A Exterminadora De Youkais, parte II. escrita por Flávia Letícia


Capítulo 11
Capítulo 11 - Compaixão.


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores. Quanto tempo! Admito que não estava mais apta a escrever a história, estava um tanto desmotivada. Mas, a chama reacendeu quando li um comentário de uma leitora e decidi voltar a escrever. Obrigada, saviaferreira por seu comentário. Ele fez com que eu voltasse a escrever A Exterminadora de Youkais. Bom, espero que curtam esse capítulo. Boa leitura.



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Assim que Sesshoumaru deixou sua casa, Rin não conseguiu ficar calma. Ela pensava no que seu esposo podia fazer. Entendia que Takara havia passado dos limites, mas ela... amava. Fez tudo aquilo porque amava. E amar doí. Doí muito. Infelizmente, essa dor fez Takara agir inclinada para o mal. Aquilo não estava certo.

Kaede entrou na casa de Rin.

– Bom dia, Rin. – cumprimentou-a.

– Bom dia, Kaede-sama. Como está? – perguntou Rin.

– Bem, mas você me parece aflita. Conte-me tudo.

Então Rin contou-lhe a história. Tudo. Como Kazuo chegou em sua casa e revelou que era Takara quem estava por trás de tudo. Contou, inclusive, que sabia dos sentimentos de Kazuo em relação a Takara.

– E eu tenho medo, Kaede-sama. Medo do que Sesshoumaru pode fazer com ela. – concluiu sua história.

– E o que você está esperando? – perguntou Kaede serenamente.

– Como? – Rin respondeu (com outra pergunta) atônita.

– Eu fico com Megumi. Vá impedir que Sesshoumaru faça bobagens.

Rin rapidamente vestiu sua roupa de exterminadora e pegou seus aparelhos. Sentiu-se forte como antes. Quase... invencível. Foi até Megumi, deu um beijo em sua testa:

– Mamãe volta logo. – balbuciou. – Obrigada, Kaede-sama.

A velha sacerdotisa assentiu e Rin foi em busca de Sesshoumaru junto com a Ah-uhn.

Longe dali...

– É aqui, Sesshoumaru-sama. – falou finalmente Kazuo quando chegaram ao palácio de Takara.

Sesshoumaru pôde sentir o cheiro de Takara. Ainda tinha lembranças de quando se encontraram no campo de batalha, na última vez. Nem pediu licença ou “bateu na porta”, o lorde entrou na casa da youkai de cabelos arroxeados. Ela parecia que o esperava. Sua expressão não demonstrava surpresa.

– Olá, Sesshoumaru. – falou. – Que belíssima visita.

– Já sabia que eu vinha? – perguntou o príncipe friamente.

– Ah, já sim. Aliás, seu cheiro... – falou aproximando-se dele – eu sinto de longe.

– Eu não vim aqui para conversar com você.

– Ah, eu sei que você não veio para conversar. Definitivamente não. Infelizmente. – ela parou um pouco. – Kazuo? É você? Não se esconda, seu traidor ingrato. Nós conversaremos mais tarde. Agora, tenho que dá atenção à visita, não é?

Kazuo engoliu em seco. Sabia que estava fazendo o certo. Mas o certo parecia ser a morte.

– Você vai amargar pelo que fez à minha esposa e à minha filha. – falou Sesshoumaru secamente.

Ela riu alto.

– Esposa?! Tem coragem de chamar aquela humana mentecapta de esposa?! Não me faça rir, poderoso lorde Sesshoumaru. – ironizou Takara.

– Você fala bobagens demais. – respondeu.

Sesshoumaru não pensou duas vezes investiu contra a youkai. Ela não parava de provocá-lo.

– Olha como o poderoso Sesshoumaru fica atacado quando se fala naquela inútil...

– Se você fosse mais inteligente, lutaria mais e falaria menos.

Eles lançavam golpes e investidas. Takara tinha uma boa espada que ricocheteava com a Bakusaiga de Sesshoumaru. Ela podia ser boa lutadora. Tinha olhos como os de uma águia. Reflexos e raciocínios rápidos. Seus ataques eram bem pensados. Era uma estrategista nata. Mas para sua infelicidade, Sesshoumaru era melhor ainda. Num momento de descuido ele conseguiu tirar a espada de Takara. Apertou sua mão com força na garganta da youkai.

– Sesshoumaru... – ela falou com dificuldade. – Você não entende. Você e aquela humana pertencem a mundos completamente diferentes. Um dia ela vai morrer... e como você ficará?

