Prim na 74º Edição dos Jogos Vorazes escrita por Anne Atten


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, mais um capítulo hoje.
Sei que tem gente que fica falando pra eu postar tudo de uma vez, mas não dá, preciso dos comentários antes de postar, se não fica muitaaaaaaaa coisa.
Boa leitura.



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Quando chego na cobertura, Effie me despacha para o meu quarto, dizendo que fui muito mal comportada ao ir ao centro de treinamento antes da hora e que eles tinha recebido reclamações.
Peeta tomou inciativas de falar comigo, mas simplesmente o ignorei.
Os carreiristas provavelmente me caçarão agora que viram que eu tenho um potencial e eu me mantive firme o dia todo, como se nada estivesse acontecendo comigo além do fato de eu estar indo para os jogos.
Abro a porta do meu quarto e a bato em seguida.Depois me jogo de cara na cama e começo a chorar.Despenco por completo, me mantive durona o dia inteiro, tentei fazer Peeta ter aliados e depois ele fez isso comigo, me enganou...mentiroso.Agora não terei aliados.
Não quero tocar na comida, por mais que esteja com fome.A Avox levou um prato cheio de macarrão e um refrigerante que parece ótimo, mas não quero nada da Capital.No máximo pão e água.
Cinna bate na porta do meu quarto.Ah, quase tinha esquecido de comentar, daqui três dias serão as entrevistas.
–Não vai mesmo comer nada? - pergunta ele preocupado.
Posso odiar a Capital, mas não o odeio.Gosto de Cinna e além de tudo, ele não se veste como as outras pessoas, daquele jeito exagerado.
Faço que não com a cabeça.
Cinna pega a bandeja e coloca na cama.
–É melhor comer alguma coisa, não vai querer ir fraca pros Jogos. - fala ele tentando me animar. -Pelo menos bebe isso.
Ele vira o liquido num copo e eu dou uma gole.
–Vamos, Prim!Não pode ficar assim.Pelo menos tente voltar pra casa.Sua irmã e sua mãe vão gostar de ver você saudável e tentando sobreviver.
Respiro profundamente.Não vou comer aquilo.
–Olha, seja lá o que aconteceu, você não pode ficar assim.Você me considera um amigo? - faço que sim com a cabeça. -Então como isso por mim, por seu amigo, e não encare isso como uma coisa da Capital e sim uma coisa minha.
Não terei escapatória, ele não sairá de lá até eu comer.Dou uma garfada no macarrão e empurro a comida.
–Mais tarde eu como. - digo quase sem voz.
–Ok, mas coma pelo menos um pouquinho. - fala Cinna. -Agora, a entrevista.Testaremos você para falar bem e conseguir bons patrocinadores.
Faço uma careta.
–E vamos treinar você o dia todo para isso.Sei bem que as pessoas do seu distrito gostam de você.
–É, só que eles não são sedentos de sangue como esse povo aí.
Cinna ri.
–Tudo bem, mas você terá que agradá-los.Tentaremos várias opções e acho que você se sairá bem.Sendo uma das mais novas, eles vão te adorar.Se for doce do jeito que eu sei que é, você ganhará o público.Ser engraçada também vai ajudar.
–Hum...temos três dias para pensar nisso. - falo franzindo a testa.Se faltam três dias para a entrevista...restam somente quatro dias antes que eu vá para os jogos vorazes.
Arregalo os olhos.
–Está tudo bem? - pergunta Cinna.
–Quatro...dias... - digo sem concluir a frase.Não consigo acreditar que isso está mesmo acontecendo.
Cinna coloca uma mão no meu ombro.
–Hey, você vai conseguir.Estou apostando em você, pode crer.Você ir ao centro de treinamento antes de ele abrir é sinal de que você tem capacidade.Se você tem essa insistência em não desistir fácil, você vai conseguir.
–Obrigada...eu preciso ficar um tempo sozinha, será que se importa?
–Tudo bem então, boa noite Prim.
Ele sai e me cubro com as cobertas até a cabeça.
Vou ter que revisar meu plano anterior, aquele que eu ia ficar me escondendo.Seria bem mais fácil, porque teria os carreiristas e eu não precisaria matar.Ou talvez sim.Mas não tinha pensado nisso.

