Trick Master: The illusionists escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 4
Living with a boring


Notas iniciais do capítulo

Holaaaa! Bom, eu apareci antes da virada do ano, e acho que posta um outro ainda esse ano. Primeiramente eu quero agradecer por quem favoritou a fic, e agradecer pelos comentários do capítulo anterior, fiquei muito contente pois recebi comentários positivos. Espero de verdade que gostem do capítulo...

Aah gostaram da nova capa? :D



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Quanto mais de perto você vê, mais fácil será engana-lo.

Pov’s Violetta

–Sejam bem vindos...”quatro cavaleiros”. –Disse o ruído, realmente estranho. –Quatro ilusionistas, quatro grandes ilusionistas, quatro pessoas incríveis com muitos problemas como qualquer outro ser humano. Procuravam algum sentido em suas vidas e acabaram de encontrar. Estão prontos para entrarem para o meu mundo? –A voz misteriosa perguntou, nos entreolhamos um pouco, talvez ninguém ali soubesse o propósito disso tudo.

–Sim! –Marco disse com segurança, ele parecia estar completamente empolgado com tudo isso.

–Sim. –Disse Leon com insegurança, cruzou os braços na altura do peito tentando parecer confortável com tudo isso.

–Sim. –Disse Maxi com um nervosismo evidente.

–S..Sim. –Eu respondi com receio, senti o olhar de Leon sobre mim, ele sorria verdadeiramente, como se de alguma maneira se surpreendesse com minha atitude.

–Esperei que a resposta fosse essa. Porém não é tão fácil entrar em meu mundo, ou melhor, entrar em minha sociedade. –A voz disse, creio que todos ficaram confusos com essa última fala. –A sociedade se chama “Olho” minha sociedade foi criada basicamente para orientar ilusionistas como vocês, eu sei que o nome parece comum demais, ou talvez estranho demais, mas aprendam uma coisa, tudo tem sentido quando falamos sobre truques, resta saber se você será bom o suficiente para desvendar o mistério.

–O apartamento em que estão está completamente automatizado com todos os itens e informações que vocês precisam saber para se tornarem membros do “Olho”, o nome foi criado por mim baseado em uma frase: Quanto mais de perto você vê, mais fácil será engana-lo. Quem sabe algum dia nos veremos? Ou talvez não... –Dito isso o vapor desapareceu em um piscar de olhos, a luz azul que nos conectava se apagou. Ficamos nos encarando por um tempo, ninguém ousava quebrar o silêncio. Leon esfregou as mãos mostrando que estava nervoso, ele ergueu a cabeça, engoliu em seco e começou a falar.

–Acho melhor vasculharmos o apartamento, certo? –Ele perguntou, Leon havia tomado o posto de líder, como sua própria carta disse ele é o líder dos quatro cavaleiros, porém não é o líder que eu pretendo obedecer.

–Acho que sim. –Maxi disse, nada mais foi dito, cada um foi para um canto, o que não significava muito, pois o apartamento não era tão grande. Fui em direção a uma espécie de quartinho, era extremamente pequeno, abri a porta com cautela, afinal eu não queria ter mais surpresas.

–Está com medo? –Perguntou uma voz masculina, um tanto debochada, atrás de mim, para o meu azar eu sabia quem era.

–Não tenho medo. –Eu disse, Leon me olhou de uma maneira diferente e depois soltou um risinho fraco. Eu juro que queria saber o que se passava na mente dele, de alguma forma eu não conseguia desvenda-lo, por mais esforço que eu fizesse.

Leon calmamente pegou em uma de minhas mãos e a elevou até a maçaneta da porta, não pude conter o nervosismo, de uma forma estranha o contato que Leon teve comigo me fez sentir-me estranha, porém o “estranha” era uma sensação boa, e eu não queria ter boas sensações quando se tratava de Leon. Com a mão ainda presa a minha, Leon abriu a porta rapidamente, era um quartinho claro, pois a pequena janela que tinha ali dentro permitia que a claridade entrasse.

