Olimpo em Perigo - Fic Interativa escrita por Luh Di Angelo, Vitória Jackson


Capítulo 8
Capítulo 8 - Lucy Everdeen


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas! Desculpem pela demora para postar, é que eu acordei onde ás 05:00hrs, fui no médico em Porto Alegre (que fica umas duas horas daqui), voltei de lá, cheguei aqui e almocei, dormi a tarde inteirinha e fiquei escrevendo esse capítulo mega cumprido o resto da noite. E agora eu aqui, a louca em plenas cinco e cinquenta e pouco da manhã postando para vocês.
Ah, e eu devo créditos a minha amiga Maria Vitória que me ajudou a escrever esse capítulo - Só o começo, mas né.
Então é isso, espero que gostem,
ENJOY!



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POV Lucy

FLASHBACK ON

Quíron me chamou na Casa Grande. Com toda certeza, algo bom não era. Qualquer campista por aqui sabe: Se o Quíron te convoca na Casa Grande, ou você está ferrado ou vai ter que fazer alguma coisa. E quem sou eu para discordar disso?

Com certeza era por eu ter – sem querer – explodido todas as maquiagens do chalé de Afrodite. Ou por eu ter colocado um pouquinho de fogo nos campos de morango – o que também foi sem querer.

Sinceramente, eu não sabia como eu fazia aquilo. Eu simplesmente ficava com raiva de algo, desejava que algo acontecesse e aquele algo acontecia. É, e aquilo nunca era coisa boa.

Tomei um pouco de fôlego, e adentrei aquela casa azul de quatro andares.

– Lucinda, Lucinda, Lucinda, Lucinda... Finalmente chegou. – Disse sr. D. ao me ver chegar.

– Por favor, me chame de Lucy. – Disse eu. Eu ainda me perguntava por que diabos mamãe havia colocado esse nome. Lucinda... Isso é nome de gente velha, e eu só tenho 16 anos.

– Prefiro Lucinda. Onde está aquele velho centauro? – Perguntou sr. D., olhando para os lados. Ele estava sentado em uma poltrona branca, com uma lata de Diet Coke na mão. E, como sempre com sua camisa com estampa de oncinha. Eu ainda me perguntava por que aquele velho usava aquelas roupas.

– Estou aqui. – Disse Quíron, adentrando a sala daquela Casa com sua cadeira de rodas. Por que ele ainda usava aquilo? Todos os campistas já sabem que ele é um centauro, o que mais ele tem para esconder?

– Então, por que me chamou aqui? – Perguntei, me sentado em uma outra poltrona, de um tom bege.

– Acontece que ontem mesmo o sr. D. foi no Olimpo pelo solstício de inverno, e, bem, descobriu algo que tem de ver com você. – Disse Quíron.

– O que? Papai reclamou de mim? Vai querer me matar? – Perguntei, um pouco assustada. Ter o deus da guerra como seu pai não te dá muita vantagem, já que ele é meio que... Digamos bipolar, tal como eu.

– Não não, mas outro deus sim. – Respondeu Quíron, com a maior calma.

– Quem? – Prendi a respiração. OMG um dos olimpianos queria mesmo me matar!

– Zeus. O que acontece é que, por um grande erro, seu pai e Afrodite tiveram um filho. E este bebê... Bem, ninguém poderia saber de sua existência, então seus pais o mandaram para alguma família o cuidar. Infelizmente agora os deuses perceberam isso e... Todas as pistas nos levam a acreditar que este bebê era você.

– WTF? Que droga é essa? É impossível ser eu! Eu tenho uma mãe, que nem liga para mim mas eu tenho uma mãe e tenho certeza de que ela é a minha mãe!

– Já viu alguma foto de ela com você no hospital, quando você nasceu?

– Não.

– Alguma lembrancinha celebrando seu nascimento?

– Não.

– E por acaso alguma foto –

–Tá, já entendi, mas se eu sou filha de dois deuses, eu sou...

– Uma deusa. Menor, mas mesmo assim uma deusa.

– Oh meus deuses... – Eu estava pálida. Na verdade, mais pálida do que eu já sou é meio impossível, até mesmo meus amigos me chamavam de LucyTasma, porque eu pareço um fantasma ou coisa do gênero.

– E agora Zeus quer te matar. – Concluiu Dionísio, bebendo um gole de sua Diet Coke.

– E o que eu posso fazer para que ele não me mate?

– É impossível acalmar a fúria de Zeus, minha cara - Disse Dionísio.

– Mas podemos te esconder. Ocultar revelar isso para os outros. Pelo menos até o momento certo. – Acrescentou Quíron.

– Você é poderosa, garota. Não tem ideia de metade do que você é capaz. – Disse Quíron.

– E por isso mesmo tente tomar cuidado para não estragar mais coisas. Ou a sua morte já vai estar predestinada. – Disse Quíron, olhando para um quadro com um navio no alto mar. – Creio que Poseidon também não vai querer a sua existência.

