Olimpo em Perigo - Fic Interativa escrita por Luh Di Angelo, Vitória Jackson


Capítulo 7
Capítulo 7 - Lucy Everdeen


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiie semideuses!! Então, esse é o primeiro capítulo - de três - da Lucy, e neste vocês finalmente vão descobrir o segredo dela. Desculpem pelo "Everdeen", é que eu simplesmente AMO Jogos Vorazes e estava sem criatividade para criar sobrenome nenhum agora.
Mas então, sem mais delongas,
Enjoy!!



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POV Lucy

Pelo que eu vi, as coisas hoje não iam ser boas. Não só pelo fato de ter mais de 50 monstros nos esperando naquela ilha, mas pelo fato do meu segredo. Não sou dessas que costuma esconder coisas, bem pelo contrário, eu jogo tudo na cara a pessoa querendo ou não.

Mas... Se analisarmos bem a minha decisão de querer ser uma mentirosa de quinta, essa é a maneira certa de eu agir. Eu acho.

Bem, fugindo do assunto de ‘’eu tenho um segredo e por isso sou a pior pessoa do mundo’’, o navio infelizmente estava se aproximando ainda mais da ilha. Desejei que algum outro monstro marinho, ou até aquele Kraken mesmo, aparecesse ali agora para parar a embarcação de navegar. Como sempre, desejar não é uma coisa que costuma se realizar. Pelo menos para mim.

Mamãe costumava me dizer que se quisermos algo com o coração e a alma, aquilo vem até a gente no momento certo. E é por isso que ela acabou morrendo em um desabamento de um de seus prédios, já que o desejou tanto assim.

Para ser sincera, eu não era uma filha exemplar.

Quando eu tinha 4 anos, lembro de ter arrancado a cabeça da boneca de minha colega no jardim de infância. E quando eu tinha 7 anos, lembro de ter queimado os cabelos de outra colega minha. A coitadinha foi parar no hospital, e eu fiquei rindo da cara dela. Não é porque eu seja má, mas é que eu simplesmente ODEIO coisinhas muito rosinha e frufru, prefiro preto, roxo ou azul ou até um rosa pink bem forte, mas no máximo isso. E o cabelo da garotinha era igual ao da boneca Barbie, e com lacinhos e fitinhas e blá blá blá. E claro, aos 13 anos eu roubei um carro. E depois eu o derrubei de um barranco. E eu só fiz isso para tentar chamar a atenção de minha querida mamãe, que só se importava com seus projetos de arquitetura e nem tinha tempo para mim.

E o pior de tudo, aos 15 anos, antes de eu ir para o acampamento. Novamente eu queria chamar a atenção de mamãe, mas, como ela ainda nem sabia da minha existência, eu coloquei fogo na minha escola. Não sei porquê, mas eu tenho uma adoração por fogo. É tão bom ver as coisas queimarem, ou melhor, as pessoas queimarem!

Podem até achar que eu sou uma psicótica que devia ir para algum internato, mas eu não sou. E se bem que eu colocaria fogo no internato também e sairia de lá correndo.

Mas, voltando à realidade atual, agora sim tínhamos chegado na ilha. Tinha uma placa que dizia o nome da tal ilha, mas a minha dislexia me impedia de ler. Eu apenas enxergava algo como LIHA ED LAACTNRAA. E isso não parecia certo.

– Gente, alguém consegue entender o que está escrito ali? – Perguntei, apontando para a placa.

– Ilha de Alcântara. Não me pergunte como eu consegui ler. – Falou Isabella, parando ao meu lado.

– É agora que descemos, não é? – Perguntei, um pouco assustada. Eu não sou dessas que expressa medo, mas agora, vendo aquela ilha... Me dava calafrios.

A ilha em si continha coqueiros, pinheiros e outras árvores não conhecidas por mim, mas as árvores estavam queimando. Eu meio que gostei disso, mas o que me assustava eram as partes de aviões caídos e também partes e restos de navios – aparentemente – naufragados.

– Sim. Quem será o primeiro? – Disse Isabella, olhando para os garotos.

– Ok, eu vou. – Disse Bae, com seu tom tentando soar como aventureiro. Mas a mim ele não enganava. Podia ser uma coisa louca, mas eu meio que conseguia ver os sentimentos das pessoas só pelo seu olhar. E estava mais do que na cara que Bae também estava com medo.

– Bae, espere, vou com você. – Falei, descendo do navio junto a ele.

Qualquer humano normal diria: Nossa, uma adolescente de 16 anos com apenas uma espada de bronze celestial e uma aljava com flechas sai assim, sem nenhuma armadura, para lutar com monstros? Isso é loucura e suicídio!

Mas eu penso diferente. Vestes simples, algumas armas e nenhuma armadura para lutar contra monstros é até normal para qualquer meio – sangue. E além do mais, eu não tenho medo da morte.

– Não vejo nenhum monstro – Disse eu, olhando para todos os lados com minha espada – Harpe - já a postos. Mas, como sempre, a sorte não estava a meu favor. Quando percebi, um monstro surgiu.

Ótimo – pensei – É só eu falar algo bom que o ruim aparece.

E o pior? Vejamos bem, o monstro é uma Hidra. Sabe, aqueles monstros de nove cabeças cujo até o bafo é venenoso. E o pior de tudo é que, se você corta uma de suas cabeças, mais duas surgem no lugar.

