A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 34
XII. Justiça e equilíbrio


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um capítulo para vocês. Espero que gostem!



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XII. Justiça e equilíbrio

Sentado sobre a escadaria da entrada principal do castelo estava rei Argos. Seus olhos castanhos captavam toda a bela paisagem a sua frente. O longo caminho de pedras que levava até o grande portão de entrada era rodeado pela grama. Lá avistou dois guerreiros da Guarda Real em seus postos. A além das grades de proteção, que contornavam o castelo em seus ostensivos três metros de altura, podia avistar o movimento na cidade a volta. Seu povo.

Lá estavam pessoas caminhando de um lado para o outro seja simplesmente passeando seja cumprindo alguma função de seu trabalho. Forçou a vista a sua esquerda e sorriu ao ver as crianças correndo pela praça principal. Deixou que seus aguçados ouvidos captassem o barulho delas brincando e as gargalhadas infantis trouxeram paz ao seu coração.

O que aconteceu com o bom humor ao qual era conhecido? Será que mudou tanto assim nos dois milênios como rei da Lua? Costuma lidar bem com ameaças e criminosos, era severo, mas não deixava que palavras ou ações afetassem seu humor. Todavia nos últimos anos seu coração parecia agonizar, seu corpo parecia cansado, a graça que via nas ações patéticas de malfeitores não estava mais lá.

Sentiu o toque suave de sua companheira em seu ombro e suspirou ao voltar de seus pensamentos. Isis sentou-se ao lado de Argos e encostou sua cabeça no ombro do rei.

– Você está bem?

– Eu mudei?

A rainha franziu o cenho e sentou-se ereta para fitar o rosto cansado de seu amado.

– Em que sentido pergunta?

– Em todos. Em como eu agia quando acabara de assumir o reino e como ajo agora. Em como governava e como governo agora. Em como te tratava quando nos conhecemos e como a trato agora...

– Eu não preciso responder essa pergunta, você já sabe a resposta.

Rei Argos quase gemeu em tristeza.

– Como isso aconteceu?

– Anita nasceu.

– Minha filha me mudou? – bufou incrédulo.

– Ela mudou sua visão de mundo. Você sempre foi destemido. – sorriu acariciando a bochecha de Argos. – Seu modo de falar e pensar sem temer represálias, o jeito como lutava pelas ideias as quais acreditava... Tudo isso foi o que mais me chamou a atenção quando nos conhecemos. Você foi a inspiração que eu precisava para me tornar mais corajosa e enfrentar meu pai. – suspirou. – Mas assim que fiquei grávida suas ações mudaram. Você ficou mais cauteloso em relação ao que falava, em relação as suas ordens, em relação a tudo, pois seu extinto paterno não podia suportar o menor perigo para sua cria. Eu não condeno sua mudança meu amor, mas talvez tenha exagerado um pouquinho. Nossa filha nunca foi e nunca será feita de cristal.

– Eu vejo isso agora. Esse... Olhar ancestral que ela apresenta faz-me sentir como a criança e não como o pai naturalmente mais sábio. Eu posso sentir seu poder em minha espinha e é tão grande que me assusta e faz-me sentir sem razão em sua vida. E agora...

– Que Louis apareceu. – completou Isis soltando um leve riso. – Querido, você vai ter que superar seu ciúme.

– Não é apenas ciúme. Sinto que falhei com nossa filha, sinto que falhei com você. Louis disse algo enquanto discutíamos.

– Parece que Louis chegou ferindo muitos egos.

– Sim, com toda a certeza ele o fez. – concordou o rei. – Ele me disse que eu preferia puni-lo a verificar se Anna estava bem.

– Eu estava com ela, ela não ficou desprotegida.

– Sim eu sei. Mas ele estava certo, eu deveria ter verificado se nossa Anita estava bem ou não. Por todos estes anos estive tão focado em manter qualquer problema longe de vocês que eu mesmo acabei me afastando.

– Não seja tão duro com você mesmo querido.

