A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 40
XVIII. Atando as pontas soltas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais um capítulo e já aviso para separarem os lencinhos ;)



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XVIII. Atando as pontas soltas

Ali estava ela há poucos centímetros de encostar os lábios rosados no líquido viscoso que escorria pela palma de Shu. O ancião podia escutar o rápido martelar do coração da princesa. A íris avermelhada dele parecia ter vida própria, parecia se mexer como uma mistura constante e lenta, brilhava como nunca. Mal conseguia controlar os músculos faciais que repuxavam um sorriso de satisfação. Porém o sentimento rapidamente acabou, pois Anita ergueu seu olhar diretamente nos dele.

Shu estremeceu de medo, um sentimento que há muito tempo não tinha.

– Acha realmente que eu cometeria o mesmo erro do passado? Eu sei como uma mente envenenada funciona. Não cairei nesta vida novamente. – seu tom era baixo e perigoso.

Com um rosnado furioso Anna agarrou o braço de Shu, o mesmo que ele lhe estendia, e o arremessou em direção as arvores. Os troncos quebraram-se com o impacto e logo a princesa corria para atacá-lo novamente.

– Não faça isso! – pediu o ancião tentando erguer-se do chão.

A morena parou sua investida e o observou enojada.

– Como pode esquecer-se de sua família? Sua irmã era...

– Eu não tenho irmã! Pelo menos não nesta vida. E minha irmã da vida passada está morta. Ela colheu o que plantou. Infelizmente eu fui a responsável por ensiná-la o que semear. Se um dia ela renascer, assim como eu, assim como Louis, ela terá a chance de viver sua vida, terá a chance de encontrar um companheiro e construir sua própria família. Mas ela só terá a chance de ser feliz se o mundo não estiver tomado pelo caos. E eu não serei a responsável por trazê-lo novamente! – as palavras jorraram de sua boca, seu coração tamborilava em seu peito com força enquanto sentia os arrependimentos do passado rasgar-lhe a alma.

Shu não conseguia compreender a recusa da princesa e ao perceber a dor nos olhos dela voltou a tentar persuadi-la.

– Você pode esquecer-se de toda essa dor...

– Calado! – rosnou ela estendendo sua mão direita e lhe lançando uma poderosa carga de energia.

O ancião sentiu como se estivesse sendo pisoteado. Gemeu de dor e medo, por um momento imaginou que aquele seria seu fim. Não gostou nada da ideia de acabar daquela maneira.

– Deixe de besteira men...

– Eu já disse para ficar calado! – e o atacou novamente.

Shu se encolheu tentando se proteger dos ataques.

– Você é patético. – murmurou Anna caminhando até seu oponente. – Eu o levarei até papai, ele tomará a atitude que deve ser tomada.

Inesperadamente Shu soltou uma risada doentia. Ainda encolhido apenas ergueu sua cabeça em direção à morena.

– Você não tem coragem de acabar comigo. – sua risada arrepiou os pelos da nuca da princesa. – É uma elementar agora, não precisa de permissão para matar. Você apenas mata.

Anna franziu o cenho com as palavras do ancião.

– As coisas não são assim.

– Sim, elas são. E você sabe disso.

Os olhos vermelhos brilhavam enlouquecidos cravados em Anita. Aquilo incomodou a jovem mais do que poderia admitir. Todavia logo engoliu o amargo em sua boca e caminhou até Shu. Abaixou-se para agarrá-lo e levá-lo de volta para a cidade, porém não teve tempo, pois foi lançada para longe com o impacto de um corpo sobre o seu.

Sentiu o punho em seu rosto e o gosto de seu próprio sangue. Cuspiu desnorteada, mas logo tinha o novo adversário em sua mira.

Livre de qualquer sentimento que envolvia o passado concentrou-se na luta golpeando o jovem Bryce de modo que ele não conseguia acompanhar os movimentos. Em poucos minutos ele já estava ao chão, completamente desacordado.

Anna voltou-se para o local onde estava Shu, mas nada avistou.

