O Caça escrita por M Lyn


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey Hey Huuuu Ohh ohhQuem 'tá' curtindo a volta de O Caça mais corrigido e coerente? o/Nos falamos no final



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– Cullen! - Ouço uma voz rouca e muito conhecida chamar-me formalmente, como manda o figurino.

– Sim Senhor - Viro-me em sua direção e bato continência, como símbolo de respeito e saudação. O idoso porém viril homem que me chama mantém uma pose de autoridade apesar de seu olhar ser o mesmo que sempre me olhou, com carinho, como uma filha.

– Temos uma nova ordem: - Entrega-me uns papéis grampeados ela parte superior. Por conta do peso aposto que há umas trinta folhas com muitas palavras que eu terei de ler calmamente. - Irá ensinar novas técnicas de voo à um grupo, sobre o novo avião Caça que adquirimos. - Ainda me encarando, ele levanta os cantos da boca e sorrir discretamente. - É a melhor instrutora de voo que temos.- conclui, sutilmente agradeço o elogio com um aceno com a cabeça e me retiro.

Senhor James me ajudou muito com meus estudos, era muito amigo da minha família, pode-se dizer que me viu crescer. A príncipio ele achou estranho eu querer me especializar em aviões de guerra, mas ao ver minha determinação ajudou-me. Apesar de grande amigo do meu pai, local de trabalho é local de trabalho, por isso, somos completamente formais.

Sinto o chão tocando a sola do meu pé coberto pelo calçado enquanto rapidamente e a passos firmes caminho por um largo corredor sempre muito silencioso, com salas onde os soldados são ensinados técnicas de guerra para lutar pelo se País. No total são doze salas.

Cada setor é dividido por classe: Estratégia, Armas e Combate. A minha é a penúltima sala do corredor Combate.

Sou uma das poucas mulheres que instrui na guerra, ainda há um certo preconceito, com isso tenho que aturar piadinhas toscas sobre ser fraca ou que deveria estar em casa cuidado de um marido. No começo não dava muita atenção, mas minha paciência foi para o espaço e, se tiver que quebrar alguns dentes, eu o faço.

Ao chegar perto da sala ajeito a pasta e meu chapeuzinho de instrutora, respiro fundo e a abro.

– Alguém tem alguma ideia de como pilotar um Caça? - Pergunto assim que coloco o primeiro pé naquele local, sem apresentações sem saudações, sou instrutora de guerra, não professora do primário. Percebo que uns três homens estão rindo, me aproximo séria e eles prendem o riso sem muito sucesso. - Posso saber qual a graça soldado?

– Você é o instrutor? - Pergunta perplexo. - Sabe, damas bonitas como a senhorita tem muito mais valor... na minha casa. - Sua cantada não esconde o seu tom debochado.

– Qual seu nome soldado?- pergunto ainda séria.

– É Paul, senhorita. - Apresenta-se galanteador. Se ele ao menos soubesse o quanto eu odeio homens que se acham, nunca falaria de tal modo nem me encararia da forma que agora faz.

– De pé, soldado! - ordeno e ele assim o faz. - Um pé atrás. - Ele me olha como se eu fosse louca, ri e não obedece. - Um pé atrás! - Digo novamente e finalmente o faz com um sorriso safado nos lábios.

O que ele pensa que é? O sorriso presunçoso ainda estampa o seu rosto. Encaro-o e eu lhe dou um soco que o faz cair. Ouço algumas risadas abafadas. - Sou sua instrutora e exijo respeito. Qualquer brincadeirinha machista, seja ela qual for, será encarado como desacato e punido da pior forma. - digo encarando os demais e eles parecem entender o meu recado. Paul continua caído, talvez não acreditando em como o meu soco é realmente forte. - Levante-se e se porte com um soldado. - E ainda se levantando e limpando o sangue de seu nariz ouço alguém abrir a porta.

– Vejo que já começou sua aula, Cullen. - Senhor James, nem é preciso me virar para reconhecer sua voz, mas por respeito, assim o faço e faço a continência exigida. Ele se retira.

Começo a minha aula, explico algumas técnicas enquanto os vejo anotando. E prestando bastante atenção.

