parar. – Eu já volto.
– O que você está aprontando, Henry? – sorri do jeito travesso com que ele estava falando.
– Espere e verá! – ao falar disso ele sumiu, escada a baixo.
Fiquei olhando para a porta de onde Henry tinha ido embora. Ouvi o barulho dele descendo a escada e ouvi quando Henry estava subindo de volta. Do nada ele apareceu com uma caixa na mão. Sorrindo feito uma criança. Ele colocou a caixa no chão e eu me aproximei.
– O que é isso? – perguntei.
– Vem cá. – ele disse me chamando para sentar ao lado dele. Assim que cheguei perto vi uma caixa cheia de chápeus, máscaras e bujigangas no estilo fantasia de carnaval. Henry pegou uma coroa de rei e outra de rainha. A de rei ele colou em sua cabeça e a de rainha na minha. Sorri e ele sorriu de volta.
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xx