Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

"Eu não saio por aí procurando encrenca. Em geral as encrencas é que vêm ao meu encontro." (Harry Potter)



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Entrei no avião e logo me deparei com uma aeromoça com cara de chata que se forçou a dizer: “Tenha uma boa viagem.”. Olhei para todas aquelas pessoas que estavam ali, pessoas tão diferentes indo para o mesmo lugar. Ao passar por cada uma tentei imaginar o que elas iriam fazer em Londres. Na primeira fileira tinha uma mulher com duas crianças, talvez estivessem voltando para casa, indo visitar algum parente ou simplesmente para passar as férias, na segunda fileira havia um casal de idosos talvez indo conhecer a cidade da Rainha, na terceira fileira estava sentado um homem bem gordo e minha imaginação não foi o suficiente para elaborar algum motivo para ele estar indo á Londres. Quando cheguei à quarta fileira vi uma garota, mais ou menos da minha idade lendo um livro e com o pé no encosto da cadeira do cara gordo, ela usava um gorro na cabeça e logo que ela me percebeu ali começou a falar:

– Então vai ficar aí parada me encarando mesmo? – ela olhava para mim de cima a baixo.

– Ah, desculpa é que... Bom, essa poltrona do seu lado é a 01? – Forcei um sorriso.

– Levando em consideração que eu estou sentada na 02 acho que sim, essa do meu lado é a 01.- ela tentou retribuir o sorriso e acabei percebendo que ela era uma garota bonita e não tão assustadora.

– Então este é o meu lugar.

– Ah meu Deus, que alívio. Estava com medo de que o meu companheiro de viagemfosse um velho tarado ou um cara gordo. – Ao dizer isso nós duas rimos e olhamos para frente a onde estava o homem gordo.

– Pois é, eu estou feliz de saber que a minha viagem vai ser toda ao lado de uma garota da minha idade.

– Bom, acho que ainda não sei o seu nome. – disse ela me encarando.

– Nem eu o seu. – retruquei.

– Meu nome é Samantha Vinityz, mas pode me chamar de Sam.– disse ela sorrindo e estendendo a mão para mim.

– Luna Bacheri, mas pode me chamar de... Bom, você pode escolher algo. – disse retribuindo o sorriso. Peguei em sua mão. Samantha era uma menina bonita apesar do seuestilo meio “largado”, ela era um pouco mais alta do que eu, deduzi já que estávamos sentadas, tinha um cabelo loiro meio mel e olhos castanhos esverdeados, algumas sardas na região do nariz e aparelho nos dentes. E se ela se arrumasse com certeza chamaria atenção de muita gente.

– Luna... Bonito nome, me lembra á Lua. Bom, já que você não tem um apelido formado e acho que Lu é uma coisa muito piegas e infantil – Opa, ainda bem que a Rê não estava aqui. Ela, não iria gostar de ouvir isso. Lu era o jeito que ela me chamava. – Luninha também não, é muito família – Certo, meus familiares me chamavam assim – Sendo assim eu vou inventar um novo apelido pra você. Deixe me ver... Deixe me ver... – era engraçado o jeito como a Sam pensava, ela ficava olhando pra cima e batendo o dedo indicador no dedo e ás vezes franzia a testa, como se estivesse pensando no resultado de uma conta muito difícil de física e não em um simples apelido para... – Lola! É isso, vou te chamar de Lola. PERFEITO! Lola, Lola, Lola. O que você acha?

– Hm, Lola parece nome de alguma coisa fofa... Acho que está bom. – sorri.

– Que bom que você gostou. Meu amigos na maioria das vezes não gostam muito dos apelidos que eu coloco neles. Você é a primeira.

– Bom, talvez você deva mudar os apelidos então.

– Sim, talvez... Ei, o que é isso na sua mão? – ela ficou apontando pra minha mão. Olhei pra baixo e já estava pronta para dizer: “UM IPOD UÉ”, mas quando olhei lembrei-me do que estava segurando, eu havia prometido ler assim que entrasse no avião, mas fiquei tão dispersa com Sam que nem me lembrei.

– Então, o que é isso? – disse Sam balançando os meus braços.

– Hm. Uma carta.

– De quem?

– De um amigo?

– Amigo? Que escreve cartas? Seeeeeei... – disse ela segurando o riso.

– Sim, apenas um amigo. Qual é o problema de receber cartas de amigos?

– Nenhum – disse ela dando de ombro – Mas que tipo de amigo deixaria você corada assim?

–Corada? Eu não to corada. – toquei nas minhas bochechas para esconder qualquer sinal.

– Está sim e está ainda mais agora, mas tudo bem, não precisa me falar nada, eu vou deixar você ler em paz a carta do seu “amigo” tá? Depois me conta o que estava escrito. Você pode me emprestar esse seu negócio de rico pra eu poder escutar música? – ela apontou pro meu Ipod.

– Claro, pode pegar. E, aliás, o “negócio de rico” se chama Ipod. – disse eu colocando-o na mão dela.

– Ah sim, sim. Prazer senhor Ipod. – disse ela com ironia.

– Engraçada você ein – disse eu debochando.

– Você ainda não viu nada, mas enquanto você não ler essa carta não vou te mostrar.

– Ok ok, vou ler a carta agora.

Ela piscou pra mim, colocou os fones no ouvido e começou a fuçar as minhas músicas. Demorou, mas encontrou uma que gostasse: We Are Young da banda Fun. ÓTIMA ESCOLHA! Ela percebeu que eu estava olhando pra ela e gesticulou com os lábios: LEIA! Olhei para o envelope na minha mão. O que estaria escrito ali? Abri.


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Notas finais do capítulo

Sugestões/Críticas/Elogios: mnatalycs@hotmail.com

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Te vejo no próximo Capítulo,

xx



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