Acordo no meio da noite e não consigo ficar parada.Vou dar uma voltinha no nosso 'apartamento'.
É bem gigante.Passo pela cozinha, mas está vazia, assim como o resto dos cômodos.Mas então eu vou na sala de televisão e me deparo com uma Avox.A roupa dela é tão bizarra e estava tudo tão quieto e deserto, que cubro as mãos para não soltar um grito.
Subo duas escadinhas para voltar na direção do meu quarto.Então lá está a porta entreaberta.Sem pensar duas vezes, abro a porta silenciosamente.
Aperto um botão do elevador, ele ainda está funcionando, provavelmente nunca pesaram que alguém seria louco de fazer o que estou tentando.
A porta do elevador está fechando.Vou fugir, encontrarei uma porta e sairei correndo.Não penso em nada que possa dar errado, apenas no fato de que vou fugir.A porta se fecha, estou descendo, mas então a porta se abre e alguém me puxa.
–O que você pensa que está fazendo? - a luz do corredor me permite ver que é Rue.
–Ia dar um passeio noturno. - minto, mas ela percebe.
–Aham, um passeio noturno...Eu sei que você ia tentar fugir.Acha que ninguém aqui já tentou?Mas não adianta você tentar, seria em vão.Você desceria e se depararia na frente de vários guardas e poderia acontecer o pior com você. - disse Rue.
–É, mas você deve querer ter menos um concorrente, certo?Então me deixe tentar fugir!Não fará mal algum a você.
–Eu também não quero matar ninguém, se ainda não percebeu.E vi que você também não quer e... - ela olhou para os dois lados. -Se alguém nos escutar, estamos fritas.
Ela me puxa pro apartamento do 11.É bonito como o meu.
–Não tem ninguém acordado, não se preocupe. - ela me assegura.
–Como saiu então?
–Porta entreaberta... - ao ver minha expressão ela parece ter uma surpresa. -A sua também?
Assinto.
–Deve ser alguma reunião dos mentores, sei lá.Se tiver mesmo isso. - digo pouco confiante. -Mas o que ia me dizer?
Ela olha pros lados mais uma vez.
–Que as vezes alguém acaba deixando a sacada aberta.Se tiver que tentar, tente por lá.Acho que teria mais chances.Se bem que podem haver campos de força...teste antes de tentar.
–Obrigada.
–Sabe, eu não quero mesmo te matar. - ouvimos um barulho. -É melhor você ir pelas escadas, se não vão te ouvir.E ah, sua irmã é muito corajosa, sinto muito pelo o que aconteceu com ela.
–Está tudo bem...
–Bom, agora vá, boa sorte Prim, juízo.
Subo na ponta dos pés a escada, de tanto medo de alguém me pegar.Aonde eu estava com a cabeça quando tive essa ideia?
Por sorte, quem quer que tenha saído, ainda não havia retornado.
Deixo a porta do jeito que estava e vou para o meu quarto o mais silenciosamente possível.
Penso em contar para Peeta o que Rue me falou, mas então me lembro que ele não quer mais estar no mesmo time que eu.

Hoje é o último dia de treinamento antes das apresentações individuais.
Durante o café da manhã não falei com Peeta, será melhor assim.
Haymitch decidiu ficar se lixando para nós dois, e voltou a beber feito um louco.Espero que no jantar ele já esteja em seu estado normal, porque preciso de ajuda para a apresentação, por mais que não goste muito dele, ele continua sendo meu mentor.
Não sou doida de falar que sai durante a noite, como apenas um pão.
Effie desce com nós dois, acho que ela está meio nervosa agora que os Jogos estão chegando mais perto.
Não faço esforço para me aparecer para os carreiristas, eles são nojentos.
Noto na garota ruiva que apelidei de FoxFace, ela é muito esperta e ágil.Não tinha reparado nela, ela é tão quieta.Acho que se sairá bem nos jogos.
De repente fico pensando na possibilidade de cada um que está ali em ganhar os jogos.
Faço um compromisso na minha cabeça de não morrer no banho de sangue.
Treino o arco, me sinto mais confiante nele agora.É a habilidade da Katniss.Pode parecer bobeira, mas me sinto melhor praticando nele, fazendo alguma coisa que tenho certeza que ela faria se estivesse na minhas situação.
Almoçamos, mais uma vez, só como um pão.Já me sinto mais fraca do que antes, mas me recuso a colocar qualquer coisa na boca.
Decido treinar mais uma vez a escalada, sei que já aprendi tudo que poderia ter aprendido sobre facas e lanças.
Este foi meu erro, parar de comer e tentar escalar.Quando estou na metade, a rede começa a balançar perigosamente, minha visão fica turva.Aguento até a corda para descida, então desmaio.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?Com 3 reviews continuo!



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