– Covarde. – murmurou desgostosa, neste momento escutou o som de passos em sua direção.

Suspirou aliviada quando avistou seu companheiro. Deixou que seus olhos voltassem a cor castanha antes de abrir um sorriso terno.

– Anita!

Louis rapidamente chegou a sua amada e a abraçou com força.

– Eu estava preocupado.

– Estou bem. – tranquilizou Anna com um leve sorriso nos lábios ensanguentados.

O justiceiro afastou-se o suficiente para segurar-lhe o rosto entre as mãos.

– Você está machucada.

– Nada muito grave. Como estão as coisas na cidade?

– Resolvidas. Mas algo estranho aconteceu. Você já ouviu falar dos filhos da Lua?

A morena arregalou seus olhos.

– Eles não estão extintos?

– Ao que parece não. Dois deles atacaram seus pais após tudo em relação aos rebeldes ter acabado.

– Eles estão bem?!

– Sim. Só um pouco assustados.

– Então vamos logo. – apressou-se a segurar a mão de seu amado e caminhar até o desacordado revolucionário. – Temos que levá-lo para a Guarda Real.

Louis franziu o cenho.

– Eu pensei que você tinha vindo atrás de Shu.

– Você se refere ao ancião de olhos vermelhos?

– Sim, você o viu?

Anna assentiu torcendo levemente os lábios.

– Temos muito que conversar sobre ele. Ele sabia sobre nós, sobre o nosso passado.

– Como?

– Não sei exatamente, mas ele tentou arduamente me convencer a beber sangue semelhante.

– Como se você fosse cair no mesmo erro. – desdenhou Louis revirando seus olhos.

A princesa sentiu seu peito aquecer.

– Você tem tanta confiança em mim. – murmurou emocionada.

O guerreiro a olhou com surpresa.

– E porque não teria? – sorriu amoroso aproximando seu nariz do dela, seus olhos nunca desconectando dos orbes castanhos. – Eu conheço sua alma, minha Anita, sempre conheci. – sussurrou antes de beijá-la.

Foram menos de vinte e quatro horas, mas parecia tanto tempo desde a última vez que trocaram um carinho. Tudo a volta do casal estava uma confusão. Rebeldes, olhos vermelhos, filhos da lua. Um novo problema parecia aparecer antes mesmo de resolverem o anterior. Então aproveitariam cada pequeno momento de calmaria.

Infelizmente os momentos de calmaria eram curtos e eles tiveram que se afastar quando escutaram o gemido vindo de Bryce.

Louis logo o tinha preso e o arrastava de volta a cidade. Anna sempre ao lado do companheiro. Fizeram todo o caminho até o Posto de Comando em silêncio. Evitaram passar pela praça, não queriam criar mais comoção do que já fora criada.

Deixaram Bryce junto a Nereu antes de retornarem para o castelo. Louis ainda estava preocupado com tudo o que escutou do Senhor do Destino. Anna estava preocupada com a fuga de Shu.

Porém assim que pisaram na sala principal do castelo suas preocupações pessoas sumiram para darem espaço para uma ainda maior.

Lá estavam Mathias o Chefe da Guarda Real, Theodore o Chefe das Comunicações, Samuel líder dos Defensores da Vida, Rita Chefe do Comércio, Gaea Chefe das Instruções, Naia Chefe das Reabilitações e Kai Chefe do Desenvolvimento. Basicamente todos os responsáveis pelos ministérios da Lua, sem contar os amigos da família Isaac, Ulisses, Maximiliano e Aurora.

Assim que o casal adentrou o grupo se movimento para reverenciar a princesa, então silenciosamente retornaram aos seus lugares, alguns estavam sentados no sofá, outros em pé, mas todos possuíam o mesmo semblante apreensivo.

– O que está acontecendo? – perguntou Anita apertando firmemente a mão de seu companheiro.