Isis sorriu tristemente para o companheiro.

– Eu deveria ter me imposto um pouco mais. Deveria estar mais ao seu lado para as decisões referentes ao reino. Pensei que tinha superado os abusos de meu pai, mas quando tive liberdade para tomar minhas decisões me mantive as suas costas como uma garotinha assustada.

– E eu ajudei a olhando sempre como alguém frágil. – Argos virou-se e segurou o rosto de sua companheira com delicadeza. – Você se tornou uma mulher forte Isis e eu venho ignorando suas opiniões. Perdoe-me por isso. Seguirei seu conselho. Reabrirei o portal.

Argos pensou que sua companheira sorriria com aquela informação, porém ela apenas abaixou seus olhos.

– Eu ainda estou tendo aquelas visões com você.

Antes que o rei pudesse elaborar alguma frase tranquilizadora Maximiliano e Louis saíram pela porta da frente com o loiro gargalhando e o outro bufando.

– Dez milênios e sua língua continua incontrolável, era de se esperar que com idade você se tornasse um pouco mais contido. – provocou Louis.

– Ora, ora... Então quer dizer que minhas palavras, sempre muito sábias, fazem parte desta sua tão seleta memória? – retrucou bem humorado Max com seu braço direito jogado sobre os ombros do amigo.

– Pensei que sua memória estava perfeita. – a voz de Argos chamou a atenção dos dois que só então notaram a presença dos soberanos sentados na escadaria do castelo.

Os guerreiros reverenciaram seu rei e sua rainha com um leve abaixar de suas cabeças antes de descerem as escadas para que os fitassem na mesma altura e não de cima para baixo.

– Os fatos mais importantes estão perfeitos em minha memória, porém as ações do dia-a-dia, conversas casuais e até mesmo algumas pessoas que conheci, mas não tive muito contato são lembranças nebulosas em minha mente.

Argos assentiu antes de puxar o ar para levantar-se.

– Creio que já é hora de irmos. – virou-se para sua companheira e lhe estendeu a mão para ajudá-la.

– Não esqueçam que eu vou junto! – exclamou a princesa ao aparecer como um raio ao lado de seus pais.

Ela tinha em seus lábios um sorriso tão largo quanto os que exibia quando menina fazendo com que imediatamente os soberanos retribuíssem o sorriso. Anna esticou-se para beijar a bochecha de sua mãe e em seguida se pôs nas pontas dos pés para fazer o mesmo com seu pai. Então saltitou pela escadaria se colocando ao lado de seu companheiro para dar-lhe a mão.

Os cinco seguiram para o posto de comando pelo caminho mais longo. Rei Argos queria passar por dentro da cidade para que o povo visse que tudo estava bem já que a realeza se manteve dentro do castelo por todo o dia mesmo após a grande movimentação da Guarda Real perseguindo o suposto intruso.

Os soberanos passaram boa parte da manhã e da tarde cuidando dos preparativos da reconstrução do Posto de Mensagens e dos trabalhos burocráticos que agora estavam acumulados em uma das grandes alas do castelo. Somente Theodor e alguns trabalhadores do incendiado local estavam junto aos governantes.

Então o assunto principal na cidade era o mistério dos acontecimentos da madrugada.

Louis passou sua mão livre em seu cabelo de maneira nervosa. Estava constrangido com tantos olhares em sua direção. Apertou com mais força a mão de sua companheira que o fitou com curiosidade. Ela já estava acostumada com olhares em sua direção, era a princesa da Lua, nas poucas vezes que saía a rua ela era o centro das atenções.

Max ao notar a vergonha do amigo não pode evitar a risada e então sussurrou.

– Acostume-se meu irmão, você agora é o futuro rei da Lua.

– Isso nunca esteve em meus planos. – murmurou torcendo os lábios.

– É um pouco assustador pensar nisso, mas tenho fé que só precisaremos assumir o comando daqui muitos milênios. – comentou a princesa no mesmo tom baixo, porém Louis notou o medo em sua voz.

