Pov’s Leon

–Vocês estão presos. –Disse um homem de terno, eu ri debochado, o homem me encarou e veio até mim. –Vejamos, você deve ser o engraçadinho do grupo.

–Você é detetive? –Eu perguntei sem responder a pergunta do homem pálido que estava em minha frente, o homem negou. –Ótimo, porque se você fosse detetive, seria um dos piores, primeiro eu não sou o engraçadinho, e segundo você está prendendo as pessoas erradas, nós não fizemos nada demais. –Eu disse.

–Vocês roubaram 3 milhões de euros de um banco na França. –O homem disse bravo. Algemem esses bandidos. –Ele disse e deu uma risada tentando mostrar sua superioridade sobre nós. Um grupo de mais ou menos cinco homens foi até Vilu, e com uma certa brutalidade colocaram as algemas nela.

–Soltem ela. –Eu ordenei, como se eu tivesse algum poder sobre aqueles ignorantes, eles fingiram não ouvir o meu “pedido” e logo me algemaram.

–Obrigado por pedir que nos soltassem Leon. –Maxi disse irônico.

–Esquece isso Maxi, tudo o que importa é a Violetta. –Marco disse rindo.

–É que aqueles brutamontes a pegaram com tanta indelicadeza, e vê-la ali, tão desprotegida e tão pequena nas mãos daqueles homens, me fez mal. – Eu disse e Marco riu.

–Pensei que jamais viveria para ver o Leon amando alguém. –Maxi disse fingindo estar emocionado. –Eu fiquei meio cabisbaixo quando ele disse que eu a amava, eu Leon Vargas amando? Eu nunca disse um “eu te amo” para uma garota, eu não sabia como amar alguém, eu simplesmente não sabia como era a sensação de ser amado por uma garota.

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Havíamos chego ao edifício do FBI, nos trancaram cada um em uma sala separadamente, e segundo aquele homem pálido e estressado nós seriamos interrogados por dois agentes, sinceramente eu não entendia o motivo para tudo isso, tecnicamente não fizemos nada demais, foi um simples truque.

Um homem de topete entrou junto com uma mulher loira, ambos trocavam olhares furiosos, como se não se suportassem, o homem topetudo aparentava estar mal-humorado, a mulher loira estava com olheiras profundas, evidentemente cansadas, apesar disso sua beleza não se ocultava. Eles se sentaram de frente para mim, e eu estava algemado na mesa.

–Eu sou Ludmila e esse homem ao meu lado se chama Federico, vamos fazer algumas perguntas e eu peço que seja sincero. –Ludmila disse e o tal Federico bufou.

–Então você e aqueles incompetentes roubaram um banco? –Federico disse.

–Somos tão incompetentes que nós conseguimos enganar os agentes idiotas do FBI, fazendo com que eles acreditassem que nós realmente roubamos um banco. –Eu disse.

–Vocês roubaram o banco! –Federico afirmou. –O banco da França, que vocês supostamente “não” roubaram, deu queixa do sumiço de 3,2 milhões em um dos cofres. No mesmo minuto vocês concluíram o truque, e esses 3,2 milhões foram dados a sua plateia. Agora eu pergunto como? E é melhor dizer a verdade, caso contrário você será preso. –Federico concluiu a sua teoria, enquanto Ludmila apenas observava tudo em silencio.

–Federico não é? –Eu perguntei e o topetudo assentiu. –Seja o homem mais inteligente da sala. –Eu disse e ele me olhou confuso. –Se você prender a mim e aos meus companheiros, isso mostrará que você e seus amiguinhos medíocres do FBI acreditam em mágica, e isso fará vocês parecem mais ridículos do que já são. –Eu disse.

Federico se levantou e tentou me bater, em um ato mais do que rápido, eu balancei os braços e as algemas que até então me prendiam, foram parar em Federico, fazendo assim que ele ficasse preso à mesa. A fúria que ele tinha só aumentou, e com certeza eu era a pessoa que ele mais odiava no mundo. Ludmila ficou pasma com o truque.

–Sabe por quê você não pode ser o homem mais inteligente da sala? –Eu perguntei e Federico ignorou. –Porque eu sou o cara mais inteligente da sala, você não faz a mínima ideia do que está fazendo, não faz a mínima ideia de quem sou eu, você não está preparado para lidar com esse tipo de situação. –Eu disse.