– Nenhum dos deuses. Exceto o papaizinho e a mamãezinha. – Disse Quíron, dando uma risada forçada e tomando mais um gole de seu refrigerante.

– Mas a culpa não é minha se os amantes de plantão quiseram ter um filho, sendo que Afrodite já é casada. – Disse eu, encarando o piso de madeira.

– É, mas para os deuses a culpa é sua por existir. Você não faria falta, Lucinda Neverteen. – Disse Dionísio.

– É Everdeen. E obrigada, digo o mesmo de você. – Disse eu, dando um sorriso sarcástico.

– Você não vai gostar de me ver com raiva, garanto – Disse Dionísio, travando os dentes e me lançando um olhar mortal. Eu podia jurar que vi chamas arderem em seus olhos.

– Por mim tudo bem, deus da Diet Coke – Disse eu. Ok, acho que sou um pouco briguenta demais.

– Já chega, vocês dois. Agora já pode ir, Lucy, e lembre – se de não dizer nada para ninguém. Contar seu segredo para alguém pode custar a sua vida. – Disse Quíron.

– Tudo bem, até mais. – Disse eu, lançando um olhar estilo “Nem tente lutar comigo, seu covarde” para Dionísio e saindo da Casa Grande.

FLASHBACK OFF

Todos ficaram perplexos ao saberem que eu sou uma Deusa Menor. E Clarisse me fitava com um olhar enfurecido, como se me matar fosse sua meta. Ótimo, pensei que fôssemos amigas.

Muitos murmúrios passavam entre as pessoas, e até Anna e Alex estavam falando – acredito que mal – sobre mim. Sinceramente, aposto 20 dracmas que esses dois vão acabar juntos. Mas, como Anna sempre me disse, ela odeia filhas de Afrodite. Droga.

Como eu sabia que ninguém mais ia falar nada de importante, somente coisas sobre eu ser uma deusa e blá blá blá, deitei em meu saco de dormir, fechei bem os olhos e dormi.

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Por incrível que pareça, não sonhei nada. Eu costumo sempre sonhar algo como o que acontece – ou que aconteceu – no Olimpo, mas eu acho que estava cansada demais para sonhar algo. Mas eu acordei com um estrondo. Um horrível estrondo.

Fiquei em pé quase que automaticamente, mas cambaleei para trás. Maldito seja o sono que eu tinha. Peguei minha espada da bainha e já fiquei em posição de defesa.

– Acordem seu bando de preguiçosos! – Gritei, vendo que todos ainda dormiam. No mesmo instante, todos acordaram com um pulo. E, claro, eu ri da cara deles.

– Oh – ou. – Disse eu, olhando para a mata. O que eu via? Simplesmente um Minotauro de três ou quatro metros de altura e com nada mais nada menos que três chifres. Sim, três chifres.

– Minotauro de Tría – Murmurou Anna. – CORRAM!

Todos corremos até um velho navio naufragado, não muito longe dali.

– Agora me digam, o que é aquele bicho? – Perguntou Bruna.

– É o Minotauro de Tría. Ele se regenera de 100 em 100 anos, e apenas os mais heroicos dos heróis conseguiram matá-lo. Mas... Bem, ninguém conhece o segredo de como o matar, só os mais inteligentes dos gênios meio-sangues. – Explicou Anna.

– Pessoal, olhem aqui! – Chamou Erika.

Todos nos amontoamos perto dela. Erika estava de joelhos perto de uma escrivaninha, e folheava algo que parecia um diário muito velho, com páginas mofadas.

– Querido diário, não entendo como vim parar aqui, papai insistiu para mim viajar nas férias e olhe no que deu! Acabamos de encontrar um gigante Mintauro de Tría e, bem, temos uma pista de como o matar. É algo simples e fácil de adivinhar, dentro de uma filha de Hades o segredo está, e só ela seus amigos pode salvar se o segredo desvendar. – Leu Erika.

– Ok, novo plano. Angel, Anna, fiquem aqui pensando enquanto Alex, Marine, Kristina e eu vamos lá distrair o monstro. Fernanda, Bruna, Isabella e Bae fiquem de vigia e gritem se o monstro atingir alguém de vocês e Erika, ajude elas se preciso. Espera, não está faltando alguém? – Perguntei, olhando para todos da tripulação, que se entreolhavam.

– Bem, acho que não, vamos nessa! – Disse eu, saindo daquele navio.

O Minotauro já tinha feito mais danos do que eu imaginava. Tudo, simplesmente TUDO – inclusive nosso navio – estava ardendo em chamas. Fogo, fogo, fogo. Só isso que eu via. Parecia que o fogo crepitava em mim. Eu podia não ter um espelho, mas podia jurar que meus olhos estavam exatamente como aquelas chamas. Nunca entendi o porquê, mas sempre que eu ficava brava – ou até mesmo irritada – as chamas ardiam em meus olhos. Talvez aquilo fosse algo de deuses ou sei lá o que.