O soldado Hayley reclama de seu lábio levemente aberto, o que me faz ter que perguntar-lhe se ele pensa estar na quinta série e/ou não é homem para aguentar um arranhão sem reclamações. O resto dos soldados apenas escutam silenciosamente o que eu digo, seja instruções ou algumas respostas a altura. Nada de risos e sem mais piadas.

– E é isso que esse Caça novo que o Governo mandou tem de diferente dos que vocês pilotaram - Concluo o primeiro raciocínio recebendo de todos um olhar de entendimento. Ótimo!

Apesar de todos me encararem com o respeito que eu exijo, um soldado, apenas um parecia ver mais que minha pele. É como se ele quisesse ler a minha alma. Não que parecesse malicioso mas é como se ele me estudasse como um menino estuda para aprender mais e se tornar o melhor da classe. Seu olhar não me incomoda, apenas me intriga.

Ele está sentado na terceira fileira. Alto, moreno, olhos penetrantes e mesmo por cima de toda aquela farda, me parece bem musculoso, característica comum aos soldados. Mas ao contrário dos outros homens que divide de sua bonita aparência, como Paul, ele não me parece rude nem um pouco debochado. Sua aparência denúncia que ele não é novo, um possível caso a parte para a guerra com o Reciproco ¹

– Black. - Responde após eu perguntar.

– Algum problema soldado Black?

– Nenhum, Instrutora.

– Ótimo. - Digo e me viro.

Volto a explicar as técnicas sobre o olhar de dúvida do soldado Black, não de dúvida do que era ensinado, nem de o porquê uma mulher o ensinar, era como se ele me estudasse, como se questionasse sobre quem eu era e que motivos me levou a estar ali.
Um tremer do sinal avisa que minha hora havia esgotado e como a pontualidade é um dever, eu estava terminando a última sílaba da última palavra do dia quando ele tocou. Sem nenhuma palavra os soldados saem para seus outros setores.

Olho o relógio que fica em meu punho e me alarmo com o fato de ter ficado parada olhando para o nada e não pensando por quase cinco minutos!

Arrumo minhas coisas e saio. Caminho pelo corredor silencioso me lembrando do meu primeiro dia naqueles corredores, os olhares, os nãos e cada piada que eu ouvia. Mas minha persistência me levou a gloria. Ser um dos melhores instrutores me mostra que quando uma mulher quer e se esforça, tudo consegue!

Viro no terceiro corredor que mais um pouco me leva a saída. Ainda sentido o chão tocar meus pés, vejo o soldado Black, cujo a lista mostra que seu nome é Jacob, soldado enviado para aprimorar-se e tornar-se um ícone em pilotar Caças, ótimas notas nos exames escritos e boa desenvoltura com o exame real.

– O que quer soldado?- Pergunto desconfiada quando o vejo alcançar-me e parar em meu lado caminhando igualmente comigo.

– Acredita mesmo em que ensinou hoje? Ou são apenas instruções que é obrigada a dar? - Como ele ousa a me desafiar desta forma? Mas de certa maneira ele tem razão. - Eu vejo paixão pelo o que faz, mas na verdade... desculpas, mas, você não parece querer dizer o que diz. Nem ser o que é.

Não o respondo. Não há necessidades de explicar algo pessoal a um soldado 'enviado para ser aprimorado'. Percebo que ele me encara com uma expressão de dúvida e eu simplesmente saio e sigo para o meu carro, e vou para casa ver se Rose está ainda me esperando, pois estou quinze minutos atrasada. Um "lugar legal para relaxar" não é o que eu quero agora.

(¹) Reciproco: Eu não tinha outro nome melhor. Então o país que os soldados vão lutar contra, é esse. Caso tenha um nome, por favor comentem que eu mudo.

RENESMEE:

NAHUEL:


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Notas finais do capítulo

Só um aperitivo para abrir a curiosidade! :PVocê não vai comentar? Rs, mentira. Eu sei que você quer a continuação então comente que se eu for legal posto "Dois Lados da Vida". Brincadeira, eu postarei dois lados sim. Mas eu quero comentário em!



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