Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 45
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Como explicar algo que nem você mesmo consegue entender? (Um Homem de Sorte)



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Segui Henry e as crianças até uma sala enorme cheia de brinquedos e cochonetes espalhados pelo chão. A criançada começou a brincar e a menininha que estava no meu colo, logo pediu para descer e ir para o chão brincar. Tentei encontrar Henry no meio de todas aquelas pequenas criaturinhas, mas não consegui. A menininha voltou com um livro na mão e me pediu para eu ler para todos eles. Olhei para a capa; “A bela e a fera”. Peguei o livro e sentei de perna de índio no chão e comecei a ler. Primeiro tinha umas 5 crianças prestando atenção na história, mas a medida que eu ia lendo mais e mais crianças se juntavam ao pequeno grupo, aos poucos todas as crianças estavam sentadas me olhando contar a história. Estava quase acabando e algumas já estavam até dormindo, quando Henry apareceu. Ele ficou encostado no batente da porta de onde haviamos entrado. Olhei para ele encarando-o por ter saído sem me avisar e me deixado sozinho. Ele sorriu e eu sorri de volta. Continuei contando a história. Todos já estavam dormindo, menos a menininha que havia me dado o livro. Ela só deitou em seu cochonete para dormir quando eu disse e “e eles viveram felizes para sempre e fim”. Assim que ela deitou Henry veio em minha direção.

– Aonde você foi? – disse eu olhando para ele.

– Ah, eu fui pegar algo pra você comer. Achei que estava com fome – Não tinha notado, mas ele estava com vários pacotes de bolacha e jujuba na mão e uma garrafa de suco.

– Hm, muito obrigada. Mas você poderia ter avisado, né?

– Desculpa. – ele olhava para o chão. – Hm, vem cá. Vamos aproveitar que eles estão dormindo. Quero te mostrar uma coisa e aproveitamos para comer.

Subimos vários lances de escadas, até chegarmos no solário da casa. Henry me ajudou a subir.

– Que lugar lindo. – enquanto falava isso, olhava para a vista que tinhamos de cima da casa. Podíamos ver boa parte de Londres e até a Oxford, aonde eu estava algumas horas atrás.

– É lindo, não é? – Henry estava atrás de mim. Ele chegou mais perto e pude sentir o seu peitoral no meu ombro. Ele era um pouco mais alto do que eu. Ao senti-lo tão próximo, uma corrente elétrica passou pelo meu corpo. Estremeci. Não sei se ele achou que eu estava com frio, mas me abraçou pelas costas. Seus braços passaram pelos meus ombros, me deixando completamente protegida. Ele levantou uma das mãos e apontou:

–Tá vendo aquela casa bem lá no fundo? – tentei olhar na direção que o dedo de Henry apontava. Avistei uma casa branca. Pequena em relação as outras.

– Aham.

– Então, aquele é o meu refúgio. Ali é o único lugar onde eu entro e viro uma pessoa totalmente que eu sou agora. Na realidade, eu entro ali e volto a ser Henry Montez, um garoto normal de Bradford.- ele voltou a entrelaçar seus braços em meu corpo e me apertou mais contra o seu corpo. – na verdade, ali foi o meu único lugar onde eu poderia ser apenas eu.

– Foi? – não tinha entendido.

– Sim, foi. Porque agora, aqui, com você. – ele estava com a sua boca na minha nuca. – Eu sinto que posso ser apenas eu. Sem ter que me preocupar com o que vão pensar. Em não decepcionar ninguém.- ele me virou, ficamos cara a cara um com o outro. Ele continuava me abraçando, depois me pegou pelos braços e ficou me olhando - Lua, com você eu posso ser eu. Porque isso basta para você. – ele estava mais perto, mais perto do que seria aceitável para uma fã e um ídolo. Henry olhava para a minha boca e eu não sabia o que fazer. Pensava em Ian e sabia que isso não era justo. Aliás, mesmo sem me importar muito, havia Priscila. Henry não podia querer me beijar, eu não podia querer ceder. Ao mesmo tempo me passou pela cabeça todas as vezes que sonhei com Henry no meu quarto do Brasil, o quanto eu pensei nele quando eu recebi o convite para fazer o intercâmbio. Pensei nas últimas horas e o quanto Henry era incrível. Afinal, tudo o que eu idealizei nele era real. Henry não era mais um garoto estragado pela fama, pelo contrário, Henry não queria ser mais um desses caras. Ele lutava para continuar sendo ele. E agora ele me colocava nessa e estava me olhando, olhando para a minha boca. Henry chegou mais perto, pegou na minha nuca, não com a mesma intensidade de Ian, mas com mais leveza. Seus olhos continuavam em minha boca e eu a abri um pouco. Não sei ao certo se por rendimento ou porque queria falar algo. Henry se aproximou. Pude sentir sua respiração perto da minha boca, pude sentir o calor que vinha da proximidade de nossos lábios. Ele chegava mais perto, então coloquei a minha mão em seu peito. E o fiz parar.


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Notas finais do capítulo

Sugestões/Críticas/Elogios: mnatalycs@hotmail.com

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Te vejo no próximo Capítulo,

xx



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