Não era medo de assumir o poder, mas medo de perder seus pais. O pensamento trouxe-lhe um frio inesperado no estômago, como um mau agouro. Soltou a mão de Anna para passar-lhe o braço sobre os ombros. Puxou-a para perto de seu peito e lhe beijou o topo da cabeça com carinho.

– Vocês renasceram nas determinadas famílias por um motivo maior, talvez o reino esteja precisando da sua descendência elementar Louis.

– Meu pai é um homem justo. – torceu os lábios Anna um pouco ofendida.

Max sorriu com a feição consternada da menina.

– Não há justiça sem equilíbrio, princesa. Seu pai é um ótimo homem, mas é precipitado. A descendência perseverante fala mais alto quando não deve.

Os três caminhavam um pouco mais atrás de Argos e Isis que também conversavam em um tom baixinho sobre as próximas medidas a serem tomadas. Foi então que um homem se aproximou dos governantes fazendo-os parar a caminhada.

Era um jovem que não tinha mais de um milênio de idade, tremia dos pés a cabeça, porém estava determinado a fazer aquela pergunta. Precisava voltar ao planeta, não podia perder aquele importante momento, estava pronto para voltar quando a ordem de trancar o Portal foi dada.

– Majestades. – reverenciou-os tentando acalmar seu medo. – Perdoem atrapalhar o caminho, mas gostaria de pedir permissão para voltar o planeta. Eu estava vivendo com minha companheira lá e vim para a Lua apenas buscar alguns suprimentos, ela está grávida e desejando alguns alimentos que só temos aqui. E eu juro que nós vivemos em paz, não fazemos nada contra os humanos. Seguimos as leis! Nós apenas gostamos muito do lugar onde vivemos. E agora eu temo não poder ver meu filho ou filha nascer. Eu já estava voltando para o planeta quando... Bem, o senhor ordenou que fechassem o Portal.

– Qual é o seu nome? – perguntou rei Argos.

Não era o primeiro pedido para ir ao planeta que recebeu no dia. Leu uma pilha de requisições trazidas pelos funcionários do Posto de Mensagens. Havia tomado uma decisão errada e era humilde o suficiente para assumir.

– Mike.

– Não precisa se preocupar Mike, amanhã pela manhã o Portal estará de volta ao seu funcionamento normal e você e todo o povo poderão ir e vir sem nenhuma barreira. Poderá acompanhar a gestação de sua companheira sem qualquer problema. Minha decisão foi tomada em um momento de raiva e não foi ponderada o suficiente. Minha companheira me trouxe a luz e agora mesmo estamos indo até o Posto de Comando para orientarmos os guerreiros.

– Obrigado majestades! – o sorriso mal cabia no rosto do jovem que disparou para sua casa para preparar-se para a viagem.

Isis sorriu para seu companheiro.

– Em poucos minutos a notícia se espalhará.

– Então é melhor nos apressarmos.

***

Se antes sentiu-se constrangido com os olhares furtivos em sua direção e os cochichos curiosos em relação a ele agora sentia-se ainda mais exposto. Em nada parecia o jovem destemido que derrubara boa parte dos guerreiros da Guarda Real algumas horas atrás. Eram tantos olhares depreciativos que por um momento se sentiu o vilão da história.

Quase todos os membros da guarda e dos defensores estavam em sua frente. Muitos usavam tipoias e ataduras pelo corpo, alguns rosnavam prontos para um novo bote, outros fitavam a comitiva real com curiosidade e outros pareciam apenas apreciar com diversão a “visita” de guerreiro tão poderoso.

Rei Argos deu um passo a frente junto a sua companheira. Maximiliano assim que chegou ao Posto juntou-se ao seu tio e sua companheira deixando o irmão de consideração sozinho diante dos “lobos”. Bem, ele não estava completamente sozinho, Anna estava ao seu lado, contudo a princesa estava deveras curiosa com as armas novas expostas na parede da direita.

