POV Maria Joaquina

– Eu também não sei Helena, estava passeando por aqui e essa casa verde me chamou a atenção, resolvi entrar e me deparei com esse monte de fotos da Margarida. - tentei arrumar uma desculpa e esconder a foto rasgada ao mesmo tempo no bolso.

– Tudo bem, depois eu resolvo isso. - falou. - Volte para o chalé dos meninos, hoje as meninas podem dormir lá..

– Eu já estou indo, só me deixei arrumar minha sandália. - ela assentiu e quando se afastou suspirei pesadamente, essa foi por muito pouco. Tranquei a casa verde e fui para o chalé das meninas, óbvio que eu não ia dormir no chalé dos garotos.. não tem nenhum deles que me agrade, só o Daniel. Mas aposto que ele já está com a puta da Margarida, aquela menina sempre teve tudo que é meu e isso é a pior coisa que aconteceu. Ela não vai ter o Daniel também, não mesmo. Ele vai ser somente meu, não divido com ninguém.

POV Margarida

Foi por volta das três da manhã quando dormimos, eu ainda queria saber quem tinha pedido para a Helena autorizar a gente dormir com os meninos, confesso que tinha minhas duvidas. Estava tudo escuro, mas havia uma pequena luz no final do corredor, aquilo era uma pessoa.. ela estendeu a mão para mim e sorriu, não conseguia reconhecer seu rosto, parecia uma criança de cinco ou seis anos. "Margarida, esteja preparada para mudanças drásticas na sua vida, tudo vai mudar.. mas eu vou estar com você. No seus pensamentos, sonhos e breve ao seu lado. Te amo ma.." Antes de completar a frase, ela sumiu num piscar de olhos..

– Espera! - gritei e só assim percebi que tudo aquilo foi um sonho. Encarei o relógio ao meu lado que marcava 5:15 e suspirei pesado, calcei os chinelos e fui para o jardim sem que ninguém me visse, me sentei na ponte e fitei o meu reflexo no lago. Havia algumas estrelas no céu e isso me deixou tranquila e relaxada, quem era aquela criança do meu sonho? Fui tirada dos meus devaneios com uma mão encostando no meu ombro, olhei para o lado e vi Daniel com os cabelos completamente descabelados, cara de sono e com um cobertor gigante envolta do corpo. - Eu te acordei né?

– Não. É porque eu fui te abraçar e não senti você lá, então resolvi levantar pra saber aonde cê tava.. aí eu te encontrei aqui. - riu e se sentou ao meu lado me abraçando e me cobrindo com o cobertor. - O que veio fazer aqui?

– Tive um sonho estranho e resolvi me acalmar aqui.

– Posso saber que sonho?

– Estava tudo escuro, mas uma pequena luz branca surgiu no corredor. Ela estendeu a mão para mim e eu não consegui reconhecer seu rosto, era uma criança bem pequenina. Ela disse uma coisa para mim..

– Que coisa?

– "Margarida, esteja preparada para mudanças drásticas na sua vida, tudo vai mudar.. mas eu vou estar com você. No seus pensamentos, sonhos e breve ao seu lado. Te amo ma.." Só que quando ela ia terminar de dizer a frase, sumiu num piscar de olhos. - disse e ele me deu um selinho. - Eu tô com fome.

– Vamos comer alguma coisa e ir para o chalé das meninas.. - murmurou.

– Maria Joaquina tá dormindo lá. - respondi.

– Então vamos pro jardim mesmo. - respondeu e eu ri, fomos para o refeitório e não havia quase nada no carrinho de comidas. Enquanto Daniel pegava alguns potes de nutella, eu retirava do armário alguns biscoitos.. não ache que isso é muito pois estamos em fase de crescimento (só que não). Voltamos para o jardim e o céu já estava mas claro, Daniel estendeu a coberta no chão e jogou o monte de besteira em cima. Ele me encarou e sorriu.

– O que é? - perguntei.

– Você ainda toca violão e canta?

– Não tanto quanto antes, mas sim..

– Toca pra mim?

– Não sei se é uma boa ideia. - murmurei. - Nossos amigos estão dormindo e se eu acordar eles, principalmente a Alicia. Ela vai me dar um belo de um cascudo.

– Pior que é verdade. - ele riu e continuamos a conversar sobre as coisas que aconteceram no acampamento nesses meses. Não estava preparada para voltar á escola esses dias, era tão bom as férias.. mas pelo o que disseram, nas férias de julho vamos ficar aqui de novo. Nós dois nos deitamos e logo o sono foi vindo novamente, Daniel fez com que ficássemos abraçados de conchinha e logo adormeceu.

POV Alicia

Eu tentava dormir mas era impossível, Marcelina e Victória estavam dando gritos estéricos no quarto. O que essas duas criaturas tanto gritavam? Olhei para o relógio na parede do quarto e ergui a sobrancelha, eram dez horas e essas duas estavam fazendo um escândalo no quarto? Tava muito cedo, muito mesmo.

