Jack caminhava pela passarela de rochas até o momento que chegou a tal cabine chamada de Yomi. Yomi parecia um templo japonês vetor, ele era na verdade uma torre cujo teto era alongado e afiado em quatro pontas. O portal do templo parecia a fachada de uma sinagoga judia, com exceção de que a arquitetura era japonesa e invés de um hexagrama era na verdade um pentáculo (um pentagrama preso a um círculo) Admirado, acordou e seguiu seu caminho em frente. Quando entrou no templo, viu que o cheiro era agradável como o de incenso aromático, diante dele viu que um tapete de cor marrom escuro como casca de madeira se estendia até um saguão central. Dentro do saguão, haviam nas paredes, tochas seguradas às paredes cujo fogo azul crepitava. No centro, quatro pessoas conversavam diante de uma mesa até que um deles se virou e disse para os outros ficarem em silêncio e se dirigiu a Jack falando;

–Olá Rapaz- disse ele tentando ser responsável -Meu nome é Gaio- Gaio era baixo e assim como Klaus usava um gorro vermelho, tinha uma longa barba peluda e um nariz longo. Ele usava calças marrons e toga verde;

–Temo que você veio para descobrir sua vocação, não?- perguntou uma mulher magra, alta. Ela usava um vestido de gala azul, um colar de pérolas no rosto. A mulher tinha sotaque russo, ruiva, e olhos verdes como campina profundos;

–Sim- respondeu Jack;

–Prazer, meu nome é Samara- falou ela. Aquelas palavras foram ao âmago do coração de Jack quando se lembrou de que no orfanato, Kate o alertara sobre a mulher que a mataria caso não levasse ele para a Academia Elemental Tartariana (A.E.T.);

–Seu teste levará alguns minutos- falava um homem alta de cabelo castanhos escuros, pele enrugada, olhos também castanhos além do casaco de inverno frio. No rosto tinha um arranhão que ia do supercílio e atravessava o rosto -Meu nome é Aleister- Por fim uma mulher ao lado de Aleister se levantou e segurou Jack pela mão o levando até o chão para se sentar junto com eles. Ela era magra alta, loira, usava um vestido cinzento que ia até o joelho, seus olhos eram verdes e revelavam esperança

–Meu nome é Nicole, qual é o seu?- perguntou ela;

–Eu sou Jack- ela agiu com naturalidade mesmo que tivesse ficado um pouco perplexa na hora. Eles saíram de perto de Jack para pegar objetos, quando voltaram cada um trazia um objeto nas mãos. Gaio trazia um pedra nas mãos, Samara levava uma taça de prata com água, Aleister trazia uma vela e Nicole uma moeda. Os quatro voltaram a se assentar com eles e então Gaio disse;

–Como você já deve saber, nós ,elementais, possuímos a habilidade nata de que por influência psíquica: sentimentos e pensamentos por exemplo, causar acidentes e fenômenos chamados de poltergeist, o teste para descobrir qual é seu clã se baseia nisso-

–Tente pensar em algum momento triste, alguma frustração sua... alguém que tenha sentimentos, ou qualquer coisa do tipo- Jack fechou os olhos e tentou pensar em algo ou alguma coisa, organizando seus pensamentos se lembrou de quando a madre e as freiras falavam de que ele era inútil, como as crianças o maltratava, a necessidade que tinha de ter uma família para ser feliz, pensou em Kate e toda a força que tinha, mesmo não sabendo ser positiva ou negativa, como pura energia. O garoto tinha fechado os olhos e quando abriu viu que a pedra não se levantara, a água não tinha se movido nem a moeda levitado: mas a chama da vela estava forte, nítida e incomum. Enquanto Samara o olhava agora com desprezo, Nicole com timidez e Gaio com dúvida, Aleister abriu um largo sorriso e pôs a mão no fogo da vela, a medida que o manuseava, ficava mais claro qual era o resultado;

–Parabéns, Jack- falava ele sorridente -Bem vindo ao clã das chamas-