Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

"Os seus problemas você deve esquecer. Isso é viver. Hakuna matata, repita comigo!" (O Rei Leão)



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Depois que cai não me lembrei de mais nada, acordei em um quarto de hospital com as paredes toda branca. Olhei em volta, tinha uma escrivaninha pequena ao lado da minha suposta cama, tinha um vasinho de violeta em cima e um telefone, talvez para chamar os enfermeiros, pensei. Olhei mais um pouco, tinham duas poltronas do lado inferior do quarto, uma estava a minha mãe e a outra o meu pai, os dois estavam conversando:

– Não acredito que ela não comeu de novo. – disse meu pai.

– Eu sei, mas ela tinha me dito que havia comido Paulo.

– E você acredita? É claro que ela falou isso, não queria dizer a verdade...

Ele parou assim que olhou para mim e percebeu que eu estava acordada. Minha mãe levantou da poltrona tão rapidamente que em um piscar ela estava ao meu lado.

– Luna? Você está melhor minha filha? Porque você não disse que não comeu? – Ela me fez tantas perguntas que não consegui pensar na qual responderia primeiro, mas nem precisei, logo meu pai me cortou.

– Calma Verônica, deixe a menina respirar.

– Tá, você está certo.

Os dois ficaram me olhando esperando eu falar algo, mas não tinha certeza se eu queria conversar com eles, não agora. Para o meu alívio uma enfermeira entrou no quarto:

– Olá querida, está se sentindo melhor? – disse ela sorrindo para mim.

– Hm, estou. - disse eu, meio sem jeito. Não estava a fim de falar, não agora.

– Bom, o médico já vai chegar para te examinar e conversar com você. Descanse enquanto isso. – ao dizer isso ela saiu do quarto.

Sério? Conversar? Ah, não mesmo. Não queria falar com ninguém, ainda mais com um médico que iria me fazer milhões de perguntas das quais eu não iria querer responder nem metade. E ainda ela me pedia para descansar? Qual era o problema dessas enfermeiras? Eu acho que elas existem só pra deixar tudo ainda pior. Eu acho que deveria estar “descansando” desde a hora em que cheguei aqui, então provavelmente era de se pensar que eu não estava cansada. Estava pensando nisso que nem percebi quando o doutor entrou. Ele era alto, não tanto quanto o meu professor de física, mas o bastante para se tornar atraente. Era moreno, e tinha um cabelo castanho que me fazia lembrar chocolate ao leite, tinha uns olhos grandes, pretos igual jabuticaba...

– Luna Pressentino Bacheri? É você? – ele chegou perto de mim, na ponta da minha cama.

Mas é claro que eu era a Luna. Quem mais seria? Meu pai? Minha mãe? Eu estava na cama, eu estava mal, então sendo assim eu era Luna. Queria falar tudo isso para ele, mas resolvi apenas dizer:

– Sim, sou eu.

– Como você está mocinha? – ele me olhou.

Olhei para cima e depois para baixo.

– O que foi? – disse ele, como se não entendesse a minha reação.

– É que a enfermeira acabou de me perguntar a mesma coisa, acho que vou colocar uma placa no pescoço: “Eu estou bem”.

Ele riu de mim, como se eu tivesse feito alguma graça, mas era verdade, não estava brincando.

– Vocês adolescentes são uma graça mesmo.

– Talvez. – disse eu com desdém.

– Já que você está bem, vamos me contando o que você fez, ou melhor, o que você não fez para ter desmaiado?

– Nada.

– Nada mesmo? Acho que ninguém desmaia por nada. – disse ele

– Ah, você sabe o que aconteceu. Porque está me perguntando?

– Porque eu quero ouvir de você, quero saber por que fez isso.

– Ué, eu fui comer um bolo, mas ele tava muito “gorduroso” em uma garfada engordei 2 quilos.

– 2 quilos? E como você sabe? – disse ele desconfiado.

– Eu senti, assim que comi. Senti os dois 2 quilos pesando. – disse dando de ombros.

– Verdade? – disse ele olhando para mim.

– Sim...

– Luna, você sempre sente isso?

– Ás vezes, por quê?

– Você já foi ao hospital pra ver o que é isso antes?

Caramba, ele não parava de fazer perguntas, mas eu sabia a onde ele queria chegar.

– Sim, eu sei o que você vai perguntar e a resposta e sim, eu sofro de um transtorno alimentar, para ser mais específica bulimia. – falei tudo isso e revirei os olhos. Quantas vezes mais eu falaria isso para um médico?

– Mas você vai ao psicólogo, nutricionista?

– Sim.

– E...

– A gente pode parar por aqui? Não tô a fim de fala sobre isso agora.

– Ah, tudo bem. Descanse um pouco. – disse ele. Eu não estava cansada, mas era melhor não falar nada, deitar e ficar quieta.


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Notas finais do capítulo

Sugestões/Críticas/Elogios: mnatalycs@hotmail.com

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Te vejo no próximo Capítulo,

xx



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