Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Se eu não me despedir agora, eu não vou conseguir. (Ironias do Amor)



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24 horas, era isso que faltava para eu embarcar no avião rumo a Londres. A última semana passou tão rápido quanto um dia, tive que fazer muitas coisas para ter certeza absoluta que nada daria errado no dia da viagem. Vi passaporte, visto, roupas, mala, acessórios, dinheiro, documentos, lista de presentes... Tudo o que precisaria para sobreviver um ano longe de casa. Faltava um dia e eu não conseguia dormir, meu voo sairia ás 12h40 (16h40 no horário de Londres, já que o Fuso Horário lá é de +4 horas em relação ao Brasil) e iria chegar lá 23h45 no horário do Brasil e 03h45 da manhã no horário Londrino. Era 02h30 e eu não conseguia pensar em outra coisa, só pensava que faltava pouco tempo para eu chegar a Londres. E as horas foram passando e passando, 03h30, 04h30, 05h30, 06h30, 07h30... Finalmente peguei no sono, quando estava realmente começando a descansar minha mãe me acorda.

– Bom dia, o Grande dia chegou! – disse ela toda animada.

– Mal consigo acreditar, acredita que eu fiquei a noite toda acordada? Só consegui dormir 07h30 da manhã. – disse eu bocejando.

– Bom, então segundo os meus cálculos você só dormiu meia hora essa noite. – disse ela olhando para o relógio e depois para a minha pessoa sentada na cama toda descabelada.

– Como é? Meia hora? Isso foi tudo o que eu dormi? Meu Deus, você só pode estar brincando comigo. – disse eu pulando da cama.

– Dúvida, então olhe você mesmo no relógio e me diga que horas são, por favor. – disse ela esticando o braço com o relógio na mão para me dar.

Peguei e quando eu vi estava exatamente: 08h00. Meia hora! Não dava para acreditar, mas agora já era não tinha mais tempo para dormir. Levantei da cama, coloquei o relógio no lugar e fui tomar banho. Minha mãe desceu para acabar de arrumar a mesa do café da manhã. Coloquei a roupa que tinha separado para viajar, tomei café da manhã, escovei os dentes e coloquei as minhas malas e as minhas coisas no porta-malas.

Fomos direto para o aeroporto, saímos de casa 10h30 e chegamos lá 11h40. Tínhamos exatamente uma hora para poder fazer o check-in e nos despedir. Fizemos o Check-In e logo começaram a aparecer meus amigos. Eles me abraçavam como se não fossem me ver por muito tempo, tudo bem um ano é muito e não aguentaria de saudades dele, mas cada abraço parecia que colocava mais tempo nessa viagem e mais saudade precipitada no meu coração. Mais uma vez nada do Roberto aparecer, mas ainda eram 12h20, dava tempo dele aparecer de repente ou não... 12h25 e chamam pela 1ª vez o meu voo, todos olham para mim, mas ainda não quero me despedir, eu sei, eu sinto que ele vai aparecer. 12h30 e chamam pela 2ª vez, olho para o portão com esperança de vê-lo entre a multidão, mas nada. 12h35 chamam pela 3ª e última vez, “não dá mais para esperar” é o que dizem para mim, olho para todos e abraço cada um deles, lágrimas escapam a cada abraço e “vou sentir sua falta”. Abraço Renata e ela sussurra no meu ouvido:

– Eu sei que você estava esperando por ele, mas sabíamos que ele não viria não é mesmo? Agora vai, te amo. – disse ela me abraçando.

– Eu sei, mas sei lá, queria que ele viesse, agora já era, te amo. – disse eu abraçando-a bem forte.

Quando a soltei, olhei para todos e dei um tchau geral, me virei em direção ao PORTÃO 4 VOO 1201.

– LUNAAAAAA! – ouço uma pessoa gritando o meu nome, conheço aquela voz; ROBERTO. Viro-me e lá está ele, todo lindo com blusa xadrez, calça e tênis. Corro em sua direção e dou o maior abraço do mundo nele.

– Sabia que você viria, sabia, sabia.

– Claro, não ia deixar de me despedir de você, afinal vou ter que esperar um ano para ver esse sorriso de novo, não é?

– Vai passar rápido, você vai ver. – disse sorrindo.

– Eu sei, pelo menos é o que eu espero e peço á Deus toda noite. – ele retribuiu o sorriso.

– Tá na hora de irmos. – chamou o monitor do intercâmbio.

– Acho que você tem que ir. – disse ele olhando para mim e depois para o chão.

– É, acho que sim...

– Bom, trouxe esta carta para você, eu que escrevi.

– Obrigada. – peguei-a e comecei a abri-la.

– Não. – disse ele tocando na minha mão. – Não abra e não leia até entrar no avião, me prometa isso.

– Tudo bem, prometo.

– Bom, agora vá. Aquele monitor já está me encarando muito, acho que estou atrasando vocês.

– Besta! Vou sentir sua falta.

– Não mais do que eu sentirei, vai lá e se cuida.

Abracei-o mais uma vez, ele olhou para mim.

– Vá agora, antes que eu pare de fingir ser forte e te agarre e não te deixe ir.

Sorri e me virei, agora não tinha mais volta, estava indo para Londres por um ano com uma carta do Roberto na mão.


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Notas finais do capítulo

Sugestões/Críticas/Elogios: mnatalycs@hotmail.com

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Te vejo no próximo Capítulo,

xx



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