Quase todos naquela sala eram representantes de algum departamento, porém nenhum tomou a frente para falar, apenas encolheram-se sem saber o que dizer. Os mais experientes suspeitavam do assunto importante que fez rei Argos convocar todos eles tão apressadamente, mas recusavam-se a acreditar naquela perturbadora hipótese.

Antes que a princesa pudesse repetir sua pergunta Asuka desceu as escadas de maneira barulhenta e desajeitada. Segurava uma bandeja vazia contra o peito enquanto tentava conter as lágrimas. Com a voz esganiçada voltou-se para Ulisses.

– Rei Argos e rainha Isis requerem sua presença, senhor Ulisses. – sussurrou trêmula antes de correr para a cozinha.

Estava tão transtornada que se esqueceu pela primeira vez a reverenciar sua querida princesa. Ulisses não precisou de mais nenhuma palavra, apenas seguiu a ordem e como raio subiu as escadas.

Com olhos arregalados e completamente assustada Anna tentou seguir atrás da amável cozinheira, porém Aurora entrou em seu caminho.

– Acho que é melhor aguardar o chamado de seus pais, querida.

– O que está acontecendo Aurora? – perguntou Louis apoiando suas mãos nos ombros de sua companheira. – Quando fui atrás de Anita tudo estava se encaminhando. Apareceu mais algum Filho da Lua?

– Não Lou. – quem respondeu foi Máx. – Assim que você saiu rei Argos mandou tio Isaac trazer todos nós para o castelo. Estamos tão no escuro quanto vocês.

O filho dos justos retornou seu olhar para cada um naquela sala. Conhecia Mathias, Theodore e Samuel, mas os outros quatro ainda não tinham cruzado seu caminho. Observou curiosamente as vestimentas de cada um e logo notou que todos possuíam um cargo importante no governo Lunar. Os broches, cada um diferente do outro, que traziam orgulhosamente no lado esquerdo de seus peitos davam esta dica. Principalmente por cada um dos adornos possuírem uma pedra brilhante da cor amarela, a cor da família dos perseverantes.

Sentindo um arrepio subir por sua espinha Louis apertou levemente os ombros de Anna e sussurrou em seu ouvido.

– Acho que seus pais demorarão a nos chamar, o que acha de trocarmos de roupa? Um banho cairia bem, não acha?

Não havia malicia em sua voz, mas Max que estava perto o suficiente para escutar e era indiscreto o suficiente para manter-se calado sorriu, pela primeira vez na última hora, e falou alto suficiente para constranger o casal.

– Vocês realmente acham uma boa ideia com tanta gente podendo escutá-los em um momento inti...

– Calado Max! – grunhiu Louis sentindo o calor subir pelo seu pescoço.

O loiro apenas ergueu seus braços em sinal de paz, mas o riso ainda estava em seus lábios.

– Aurora, corte a língua de seu companheiro, por favor. – pediu o mais novo antes de puxar uma princesa muito constrangida em direção às escadas.

A curandeira bufou antes de dar um leve soco no estômago de Maximiliano.

– Pode deixar que o farei.

***

A rainha apertava firmemente a mão de seu companheiro enquanto aguardava Ulisses examiná-lo. Argos estava sentado na beira de sua cama e vestia apenas sua calça, sua vestimenta superior estava jogada ao chão, a cor escura havia impedido qualquer um de notar o ferimento do soberano.

Estranhamente o rei estava calmo. Olhava com amor para o rosto delicado e preocupado de sua Isis, porém seus pensamentos estavam calmos. Precisava fazer tudo o que tinha que fazer antes que sua mente começasse a sofrer os efeitos do veneno, já sentia certa sonolência e teve que tomar um chá revigorante para manter-se acordado.

– Eu... Eu realmente não sei o que dizer Argos. – murmurou Ulisses tristemente. – Eu queria ter a solução para isso, mas...

– Ela ainda não existe. – completou o rei. – Eu entendo meu amigo, quando notamos a ferida já sabíamos disso.

– Ulisses, não se apavore com o que vou lhe pedir, mas eu não ficarei em paz se não o fizer...