– Ok Lucy, você sabe como matar essa coisa? – Bae perguntou, e eu ainda fitava o monstro.

Este monstro foi criado por Hera para matar Hércules. Mas como Hércules a havia matado?

Então eu me lembrei. Hércules molhou sua lança com o veneno da própria Hidra, deixando sua lança envenenada. Então ele – literalmente – envenenou o monstro com o próprio veneno.

– Temos que a envenenar com seu próprio veneno. Assim como Hércules o fez. – Respondi a Bae.

Eu não havia percebido, mas todos os outros tripulantes do navio continuavam só nos olhando, como se dissessem “Comecem logo essa luta!”. Bando de covardes.

– Bae, vai pela esquerda e eu a distraio, quando puder você enfia essa sua espada nela, ok? – Disse eu, olhando para a espada de prata divina que Bae segurava.

– Ok, mas vê se não se mata. – Bae disse, e logo foi pela a esquerda, contornando um pedaço da areia. Detalhe: Sim, ainda estávamos na praia.

Desta vez – pensei -, tudo vai dar certo.

Ou não. Como sempre, sorte é o que eu não tenho e nunca vou ter.

– Oh – ou. – Disse eu, ao perceber o que estava acontecendo.

Simplesmente vi mais dúzias – sim, dúzias - de Hidras chegando, cercando Bae e eu. Nos vimos encurralados. As Hidras estavam em um meio – círculo, e atrás de Bae e mim estava o navio. Droga, como iriamos vencer todas estas Hidras?

– Reforços, precisamos de reforços. – Disse eu. – EU FALEI QUE PRECISAMOS DE REFORÇOS! – Gritei para o navio.

Quase que imediatamente pessoas saltaram do navio. Anna Collins, Clarisse La Rue, Erika Campbell, Alex Jones, Angeline Tessaler e Aquamarine White Black – ou, melhor, Marine.

– Já sabem o plano, não?

– Matar o monstro com seu próprio veneno? Ah sim – Disse Clarisse, com sua lança elétrica em suas mãos e um olhar de psicopata.

Então começamos a lutar. Fui em direção à primeira Hidra que vi, mas me esqueci daquele pequeno detalhe de que elas soltam fogo. E, infelizmente, meus amigos também perceberam aquilo tarde demais. Como em sincronia, as Hidras abriram suas “pequenas” grandes bocas e o fogo saiu, atingindo tudo o que estava por sua frente – inclusive meus amigos.

Naquela hora, algo tomou conta de mim. E não era só raiva. Ninguém, repito, NINGUÉM mexe com meus amigos!

O fogo tomava meus olhos. Não o fogo das Hidras, mas sim o fogo do ódio que ardia dentro de mim. Sem pensar em nada, fechei meus olhos. Será que pela primeira vez aquilo iria funcionar?

Eu achei que eu fosse explodir. Mas foi o contrário. Senti algo – não sei detalhar o quê.

Abri meus olhos novamente. Tudo parecia rodar em câmera lenta. Pequenas explosões das Hidras estavam acontecendo – aquelas dúzias de dragões com nove cabeças haviam se desintegrado em uma poeira... Rosa? Que eu soubesse, quando os monstros se desintegravam eles viravam poeira dourada.

E, quando eu olhei para meus amigos, eles estavam perfeitamente – e magicamente – bem. E bem é pouco! Pareciam mais revigorados que nunca. Alguns estavam cobertos de areia e outros totalmente ensopados, mas estavam bem.

– Lucy... Que diabos você fez? – Anna perguntou, me olhando com cara de confusa.

– É, eu também gostaria de saber – Concordou Clarisse, se levantando da areia.

Droga. Agora eu seria obrigada a contar meu segredo.

– Que tal se fizermos uma fogueira e então eu conto – lhes o que aconteceu? – Sugeri, tentando dar um sorriso de canto, mas saiu mais um sorriso como “Que merda, eu me ferrei”.

Todos ajudaram a pegar suprimentos do navio para levar até a praia, como cobertores, travesseiros e sacos de dormir enquanto eu fazia a fogueira.

Depois de tudo arrumado, o interrogatório a mim começou, mas Piper falou para todos calarem suas bocas, e, como sempre, os “cachorrinhos de estimação” da madame pararam de falar.

– Agora sim, Lucy, conte – nos: Como fez aquilo antes? Eu posso não ter estado na luta, mas vi muito bem o que aconteceu. – Disse Piper, A covarde.

– Então... O Quíron já sabia, mas nós dois preferimos guardar segredos porque... Bom, era o melhor para todos, até porque eu nunca –

– Desembucha logo, Lucinda! – Disse Anna, aparentemente se matando de curiosidade.

– É que... Aquilo tudo foi por algo que eu escondo. Não que eu seja estranha e tal, nem que eu seja algum tipo de monstro, mas é que... Bem, eu não sou uma simples meio – sangue. Eu sou... Eu sou... Eu sou filha de Ares e Afrodite. Sou a primeira filha de dois deuses do Acampamento Meio – Sangue.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Espero que tenham gostado! E desculpem se ele ficou desse tamanho, é que eu queria chegar em um ponto da história, e eu fui emendando, emendando e emendando até que ficou assim!
Acho que é isso, talvez eu poste outro hoje - mas não prometo nada. Se não, é só amanhã.
Bjooos e uma dose de flor de lótus para vocês!