Desconhecido escrita por Um Alguém


Capítulo 26
Megan - Festa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem tanta demora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448906/chapter/26

Era sexta a noite. Quase uma semana havia se passado sem que eu falasse com o Vince. Eu estava com saudade. Estava preocupada. Queria vê-lo, mas não sabia como seria estar com ele agora que eu sabia de tudo.

A semana havia passado se arrastando. Eu havia voltado para a faculdade e o para o emprego. E quando chegava em casa, ficava no quarto. A principio Dane e John se preocupavam, depois acabaram esquecendo. Os dois quase não paravam em casa, então eu ficava sozinha.

Eu achei que o Vince fosse aparecer ou ligar, mas ele não fez isso. Ele simplesmente sumiu. Será que estava tudo bem? E se tivesse acontecido algo com ele?

Cansei de ficar perambulando pela casa, pensando e pensando, sem fazer nada. Vesti um casaco e sai. Eu planejava ir até a casa do Vince, mas no meio do caminho mudei de ideia. Eu não sabia o que diria para ele, como seria encontrar com ele de novo. Decidi, então, só andar um pouco por aí, para espairecer.

Eu já estava andando a quase uma hora. Estava perto de uma praça com um pequeno parquinho. Caminhei até lá. Quando cheguei, vi um carro preto estacionado atrás da praça, quase no bosque. Mesmo com pouca luz reconheci o carro. Tinha certeza que era o Lexus do Vince.

Fui até o carro. Assim que me aproximei ouvi uma música baixinha (acho que era You Found Me¹). Vince estava com a cabeça apoiada no volante e não me viu chegar. Eu podia ir embora e ele nem saberia que eu havia estado ali. Mas eu não queria ir. Agora que eu o encontrar, não queria mais me afastar dele.

– Vince. – chamei-o.

– Megan? – ele pareceu surpreso. Ele desligou o rádio e saltou do carro. – O que faz aqui?

– Nada, estava só andando um pouco. E você? – perguntei-lhe.

– Nada também. Estava só pensando em você. – respondeu ele olhando-me nos olhos. Ele parecia péssimo. Seu rosto já não estava machucado como da última vez que o vira, apesar de seu olho ainda estar um pouco roxo. Mas ele estava descabelado, com a barba por fazer e cheio de olheiras. Parecia extremamente cansado.

– Me desculpe, Vince. – pedi.

– Desculpar você pelo quê? – perguntou confuso.

– Por não ter te ligado ou te procurado. Por ter ficado esse tempo longe de você. Por deixar o que a Jennifer disse me afastar de você. – disse.

– Não, anjo, está tudo bem. A culpa não foi sua, foi minha. Eu deveria ter te contado.

– Não importa mais. Nada disso importa. Independente de qualquer coisa, eu te amo. E isso basta.

Seus olhos se iluminaram de felicidade. Ele me abraçou e me beijou. Só então percebi o que estava me incomodando esse tempo todo. Eu havia ficado com medo. Com medo de que ele ainda fosse o cara perigoso que a Jennifer descreveu. Mas abraçando ele, eu soube que nada me faria mal enquanto estivéssemos juntos. Nem o passado dele, nem o garoto que ele já foi, nem nenhuma outra coisa. Porque nada me dava tanta segurança quanto estar com ele.

Nós sentamos lado a lado no balanço na pracinha. Ele me contou sobre a confusão com o Wade, e apesar de estará interessada no assunto, não consegui prestar muita atenção no que ele dizia. Eu estava olhando-o distraidamente, feliz por tê-lo perto de mim de novo, quando meu celular novo (presente do Dane) tocou.

Antes que eu pudesse atender, Vince tomou o celular da minha mão.