–Viu? Não saiu nenhum monstro daí de dentro. –Leon disse rindo e apressadamente entrou no quartinho o acompanhei de imediato. Lá dentro havia apenas quatro prateleiras empoeiradas, com alguns pergaminhos em cima delas. Nós pegamos todos e levamos para a sala, e para nossa surpresa Maxi e Marco se encontravam completamente largados no sofá.

–Achei que era para todos procurarmos. –Eu disse.

–Francamente Violetta, você já reparou no tamanho desse apartamento? Eu e o Marco só viemos para esse canto da sala e logo achamos esses papéis em cima da mesa, não deu muito trabalho. –Maxi disse apontando para os papeis.

–Nós achamos esses pergaminhos. –Disse Leon. Nos sentamos todos no sofá velha e rasgado e abrimos papel por papel, cada linha escrita tinha um detalhe importante. (N/A Alguns detalhes eu vou revelando durante a fic).

–Quer dizer que estamos em fase de teste? –Eu perguntei lendo um dos papéis.

–Basicamente, é como se a sociedade estivesse nos testando. –Leon disse.

–“Quanto mais perto você olha, menos você verá.” – Disse Marco lendo um dos pergaminhos.

–É tudo tão confuso. –Maxi disse coçando a nuca, tentando entender o que leu.

–Talvez tenha que ser confuso, talvez não precisamos entender tudo logo no começo. –Eu disse. –Vejam! “Conforme vocês irão progredir, vocês irão entender cada vez mais o sentido de tudo isso.”

–Realmente confuso. –Leon disse.

–Bem, pelo que eu entendi essa “fase de teste” dura pelo menos um ano...-Marco disse lendo um pedaço de papel.

–E em um ano teremos que demostrar grande potencial, demostrar grandes truques, que surpreendam o mundo. –Maxi disse com os olhos brilhando.

–Eu não diria o mundo, mas pelo menos grande parte da população estadunidense. –Eu disse rindo.

–Então teremos que ser uma equipe. –Leon disse, nos entreolhamos como se as coisas estivessem começando a fazer sentido.

–“Os quatro cavaleiros” – Dissemos todos juntos.

–Precisamos ter a colaboração de todos. –Disse Marco.

–O que inclui vocês dois, o casal que vive discutindo. –Maxi disse se referindo a mim e ao Leon.

–Não somos um casal. –Eu e Leon dissemos em um uníssono.

–Mas serão. –Maxi disse rindo.

–Maxi eu sei que você é um ótimo “mentalista” um excelente mago da adivinhação, mas eu também sei que você não é capaz de prever o futuro, e se soubesse estaria totalmente errado, eu jamais me envolveria com ela. –Leon disse com um nervosismo evidente.

–Digo o mesmo, eu não me rebaixaria a esse ponto. –Eu disse me referindo a Leon, o fuzilando com muita raiva.

–Por favor, não precisa ter nenhum tipo de dom para saber que vocês dois irão acabar juntos. –Maxi disse.

–Vamos encerrar esse assunto? –Eu perguntei desconfortável, Leon parecia do mesmo modo que eu.

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–Vamos nos ajustar primeiro de tudo, todos somos ilusionistas, mas obviamente temos dons. –Leon disse. –Maxi é um mentalista, é como se ele mexesse com a mente das pessoas, ele trabalha melhor com adivinhação. Marco é um ilusionista com dedos rápidos, ou seja, você é ágil demais. E enquanto a Violetta, seu dom provavelmente é me irritar. –Leon disse e eu o olhei com fúria.

–Eu só estava brincando. –Leon disse se defendendo. –Por que não nos dá a honra de saber sobre o seus dons. –Leon disse, e por incrível que pareça ele parecia estar falando serio, me levantei um pouco mal humorada, Leon me olhava curioso, e novamente eu queria saber o que se passava em sua cabeça. Ele tinha um olhar curioso e ao mesmo tempo debochado, ás vezes parecia severo, e isso me impedia de compreendê-lo.