Sem deixá-la terminar suas palavras o homem de gentis olhos âmbar segurou as mãos entrelaçadas de seus amigos e afirmou olhando diretamente para Isis.

– Eu farei todo o possível para encontrar uma cura. Eu juro que vou. Não posso prometer que obterei sucesso, mas eu prometo não desistir.

Os soberanos o olharam com emoção. Ulisses era muito mais do que um amigo, era um irmão de coração.

– Eu tenho certeza que irá. – concluiu Argos limpando uma lagrima que lhe escapou sorrateiramente.

– Permitam que eu envolva a equipe de pesquisadores, sei que talvez não queiram o clamor do povo num momento difícil como esse, mas quanto mais ajuda maior a chance de encontrarmos finalmente uma esperança.

– Está tudo bem, você pode contar a quem quiser. Não manteremos isso em segredo. Não achamos que seria possível. – tranquilizou Isis.

Argos suspirou.

– Quero mais algo Ulisses.

– Claro!

– Se eu não... – engoliu em seco. – Se eu não conseguir, quero que apoie Anna e Louis. Eles são tudo o que o povo precisa, mas são jovens e sei que ficarão assustados em assumir tamanha responsabilidade. Eles precisarão de todo o apoio possível. Principalmente para guiá-los e explicar-lhes todas as medidas que tomamos no início do reinado. Você principalmente foi aquele que sempre esteve conosco e sempre nos trouxe bons conselhos. Quero que represente para eles o mesmo que representa para nós.

Ulisses sorriu tristemente.

– Você não precisava me pedir isso. – sussurrou.

– Eu sei meu amigo, eu sei.

– Foi para isso que chamou todos os comandantes.

– Também... Nos próximos dias eu serei incapaz de dar qualquer ordem e tenho certeza que minha família também estará perturbada. Então pedirei a liderança de cada um ainda mais acentuada do que em todo o meu reinado. Pedirei que ajudem a manter o reino em paz enquanto esse parasita tenta tomar meu corpo. E se algo de extrema urgência acontecer é a Louis que eles devem recorrer, é ao futuro rei.

O curandeiro assentiu para as palavras do amigo e então abraçou o casal antes de se despedir. Quando chegou a sala orientou que os Chefes de Ministérios subissem até os aposentos reais e assim rei Argos pode orientar e se despedir de seus amigos e conselheiros.

Após muita emoção e demonstrações de lealdade foi à vez de Isaac, Maximiliano e Aurora subissem ao quarto principal. O rei, agora, estava sentado sobre a cama com seu tronco apoiado em vários travesseiros. Naquelas poucas horas que se passaram ele já começava a apresentar os primeiros sintomas dos filhos da Lua. Com a respiração pesada e ofegante as gotículas de suor causadas pela febre crescente começavam a se acumular na testa de Argos.

Não foi preciso explicar aos três anciões o que estava acontecendo. Eles conheciam muito bem aquela doença.

E pela terceira vez naquela noite ele pediu que ajudassem os próximos soberanos. Sabia que eles, mais do que ninguém, seriam de grande ajuda. Não apenas pelo amor fraternal que sentiam pelo casal, mas também pela lealdade e sinceridade.

– Isaac... Sei que fui duro com você nos últimos meses, me perdoe por isso. Descontei em você minhas frustrações e falta de controle. Mas eu deveria ter enxergado antes o quão leal você é. Sempre foi leal a nós e é ainda mais leal a minha filha. Sei também que Louis tem grande apresso por você. Então não abaixe a cabeça para o garoto assim como a abaixa para mim. Faça valer sua experiência e não fuja do governo como os outros anciões fogem, se isolando em vilarejos longínquos e vivendo como se nada mais importasse a eles.

– Eu prometo, meu rei. – reverenciou-lhe com os olhos nadando em lágrimas.

– O mesmo eu peço a vocês. – olhou para Aurora e Maximiliano. – Você, Aurora, tem a característica dos elementares puros muito mais forte do que pode perceber, você não apenas segue a linha de sua família, você segue a linha das sete família. Todos nós descendentes elementares deveríamos seguir seu exemplo. Mantenha Anita e Louis na linha.