– PORRA SERÁ QUE DÁ PRA PARAR DE GRITAR? - gritei.

– Você pede pra gente parar de gritar gritando? Tipo isso não teve sentido. - Victória respondeu. - E te respondendo, não dá pra parar de gritar porque isso é muito fofo.

– O que é fofo? - perguntei já levantando e elas apontaram para a janela, olhei naquela direção e vi Daniel e Margarida dormindo de conchinha. - Era só isso? Todo universo sabe que os dois vão ficar juntos, que se tratam como namorados e não ficantes ou amigos coloridos.

– Marce, volta pra cá porque eu quero te abraçar! - o loiro disse sonolento, Paulo me olhou e eu o olhei de volta como se quisesse dizer "não mata ele". Marcelina se deitou na cama e Jorge beijou sua testa, Victória saiu do quarto e eu fui para o banheiro dos meninos.

Fechei a porta e tirei a blusa, eu ia tomar banho de roupas íntimas porque vai que alguém entra aqui. Entrei embaixo d'água, ajustei a temperatura e procurei o sabonete na prateleira que estava ao lado, essas criaturas não usam sabonete não?

POV Paulo

Levantei da cama sem que ninguém percebesse e puxei a porta do banheiro, o vidro do box estava embaçado e Alicia não iria me enxergar. Tirei a bermuda ficando somente de cueca, abri devagar a porta do box e entrei ficando atrás de Alicia, ela se virou rapidamente e colocou a mão no peito ao me ver.

– Que susto Guerra. - disse. - Pelo menos é você e não outro.

– Então você gosta da minha presença? - perguntei mordendo seu pescoço, a mesma se arrepiou e virou-se para mim. Desliguei o chuveiro e fui encostando-a na parede, meu olhar seguiu para o seus seios e que seios.. pousei uma de minhas mãos na sua cintura e outra em sua nuca. - Gosta?

– Sim e muito.. - respondeu com dificuldade, selei nossos lábios com calma e pedi passagem para a mesma. Alicia cedeu e eu mordisquei o seu lábio, ela desceu suas mãos para minha bunda e apertou-a me deixando exitado, suas pernas se envolveram na minha cintura e eu segurei-a de uma forma confortável. - Paulo..

– Shii.. - fiquei brincando com sua língua enquanto ela arranhava as minhas costas, meu desejo de ter Alicia nua estava aumentando mas não iria fazer nada que ela não quisesse. Meu amiguinho estava cada vez mas animado, eu podia perceber ele encostando na intimidade de Alicia, e o bom era que ela não reclamava. Terminei o beijo com um selinho e encarei seus olhos, ela sorriu envergonhada e abaixou a cabeça. - Eu não vou fazer nada que for contra sua vontade..

– Isso não é contra a minha vontade. - respondeu.

– Tem certeza? - perguntei e ela assentiu. Encostei minha boca em seu pescoço e dei alguns chupões fortes, ela gemeu e arranhou minha nuca com força, encontrei o feixe do sutiã da mesma e tirei com uma certa dificuldade, o seus seios pularam do sutiã e isso me deixou maluco. Alicia tinha um corpo e tanto, ela foi abaixando minha cueca com os pés e eu sorri malicioso, sua mão arranhou meu peitoral até chegar no meu amiguinho.

– CARALHO ALICIA, QUE DEMORA NESSE BANHO! - Marcelina gritou entrando no banheiro e eu engoli seco, o box estava embaçado, não ia dar pra perceber que eu estava junto e ela não ia ser louca de abrir ele. Alicia colocou a mão na minha boca e suspirou.

– Calma Marcelina, eu só tô terminando de me ensaboar.

– Mas o chuveiro tá desligado. - disse desconfiada. - O Paulo tá aí né?

– CLARO QUE NÃO! Eu não ia deixar ele entrar aqui, eu preciso tomar um banho com privacidade. - respondeu. - E outra, o chuveiro tá desligado porque tem que economizar água no planeta.

– Ahan sei.. Eu te espero lá fora e vê se não demora, porque aí eu abro a porta desse box! - falou e logo a porta bateu-se.

– Foi por pouco. - disse tirando a mão da minha boca. - É melhor sairmos, Marcelina vai desconfiar da gente mas ainda.. ela deve ter percebido que você não estava na cama e tudo mas. E PARA de encarar meus seios, eu tô ficando com vergonha.

– Você tá encarando meu amiguinho, é justo eu fazer isso. - respondi e ela riu. Alicia desceu do meu colo e colocou o sutiã de volta, vesti a cueca e me sequei o máximo possível (principalmente o cabelo) em seguida vesti a bermuda. Ela vestiu minha camisa mesmo com o sutiã molhado e saiu do banheiro primeiro, checou se havia alguém no quarto e me puxou junto. - Essa foi por pouco.

– AHAAAAAAAAAAA, SABIA QUE O PAULO TAVA JUNTO! - Marcelina gritou entrando no quarto com Jorge e Victória.

– Fodeu.. - falamos baixo.