–Sou uma ilusionista com dedos ágeis como Marco, não sou muito boa com truques da mente, porém consigo desvendar facilmente algumas pessoas usando truques simples, nem todas. –Eu disse olhando para Leon. Me sentei novamente no sofá e ao lado de Leon pois era o único lugar que tinha me restado.

–Acho que vou pegar algo para comermos, temos muito trabalho a fazer. –Disse Maxi.

–O que temos que fazer? –Perguntou Marco, realmente era uma boa pergunta.

–Temos que arrumar essa espelunca, já que a partir de agora viveremos aqui. –Leon disse.

–O quê? –Eu perguntei assustada, viver em um apartamento com três homens, e um deles era o Leon, realmente não estava em meus planos.

–Em um dos pergaminhos diz que basicamente temos que nos unirmos, e esse apartamento é como se fosse o nosso “esconderijo” entendem? –Maxi disse.

–Por isso esse prédio é tão “apagado” e antigo, sua aparência não é nada boa, fazendo assim que não chame muita atenção. –Leon disse.

–Realmente precisamos um dos outros, eu não entenderia isso tudo sozinho. –Marco disse, sua expressão era um pouco assustada, acho que todos ali estavam assustados, afinal de contas estávamos em uma situação completamente diferente, parecia algo surreal.

–Bom, eu vou pegar umas pizzas, pois não dá para se trabalhar de barriga vazia. –Disse Maxi.

–Vou com você. –Disse Marco e Maxi assentiu.

–E os dois apaixonadinhos vão arrumando as coisas por aqui, tudo bem? –Maxi disse rindo e logo saiu acompanhado de Marco. Ele só podia estar querendo me irritar, o único sentimento que eu tinha por Leon era completo ódio....Talvez ódio seja uma palavra muito forte, digamos que eu o detesto, detesto o suficientemente para quere-lo a mil metros de distância de mim.

–É loucura. –Leon disse se levantando do sofá, e eu o olhei confusa.

–O quê é loucura? –Eu perguntei curiosa.

–Isso tudo, por mais estranho que seja, finalmente parece que agora eu tenho uma vida, é como se minha vida estivesse recomeçando e...-Ele parou de falar, admito que estava feliz por Leon estar começando a se abrir, mas quando ele parou seu olhar ficou triste.

–E? –Eu perguntei ainda mais curiosa.

–E nada, o resto é bobagem. –Ele disse e se afastou, Leon era estranho, não paravam de surgir opiniões distintas sobre ele em minha cabeça. Ele me atraia, e eu sou completamente capaz de assumir isso, porém não passava de atração, eu não tinha com que me preocupar, atração é somente atração, Leon era um cara bonito e interessante é normal que qualquer uma se sinta atraída por ele.

–Pensando em mim? –Leon disse dando risada. De onde foi que ele surgiu?

–Não perderia o meu preciso tempo pensando em besteiras, ou seja, você. –Eu disse e ele fechou a cara.

–Por que é tão difícil conversar com você? –Ele perguntou bravo, já haviam me feito essa pergunta inúmeras vezes.

–A culpa não é minha. Você aparece na minha vida se achando o maioral, e quer que eu não me irrite com você? –Eu perguntei irritada.

–Simplesmente não dá para conversar com você, porém esse seu jeito me intriga. –Leon disse rindo, cruzou os braços e ficou com o rosto relativamente perto do meu.

–Interessante...Então quer dizer que o “grande” Vargas tem curiosidades sobre mim. –Eu disse e arqueei a sobrancelha, tentei controlar o nervosismo, sua proximidade não me fazia bem.

–É quase isso, eu só queria te entender melhor. –Ele disse, fazendo com que sua respiração batesse contra meu rosto, deu uma piscadela e se afastou. Leon queria basicamente a mesma coisa que eu, ele queria me compreender e eu queria compreendê-lo. Talvez só talvez seria bom viver com o Vargas...


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Mereço reviews? Espero que sim! :D Bom eu posto logo, entonces nos vemos em breve...beijão :D