Espere... Era impressão minha ou o Minotauro cuspia fogo?

– Pessoal, se não querem ser queimados, não se aproximem muito. – Disse eu, e logo todos notaram o porquê de minha observação.

O incrível é que eu parecia já entender tudo o que fazer para distrair aquele monstro. Minha cabeça já pensava em todos movimentos que fazer, mas eu fiquei parada lá.

Então o monstro se virou para nós. Tive uma vontade louca de rir. Realmente aquele monstro horrendo estava usando uma... Frauda? Então o Minotauro colocou algo em seu pequeno cérebro e começou a avançar em alguém. E adivinhe em quem? Na sortuda aqui!

Rapidamente rolei para o lado, deixando ele cravar um de seus chifres numa árvore.

– Há – iá! – Gritei, aproveitando minha oportunidade e cravando minha espada em sua coxa. Qual foi o efeito? Nenhum. O Minotauro apenas rugiu, tirou o seu chifre da árvore e quase atingiu meu pé com sua... Sua foice? De onde tinha saído aquilo? Posso dizer que aquela lâmina passou alguns centímetros de meu pé.

Marine golpeou o monstro pelas costas com seu tridente de bronze celestial, e o monstro rugiu, mas deu um coice em Marine que a fez voar para trás e bater em uma árvore. Então Kristina aproveitou e enfiou sua lança na perna do monstro e foi rasgando até seu tornozelo, e começou a sair algo – não identificado por mim – da perna do monstro, em um tom verde.

– Kristina, se afaste, isso é veneno! – Alex gritou a ela, mas já era tarde demais. O Minotauro apenas fez um movimento para trás com sua perna, enfiando a lança envenenada de Kristina nela mesma.

Alex correu até ela e a arrastou para o navio naufragado onde os outros estavam, e o fez também com Marine.

– Lucy, consegue cuidar dele sozinha? – Alex perguntou.

– Acho que sim! Ajude as garotas com seus ferimentos! – Ordenei.

E assim dito, Alex adentrou o navio naufragado.

– Ok monstrinho, agora somos só você e eu – Disse eu, passando por debaixo das pernas do monstro e logo após peguei meu arco e comecei a mirar nele com minhas flechas. Cerca de dezesseis flechas o atingiram nas costas, e logo notei que minha aljava estava vazia.

– Droga! Hey, Bruna, coloque mais flechas para mim! – Disse eu, jogando a aljava perto de seus pés.

Peguei novamente minha espada, circulei o monstro, o deixando um pouco tonto. Sempre saiba que, quanto maior o monstro, mais lento ele é.

Atingi seu tornozelo, e o monstro rugiu alto. Se virou para mim, e quando abaixou sua foice, eu rolei para o lado e o atingi no braço.

– Lucy, o ponto fraco do monstro é o seu chifre do meio! Me dê cobertura que eu subo até lá! – Gritou Angel, com um olhar assassino fitando o chifre do meio do Minotauro.

Fui até perto dela, e sem pensar muito, gritei:

– Hey, seu tourinho de fraldas! – O monstro olhou enfurecido para mim.

Oh – ou – Pensei. Agora eu estava ferrada.

Pude perceber que Angel estava rondando o monstro, para achar algum jeito de subir. E logo se agarrou à perna do monstro e tentou escalar.

– Seu chifrudo! Por que não tenta me pegar? – Disse eu, correndo até o que parecia ser a encosta de um morro. – Venha até mim, venha!

O Minotauro correu até mim, e quando ele iria me atingir ao meio com um de seus chifres, rolei para baixo de suas pernas, fazendo com que ele cravasse seus chifres naquela parte de terra.

Enquanto o monstro tentava sair dali, Angel escalou até seus chifres, ergueu a adaga de ferro estígio, e gritou:

– Iá! – E cravou sua adaga exatamente em um ponto atrás to chifre do meio do Minotauro.

O monstro graniu, se contorceu e se transformou em pó. Angel, que estava a uns três ou quatro metros do chão, caiu na areia e gemeu.

Fui até ela, ofereci uma mão para ajudá-la a se levantar. Ela segurou minha mão, se levantou e eu a ajudei a voltar ao velho navio naufragado.

– Você está bem? – Perguntei.

– Sim, estou. – Respondeu Angel. Mas ela tinha um grande corte que ia de sua testa até seu queixo.

– Pessoal – Disse Erika -, temos mais com o que nos preocupar. Piper sumiu.


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Notas finais do capítulo

E então? o que acharam? Valeu a pena esperarem tanto? Há, espero que sim. E como sempre, eu AMO fazer mistério ehehehehe.
Acho que era isso....
Bjos e uma flor de lótus para cada um de vocês, Hasta la Vista Baby's!