Louis sorriu levemente com o brilho curioso no olhar de sua princesa, mas logo voltou sua atenção para frente onde os soberanos da Lua estavam. Cruzou seus pulsos em suas costas e puxou o ar tentando ignorar a insegurança ridícula que se apoderou de seu ser. Era da família dos justos, naturalmente destemido e insolente! Estava na hora de agir como tal.

– Meu rei, trouxe o intruso para a sua punição? – perguntou Yuri. – Estou louco para vê-lo de joelhos.

O descendente dos justos quase sorriu. Mal podia acreditar que aquele guerreiro cheio de hematomas e ataduras estava o desafiando. O extinto guerreiro falou mais alto dando adeus a insegurança de a pouco.

Nem precisou se mexer para colocar o guerreiro desaforado de joelhos ao chão. Yuri rosnou para a força invisível que o segurava contra o chão e puxava sua língua para fora. Alguns guerreiros não puderam conter o riso.

– Louis... Não adianta, já ameacei cortar-lhe a língua, mas ele continua impertinente. – comentou Aurora com humor.

– Bem, notoriamente ele não aprendeu a lição, caso contrário não estaria desafiando alguém que pode colocá-lo de joelhos e arrancar-lhe a língua apenas com o pensamento.

– Louis... Largue o garoto. – pediu Argos com o tom levemente divertido.

– Sim senhor. – concordou e imediatamente Yuri foi com a cara ao chão rosnando impropérios.

– Calado Yuri! – rosnou Mathias irritado.

O guerreiro se recolheu ao seu lugar, mas queimava Louis com o olhar. Queria uma luta corpo a corpo, de preferência quando se recuperasse de seus ferimentos.

– Não trouxe Louis para ser punido. – explicou o rei. – Seus atos estão longe de merecer punição. – Argos recebeu olhares irritados e não pode evitar o divertimento. – Não se sintam consternados por um guerreiro tão jovem tê-los derrubado, sua descendência explica sua destreza.

– O jovem é claramente um elementar, mas nunca imaginei que um elementar lutaria contra a realeza. – comentou Samuel, seu tom de voz não possuía sarcasmo apenas curiosidade, afinal era difícil acreditar que aquele garoto ao lado do soberano da Lua conseguiu derrotar tantos guerreiros, mais difícil ainda era acreditar que ele viera depor rei Argos, bem, se esse fosse o caso eles não estariam lado a lado.

– Pertenço a família dos justos e admito que não foi justo deixar a Guarda Real desfalcada. Minha intenção nunca foi lutar, mas esta foi a única opção que me deram quando barraram a minha entrada.

A opinião dos guerreiros mudou assim que Louis proferiu a palavra “justos”. O respeito apareceu em cada feição a sua frente como um passe de mágica. Não podia deixar de se orgulhar daquilo, pois boa parte daquele respeito vinha do seu próprio sacrifício em sua vida passada.

– Junto a justiça de meu avô Augusto, também trago em meu sangue o equilíbrio de minha avó Michaella. – Louis explicava com calma. – Uma coisa sobre os descendentes elementares que vocês não sabem é que alguns de nós podemos ignorar esses extintos, curandeiros podem se recusar a curar... – olhou para Aurora depois se voltou para Mathias. – Sábios podem ignorar seus pensamentos. Perseverantes podem desistir. Os justos podem pecar pela severidade. Visões podem ser menosprezadas. Sentimentos podem ser recusados. Porém a única pedra elementar que não pode ser ignorada é a pedra do equilíbrio. E foi este extinto enlouquecedor que me trouxe até aqui e me fez atropelá-los por estarem em meu caminho. Eu senti um grande desequilíbrio vindo da Lua e a última vez que algo assim foi sentido o planeta em que vivíamos entrou em ruptura.

Silêncio. O mais sepulcral silêncio. Nem mesmo respirações eram ouvidas.