A curandeira mordeu seus lábios para segurar a emoção e assentiu.

– E você Max... – sorriu o rei. – Os tire da linha, por favor.

Maximiliano não pode evitar gargalhar. Algumas lágrimas lhe escaparam. Também estava emocionado, mas recusava-se a deixar a tristeza entrar em seu coração, se a deixasse antigas memórias se apoderariam de sua alma e o derrubariam. Tinha medo de não conseguir mais se levantar.

– Agora, quero vão até o escritório e tragam os pergaminhos que estão dentro da terceira gaveta de minha mesa. Isaac, chame minha filha e Louis, por favor.

Na próxima hora Isis tentava acalmar o pranto de sua filha que se agarrava ao pai com desespero. Argos alisava os longos cabelos negros de sua menina enquanto olhava fixamente para o rosto magoado de seu genro.

– Vocês estão desistindo! – acusou o jovem nervosamente. – Porque estão desistindo? Vocês são da família dos perseverantes! Não deveriam desistir. – passou as mãos em seus próprios cabelos, estava à beira da histeria. – Eu posso ter as memórias do meu tio, mas eu não tenho nem meio século. E Anita acabou de chegar a maior idade. Nós não estamos prontos... Nós...

– Louis... – sussurrou Isis com carinho. – Respire fundo querido.

Ele seguiu o conselho da rainha com dificuldade. Parecia haver uma bola em sua garganta. Seu peito estava agitado, mas ele sabia que não se tratava de um desequilíbrio exterior e sim dele próprio. Estava apavorado. Enquanto tudo o que acontecia a sua volta se devia ao passado ele conseguia lidar com coragem e equilíbrio, afinal era algo que ele conhecia e ele sabia lidar com o conhecido. Contudo o futuro... O futuro era assustador.

– Nós não estamos desistindo. – a voz de Argos soava incrivelmente firme apesar da sua notória dificuldade em manter uma respiração tranquila. – Ulisses fará tudo ao seu alcance para encontrar uma cura, Aurora também ofereceu-se para ajudar. Eles farão de tudo. Sei que vão. E será... Maravilhoso se eles conseguirem, mas não posso ser leviano Louis. Tenho que pensar no pior, mesmo que deseje com todo o meu coração que o pior não aconteça.

Beijou o topo da cabeça de sua filha que começava a se acalmar e sorriu levemente.

– Sei que são jovens, mas acredite isso não faz muita diferença. Assumir a realeza é assustador com 30 anos ou 30 milênios. Lembro-me que minha única preocupação era salva Isis das garras de seu pai ditador, porém quando consegui e de repente me vi com uma coroa prateada na cabeça eu simplesmente não sabia o que fazer. Foram amigos como Ulisses e Theodore que me ajudaram a assumir esta imensa responsabilidade.

– Eu não quero que o senhor morra papai. – choramingou Anna partindo o coração dos três presentes.

– Eu também não quero ir minha querida. E rezo para que eu não vá.

Agoniado Louis sentou-se na beirada da cama, ao lado de sua companheira que rapidamente lhe estendeu a mão em um pedido de apoio mudo.

– Eu gostaria que as circunstâncias fossem diferentes. – sussurrou Argos sentindo seus olhos pesarem.

Lutou contra a letargia para conseguir completar seus pensamentos.

– Me desculpem.

Anna voltou a chorar silenciosamente. Louis apertou seus dentes tentando manter-se forte. Isis levantou-se e molhou uma toalha. Então voltou a sentar ao lado de seu companheiro colocando a toalha na testa dele que não conseguiu mais lutar contra a sonolência.

Com o olhar terno no rosto de seu companheiro Isis rezou com todas as suas forças para que ela conseguisse suportar os próximos dias.


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Notas finais do capítulo

Aiii gente, reta final D: Mais dois capítulos e então epílogo.



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