Havia uma latinha de refrigerante sobre a mesa. –Acho que tem algo ali dentro querendo sair. –Eu disse apontando para a latinha. Ludmila despejou o liquido que restava na lata, sobre a mesa, e junto saiu uma chave, a chave das algemas.

–Será que eu já posso ir embora? –Eu perguntei dando risada. Ludmila sempre com o olhar de surpresa, e Federico não mudava seu humor.

Pov’s Federico (Peço novamente que leiam as partes dele kk)

Depois de interrogar o magico de quinta, nós teríamos que interrogar um tal de Maxi, um outro integrante do grupo, Ludmila a agente da Interpol permanecia pasma.

–Ele é bom. –Ela indagou depois de um tempo.

–Oh, é apenas uma mágico medíocre que não tem o que fazer. –Eu disse enquanto caminhava até a sala do próximo interrogado. Porém antes de entrar.

–Olha, tome cuidado, ele é um mentalista e ele pode descobrir algumas coisas “constrangedoras” sobre você. –Um dos guardas disse.

–Não se preocupe, não acredito nessas coisas. –Eu disse e adentrei a sala juntamente de Ludmila. O tal de Maxi nos olhou maliciosamente.

–Claro que temos uma certa tensão aqui, certo? –Foi a primeira coisa que Maxi disse, eu me sentei a sua frente e o olhei confuso.

–O quê? –Eu disse.

–Oh sim, vocês não se conhecem há muito tempo, certo? –Maxi perguntou.

–Certo.

–Então, dá para ver pela expressão de vocês que ambos não estão muito contentes com a situação. Ela está vivendo a sua primeira investigação de verdade, haja visto que provavelmente ela vivia trabalhando atrás de uma mesa nos escritórios londrinos da Interpol. Enquanto a você topetudo, o senhor vive de mau humor, talvez o motivo disso seja que não encontro uma bela dama para disfrutar de seu amor. –Ele disse e olhou para Ludmila que corou.

–Quer saber, acho que não é necessário interroga-lo. –Eu disse e sai de lá apressadamente. Fui até minha sala e tomei um gole se café quente, que desceu queimando pela minha garganta. Sons de batidas na porta escoaram por toda sala.

–Entre. –Eu disse, era Antônio (Meu chefe).

–Olá, como foi com os mágicos? –Ele disse rindo

–Bem. –Eu disse mentindo.

–Que ótimo, porque eu os liberei. –Ele disse.

–Você fez o quê?

Pov’s Violetta

Fomos liberados rapidamente, pelo visto Leon e Maxi conseguiram “dobrar” os agentes do FBI. O rumo agora era Londres, sim Londres, iriamos fazer um show lá, e claro Pablo providenciaria tudo.

–Nunca pensei que eu iria para Londres, terra da rainha. –Eu disse pegando minha bagagem.

–Deixa que eu te ajudo. –Leon disse pegando as malas de minha mão, dei um sorriso fraco que ele retribuiu com um sorriso enorme.

–Londres é a terra do Harry Potter. –Marco disse rindo.

–Perfeito para realizar algumas mágicas. –Maxi disse rindo.

–Como estão meus grandes ilusionistas? –Pablo disse aparecendo repentinamente.

–Bem.

–Bom, o jato já está quase pronto para sair, então vamos agilizar. –Pablo disse, sim nós iriamos de jato particular.

–Vilu. –Ouvi uma voz extremamente conhecida me chamar, Leon.

–O que quer? –Eu perguntei tentando ignorar o fato de me sentir tão bem ao lado dele.

–Por que é tão fria comigo? Sabe depois daquela noite você....-Eu o interrompi.

–Poupe-me de falar sobre aquela noite. –Eu disse ficando com os olhos marejados.

–Precisamos falar sobre isso, foi especial para mim, mas acho que você não sentiu o mesmo. –Ele disse.

–Você acha que eu não senti o mesmo? Realmente acha? –Eu perguntei.

–Então qual é o motivo de me tratar desse jeito? –Ele perguntou se aproximando de mim, elevei minha mão contra o seu peito o impedindo de se aproximar mais. –Me diz, por favor. –Ele pediu.

–Eu...-Me interromperam.

–Violetta e Leon, está na hora de ir. –Pablo nos chamou.

–Depois conversamos. –Eu disse e fui em direção à área de embarque. Eu sabia que teria que ter essa conversa com Leon, me resta saber se eu teria coragem de conversar...