Sesshoumaru tentou não dá ouvidos àquelas palavras. Ele sabia que a youkai estava se valendo de sua lábia para distrair o príncipe. Ele não se dispersaria. Ao contrário, apertou com mais força a garganta de Takara. Colocou Bakusaiga na bainha e com a mão livre socou a barriga de Takara com tal força que sua mão transpassou-a.

Ela gritou e tossiu sangue. Ele soltou a mão que apertava garganta dela que caiu bruscamente no chão.

– Pronta para morrer? – ele perguntou apontando a Bakusaiga para ela.

– Eu... sempre estive pronta, desde quando você me desprezou pela primeira vez. Eu sempre te amei! Será que você nunca percebeu isso, seu tonto? Fiz tudo isso por causa da minha inveja por Rin. Ela, mesmo sendo humana conseguiu te conquistar. E eu? Eu sempre fui ignorada. VOCÊ NUNCA SEQUER OLHOU PARA MIM! No fundo... – ela soltou uma risadinha. – você é mais fraco que seu pai e pior do que esses humanos.

Foi isso que Sesshoumaru emitiu. Preparou o ataque e olhou uma última vez, com desprezo, para Takara. “Vai ter o que merece.” Pensou.

– Sesshoumaru, pare agora! Tenha compaixão! – gritou Rin.

O lorde ficou atônito, assim como Takara e Kazuo, que assistia àquela cena com o coração apertado.

– Rin?... – pronunciou o youkai com olhos cor de âmbar.

– Pare! Não faça isso, por favor. – ela correu para perto dele. – Seja piedoso, não faça isso.

– Eu não preciso de sua pena, inútil. – falou Takara com dificuldade. Rin ignorou seu comentário.

– Você é... – Sesshoumaru pensou um pouco na palavra. – idiota?

– Como? – Rin perguntou claramente ofendida. – Você me chamou de idiota?

– Sim! Porque sinceramente é o que você parece ser. – ela falou aquilo se matando por dentro. Rin não parecia muito feliz. – Essa mulher quase acabou com a sua vida e a com a vida de Megumi e você vem me pedir compaixão? Tenha paciência.

– Você me ama? – foi só isso que ela perguntou.

O príncipe ficou calado. Seu lado youkai ainda bloqueavam suas emoções. Era óbvio que ele a amava, incondicionalmente, mas falar (e na frente de outras pessoas) era muito complicado.

– Você sabe que sim. – falou baixinho. Foi o máximo que pôde dizer. Rin não se ofendeu com isso, pelo contrário. Ela sabia o quanto era difícil para ele.

– Então, por que é tão difícil de entender? Ela fez isso porque amava, querido. Olhe para o Kazuo! Você não percebeu? Ele também a ama. Não faz isso. Não acabe com a vida dela.

– Mas olha o que ela fez com você...

– Noboru também fez... e olha, hoje ele está bem. Pense... se fosse eu no lugar de Takara e você no lugar de Kazuo. Você aguentaria me ver morrendo?

Ele não respondeu. Ela sabia que não.

Takara riu baixinho.

– Você é pior do que eu imaginava. Não é à toa que sua mãe me ajudou com tudo isso, Sesshoumaru.

“Minha mãe...”

– Então, ela era sua cúmplice? – perguntou o lorde.

– Oh, Kazuo! Você merecia o prêmio de melhor contador de história. Não esqueceu nenhum detalhe! Contou até mesmo que eu tinha uma cúmplice... Parabéns.

Agora tudo se encaixava na cabeça de Sesshoumaru. Todas as vezes que sua mãe o chamava para lutar nas batalhas era uma estratégia para deixar Rin sozinha e Takara pudesse agir.

Sesshoumaru guardou a Bakusaiga.

– Não tenho mais para que gastar meu tempo aqui. Kazuo cuide para que essa víbora não faça besteiras novamente. Não terei piedade outra vez, Takara. Tome cuidado.

– Vai se queixar a mamãe agora, não é? Fraco. Um dia, eu irei voltar. É só questão de tempo.

Ele ignorou aquilo e dirigindo-se para Rin disse:

– Vamos! Deixarei você em casa com Megumi. Eu vou atrás de minha mãe.

– Megumi está muito bem com Kaede-sama. Eu vou com você.

– Não vai mesmo. Você ainda está se reestabelecendo.

– É claro que vou. Não insista. E não pense que eu te perdoei por me chamar de idiota.

Ele lançou um meio sorriso para ela e os dois foram até Satori.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Espero, realmente, que tenham gostado. Por favor, não esqueçam dos comentários com a opinião de vocês. Eles são de extrema importância. E assim, a fanfic entra em sua reta final. Vamos ver o que o encontro entre Sesshoumaru e Satori irá trazer. Beijooooos e até o próximo.