O Caça escrita por M Lyn


Capítulo 2
Cap. 2


Notas iniciais do capítulo

Fresquin...



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Chego a fachada de uma casa de dois andares em tons claros com um pequeno jardim a frente, Rose gosta de flores. Subo os três degraus e giro minha chave. Sigo em direção a cozinha, Rose sempre deixa algum bilhete na geladeira quando saí para algum lugar, ou para me dar algum esporro por não ter ido mais uma vez as suas ideias. Procuro algo por que percebo a casa vazia. E encontro um bilhete em cima do balcão no meio da cozinha, abri e o li.


" Renesmee,
Não te esperei.
Sai com a Alice.
Rosalie."

Rose, Rose sempre muito pontual. Acho que é por causa de sua profissão, ela é medica e sempre me diz ' Um minuto garante a morte ou a vida de um paciente e que comigo é o mesmo', mas fazer o que?

Quando não está de plantão cuidando das crianças ela gosta de dançar. Mas no meu caso, quando não estou no quartel, estou em casa.

E hoje seria assim.

Mas sobre o 'soldado enviado para ser aprimorado', acho que ele precisa de algum corretivo para não achar-se no direito de me falar algo. .

Sorrio com esse pensamento e ouço um barulho de alguma coisa sendo mexida. Tenho certeza que é Rose por que ela não chega as 20hrs quando saí para dançar. Na gaveta a minha esquerda eu guardo escondida uma arma. Pego-a e vou até a sala de estar.

Cada passo é pensado. Se for alguém armado poderia me dar um tiro.

Encosto-me na parede de divisa e vejo um homem de cabelos loiros perfeitamente raspados. Nahuel.

– Não vai me dar um abraço amiga? - Suas palavras sai enroladas, provavelmente pelo uso imoderado do álcool que pelo o que eu soube é o normal dele agora.

–O que você faz aqui? - Pergunto firme apesar de o temor me dominar pouco a pouco, ele se aproxima mais e eu não consigo sentir direito os meus dedos das mãos e minhas pernas parecem ficar como gelatina. Mas me ponho firme e aponto a arma em sua direção. Ele ri debochadamente, o que eu mais odeio.

Nahuel foi um soldado que serviu comigo quando me formava em instruções de voo. Ele me ajudou muito com as piadas indecentes que tive de ouvir, até mesmo batendo em uns dos soldados por me chamar de gostosa e outras coisas. Éramos muito amigos, até que um dia antes de me formar ele se declara, e apesar de dizer não ele tentou me pegar a força, depois de eu lhe ter dito que não o amava, sempre de forma direta e firme. Depois disso tomei horror aquele soldado/instrutor que antes fora meu amigo. Nunca mais o vi, desde que vim a Seattle ajudar no quartel da aeronáutica aqui. Soube que ele virou um bêbado e galinha de uma hora para outra logo após a morte de meu pai, o que me deixou triste pois apesar de odiá-lo sinto que devo a ele, e dever a alguém não é uma coisa que eu goste, por que você se torna obrigado a ser grata.

– Longe! - Grito quando o vejo colocar o pé direito ao chão dando um passo a frente.

–Acha que eu continuo sendo seu cachorrinho? - Responde debochado se aproximando. Sempre a passos lentos como um predador para não assustar sua presa.

– Nahuel, sério não quero te machucar! - Digo baixo como eu falava com ele antes de tais acontecimentos, tentando de alguma forma recuperar a sanidade na mente de meu "amigo". Mas de forma rápida ele se aproxima e eu não tenho escolha e atiro, não para matá-lo pois ainda tenho uma dívida com ele,mas para pará-lo e atiro em seu pé esquerdo. O tiro saí quase sem nenhum barulho por que há um silenciado. Ele cai no chão gemendo de dor. Antes de poder ajuda-lo ou expulsa-lo de vez, percebo o soldado Black parado em minha sala com uma expressão confusão.

Ah qual é,o circo resolveu se juntar na minha sala?

– O que faz aqui, soldado? - Pergunto com cara de poucos, mas muito poucos amigos. E ele me olha, percebendo a merda que fez e começa a se explicar. Mas no momento que ele me olha percebo o quão profundo e atraente é o seu olhar e diferente a cor nele, tem pintinhas castanhas, apesar de negro a cor de seus olhos, sua boca é carnuda e bem desenhada, e enquanto explicava-se com algo que na realidade não escutei nem uma letra, percebo que enquanto fala de forma nervosa em suas bochechas criam lindas covinhas.

– Está tudo bem, instrutora? - Volto a foca-lo como uma autoridade e não como uma adolescente apaixonada, mesmo eu não estando. Sua expressão não esboça nenhuma vantagem ou percepção da minha antes postura.

Na realidade a forma como me questionou sobre minhas técnicas de ensinar, ter me perseguido, entrar sem permissão na minha casa e me perguntar se estou bem, pode ser considerado desacato dos piores por intrometição a vida da autoridade.

Mas não quero vê-lo se dar mal. O que eu respondo? Como respondo?

Tentando arrumar um jeito de dizer, olho para o Nahuel e percebo que ele não está alí apenas há marcas de sangue pelo caminho que ele se arrastou para fora.

Merda estamos sozinhos e agora?

–Sim, soldado. Pode se retirar, se não terá sérios problemas. - Digo recuperando o pouco sanidade que ainda me resta.

Ele simplesmente bate continência e sai,mas não sem antes me dar uma olhada nos olhos com que dizendo "Eu ainda quero a resposta da questão no corredor" e sai.

Sigo-o até a porta, fechando-a no mesmo momento que ele se retira, escorregando-o pela mesma, caio sentada no chão, não podendo acreditar nos meus sentimentos. Sempre fui fechada aos sentimentos, ainda mais quando vi meu pai se definhar dia a dia por saudade da minha mãe que havia morrido de febre amarela. Depois da morte de meu pai, me afastei de qualquer sentimento que possa me levar a dor e a morte como ele. Incluindo o amor, tristeza e empatia.

Sinto alguém empurrar a porta forçando-a a abrir. Na minha mente vem o pensamento de Jac... soldado Black ter voltado, e um sorriso involuntário nasce em meus lábios, mas uma voz familiar me tira de meus pensamentos


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Notas finais do capítulo

Fantasminhas, não precisa de medo, COMEMTEM!



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