– Mas eu estava errado. O desequilíbrio não era causado por rei Argos, como um rebelde que encontrei em meu último dia no planeta me fez pensar, e sim o clamor de minha companheira. O fato é que a ligação entre companheiros é poderosa e em meu caso seu desequilíbrio foi o meu desequilíbrio.

Anna aproximou-se e enlaçou sua mão a de seu companheiro.

– Louis derrubou todos vocês para me salvar. Eu estava assustada com meus próprios poderes. Tive medo de perder o controle e acabar ferindo inocentes. Em minha ânsia por controlar-me quase acabei com minha própria vida. Então perdoem meu companheiro por tê-los ferido ele estava apenas correndo para me ajudar.

Não era exatamente uma mentira, mas aquela informação era o suficiente para esclarecer os acontecimentos aos guerreiros e ao mesmo tempo fazê-los respeitar Louis, o futuro rei da Lua.

A informação foi surpreendente para todos e lhes trouxe novas perspectivas, Yuri, por exemplo, achou melhor desistir da ideia de uma luta corpo a corpo.

– Você está bem agora, princesa? – perguntou a guerreira chamada Laura em tom suave.

Anna deixou que seus olhos mudassem do castanho para o azul.

– Sim, tenho pleno controle de meus poderes. – voltou a ficar com os olhos castanhos. – E vou ajudar enquanto houver muitos guerreiros feridos.

Rei Argos bufou trazendo um sorriso largo aos lábios da filha.

– Bem, já que tudo foi esclarecido... Mathias eu preciso que separe uma equipe para ficar no Portal.

– Apenas uma equipe majestade?

– Não será necessário mais do que isso, estou reabrindo o Portal.

Alívio prevaleceu entre todos os presentes. Isis sorriu para o companheiro e então se voltou para Isaac e Daniel.

– Vocês dois poderão voltar a atividades da Guarda Real, Anna não precisará mais de escolta.

– Os rebeldes com toda a certeza farão de nossa princesa um alvo majestade. – preocupou-se Daniel.

Isaac parecia compartilhar de sua angustia.

Anita revirou os próprios olhos pela superproteção de seus amigos.

– Não precisam se preocupar com isso. – tranquilizou Louis. – Não sairei do lado de Anita.

Desta vez quem revirou seus olhos foi o próprio rei Argos levando alguns guerreiros ao riso.

– Agora o que eu gostaria de saber é de como anda a investigação a respeito do ataque ao Posto de Mensagens.

Mathias adiantou-se para dar as boas novas para seu rei.

***

Um rosnado profundo e baixo escapou entre os dentes de Shu assim que recebeu a notícia de que rei Argos estava passeando tranquilamente com sua família pela cidade junto a dois guerreiros sendo que um deles estava de mãos dadas com a princesa.

Seu plano não havia dado certo. Louis não atacou rei Argos e não assumiu a realeza como ele esperava. Teria que mudar a estratégia.

– Comandante? - chamou Bryce preocupado.

O ancião de olhos vermelhos permaneceu em silêncio. Controlou seus rosnados, mas seus olhos ainda eram perigosos. Era um homem paciente, mas às vezes quando seus planos davam errado ele sentia-se extremamente desapontado. Todavia ao contrário de muitas pessoas ele não desistia de seus projetos por causa de suas frustrações e em vez disso ganhava ainda mais força para revidar o fracasso.

– Como estão os filhos da Lua?

Bryce arregalou seus olhos.

– Eles estão controlados.

– Descontrole-os e amanhã na hora do almoço os solte na praça.

– O senhor tem certeza? – perguntou Bryce hesitante. Aquele plano era muito arriscado e poderiam perder a simpatia dos outros grupos rebeldes.

Shu apenas o fitou com frieza. O jovem engoliu seco e assentiu.

– Sim senhor.

– Bryce? Mantenha isso em segredo e solte apenas dois deles.

– Sim senhor.


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Notas finais do capítulo

E ai, quem ou o que vocês acham que são os filhos da Lua?



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