– Alô? – ele ouviu um pouco. – Claro que sou eu, Dane. Algum problema com isso? – ele ouviu de novo. Não, eu e Megan não brigamos. Só tivemos uma semana muito corrida e não tivemos tempo de nos ver. – ele piscou para mim, enquanto ouvia Dane falar. – Estamos na minha cama, matando a saudade. – ele riu ouvindo Dane gritar pelo telefone. – Tudo bem, daqui a pouco a gente vai.

Ele desligou o celular e me entregou, levantando-se do balanço.

– Por que você diz essas coisas para o Dane? Ele vai acabar acreditando. –disse-lhe.

– Porque é engraçado. – ele riu.

– O que ele queria?

– Disse que ele e o John prepararam uma surpresinha para você e pediu para você ir para casa assim que possível. – contou.

– Surpresa? – perguntei-me pensativa.

– Vem, eu te levo para casa. – ele estendeu a mão para mim e eu a peguei.

Fomos de mãos dadas até o carro. Depois ele abriu a porta para mim. Quando entrou no carro, ligou o rádio bem baixinho. Já estávamos quase chegando em casa quando começou uma música que chamou minha atenção.

– Acho que conheço essa musica. Qual é o nome? – perguntei a ele.

– Be the one². – respondeu, aumentando um pouco o rádio. – Gosta?

– Sim, bastante. – respondi.

– ‘Wait for me, let me be your only one’² - cantarolou sorridente.

– Você já é o meu único. – assegurei-lhe. Seu sorriso aumentou e ele se inclinou e me deu um beijo rápido.

Vince estacionou o Lexus na frente do carro John. Quando entramos em casa Liz e John dançavam animadamente na sala. Eles haviam empurrado tudo para um canto, abrindo espaço para dançarem no meio da sala. Colocaram algumas luzes azuis e vermelhas piscando nas paredes e teto.

– Ela chegou! – gritou Liz, assim que me viu. Ela e John vieram até mim alegremente.

– O que é tudo isso? – perguntei-lhes.

– Eu e Dane achamos que você estava muito tristinha, então resolvemos fazer essa festinha para te animar. – explicou John. – Gostou?

– Claro que sim. Muito obrigada, Johnny. – dei-lhe um beijo na bochecha.

– E eu, não ganho um beijo também? – perguntou Dane vindo da cozinha com uma bandeja cheia de copos.

– Claro que ganha. – fui até ele e lhe dei um beijo na bochecha também.

– Megan, esse aqui é o Thomas. – apresentou ele apontando para o garoto moreno ao seu lado. – Eu falei dele, lembra?

– Vagamente. – ri.

– Prazer. – cumprimentou ele, estendendo-me a mão.

– Prazer. – disse Vince surgindo atrás de mim e apertando a mão do Thomas.

– Nossa Vince, eu quase senti saudade de você. – disse Dane. – Só que não.

– Que pena, porque eu morri de saudades suas. – debochou Vince. – Sabe, até que você teve sorte. Conseguiu arranjar um namorado bonitinho mesmo sendo...bem, mesmo sendo você . –ele riu.

– Você é tão engraçado que chega a ser sem graça. – disse Dane passando pelo Vince e indo em direção ao John.

– Acho que ele gosta de mim. – comentou Vince.

– Acho que não.

– Sabe no que eu estava pensando? – perguntou.

– Em alguma coisa imoral ou ilegal? – sugeri.

– Também. – concordou sorrindo. – Estava pensando que a gente podia fazer outro desafio de vodkas, igual àquela vez no Denk’s.

– Eu realmente não quero ficar bêbada, Vince. Então, acho melhor deixarmos a vodka para outro dia.

– Tudo bem, tudo bem. Então, o que você quer fazer? – perguntou. Ele me lançou um olhar que deveria vir com uma plaquinha escrita “perigo”.

– Quero dançar. – disse, tentando ignorar seu olhar.

– Seu desejo é uma ordem. – ele me beijou depois me puxou para perto da Liz e do John que estavam dançando de novo.




¹ = You Found Me - The Fray

² = Be The One - The Fray


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam os comentários =)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desconhecido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.