Os dias passaram até rápido, Astoria e Draco se encontravam quase todos os dias para falar sobre as aulas, Daphne e qualquer coisa interessante que acontecera, os dois estavam quase inseparáveis.

Hoje era o primeiro dia de férias e Astoria estava animada para o começo de sua missão, ela fora orientada para ir até a sala de Dumbledore à noite e lá ela receberia as regras e finalmente partiria para o começo do ano letivo de Tom Riddle.

Agora, Astoria corria para a sala de Dumbledore, não conseguindo controlar sua ansiedade, quando entrou Dumbledore a cumprimentou e recebeu um sorriso da menina.

– Astoria, o plano é este: Eu estou lhe enviando uma carta para você entregar ao meu eu mais velho, contendo toda a história e um segredo que apenas eu mesmo sei, prometa para mim que você não lerá a carta.

– Eu prometo que não lerei a carta. - ela disse, nem um pouco curiosa.

– Quando você chegar lá e alguém lhe perguntar de onde você vem, a história que você contará é esta: Seus pais eram alunos de Hogwarts antigamente, quando você recebeu sua carta eles resolveram te educar em casa e apenas te deixar ir quando você completasse 15 anos, pois você era muito ligada ao mundo trouxa e a dança. Você deverá se aproximar de Tom silenciosamente, como se fosse uma garota perdida, quando lhe ordenarem à escolher um lugar para se sentar nas aulas, sente-se ao lado dele, Tom sempre sentava sozinho.

Astoria concordou com a cabeça, repetindo mentalmente as palavras de Dumbledore.

– Como você o impedirá? Isso só você mesma decidirá, Astoria, mas eu digo e repito: não caia nos encantos de Tom.

– Não cairei, Dumbledore, e não falharei. - ela disse, tentando esbanjar confiança em cada palavra.

– Pegue seu vira-tempo e deixe que eu o ajuste. - ele disse, Astoria mostrou-lhe o vira-tempo em seu pescoço e ele o ajustou, de repente tudo começara a sumir.

– Boa sorte, Astoria. - ele disse, antes de o cenário ser preenchido por uma Hogwarts antiga, não muito diferente.

Astoria se situou: Estava em um dos milhares corredores e resolveu ir até a sala de Dumbledore e o entregar a carta com as instruções e o misterioso segredo que ela não poderia descobrir.

Quando ela finalmente abriu a porta da sala ela encontrou um Dumbledore que quase não tinha barba e um menino assustadoramente bonito com um olhar perigoso, ele era pálido e tinha olhos e cabelos escuros. Ela sorriu timidamente e ele sorriu de volta, um pouco confuso.

– Olá, querida. - sorriu Dumbledore. - Como posso ajudá-la?

– Olá. - respondeu Astoria, tentando manter a calma. - Meu nome é Astoria Greengrass e seria meio complicado eu te explicar as razões de eu estar aqui, mas eu lhe trago uma carta de alguém que você conhece muito bem.

Ela entregou a carta e ele a leu atentamente, parecendo assustadíssimo.

– Oh Merlin! - ele exclamou, depois de ler a carta.

– Ahaaaaaaaaaaa - fez Astoria, sentindo-se tonta e colocando a mão na cabeça, vendo que esta estava quente e suando.

– Tom, poderia nos dar licença? - perguntou Dumbledore.

Tom? Tom Riddle? Aquele era Tom Riddle? Ele era realmente bonito, muito mais bonito do que ela pensava que ele fosse.

– Sim, senhor. - ele disse, ainda sorrindo. - Até logo, Dumbledore e.. Astoria.

Astoria sorriu minimamente para o estranho e sentou-se na cadeira à frente de Dumbledore.

– Astoria Greengrass, você realmente tem uma difícil missão. - ele disse, escolhendo bem as palavras. - Só por curiosidade: Você leu esta carta, criança?

– Não. - ela respondeu. - O senhor.. o senhor do futuro me disse para não o fazer, e eu não o fiz.

– Ainda bem, isso me deixa aliviado. - ele sorriu. - Astoria, você terá cobertura total em sua missão, espero que a realize perfeitamente, mas cuidado com Tom, ele pode se apegar à você, é um menino solitário e precisa desesperadamente de alguém para conversar e..

– Não caia nos encantos dele.. - completou Astoria, revirando os olhos.

– Exatamente. - sorriu Dumbledore. - Você já pode se dirigir para os dormitórios da Corvinal, Astoria, explique bem a sua história e sorria muito, para fazer amigos. Amanhã suas aulas começam.

Astoria acenou e dirigiu-se aos dormitórios da Corvinal. Ela tentara ser o mais amigável possível e conseguira fazer amizade com suas duas colegas de quarto: Lucy Spasky e Annie Johnson.

Ela esperou que a noite passasse rápido e sem nenhum pesadelo, e foi exatamente o que aconteceu.

No dia seguinte

Astoria acordou e esfregou os olhos, ela se sentia recuperada e com energia para pôr em prática sua missão.

– Bom dia.. - Annie cantarolou.

– Bom dia! Qual é a primeira aula? - perguntou Astoria, sorrindo.

– Poções. - respondeu Lucy. - Suponho que você deverá se sentar ao lado de Tom Riddle, boa sorte.

– Ele é tão ruim assim? - Astoria perguntou, sabendo a resposta.

– Ele é um pouco perturbado, mas lindo. - riu Annie. - Fique na sua, não faça muitas perguntas e talvez você consiga até ser amiga dele.

Astoria concordou com a cabeça e, depois de vestidas, as três se dirigiram para a aula.

A garota tremia de nervosismo, ela não queria fazer Tom odiá-la no primeiro dia de sua missão. Ela adentrou à sala e entregou um bilhete para a professora ou professor, Astoria não havia notado. Ela recebeu a ordem de sentar-se ao lado de Tom Riddle.

– Olá. - ela disse, sorrindo gentilmente enquanto o menino abria espaço para ela.

– Olá, Astoria. - ele sorriu de volta, parecia que ele havia gravado o nome dela.

O resto da aula seguiu normalmente, Astoria e Riddle não se falavam, apenas para perguntar coisas como: "Qual é a página do livro?" ou "Com quem ela está falando?", as dúvidas normalmente vinham de Astoria.

Riddle era educado e não parecia ser malvado, provavelmente ele ainda não havia pensado em usar seus poderes no lado errado ou o monstro em si estava bem escondido, Astoria preferia acreditar na primeira opção.

– Você é sangue-puro? - Riddle lhe perguntara em um momento da aula.

– Sim. - ela sorriu, preferiu não perguntar sobre ele, a afirmação de Astoria fez Riddle relaxar um pouco.

Depois da aula de Poções Astoria, Lucy e Annie sentaram-se juntas nas outras aulas.

– Você foi muito bem! - sorriu Lucy. - Riddle não terá problemas com você, isso é bom.

– Exatamente. - disse Annie, também sorrindo.

Astoria cantarolava uma música e pensava que estava um passo mais perto de completar sua missão.